Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Aulas/10_FM_FaixaLarga.pdf FUNDAMENTOS DE COMUNICAÇÃO Profa. Dra. Sarah Negreiros de Carvalho Leite João Monlevade/MG Modulação FM – Faixa Larga FM – MODULAÇÃO TONAL Retornando a expressão do sinal modulado em FM, se o sinal não é de faixa estreita (𝛽 arbitrário), então não podemos realizar as simplificações discutidas da expressão: 𝑠 𝑡 = 𝐴𝑐 cos 𝜃 𝑡 = 𝐴𝑐 cos 2𝜋𝑓𝑐𝑡 + 𝛽𝑠𝑒𝑛(2𝜋𝑓𝑚𝑡) = 𝐴𝑐 𝑐𝑜𝑠 2𝜋𝑓𝑐𝑡)𝑐𝑜𝑠(𝛽𝑠𝑒𝑛(2𝜋𝑓𝑚𝑡) −𝐴𝑐 𝑠𝑒𝑛 2𝜋𝑓𝑐𝑡)𝑠𝑒𝑛(𝛽𝑠𝑒𝑛(2𝜋𝑓𝑚𝑡) Neste caso, podemos empregar as funções de Bessel para nos auxiliar na análise espectral. FUNÇÕES DE BESSEL As funções de Bessel de 1º tipo são definidas como: 𝐽𝑛(𝛽) ≜ 1 2𝜋 𝑒𝑗(𝛽𝑠𝑒𝑛𝑥−𝑛𝑥)𝑑𝑥 𝜋 −𝜋 Com: 𝑛 a ordem da função de Bessel e 𝛽 o argumento da função de Bessel. FUNÇÕES DE BESSEL - PROPRIEDADES 1) 𝐽−𝑛 𝛽 = −1 𝑛𝐽𝑛 𝛽 2) Se 𝛽 é pequeno: 𝐽0 𝛽 ≈ 1 𝐽1(𝛽) ≈ 𝛽 2 𝐽𝑛 𝛽 ≈ 0, 𝑛 > 2 3) 𝐽𝑛 𝛽 2 = 1∞𝑛=−∞ 4) 𝑐𝑜𝑠 𝛽𝑠𝑒 𝑛 𝑥 = 𝐽0 𝛽 + 2𝐽𝑛 𝛽 cos(𝑛𝑥) ∞ 2,𝑛𝑝𝑎𝑟 𝑠𝑒𝑛 𝛽𝑠𝑒 𝑛 𝑥 = 2𝐽𝑛 𝛽 sen(𝑛𝑥) ∞ 1,𝑛í𝑚𝑝𝑎𝑟 ATIVIDADE Aplicando as funções de Bessel e suas propriedades, mostre que é possível escrever o sinal modulado em FM como: 𝑠 𝑡 = 𝐴𝑐 𝐽𝑛 𝛽 ∞ 𝑛=−∞ 𝑐𝑜𝑠 2𝜋𝑓𝑐𝑡 + 2𝜋𝑛𝑓𝑚𝑡 Com FFT dada por: 𝑆 𝑓 = 𝐴𝑐 2 𝐽𝑛 𝛽 ∞ 𝑛=−∞ [𝛿 𝑓 − 𝑓𝑐 − 𝑛𝑓𝑚 +𝛿 𝑓 + 𝑓𝑐 + 𝑛𝑓𝑚 ] FUNÇÕES DE BESSEL - PROPRIEDADES Função de Bessel do 1º tipo variando a ordem: EXEMPLO: Espectro FM para variação de amplitude e frequência de um sinal tonal. Onda modulante: 𝑚 𝑡 = 𝐴𝑚cos(2𝜋𝑓𝑚𝑡) Para compreendermos a maneira como variações na amplitude e frequência do sinal tonal afetam o espectro da onda FM. Vamos considerar dois casos: 1) Variação na amplitude da onda modulante,, mantendo a frequência constante. 2) Variação na frequência da onda modulante, mantendo a amplitude constante. EXEMPLO – VARIAÇÃO NA AMPLITUDE: Quando 𝑓𝑚 − 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝐴𝑚 − 𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎 Lembrando que: Δ𝑓 = 𝑘𝑓𝐴𝑚 β = Δ𝑓 𝑓𝑚 O espectro normalizado em relação à amplitude da portadora não modulada. EXEMPLO – VARIAÇÃO NA FREQUÊNCIA: Quando 𝑓𝑚 − 𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎 𝐴𝑚 − 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 Lembrando que: Δ𝑓 = 𝑘𝑓𝐴𝑚 → 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 β = Δ𝑓 𝑓𝑚 Como Δ𝑓 é fixo, ao aumentar 𝛽 se verifica um número crescente de linhas espectrais aglomeradas no intervalo de frequência fixa: 𝑓𝑐 − Δ𝑓 < 𝑓 < 𝑓𝑐 + Δ𝑓. De modo que, 𝛽 → ∞ ⇒ 𝐵𝑇 → 2Δ𝑓. REGRA DE CARSON Na teoria, uma onda FM contém um número infinito de frequências laterais, de modo que a largura de banda necessária para transmitir essa onda modulada seria infinita. Na prática, entretanto, sabemos que a onda FM é efetivamente limitada a um número finito de componentes de frequências laterais significativas. Portanto, podemos considerar estas componentes para especificar uma largura de banda efetiva necessária para a transmissão de uma onda FM. REGRA DE CARSON Considerando a modulação tonal de frequência 𝑓𝑚, as frequências laterais são separadas da frequência da portadora 𝑓𝑐 por uma quantidade maior do que o desvio de frequência Δ𝑓 , de modo que a largura de banda sempre excede a excursão de frequência total, mas mesmo assim é limitada. Especificamente, podemos identificar dois casos limitantes: Para sinais de faixa larga (𝛽 grande), a largura de banda é um pouco maior que a total excursão das frequências: 2Δ𝑓 Para sinais de faixa estreita (𝛽 pequeno), o espectro da onda FM é limitado pela frequência da portadora 𝑓𝑐 e um par das frequências laterais: 𝑓𝑐 ± 𝑓𝑚, de modo que a largura de banda se aproxima de 2𝑓𝑚 . REGRA DE CARSON Generalizando estes dois casos, temos a Regra de Carson: 𝐵𝑇 ≈ 2Δ𝑓 + 2𝑓𝑚 = 2Δ𝑓 1 + 1 𝛽 REGRA DE CARSON GENERALIZADA Consideremos agora o caso de uma onda modulante arbitrária com componente de frequência mais alto denotado por 𝑊 (largura de banda da mensagem). Este caso é bem difícil de analisar e para estimar a largura de banda necessária, consideramos o pior caso de uma modulação tonal. Primeiramente, determinamos razão de desvio: 𝐷 = Δ𝑓 𝑊 REGRA DE CARSON GENERALIZADA A razão de desvio D desempenha o mesmo papel para a modulação não senoidal que o índice de modulação 𝛽 desempenha para o caso de modulação senoidal. Bem como 𝑊 assume o papel de 𝑓𝑚. Então, a Regra de Carson Generalizada, para estimar a largura de banda de transmissão de um sinal FM arbitrário pode ser reescrita como: 𝐵𝑇 = 2(Δ𝑓 +𝑊) Aulas/11_DemodulacaoFM.pdf FUNDAMENTOS DE COMUNICAÇÃO Profa. Dra. Sarah Negreiros de Carvalho Leite João Monlevade/MG Modulação e Demodulação FM GERAÇÃO DA ONDA FM Na modulação FM a mensagem é carregada por meio da frequência da portadora, desta forma no projeto do modulador FM precisamos de um dispositivo capaz de produzir variações na frequência instantânea. Existem dois métodos básicos: Método direto Método indireto: modulador de Armstrong MÉTODO DIRETO O método direto é simples de ser implementado e é capaz de fornecer grandes desvios de frequência. No entanto, uma limitação é a tendência da frequência da portadora se desviar, o que geralmente é inaceitável para aplicações de rádio comercial. Para superar essa limitação, é necessária a estabilização da frequência do gerador de FM. Embora o oscilador possa ser simples de construir, o uso da estabilização de frequência adiciona complexidade ao sistema para o projeto do modulador de frequência. MÉTODO INDIRETO O sinal de mensagem é usado primeiro para produzir um sinal FM de banda estreita, que é seguido pela multiplicação da frequência para aumentar o desvio da frequência até o nível desejado. Neste segundo método, o problema de estabilidade da frequência portadora é aliviado usando um oscilador altamente estável (por exemplo, oscilador de cristal) na geração FM de banda estreita; esse esquema de modulação é chamado de modulador de frequência de banda larga de Armstrong, em reconhecimento ao seu inventor. DEMODULAÇÃO FM Pode ser realizada por diversas técnicas, as mais frequentes são: - Por PLL (phase locked loop): que explora a sincronização e a frequência do sinal. - Por conversão AM-FM: quando um sinal modulado em frequência é derivado, ele se torna um sinal modulado em amplitude. DEMODULAÇÃO FM – POR CONVERSÃO AM-FM Seja o sinal 𝑠 𝑡 = 𝐴𝑐 cos 𝜃 𝑡 com 𝜃 𝑡 = 2𝜋𝑓𝑐𝑡 + 2𝜋𝑘𝑓 𝑚(𝑡) 𝑡 0 𝑑𝑡 Derivando, temos: 𝑠 𝑡 = −𝐴𝑐 sen 𝜃 𝑡 . 