Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
OBJETIVO 5- CLASSIFICAÇÃO DE BETHESDA HISTÓRICO DEFINIÇÃO TIPO DA AMOSTRA CATEGORIZAÇÃO INTERPRETAÇÃO Em 1920, George Nicholas Papanicolaou elaborou uma técnica para estudar as células vaginais e as do colo uterino conhecida como método de citologia esfoliativa e, durante seus estudos, teve a oportunidade de observar células malignas, propondo que a citologia esfoliativa fosse empregada para diagnosticar câncer do colo uterino1 Papanicolaou utilizou os termos “classes” na sua nomenclatura citopatológica e enfatizava que a única categoria conclusiva era a classe V, que significava conclusiva para malignidade. Essa classificação não levava em conta a possibilidade de lesões precursoras, mas apenas a presença ou a ausência de malignidade, e não era possível fazer correlação histopatológica Seguiram-se outras classificações como a de James W. Reagan (1953), que definia as displasias como anormalidades celulares intermediárias e que a maioria dessas lesões regredia ou permanecia inalterada por muitos anos, mesmo não sendo tratadas. Reagan e Patten subdividiram as displasias em leve, moderada e acentuada1 Nas décadas de 1960 e 1970, estudos prospectivos e de análise de ploidia de DNA provaram que displasia acentuada e carcinoma in situ eram muito próximos e uma nova classificação foi proposta por Ralph Richart (Classificação de Richart) utilizando o termo neoplasia intraepitelial cervical (NIC), pois o termo displasia poderia levar a subtratamento nos casos de displasias acentuadas e sobretratamento nos carcinomas in situ com realização de histerectomia Em virtude de muitos conflitos, devidos a diagnósticos citopatológicos discordantes dos achados histológicos e do conhecimento apontando aparente dicotomização biológica entre infecção pelo HPV e neoplasia genuína, desencadeou-se, em 1988, a primeira de uma série de conferências de consenso em Bethesda, Maryland (EUA), para desenvolver uma nova nomenclatura descritiva dos achados da citologia ginecológica, surgindo então a Nomenclatura de Bethesda Essa nova nomenclatura sugere que a doença intraepitelial cervical não é um processo contínuo, mas sim um sistema de duas doenças descontínuas, criando o conceito de lesões intraepiteliais de baixo grau (LSIL) e lesões intraepiteliais de alto grau (HSIL). A lesão de baixo grau é de menos provável progressão para carcinoma invasivo18, diferentemente das lesões intraepiteliais de alto grau. Estas são predominantemente causadas por tipos de HPV oncogênicos, tendo comportamento de lesão precursora do carcinoma invasivo. Com a atualização do Sistema de Bethesda, em 2001, e considerando a necessidade de incorporar novas tecnologias e conhecimentos clínicos e morfológicos, o INCA e a Sociedade Brasileira de Citopatologia promoveram o Seminário para Discussão da Nomenclatura Brasileira de Laudos de Exames Citopatológicos – Essa nomenclatura guarda semelhanças com a Nomenclatura de Bethesda e continua em vigência até o presente momento, devendo ser a única nomenclatura utilizada para os laudos citopatológicos no SUS e nos laboratórios conveniados na sua rede de serviços esfregaço convencional (Papanicolaou) vs. citologia em meio líquido vs. Outros ADEQUAÇÃO DA AMOSTRA Satisfatória para avaliação (descrever presença ou ausência de componentes endocervicais/zona de transformação e quaisquer outros indicadores de qualidade, por exemplo, parcialmente obscurecido por sangue, inflamação etc.) Insatisfatório para avaliação… (especificar o motivo) Amostra rejeitada/não processada ( especificar o motivo) Amostra processada e avaliada, mas insatisfatória para avaliação de anomalia epitelial porque (especificar o motivo) Negativo para lesão intra-epitelial ou malignidade Outras: Ver Interpretação/resultado (por exemplo, células endometriais em mulher >= 40 anos de idade) Alteração celular epitelial : Ver Interpretação/ resultado (especificar ‘pavimentoso’ ou ‘glandular’, quando apropriado) NEGATIVO PARA LESÃO INTRA-EPITELIAL OU MALIGNIDADE (quando não existir evidência celular de neoplasia e se existem ou não organismos ou outros achados não-neoplásicos). ORGANISMOS * Trichomonas vaginalis * Organismos fúngicos morfologicamente consistentes com Candida spp. * Substituição na flora sugestiva de vaginose bacteriana * Bactérias morfologicamente consistentes com Actinomyces spp. * Alterações celulares consistentes com o vírus herpes simples OUTROS ACHADOS NÃO-NEOPLÁSICOS * Alterações celulares reativas associadas à – inflamação (inclui reparação típica) – radiação – dispositivo intra-uterino (DIU) * Estado das células glandulares pós- histerectomia * Atrofia OUTROS Células endometriais (em mulher >= 40 anos de idade) (Especificar se ‘negativo para lesão intra- epitelial’) ALTERAÇÕES DAS CÉLULAS EPITELIAIS CÉLULAS PAVIMENTOSAS * Células pavimentosas atípicas – de significado indeterminado (ASC-US) – não é possível excluir lesão intra- epitelial escamosa de alto grau (ASC-H) * Lesão intra-epitelial pavimentosa de baixo grau (LSIL) (inclui HPV/displasia leve/CIN 1) * Lesão intra-epitelial pavimentosa de alto grau (HSIL) (inclui displasia moderada e acentuada, CIS; CIN 2 e CIN 3) – com características suspeitas de invasão ( se houver suspeita de invasão) CÉLULAS GLANDULARES * Atípicas – células endocervicais (sem outras especificações (SOE) ou especificar nos comentários), – células endometriais (SOE ou especificar nos comentários), – células glandulares (SOE ou especificar nos comentários) * Atípicas – células endocervicais, possivelmente neoplásicas, – células glandulares, possivelmente neoplásicas, * Adenocarcinoma endocervical in situ * Adenocarcinoma: – endocervical – endometrial – extra-uterino – sem outras especificações (SOE) OUTRAS NEOPLASIAS MALIGNAS ( especificar)
Compartilhar