𝜃 (𝑡) com 𝜃 (𝑡) = 2𝜋𝑓𝑐 + 2𝜋𝑘𝑓𝑚(𝑡) Então: 𝑠 𝑡 = −𝐴𝑐 sen 𝜃 𝑡 . (2𝜋𝑓𝑐 + 2𝜋𝑘𝑓𝑚 𝑡 ) DEMODULAÇÃO FM – POR CONVERSÃO AM-FM 𝑠 𝑡 = −𝐴𝑐 sen 𝜃 𝑡 . 2𝜋𝑓𝑐 + 2𝜋𝑘𝑓𝑚 𝑡 Rearranjando: 𝑠 𝑡 = −𝐴𝑐2𝜋𝑓𝑐 sen 𝜃 𝑡 − 𝐴𝑐2𝜋𝑘𝑓𝑚 𝑡 sen 𝜃 𝑡 Desta forma, um circuito detector de envoltória estudado na demodulação AM, é capaz de demodular o sinal FM. portadora mensagem modulada EXEMPLO Uma onda quadrada periódica é modulada em frequência. Considere 𝑓𝑐 = 10 kHz, Δ𝑓 = 1 kHz, 𝑘𝑓 = 1. 10 3 e 𝐴𝑐 = 1V. Esboce as formas de onda em cada ponto. RESOLUÇÃO No ponto (a), temos a própria mensagem: Em (b), temos a mensagem modulada em FM: 𝑓𝑖𝑀𝐴𝑋 𝑡 = 𝑓𝑐 + 𝑘𝑓𝑚 𝑡 → 10. 10 3 + 1. 103. 1 = 11 kHz 𝑓𝑖𝑀𝐼𝑁 𝑡 = 𝑓𝑐 + 𝑘𝑓𝑚 𝑡 → 10. 10 3 + 1. 103. −1 = 9 kHz RESOLUÇÃO RESOLUÇÃO ATIVIDADE Uma onda quadrada periódica é modulada em frequência. Considere 𝑓𝑐 = 20 kHz, Δ𝑓 = 1 kHz, 𝑘𝑓 = 3. 10 3 e 𝐴𝑐 = 1V. Esboce as formas de onda em cada ponto. Aulas/12_AnalogicoDigital.pdf FUNDAMENTOS DE COMUNICAÇÃO Profa. Dra. Sarah Negreiros de Carvalho Leite João Monlevade/MG Introdução às Modulações Digitais INTRODUÇÃO ÀS MODULAÇÕES ANALÓGICAS Vimos que na comunicação analógica a informação está contida numa forma de onda (portadora), por meio da variação contínua de seus parâmetros: - Amplitude -> AM - Frequência -> FM - Fase -> PM Nos sistemas de comunicação digital a informação está inserida num conjunto de símbolos, os quais pertencem a um alfabeto finito e ocupam um determinado intervalo de tempo. VANTAGENS DA COMUNICAÇÃO DIGITAL 1. Melhor desempenho em ambiente inóspito: maior facilidade para lidar com ruídos e erros 2. Maior confiabilidade e segurança na transmissão: possibilidade de inserir códigos corretores de erro e proteger o acesso 3. Integração sistêmica: permite a confluência de sinais de natureza diferentes, como dados, voz, áudio, vídeo, etc., em uma mesma plataforma ou rede de comunicação. INTRODUÇÃO ÀS MODULAÇÕES DIGITAIS A comunicação digital geralmente envolve três processos: - Amostragem: discretização temporal - Quantização: discretização em amplitude - Codificação: associação entre as amostras da mensagem e os símbolos do alfabeto adotado. SÍMBOLOS Os símbolos são gerados por um processo de codificação que envolve a discretização do sinal por amostragem e quantização Ex.: Código de Morse É composto por 2 símbolos: Ponto (·) Traço (-) Como transportar os símbolos? COMO TRANSPORTAR OS SÍMBOLOS? Por meio de uma forma de pulso adequada às características do canal. Banda Base: o pulso tem o conteúdo espectral e torno da frequência fundamental do sinal 𝑓 = 0 Hz. Banda Passante: o pulso ocupa uma faixa de frequência em torno da frequência da portadora 𝑓𝑐. TEORIA DA AMOSTRAGEM: REVISÃO O teorema de Nyquist (1926) estabelece as condições para que um dado sinal limitado em faixa seja amostrado sem perda de informação: 𝑓𝑠 ≥ 2𝑓𝑚𝑎𝑥 Com 𝑓𝑠 = 1 𝑇𝑠 . Como amostrar o sinal? COMO AMOSTRAR O SINAL? Por meio de um trem de impulsos. 𝑔 𝑡 = 𝑔 𝑛𝑇𝑠 ∞ 𝑛=−∞ 𝛿(𝑡 − 𝑛𝑇𝑠) AMOSTRAGEM Entretanto, é fisicamente impossível gerar um trem de impulsos de maneira analógica. Na prática usamos um sistema chamado sample- hold. O sample-hold trabalha com um trem de pulsos, amostrando e “segurando” constante o valor por um intervalo de tempo. MODULAÇÃO POR AMPLITUDE DE PULSO (PAM) Este mecanismo define a técnica de codificação conhecida por Modulação por Amplitude de Pulso (PAM). Esta técnica fornece o sinal discretizado no tempo (amostrado), mas que assume valores reais em amplitude. MODULAÇÃO POR AMPLITUDE DE PULSO (PAM) Além da PAM, outras técnicas utilizam um trem de pulsos para a amostragem, podendo variar além da amplitude, a largura (PWM) ou a posição dos pulsos (PPM). Sinais modulados por pulsos. (a) Sem modulação. (b) sinal PAM. (c) Sinal PWM. (d) Sinal PPM. ATIVIDADE Esboce o espectro do sinal modulado em PAM assumindo que a frequência de modulação é 𝑓𝑚 = 0,2 𝐻𝑧 , o período de amostragem 𝑇𝑠 = 1𝑠 e a duração do pulso 𝑇 = 0,45𝑠. 𝑚(𝑡) = 𝐴𝑚cos (2𝜋𝑓𝑚𝑡) Aulas/13_AnalogicoDigital.pdf FUNDAMENTOS DE COMUNICAÇÃO Profa. Dra. Sarah Negreiros de Carvalho Leite João Monlevade/MG Introdução às Modulações Digitais QUANTIZAÇÃO A próxima etapa para estabelecer um sistema de comunicação digital é quantizar a mensagem amostrada, transformando a amplitude das amostras em valores discretos que pertençam a um número finito de níveis. O sistema de quantização assume um compromisso entre precisão e faixa dinâmica. QUANTIZAÇÃO Uma vez estabelecidos os níveis de quantização e quantizadas as amostras do sinal utilizando estes níveis, o processo seguinte é a codificação, que consiste em associar uma palavra binária para cada nível. 𝑁 𝑏𝑖𝑡𝑠 𝑝𝑎𝑙𝑎𝑣𝑟𝑎 → 2𝑁𝑛í𝑣𝑒𝑖𝑠 𝑑𝑒 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑧𝑎çã𝑜 EXEMPLO: QUANTIZAÇÃO Considere o sinal 𝑓 𝑡 = 4 cos 2𝜋𝑡 , amostrado a cada 0,05 s. t f(t) Saída Quantizador Erro Código 0,05 3,804 3,5 0,304 001 0,10 3,236 3,5 -0,264 001 0,15 2,351 2,5 -0,149 010 0,20 1,236 1,5 -0,264 011 MODULAÇÃO POR CODIFICAÇÃO DE PULSO Os processos de amostragem, quantização e codificação definem a modulação por codificação por pulso (PCM). O sistema PCM pode ser esquematizado como: CODIFICAÇÃO DE LINHA Para transmitir o sinal digital é necessário realizar uma codificação de linha. Vejamos alguns códigos de linha são: a) On-off b) NRZ – sem retorno ao zero c) RZ – retorno ao zero d) BRZ – bipolar com retorno ao zero e) Manchester (chaveamento de fase) f) Diferencial ATIVIDADE A figura abaixo mostra um sinal PCM no qual os níveis de amplitude de +1 V e -1 V são usados para representar os símbolos binários 1 e 0, respectivamente. A palavra código usada consiste em três bits. Encontre a versão amostrada do sinal analógico do qual esse sinal PCM foi derivado. Aulas/14_TransmissaoBandaBase.pdf FUNDAMENTOS DE COMUNICAÇÃO Profa. Dra. Sarah Negreiros de Carvalho Leite João Monlevade/MG Transmissão de dados em banda base TRANSMISSÃO EM BANDA BASE O termo banda base indica que a faixa de frequência utilizada na transmissão do sinal é a faixa na qual ele é gerado na fonte de informação. O canal empregado, normalmente, é cabeado, por exemplo: fibra ótica, cabo coaxial, par trançado. O esquema de transmissão de um sistema de transmissão em banda base é do tipo: TRANSMISSÃO EM BANDA BASE Destino {𝑏 𝑘} 𝑠(𝑡) {𝑎𝑘} Fonte de Informação {𝑏𝑘} Filtro de transmissão 𝐺(𝑓) Canal 𝐻(𝑓) Codificador de Linha Filtro de recepção Q(𝑓) Tomada de decisão 𝑥(𝑡) 𝑦(𝑡) 𝑦(𝑖𝑇𝑏) Considerando a primeira parte do esquema: Podemos expressar: 𝑠 𝑡 = 𝑎𝑘𝑔(𝑡 − 𝑘𝑇𝑏) ∞ 𝑘=−∞ onde 𝑇𝑏 é o tempo de transmissão de 1 bit (tempo de bit). TRANSMISSÃO EM BANDA BASE Ex.: Usando a codificação NRZ, por exemplo: 𝑎𝑘 = 1, para 𝑏𝑘 = 1 𝑎𝑘 = −1, para 𝑏𝑘 = 0 TRANSMISSÃO EM BANDA BASE O sinal na saída do canal, pode ser expresso como: 𝑥 𝑡 = 𝑠 𝑡 ∗ ℎ 𝑡 𝑦 𝑡 = 𝑥 𝑡 ∗ 𝑞 𝑡 = 𝑠 𝑡 ∗ ℎ 𝑡 ∗ 𝑞(𝑡) 𝑦 𝑡 = 𝑎𝑘 ∞ 𝑘=−∞ 𝑔 𝑡 − 𝑘𝑇𝑏 ∗ ℎ 𝑡 − 𝑘𝑇𝑏 ∗ 𝑞 𝑡 − 𝑘𝑇𝑏 𝑝 𝑡−𝑘𝑇𝑏 sendo 𝑝 𝑡 = 𝑔 𝑡 ∗ ℎ 𝑡 ∗ 𝑞 𝑡 ⟺ 𝑃 𝑓 = 𝐺 𝑓 𝐻 𝑓 𝑄(𝑓) TRANSMISSÃO EM BANDA BASE Então: Na saída do receptor temos: 𝑦 𝑡 = 𝑎𝑘 ∞ 𝑘=−∞ 𝑝 𝑡 − 𝑘𝑇𝑏 Mas como obter {𝑎𝑘} a partir de 𝑦(𝑡)? TRANSMISSÃO EM BANDA BASE Amostrando 𝑦 𝑡 a cada múltiplo de 𝑇𝑏 → 𝑦(𝑖𝑇𝑏). Assim, a expressão da saída do receptor: 𝑦 𝑡 = 𝑎𝑘 ∞ 𝑘=−∞ 𝑝 𝑡 − 𝑘𝑇𝑏 Se torna: 𝑦 𝑖𝑇𝑏 = 𝑎𝑘𝑝( 𝑖 − 𝑘)𝑇𝑏 ∞ 𝑘=−∞ , 𝑖 ∈ ℤ COMO RECUPERAR A MENSAGEM ENVIADA? Notação: 𝑝 𝑖𝑇𝑏 = 𝑝𝑖 𝑦 𝑖𝑇𝑏 = 𝑦𝑖 Reescrevendo: 𝑦 𝑖𝑇𝑏 = 𝑎𝑘𝑝( 𝑖 − 𝑘)𝑇𝑏 ∞ 𝑘=−∞ Temos: 𝑦𝑖 = 𝑎𝑘𝑝𝑖−𝑘 = ∞ 𝑘=−∞ 𝑎𝑘 ∗ 𝑝𝑘 Então, se em um dado instante de tempo 𝑖𝑇𝑏 recebemos 𝑦 𝑖𝑇𝑏 , como recuperar o sinal enviado 𝑎𝑖 ao qual ele corresponde? COMO RECUPERAR A MENSAGEM ENVIADA? Notação: 𝑝 𝑖𝑇𝑏 = 𝑝𝑖 𝑦 𝑖𝑇𝑏 = 𝑦𝑖 Reescrevendo: 𝑦 𝑖𝑇𝑏 = 𝑎𝑘𝑝( 𝑖 − 𝑘)𝑇𝑏 ∞ 𝑘=−∞ Temos: 𝑦𝑖 = 𝑎𝑘𝑝𝑖−𝑘 = ∞ 𝑘=−∞ 𝑎𝑘 ∗ 𝑝𝑘 Então, se em um dado instante de tempo 𝑖𝑇𝑏 recebemos 𝑦 𝑖𝑇𝑏 , como recuperar o sinal enviado 𝑎𝑖 ao qual ele corresponde? COMO RECUPERAR A MENSAGEM ENVIADA? Para recuperar os bits enviados a partir do sinal recebido, vemos que o valor de 𝑦𝑖 depende não apenas de 𝑎𝑖 , mas também de todos os outros símbolos enviados 𝑎𝑘. 𝑦𝑖 = 𝑎𝑘𝑝𝑖−𝑘 ∞ 𝑘=−∞ 𝑦𝑖 = 𝑎𝑖𝑝0 + 𝑎𝑘𝑝𝑖−𝑘 ∞ 𝑘=−∞,𝑘≠𝑖 Esta dependência, que envolve todos os outros símbolos transmitidos antes e após 𝑎𝑖, representa um fenômeno residual conhecido como INTERFERÊNCIA INTERSIMBÓLICA (IIS). COMO RECUPERAR A MENSAGEM ENVIADA? Ao ser transmitido através de um canal dispersivo, um símbolo digital tende a se alargar além do intervalo de tempo a ele reservado. Portanto, símbolos adjacentes interferirão uns com os outros, aumentando a probabilidade de erro de detecção no receptor. INTERFERÊNCIA INTERSIMBÓLICA COMO RETIRAR A DEPENDÊNCIA DOS DEMAIS SÍMBOLOS ENVIADOS PARA RECUPERAR 𝑎𝑖 A PARTIR DE 𝑦𝑖? Apresente a diferença entre banda base e banda passante. Indique exemplos de utilização de cada uma destas formas de transmissão em aplicações de telecomunicação. ATIVIDADE Aulas/15_TransmissaoBandaBase.pdf FUNDAMENTOS DE COMUNICAÇÃO Profa. Dra. Sarah Negreiros de Carvalho Leite João Monlevade/MG Transmissão de dados em banda base COMO RETIRAR A DEPENDÊNCIA DOS DEMAIS SÍMBOLOS ENVIADOS PARA RECUPERAR 𝑎𝑖 A PARTIR DE 𝑦𝑖? Para retirar a dependência dos demais símbolos é necessário que 𝑝𝑖−𝑘 = 0 para todo 𝑘 ≠ 𝑖. Então: 𝑦𝑖 = 𝑎𝑖𝑝0 + 𝑎𝑘𝑝𝑖−𝑘 ∞ 𝑘=−∞,𝑘≠𝑖 𝑦𝑖 = 𝑎𝑖𝑝0 COMO RECUPERAR A MENSAGEM ENVIADA? Então o formato geral do pulso 𝑝 𝑡 deve satisfazer: 𝑝𝑖 = 𝐸, 𝑖 = 0 0, 𝑖 ≠ 0 sendo E a energia de cada bit do sinal transmitido. Amostrando 𝑝 𝑡 a uma taxa uniforme 1 𝑇𝑏 , o pulso 𝑝 𝑡 deve ser da forma: 𝑝 𝑡 = 𝑝 𝑖 2𝐵0 𝑠𝑖𝑛𝑐(2𝐵0𝑡 − 𝑖) ∞ 𝑖=−∞ com 𝐵0 = 1 2𝑇𝑏 . COMO RECUPERAR A MENSAGEM ENVIADA? Simplificando, temos que: 𝑝 𝑡 = 𝐸𝑠𝑖𝑛𝑐 2𝐵0𝑡 𝑝 𝑡 = 𝐸𝑠𝑖𝑛(2𝜋𝐵0𝑡) 2𝜋𝐵0𝑡 Então: 𝑃 𝑓 = 𝐸 2𝐵0 , −𝐵0 < 𝑓 < 𝐵0 0, 𝑐𝑎𝑠𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟á𝑟𝑖𝑜 com 𝐵0 = 1 2𝑇𝑏 . FORMA DO PULSO 𝑝 𝑡 = 𝐸 2𝐵0 , −𝐵0 < 𝑓 < 𝐵0 0, 𝑐𝑎𝑠𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟á𝑟𝑖𝑜 FORMA DO PULSO Este formato de pulso é conveniente porque resolve dois problemas: 1) Reduz a IIS a zero 2) Conserva a largura de banda de transmissão. Seria a solução ideal!!! QUAL É O PROBLEMA DESTA SOLUÇÃO??? FORMA DO PULSO Existem dois problemas relacionados à utilização do pulso proposto: 1) O filtro abrupto 𝑃 𝑓 é irrealizável fisicamente. 2) O decaimento da sinc exige que a taxa de amostragem seja precisa, não permitindo nenhum atrado (erro de jitter). A solução que contorna estes problemas e permite recuperar os bits enviados a partir do observado no receptor é o PULSO DO COSSENO LEVANTADO. FORMA DO PULSO 𝑃 𝑓 = 𝐸 2𝐵0 , |𝑓| ≤ 𝑓1 𝐸 4𝐵0 + 1 + 𝑐𝑜𝑠 𝜋( 𝑓 − 𝑓1 2𝐵0 − 𝑓1 , 𝑓 < |𝑓| ≤ 2𝐵0 − 𝑓1 0, 𝑓 > 2𝐵0 − 𝑓1 Fator de roll-off: PULSO DO COSSENO LEVANTADO Calculando a antitransformada de Fourier, encontramos: 𝑝 𝑡 = 𝐸𝑠𝑖𝑛𝑐(2𝐵0𝑡) cos (2𝜋𝛼𝐵0𝑡) 1 − 16𝛼2𝐵0 2𝑡2 , PULSO DO COSSENO LEVANTADO PULSO DO COSSENO LEVANTADO O fator de roll-off deve considerar um compromisso entre banda de transmissão e erros de amostragem. Para: 𝛼 → 0 Gasta-se menos espectro na transmissão, mas o sistema fica mais sensível a erros de amostragem. 𝛼 → 1 Gasta-se o dobro da banda de transmissão mínima, mas a cauda da sinc se anula mais rapidamente, causando menos interferências na falta de sincronismo. A banda de transmissão vai depender do fator de roll-off 𝐵𝑇 = 2𝐵0 − 𝑓1 ⇒ 𝐵𝑇 = 𝐵0(1 + 𝛼), sendo 𝐵0 a banda mínima necessária, 𝑓𝑣 = 𝛼𝐵0 ANÁLISE DA BANDA DE TRANSMISSÃO Um computador emite dados binários a uma taxa de 56 kbits/s. A saída do computador é transmitida usando um sistema PAM binário de banda base projetado para ter um espectro de pulso de cosseno levantado. Determine a largura de banda de transmissão necessária para cada um dos seguintes fatores de roll-off: a) 𝛼 = 0,25 b) 𝛼 = 0,50 c) 𝛼 = 0,75 d) 𝛼 = 1,00 ATIVIDADE O padrão de olho é uma ferramenta utilizada para analisar a qualidade da transmissão de um sistema de comunicação digital. Ele é produzido pela superposição sincronizada de intervalos de símbolo sucessivos da forma de onda que aparece na saída do filtro de recepção. Experimentalmente, o padrão de olho apresenta duas qualidades atraentes: - É simples de ser obtido - Fornece uma grande quantidade de informações sobre as características do sistema de transmissão de dados. Sendo um indicador visual de quão bem ou mal um sistema de transmissão de dados executa a tarefa de transportar uma sequência de dados através de um canal físico. PADRÃO DE OLHO PADRÃO DE OLHO EXEMPLO 1: PADRÃO DE OLHO EXEMPLO 2: PADRÃO DE OLHO Caso ideal. Canal com ruído e largura de banda finita. EXEMPLO 3: PADRÃO DE OLHO Padrão de olho: sistema binário EXEMPLO 3: PADRÃO DE OLHO Padrão de olho: sistema quaternário Aulas/16_TransmissaoBandaPassante.pdf FUNDAMENTOS DE COMUNICAÇÃO Profa. Dra. Sarah Negreiros de Carvalho Leite João Monlevade/MG Transmissão de dados em banda passante TRANSMISSÃO EM BANDA PASSANTE Objetivo: transmitir a sequência de dados digitais numa faixa de frequência em torno da frequência da portadora 𝑓𝑐 , ou seja, por um canal “passa-faixas” (não mais “passa-baixas”) Como fica o sistema de comunicação? O esquema de transmissão de um sistema de transmissão em banda passante é do tipo: TRANSMISSÃO EM BANDA PASSANTE Destino {𝑎 𝑘} 𝑠(𝑡) {𝑎𝑘} Fonte de Informação {𝑏𝑘} Filtro de transmissão (em torno de 𝑓 = 0) Canal 𝐻 𝑓 (em torno de 𝑓𝑐) Codificador de Linha Tomada de decisão 𝑥(𝑡) 𝑦(𝑡) 𝑦(𝑖𝑇𝑏) Modulador Demodulador Filtro de recepção (em torno de 𝑓 = 0) COMO REALIZAR A MODULAÇÃO DIGITAL? Analogamente ao que vimos na modulação analógica, a portadora pode ser do tipo: 𝑐 𝑡 = 𝑨𝒄cos (2𝜋𝒇𝒄𝑡 + 𝜽𝒄) O processo de modulação envolve a comutação ou chaveamento da amplitude, fase ou frequência de uma onda portadora senoidal entre um par de valores possíveis de acordo com os símbolos 0 e 1. Assim, podemos identificar três formas distintas de modulação digital: ASK – amplitude shift-keying FSK – frequency shift-keying PSK – phase shift-keying MODULAÇÃO DIGITAL O chaveamento de amplitude binária (BASK ou 2- ASK) é uma das primeiras formas de modulação digital usada em telégrafos no início do século XX. Ex.: Considere um fluxo de dados binários no formato On-Off e a portadora dada na figura (a). ASK Tempo de bit - Tb 𝑠 𝑡 = 𝐴𝑐cos (2𝜋𝑓𝑐𝑡) , 𝑎𝑘 = 1 0, 𝑎𝑘 = 0 Chaveamento de frequência binária (BFSK ou 2-FSK). FSK 𝑠 𝑡 = 𝐴𝑐cos (2𝜋𝑓1𝑡) , 𝑎𝑘 = 1 𝐴𝑐cos (2𝜋𝑓0𝑡) , 𝑎𝑘 = 0 Chaveamento de fase binária (BPSK ou 2-PSK). Lembrando que cos 𝛼 + 𝜋 = −cos (𝛼) PSK 𝑠 𝑡 = 𝐴𝑐 cos 2𝜋𝑓𝑐𝑡 , 𝑎𝑘 = 1 𝐴𝑐cos (2𝜋𝑓𝑐𝑡 + 𝜋) , 𝑎𝑘 = 0 𝑠 𝑡 = 𝑚(𝑡)𝑐 𝑡 𝑠 𝑡 = 𝑚 𝑡 cos 2𝜋𝑓𝑐𝑡 𝑆 𝑓 = 1/2[𝑀 𝑓 − 𝑓𝑐 + 𝑀 𝑓 + 𝑓𝑐 ] Considerando o sinal usando o código de linha on-off e um pulso retangular para transmissão podemos visualizar o espectro ocupado pelas modulações digitais. ANÁLISE ESPECTRAL ASK: PSK: FSK: ANÁLISE ESPECTRAL Conteúdo em torno da frequência da portadora, devido à variação nos valores de amplitude, apresenta uma componente DC em fc. Conteúdo em torno de fc. Conteúdo em torno das frequências de modulação fc0 e fc1. Considere a sequência de bits que contém a informação digital a ser transmitida: 0011100110011100 Para cada caso, esboce o sinal modulado a ser transmitido referente à sequência de bits. Indique as convenções adotadas para simbologia das palavras códigos (bit 0 e 1). a) BASK b) BFSK c) BPSK ATIVIDADE A demodulação de sinais modulados digitalmente é similar a de sinais modulados analogicamente. Devido às relações entre ASK e AM, entre FSK e FM e entre PSK e QAM (ou AM-DSB-SC), as diferentes técnicas empregadas para modulações analógicas podem ser diretamente aplicadas aos equivalentes digitais. DEMODULAÇÃO DIGITAL Detecção ASK Assim como a AM, a ASK pode ser demodulada de forma coerente (síncrona) ou incoerente (detector de envelope). O detector coerente requer equipamento mais elaborado e tem desempenho superior quando a SNR é baixa. Para SNR alta, o detector de envelope tem um desempenho muito bom. O detector por envelope é o mais empregado, pois é mais simples e garante uma eficiência e confiabilidade adequada. Geralmente, se o sistema tem baixa SNR e exige um detector coerente, é preferível empregar a PSK, que tem melhor eficiência de potência que o ASK. DEMODULAÇÃO DIGITAL - ASK Detecção FSK O sinal FSK binário pode ser visto como dois sinais ASK entrelaçados, com frequências portadoras ωc0 e ωc1. Portanto, a FSK pode ser detectada de forma coerente ou incoerente. DEMODULAÇÃO DIGITAL - FSK Detecção incoerente: O sinal que chega é aplicado a um par de filtros sintonizados em ωc0 e ωc1. Cada filtro é seguido por um detector de envelope. As saídas dos dois detectores de envelope são amostradas e comparadas. Se um 0 for transmitido por um pulso de frequência ωc0, esse pulso aparecerá na saída do filtro sintonizado em ωc0. Praticamente nenhum sinal aparecerá na saída do filtro sintonizado em ωc1. Assim, a amostra da saída do detector de envelope que segue o filtro ωc0 será maior que a amostra da saída do detector de envelope que segue o filtro ωc1, e o receptor decide que um 0 foi transmitido. No caso de um 1, ocorre o oposto. DEMODULAÇÃO DIGITAL - FSK Detecção Coerente: Ocorre uma demodulação dupla em torno das duas frequências usadas na modulação (ωc0 e ωc1). Na sequencia o sinal é filtrado e segue para comparação das saídas dos dois demoduladores. Esta técnica exige que o detector FSK gere duas portadoras em sincronia com as portadoras do modulador. Isto é complexo e viola o propósito da FSK, projetado principalmente para detecção mais simples e não coerente. Na prática, a detecção FSK coerente não é utilizada. DEMODULAÇÃO DIGITAL - FSK Aulas/17_TransmissaoBandaPassante.pdf FUNDAMENTOS DE COMUNICAÇÃO Profa. Dra. Sarah Negreiros de Carvalho Leite João Monlevade/MG Transmissão de dados em banda passante Detecção PSK Em PSK binário, um 1 é transmitido por um pulso Acos(ωct) e um 0, por um pulso –Acos(ωct). A informação está na fase da portadora. Assim como em AM-DSB-SC, esses sinais não podem ser demodulados por detecção de envelope, pois o envelope é o mesmo para 1 e 0. DEMODULAÇÃO DIGITAL - PSK A detecção coerente é similar à usada para sinais analógicos. DEMODULAÇÃO DIGITAL - PSK PSK Diferencial Embora a detecção de envelope não possa ser usada para PSK, ainda é possível explorar o número finito de valores de fase de modulação para detecção incoerente, por meio do PSK diferencial ou DPSK. O princípio da detecção diferencial é que o receptor detecte a mudança de fase relativa entre sucessivas fases moduladas θk e θk-1. Como os valores de fase em PSK são finitos (iguais a 0 e π em PSK binário), o transmissor pode codificar o dado de informação na diferença de fase θk – θk-1. Por exemplo, uma diferença de fase zero representa 0, enquanto uma diferença de fase π significa 1. DEMODULAÇÃO DIGITAL - PSK Em DPSK, evitamos a geração de uma portadora local observando que o próprio sinal modulado recebido é uma portadora (±Acos(ωct)). No lugar da portadora, podemos usar o sinal recebido atrasado por Tb (um intervalo de bit). Se o pulso recebido for igual ao anterior, o produto dos dois será y(t) = A2cos2(ωct) = (A 2/2)(1+cos(2ωct)), e a saída do filtro passa-baixas, z(t)=A2/2, e detectamos o pulso corrente como um 0. Se o pulso recebido e o anterior tiverem polaridades opostas, y(t) = –A2 cos2(ωct) e z(t) = –A 2/2, desta forma o bit corrente é detectado como 1. DEMODULAÇÃO DIGITAL - PSK Exemplo: Usando a codificação diferencial DEMODULAÇÃO DIGITAL - PSK Tempo k 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Ik 1 0 1 0 0 1 1 1 0 0 qk 0 1 1 0 0 0 1 0 1 1 1 Código de linha ak –1 1 1 –1 –1 –1 1 –1 1 1 1 θk π 0 0 π π π 0 π 0 0 0 θk – θk – 1 π π π π π 0 0 Bits detectados 1 0 1 0 0 1 1 1 0 0 Em termos de complexidade de demodulação, ASK, FSK e DPSK podem ser todos detectados incoerentemente, sem uma portadora síncrona no receptor. A PSK é a única que precisa ser detectada de maneira coerente. Detecção incoerente -> menor imunidade ao ruído. Do ponto de vista de imunidade ao ruído, a PSK coerente é superior a todos os outros esquemas. A PSK também requer menor largura de banda do que a FSK. DEMODULAÇÃO DIGITAL Para aumentar a eficiência espectral e a taxa de transmissão de informação do sistema de comunicação, podemos pensar em enviar mais bits por transmissão. Por exemplo, se enviarmos 2 bits (dibit) teremos 4 possíveis ‘palavras’: 00, 01, 10 e 11. MODULAÇÃO DIGITAL M-ÁRIA Em vez de enviar apenas um bit, podemos enviar log2 M bits. Exemplo: 4-ASK ou QASK M-ASK 𝑠 𝑡 = 𝐴1 cos 2𝜋𝑓𝑐𝑡 , 00 𝐴2cos (2𝜋𝑓𝑐𝑡) , 01 𝐴3 cos 2𝜋𝑓𝑐𝑡 , 10 𝐴4 cos 2𝜋𝑓𝑐𝑡 , 11 A seleção do conjunto de frequências {fi} determina o desempenho e a largura de banda da modulação FSK. Existe um compromisso entre: distânciamento das frequências e largura de banda. Que afetam, capacidade de distinção dos símbolos (maior confiabilidade do sistema) e banda de transmissão disponível. A opção de se empregarem símbolos FSK que sejam ortogonais em Tb (OFSK), permite a distinção dos símbolos mesmo empregando uma largura de banda limitada. M-FSK Exemplo: 4-FSK ou QFSK M-FSK 𝑠 𝑡 = 𝐴 cos 2𝜋𝑓𝑐1𝑡 , 00 𝐴cos (2𝜋𝑓𝑐2𝑡) , 01 𝐴 cos 2𝜋𝑓𝑐3𝑡 , 10 𝐴 cos 2𝜋𝑓𝑐4𝑡 , 11 Exemplo: QPSK ou 4-PSK Se quisermos representar o dibit ‘00’, teremos: 𝑠 𝑡 = 𝐴𝑐 cos 2𝜋𝑓1𝑡 + 3𝜋 4 𝑠 𝑡 = 𝐴𝑐 cos 2𝜋𝑓1𝑡)cos ( 3𝜋 4 − 𝐴𝑐 sen 2𝜋𝑓1𝑡)sen ( 3𝜋 4 𝑠 𝑡 = 𝑠𝐼 𝑡 c t + 𝑠𝑄 𝑡 𝑐 t 𝑠 𝑡 = 𝑠𝐼 𝑡 + 𝑗𝑠𝑄 𝑡 Para ‘00’: 𝑠 𝑡 = cos 3𝜋 4 − 𝑗sen ( 3𝜋 4 ) M-PSK 𝑠 𝑡 = 𝐴𝑐 cos 2𝜋𝑓1𝑡 + 3𝜋 4 , 00 𝐴𝑐cos (2𝜋𝑓1𝑡 + 𝜋 4 ) , 10 𝐴𝑐 cos 2𝜋𝑓1𝑡 − 𝜋 4 , 11 𝐴𝑐 cos 2𝜋𝑓1𝑡 − 3𝜋 4 , 01 Exemplo: QPSK ou 4-PSK 𝑠 𝑡 = 𝑠𝐼 𝑡 + 𝑗𝑠𝑄 𝑡 Para ‘00’: 𝑠 𝑡 = cos 3𝜋 4 − 𝑗sen ( 3𝜋 4 ) Para ‘10’: 𝑠 𝑡 = cos 𝜋 4 − 𝑗sen ( 𝜋 4 ) Para ‘11’: 𝑠 𝑡 = cos 𝜋 4 + 𝑗sen ( 𝜋 4 ) Para ‘01’: 𝑠 𝑡 = cos 3𝜋 4 + 𝑗sen ( 3𝜋 4 ) M-PSK 𝑠 𝑡 = 𝐴𝑐 cos 2𝜋𝑓1𝑡 + 3𝜋 4 , 00 𝐴𝑐cos (2𝜋𝑓0𝑡 + 𝜋 4 ) , 10 𝐴𝑐 cos 2𝜋𝑓1𝑡 − 𝜋 4 , 11 𝐴𝑐 cos 2𝜋𝑓1𝑡 − 3𝜋 4 , 01 Exemplo: QPSK ou 4-PSK M-PSK 𝑠 𝑡 = 𝐴𝑐 cos 2𝜋𝑓1𝑡 + 3𝜋 4 , 00 𝐴𝑐cos (2𝜋𝑓0𝑡 + 𝜋 4 ) , 10 𝐴𝑐 cos 2𝜋𝑓1𝑡 − 𝜋 4 , 11 𝐴𝑐 cos 2𝜋𝑓1𝑡 − 3𝜋 4 , 01 Diagrama de constelação de sinais – M-PSK M-PSK O aumento de M, aumenta a quantidade de símbolos que podem ser enviados, aproximando as fases e tornando o sistema mais susceptível a erros. Uma opção é variar a fase e a amplitude da portadora -> realizando a modulação por amplitude em quadratura (QAM). M-PSK A modulação QAM permite melhorar ainda mais a eficiência espectral, permitindo carregar mais bits por símbolo ao se variar a fase e amplitude da portadora. 𝑠 𝑡 = 𝑎𝑖cos 2𝜋𝑓𝑐𝑡 − 𝑏𝑖se𝑛 2𝜋𝑓𝑐𝑡 𝑟𝑖 = 𝑎𝑖 2 + 𝑏𝑖 2 𝜃𝑖 = 𝑡𝑔 −1 𝑏𝑖 𝑎𝑖 M-QAM Exemplo: 16-QAM M=16 M-QAM Aulas/18_Ruidos.pdf FUNDAMENTOS DE COMUNICAÇÃO Profa. Dra. Sarah Negreiros de Carvalho Leite João Monlevade/MG Revisão de Estatística e Ruídos Modelo determinístico: não há incertezas a respeito do comportamento da função temporal. Ex.: 𝑓 𝑡 = cos 2𝜋𝑓1𝑡 para todo instante de tempo t, a função é bem determinada. Modelo aleatório: descreve o comportamento de um fenômeno em termos probabilísticos. Ex.: previsão do tempo, ruído de um sistema de comunicação Apesar de não ser possível determinar o valor exato para um dado instante de tempo t, é possível descrever o comportamento do fenômeno em termos estatísticos. SINAIS E RUÍDOS ALEATÓRIOS 1) 𝑃 𝑆 = 1, sendo S o espaço amostral 2) 0 ≤ 𝑃 𝐴 ≤ 1, sendo A um evento 3) 𝑃 𝐴 ∪ 𝐵 = 𝑃 𝐴 + 𝑃[𝐵] , sendo A e B eventos mutuamente exclusivos. PROBABILIDADE E AXIOMAS - Espaço amostral: S = {1, 2, 3, 4, 5, 6} - Evento A: sair um número par P[A = par={2,4,6}] P[A=2]+P[A=4]+P[A=6]=1/6+1/6+1/6=1/2 - Evento B: sair um número maior que 4 => P[B>4] = P[B=5] + P[B=6] = 1/6+1/6 = 1/3 Observe que: 𝑃 𝐴 ∪ 𝐵 = 2 3 ≠ 𝑃 𝐴 + 𝑃 𝐵 = 1 2 + 1 3 = 5 6 Pois os eventos A e B não são mutuamente exclusivos 𝐴 ∩ 𝐵 = {6} EXEMPLO: DADO HONESTO É uma função que descreve os pontos amostrais de S em números reais (V.A. contínua) ou inteiros (V.A. discreta). Exemplo: S VARIÁVEL ALEATÓRIA (V.A.) . Cara . Coroa X(coroa)=X[x=1] x 0 1 X(cara)=X[x=0] Descreve a probabilidade de ocorrência associada a cada valor da V.A. discreta. Exemplo: moeda honesta 𝑃 𝑋 = 𝑥 = 1 2 , 𝑥 = 0 1 2 , 𝑥 = 1 FUNÇÃO MASSA DE PROBABILIDADE (PMF) P[X] x 1/2 0 1 Considera uma V.A. discreta 𝑋 que pode assumir os valores 0 e 1 , com probabilidade 1 − 𝑝 e 𝑝 , respectivamente. PMF: 𝑃 𝑋 = 𝑥 = 1 − 𝑝, 𝑥 = 0 𝑝 , 𝑥 = 1 MODELO DE BERNOULLI Descreve a distribuição de uma variável aleatória contínua 𝑋. A PDF 𝑓 𝑥 pode ser usada para calcular a probabilidade de 𝑋 pertencer a um intervalo [𝑎, 𝑏]. FUNÇÃO DENSIDADE DE PROBABILIDADE (PDF) Uma das distribuições contínuas mais usadas é a Gaussiana, cuja PDF é: 𝑓 𝑥 = 1 2𝜋𝜎 𝑒 −(𝑥−𝜇)2 2𝜎2 A PDF da Gaussiana é completamente caracterizada pela média e variância. MODELO NORMAL OU GAUSSIANO Considere duas V.A.s que descrevem duas características diferentes do objeto de estudo, por exemplo, idade e período dos alunos. É possível pensar em construir um modelo que dado a idade do aluno, seja possível inferir o período em que ele está. 𝑃 𝑌|𝑋 - descreve a probabilidade de 𝑌 assumir um valor 𝑦 dado que se conhece que 𝑋 assumiu o valor 𝑥. PROBABILIDADE CONDICIONAL Então, pode-se calcular a probabilidade condicional como: 𝑃 𝑌 𝑋 = 𝑃[𝑋, 𝑌] 𝑃[𝑋] Sendo 𝑃[𝑋, 𝑌] a probabilidade conjunta e 𝑃 𝑋 a probabilidade marginal. Também podemos escrever a probabilidade condicional como sendo: 𝑃 𝑋 𝑌 = 𝑃[𝑌, 𝑋] 𝑃[𝑌] PROBABILIDADE CONDICIONAL A probabilidade conjunta é simétrica, ou seja, 𝑃 𝑋, 𝑌 = 𝑃[𝑌, 𝑋]. Assim, podemos reescrever as duas expressões anteriores, como sendo: 𝑃 𝑌 𝑋 = 𝑃[𝑋, 𝑌] 𝑃[𝑋] → 𝑃 𝑋, 𝑌 = 𝑃 𝑌 𝑋 𝑃[𝑋] 𝑃 𝑋 𝑌 = 𝑃[𝑌, 𝑋] 𝑃[𝑌] → 𝑃 𝑌, 𝑋 = 𝑃 𝑋, 𝑌 = 𝑃 𝑋 𝑌 𝑃[𝑌] Igualando as conjuntas, encontramos a Regra de Bayes: 𝑃 𝑌 𝑋 = 𝑃 𝑋 𝑌 𝑃[𝑌] 𝑃[𝑋] PROBABILIDADE CONDICIONAL Se as V.A.s 𝑋e 𝑌 forem independentes, vale que: 𝑃 𝑋, 𝑌 = 𝑃 𝑋 𝑃[𝑌] INDEPENDÊNCIA Considere um canal binário simétrico sem memória utilizado para transmitir dados binários. O Modelo de Bernoulli é capaz de descrever a geração desses dados na fonte de informação. 𝑃 𝑋 = 𝑥 = 1 − 𝑝1, 𝑥 = 0 𝑝1, 𝑥 = 1 EXEMPLO: CANAL BINÁRIO SIMÉTRICO Devido à presença de ruídos no canal, podem ocorrer erros na transmissão do sinal com probabilidade 𝑝. Podemos dizer então que, a probabilidade condicional associada aos erros, são: 𝑃 𝑌 = 0|𝑋 = 1 = 𝑝 E 𝑃 𝑌 = 1|𝑋 = 0 = 𝑝 EXEMPLO: CANAL BINÁRIO SIMÉTRICO Considerando estes dados, determine: a) A probabilidade de se receber o símbolo 0. b) A probabilidade de se receber o símbolo 1. c) 𝑃 𝑋 = 0|𝑌 = 1 EXEMPLO: CANAL BINÁRIO SIMÉTRICO a) A probabilidade de se receber o símbolo 0. 𝑃 𝑌 = 0 = 𝑃 𝑌 = 0 𝑋 = 0 𝑃 𝑋 = 0 + 𝑃 𝑌 = 0 𝑋 = 1 𝑃 𝑋 = 1 = 1 − 𝑝 𝑝0 + 𝑝𝑝1 RESOLUÇÃO 𝑃 𝑋 = 𝑥 = 𝑝0, 𝑥 = 0 𝑝1, 𝑥 = 1 Analogamente, para o item b): b) A probabilidade de se receber o símbolo 1. 𝑃 𝑌 = 1 = 𝑃 𝑌 = 1 𝑋 = 1 𝑃 𝑋 = 1 + 𝑃 𝑌 = 1 𝑋 = 0 𝑃 𝑋 = 0 = 1 − 𝑝 𝑝1 + 𝑝𝑝0 RESOLUÇÃO 𝑃 𝑋 = 𝑥 = 𝑝0, 𝑥 = 0 𝑝1, 𝑥 = 1 c) 𝑃 𝑋 = 0|𝑌 = 1 Usando a regra de Bayes: 𝑃 𝑋 = 0|𝑌 = 1 = 𝑃 𝑌 = 1|𝑋 = 0 𝑃[𝑋 = 0] 𝑃[𝑌 = 1] = 𝑝𝑝0 1 − 𝑝 𝑝1 + 𝑝𝑝0 RESOLUÇÃO 𝑃 𝑋 = 𝑥 = 𝑝0, 𝑥 = 0 𝑝1, 𝑥 = 1 Um canal binário, simétrico e sem memória é utilizado para transmitir dados binários. Devido à presença de ruídos pode ocorrer erros de transmissão. Considerando o esquema abaixo, determine a probabilidade de se transmitir o bit 0 e se receber o bit 1, sendo p = 0,2 e P(X=0)=0,5. ATIVIDADE Trata-se de um processo estocástico ou processo aleatório. A análise do ruído em sistemas de comunicação é geralmente baseada na presença de ruído Gaussiano branco. Mais especificamente, considera-se sempre a presença de ruído Gaussiano branco aditivo (AWGN) presente no canal de comunicação. RUÍDO GAUSSIANO BRANCO Luz branca => todas as componentes de frequência estão presentes de maneira equivalente. A densidade espectral de potência do ruído branco independe da frequência. 𝑆 𝑓 = 𝑁0 2 𝑁0 2 - é a densidade de potência do ruído medida na entrada do receptor. RUÍDO GAUSSIANO BRANCO 𝑆 𝑓 𝑓 𝑁0 2 Exemplo de um sinal com ruído Gaussiano branco. RUÍDO GAUSSIANO BRANCO Aulas/1_Introducao.pdf FUNDAMENTOS DE COMUNICAÇÃO Profa. Dra. Sarah Negreiros de Carvalho Leite João Monlevade/MG Introdução O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO A comunicação está presente na vida cotidiana em tantas formas diferentes. O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO Comunicação envolve transmissão de informação de um ponto a outro por uma sucessão de processos. O sinal mensagem enviado está sujeito a distorções, ruídos e interferências. Sinal mensagem enviado Sistema de Comunicação Sinal mensagem recebido O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO O sistema de Comunicação envolve basicamente os seguintes processos: Fonte de Informação Canal Receptor Transmissor Usuário da Informação Sinal mensagem enviado Sinal transmitido Sinal recebido Sinal mensagem recebido SISTEMA DE COMUNICAÇÃO A fonte de informação origina a mensagem a ser enviada. A mensagem pode ser de diferentes naturezas, como voz, música, imagem, dados. Fonte de Informação Canal Receptor Transmissor Usuário da Informação Sinal mensagem enviado Sinal transmitido Sinal recebido Sinal mensagem recebido SISTEMA DE COMUNICAÇÃO O transmissor adequa o sinal para que a transmissão ocorra de maneira eficiente. O transmissor consiste de subsistemas, tais como: conversão A/D – codificador – modulador. Fonte de Informação Canal Receptor Transmissor Usuário da Informação Sinal mensagem enviado Sinal transmitido Sinal recebido Sinal mensagem recebido SISTEMA DE COMUNICAÇÃO O canal é o meio pelo qual o sinal trafega. Típicos canais são: um par de fios de cobre trançados (telefone e DSL), cabo coaxial (TV e internet), fibra ótica, link de rádio, ar, etc. Fonte de Informação Canal Receptor Transmissor Usuário da Informação Sinal mensagem enviado Sinal transmitido Sinal recebido Sinal mensagem recebido SISTEMA DE COMUNICAÇÃO O receptor reprocessa o sinal recebido do canal de modo a recuperar as alterações feitas pelo transmissor e remover as distorções e ruídos introduzidos pelo canal. Analogamente ao transmissor, o receptor também consiste de subsistemas, tais como: conversão D/A – decodificador – demodulador. Fonte de Informação Canal Receptor Transmissor Usuário da Informação Sinal mensagem enviado Sinal transmitido Sinal recebido Sinal mensagem recebido SISTEMA DE COMUNICAÇÃO O usuário da informação é o destino da mensagem objeto do sistema de comunicação. Fonte de Informação Canal Receptor Transmissor Usuário da Informação Sinal mensagem enviado Sinal transmitido Sinal recebido Sinal mensagem recebido BANDA BASE E BANDA PASSANTE A transmissão pode ocorrer de duas maneiras: - Banda base: quando o sinal é enviado sem que ocorra a adequação do espectro. Geralmente, em torno da frequência nula. - Geralmente ocorre em sistemas de comunicação cabeados. BANDA BASE E BANDA PASSANTE - Banda passante: o sinal é modulado de maneira que o seu espectro esteja em torno de uma frequência conveniente para a transmissão. MODOS BÁSICOS DE TRANSMISSÃO Broadcasting ou radiodifusão: o transmissor envia o sinal para vários receptores. O fluxo da mensagem é unidirecional O transmissor deve ser potente Ex.: TV e rádio. Ponto a ponto: um transmissor envia o sinal a um receptor. O fluxo pode ser bidirecional, neste caso é necessário que cada extremidade do link tenha um transmissor e um receptor. Ex.: telefone, robô-Terra. PRINCIPAIS RECURSOS DE COMUNICAÇÃO A potência média do sinal transmitido. Largura de banda do canal: banda de frequências alocadas para transmissão do sinal de mensagem. Os canais podem ser classificados como: Limitados em potência. Ex.: canal de satélite, link de comunicação espacial. Limitados em banda. Ex.: circuito telefônico (exemplificar as características do sinal de fala) ESPECTRO DE FREQUÊNCIAS MENSAGENS ANALÓGICAS E DIGITAIS As mensagens que serão transmitidas/recebidas podem ser analógicas ou digitais: - Analógicas: os dados são descritos no intervalo contínuo (reais), por exemplo, forma de onda da fala, imagem analógica, disco de vinil, fita cassete, VHS cassete, telefone fixo, etc. - Digitais: os dados são descritos de maneira discreta, por exemplo, email, foto digital, SMS, CD, DVD, celular, etc. MENSAGENS ANALÓGICAS E DIGITAIS Observamos que cada vez mais as tecnologias digitais estão substituindo os sistemas analógicos. POR QUE AS TECNOLOGIAS DIGITAIS PARECEM MELHORES? MENSAGENS ANALÓGICAS E DIGITAIS POR QUE AS TECNOLOGIAS DIGITAIS PARECEM MELHORES? A resposta passa por fatores econômicos e pela qualidade. Economicamente falando, os sistemas digitais são mais baratos e versáteis, além de, atualmente, garantirem um consumo energético menor. Em termos de qualidade, é mais fácil tratar ruídos e interferências de sinais digitais, pois sinais digitais pertencem a um alfabeto finito. ATIVIDADE Pesquisar as faixas de frequência utilizadas para as seguintes aplicações: - Rádio AM - Rádio FM - Telefonia celular - Televisão - GPS SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO O estudo dos sistemas de comunicação é desafiante e envolve fundamentos teóricos de diversas áreas relacionadas. - Sinais e sistemas: modulação e demodulação, convolução, transformada de Fourier, filtragem, correlação, amostragem, etc. - Estatística e probabilidade: variáveis aleatórias contínuas e discretas, teste de hipóteses, teoria da probabilidade. Aulas/2_Revisao.pdf FUNDAMENTOS DE COMUNICAÇÃO Profa. Dra. Sarah Negreiros de Carvalho Leite João Monlevade/MG Revisão de Sinais e Sistemas SISTEMA DE COMUNICAÇÃO Sinal mensagem recebido Sinal mensagem enviado Sistema de Comunicação Fonte de Informação Canal Receptor Transmissor Usuário da Informação Sinal mensagem enviado Sinal transmitido Sinal recebido Sinal mensagem recebido Sistema de Comunicação REVISÃO DE SINAIS Sinal: É uma função matemática (caso contínuo) ou uma sequência numérica (caso discreto) que transporta informação sobre algum fenômeno que pode ser de diversas naturezas: física, elétrica, mecânica, biológica, etc. CLASSIFICAÇÃO DE SINAIS 1) Contínuos x Discretos Sinais contínuos: 𝑥(𝑡) onde 𝑡 ∈ ℝ e 𝑥(𝑡) ∈ ℝ (eventualmente, 𝑥 (𝑡) ∈ ℂ). A informação evolui continuamente ao longo do tempo (ou do espaço). Exemplo: Tempo, velocidade, fala, etc. CLASSIFICAÇÃO DE SINAIS 1) Contínuos x Discretos Sinais discretos: 𝑥 𝑛 onde 𝑛 ∈ ℤ e 𝑥[𝑛] ∈ ℝ (eventualmente, 𝑥[𝑛] ∈ ℂ). A informação está disponível em determinados instantes de tempo (ou de espaço). Exemplo: número de carros produzidos. CLASSIFICAÇÃO DE SINAIS 2) Analógicos e Digitais Sinais analógicos: assumem qualquer valor real. Sinais digitais: 𝑥 𝑛 , onde 𝑛 ∈ ℤ e 𝑥[𝑛] ∈ ℤ. CLASSIFICAÇÃO DE SINAIS Comparando: Contínuo Discreto Digital CLASSIFICAÇÃO DE SINAIS 3) Periódicos e Não - Periódicos Para sinais contínuos: 𝑥 𝑡 é periódico de período 𝑇, se e somente se, 𝑥 𝑡 = 𝑥 𝑡 + 𝑇 , ∀𝑡 ∈ ℝ. Exemplo: Seja o sinal: 𝑥 𝑡 = A cos 2π𝑓𝑡 , com 𝑇 = 1/𝑓 Então: 𝑥 𝑡 + 𝑇 = A cos 2π𝑓(𝑡 + 𝑇) = 𝐴𝑐𝑜𝑠(2π𝑓𝑡 + 2π𝑓 1 𝑓 ) = 𝐴𝑐𝑜𝑠 2π𝑓𝑡 + 2π = 𝑥(𝑡), com 𝑇 = 2π. CLASSIFICAÇÃO DE SINAIS 3) Periódicos e Não - Periódicos Para sinais discretos: 𝑥[𝑛] é periódico de período 𝑁, se e somente se, 𝑥 𝑛 = 𝑥 𝑛 + 𝑁 , ∀n ∈ ℤ. Exemplo: Seja o sinal: 𝑥 𝑛 = A cos 𝑤𝑛 Então: 𝑥[𝑛 + 𝑁] = A cos 𝑤(𝑛 + 𝑁) = 𝐴𝑐𝑜𝑠 𝑤𝑛 + 𝑤𝑁 Para que 𝑥 𝑛 = 𝑥 𝑛 + 𝑁 ⇒ 𝑤𝑁 = 𝑘2𝜋, com 𝑘 ∈ ℤ e 𝑁 ∈ ℤ. Ou seja, o cosseno discreto nem sempre é periódico. CLASSIFICAÇÃO DE SINAIS 4) Energia e Potência Energia: Sinais de energia tem potência nula e energia limitada. 0 < 𝐸 < ∞ 𝑃 → 0 Para sinais contínuos: 𝐸 = 𝑥2 𝑡 𝑑𝑡 ∞ −∞ Para sinais discretos: 𝐸 = 𝑥2[𝑛] ∞ 𝑛=−∞ CLASSIFICAÇÃO DE SINAIS 4) Energia e Potência Potência: Sinais de energia ilimitada e potência limitada. 𝐸 → ∞ 0 < 𝑃 < ∞ Para sinais contínuos: 𝑃 = lim 𝑇→∞ 1 2𝑇 𝑥2 𝑡 𝑑𝑡 𝑇/2 −𝑇/2 Para sinais discretos: 𝑃 = lim 𝑁→∞ 1 2𝑁 + 1 𝑥2[𝑛] 𝑁/2 𝑛=−𝑁/2 CLASSIFICAÇÃO DE SINAIS 5) Determinísticos e Aleatórios Sinais determinísticos: não carregam informação (ou carregam uma informação pobre), pois não existe incertezas relacionadas a eles. Sinais aleatórios: são modelados por expressões estatísticas e carregam com si uma incerteza sobre o comportamento de determinado fenômeno. Esta incerteza está associada a quantidade de informação que o sinal porta. 𝐼 ∝ 1 𝑝 →A teoria de Shannon define que a quantidade de informação que um sinal carrega é inversamente proporcional a incerteza associada a sua ocorrência. SINAIS IMPORTANTES 1) Impulso unitário 𝛿 𝑡 = 0, 𝑡 ≠ 0 𝛿 𝑡 𝑑𝑡 = 1 ∞ −∞ IDEAL REAL SINAIS IMPORTANTES 2) Função degrau u 𝑡 = 1, 𝑡 ≥ 0 0, 𝑡 < 0 Permite tornar uma função causal, por exemplo: ATIVIDADES 1) Plotar um cosseno discreto periódico e um não periódico. Indicar todos os parâmetros adotados. 2) Esboce os sinais, calcule a energia e a potência e classifique-os. a) 𝑥 𝑡 = 𝐴, 0 ≤ 𝑡 ≤ 𝑇0 0, 𝑐𝑐 b) 𝑥 𝑡 = 2𝑒−𝑡/2 c) 𝑥 𝑡 = 𝐴𝑐𝑜𝑠 𝑤0𝑡 Sinal mensagem recebido SISTEMA DE COMUNICAÇÃO Fonte de Informação Canal Receptor Transmissor Usuário da Informação Sinal mensagem enviado Sinal transmitido Sinal recebido Sinal mensagem recebido Sinal mensagem enviado Sistema de Comunicação Sistema de Comunicação REVISÃO DE SISTEMAS Sistemas: É uma entidade que processa e transforma um ou mais sinais ditos de entrada, de acordo com uma regra, gerando um ou mais sinais, ditos de saída. Do ponto de vista formal, é um operador que transforma uma função 𝑥(𝑡) ou uma sequência 𝑥[𝑛] em uma função y(𝑡) ou sequência 𝑦 𝑛 . REVISÃO DE SISTEMAS Esquematicamente, podemos representar um sistema contínuo como: Com N e M não necessariamente iguais. Sistema contínuo 𝑥1(𝑡) 𝑥2(𝑡) 𝑥3(𝑡) 𝑥𝑁(𝑡) 𝑦1(𝑡) 𝑦2(𝑡) 𝑦3(𝑡) 𝑦𝑀(𝑡) CLASSIFICAÇÃO DE SISTEMAS 1) Linear e Não Linear Linear: Um sistema é linear se e somente se a sua resposta a uma combinação linear de entradas é a combinação linear das respectivas saídas, ou seja, se Então o sistema é linear se e somente se 𝑥1 𝑡 → 𝑦1 𝑡 e 𝑥2 𝑡 → 𝑦2 𝑡 𝑎1𝑥1 𝑡 + 𝑎2𝑥2 𝑡 → 𝑎1𝑦1 𝑡 + 𝑎2𝑦2 𝑡 𝑥1[𝑛] → 𝑦1[𝑛] e 𝑥2[𝑛] → 𝑦2[𝑛] 𝑎1𝑥1[𝑛] + 𝑎2𝑥2[𝑛] → 𝑎1𝑦1[𝑛] + 𝑎2𝑦2[𝑛] CLASSIFICAÇÃO DE SISTEMAS 2) Invariante e Variante no Tempo Invariante no tempo: Um sistema é invariante no tempo se e somente se suas características não variam com o tempo. Seja a entrada 𝑥 𝑡 que produz a saída 𝑦 𝑡 , então o sistema é invariante no tempo se e somente se 𝑥 𝑡 − 𝑡0 produz a saída y 𝑡 − 𝑡0 . Ou, no caso discreto: 𝑥 𝑛 → 𝑦 𝑛 ↔ 𝑥[𝑛 − 𝑛𝑜] → 𝑦 𝑛 − 𝑛𝑜 CLASSIFICAÇÃO DE SISTEMAS 3) Monovariáveis ou multivariáveis a) SISO – single input, single output – N=M=1 b) SIMO – single input, multiple output – N=1, M>1 c) MISO – multiple input, single output – N>1, M=1 d) MIMO – multiple input, multiple output – N>1,M>1 CLASSIFICAÇÃO DE SISTEMAS 4) Com ou sem memória Com memória: a saída em um dado instante de tempo depende da entrada em tempos anteriores. Sem memória: a saída em um dado instante de tempo depende somente da entrada naquele instante. CLASSIFICAÇÃO DE SISTEMAS 5) Causal e Não Causal Causal: a saída em um dado instante de tempo pode depender da entrada em tempos anteriores e da entrada atual. Não Causal: a saída em um dado instante de tempo depende de entradas futuras. Aulas/3_Revisao_FFT.pdf FUNDAMENTOS DE COMUNICAÇÃO Profa. Dra. Sarah Negreiros de Carvalho Leite João Monlevade/MG Revisão de Sinais e Sistemas ORTOGONALIDADE Os conceitos estudados em vetores podem ser empregados para tratar com os sinais, pois sinais podem ser vistos como vetores. Todo vetor pode ser caracterizado por direção, sentido e intensidade. Considere dois vetores 𝑔 e 𝑥 . A componente de 𝑔 projetada em 𝑥 é c𝑥 . Podemos escrever: 𝑔 = 𝑐𝑥 + 𝑒 ORTOGONALIDADE Outras projeções de 𝑔 em 𝑥 seriam possíveis, por exemplo: Entretanto, é possível demonstrar que ocorre erro mínimo quando se emprega a projeção ortogonal. ORTOGONALIDADE Quando dois vetores são ortogonais, o produto interno (escalar) é nulo: 𝑔 . 𝑥 = 0 Na nomenclatura de sinais, podemos escrever que: 𝑔(𝑡). 𝑥(𝑡) 𝑑𝑡 = 0 A ortogonalidade de sinais é muito explorada em projetos de sistemas de telecomunicação. Pois, quando os sinais a serem transmitidos são ortogonais, eles podem compartilhar recursos sem que haja interferência de um no outro. ORTOGONALIDADE: EXEMPLO Por exemplo, podemos ilustrar as técnicas em sistemas de múltiplo acesso: - FDMA – (Frequency Division Multiple Access) - TDMA – (Time Division Multiple Access) - CDMA – (Code Division Multiple Access) - OFDMA – (Orhogonal Frequency Division Multiple Access) Figura retirada em dez/2020 de: http://telcoaaminto.blogspot.com/2015/02/radio-interface-techniques-in-3gpp.html EXEMPLO As técnicas CDMA e OFDMA exploram a ortogonalidade para melhorar a capacidade de transmissão do sistema. Vamos compreender melhor a técnica de transmissão CDMA. EXEMPLO - CDMA Sejam os sinais a serem transmitidos 𝑓1(𝑡) e 𝑓2(𝑡), eles podem ser codificados por duas chaves ortogonais entre si: 𝑠1(𝑡) e 𝑠2(𝑡), com 𝑠1(𝑡)𝑠2(𝑡) 𝑑𝑡 = 0 Então os sinais a serem enviados, são multiplicados pelas chaves, de modo que a codificação deles permite que compartilhem recursos (tempo e frequência). 𝑓1(𝑡). 𝑠1(𝑡) = 𝑔1(𝑡) 𝑓2(𝑡). 𝑠2(𝑡) = 𝑔2(𝑡) EXEMPLO - CDMA - Sinais a serem enviados 𝑓1 𝑡 e 𝑓2(𝑡): - Usando uma base ortogonal, com 𝑠1(𝑡) e 𝑠2 𝑡 : - Temos: - 𝑓1(𝑡). 𝑠1(𝑡) = 𝑔1(𝑡) 𝑓2(𝑡). 𝑠2(𝑡) = 𝑔2(𝑡) - Para recuperar o sinal, fazemos: - 𝑔1 𝑡 + 𝑔2 𝑡 . 𝑠1 𝑡 𝑑𝑡 - = [𝑔1 𝑡 . 𝑠1 𝑡 + 𝑔2 𝑡 . 𝑠1 𝑡 ]𝑑𝑡 - = 𝑓1(𝑡). 𝑠1(𝑡). 𝑠1 𝑡 𝑑𝑡+ 𝑓2(𝑡). 𝑠2(𝑡). 𝑠1(𝑡) 𝑑𝑡 - = 𝑓1 𝑡 . 𝑠1 𝑡 2𝑑𝑡 → 𝑓1(𝑡) Analogamente, conseguimos também recuperar 𝑓2 𝑡 𝑔1 𝑡 + 𝑔2(𝑡) 𝑠1(𝑡) 𝑠2(𝑡) 𝑔1(𝑡) 𝑔2(𝑡) ORTOGONALIDADE Um sinal 𝑥(𝑡) pode ser representado em uma base ortogonal y 𝜈, 𝑡 . Sendo que cada 𝜈 é um elemento diferente e ortogonal a todos os outros elementos da base. 𝑥(𝜈2) 𝑥(𝜈1) 𝑦(𝜈1, 𝑡) 𝑦(𝜈2, 𝑡) 𝑥 𝑡 = 𝑥 𝜈 . 𝑦(𝜈, 𝑡) ∞ −∞ 𝑑𝑡 com 𝑥 𝜈 = 𝑥 𝜈 ||𝑥 𝜈 || 𝑥(𝑡) ORTOGONALIDADE Existem diversas bases ortogonais que podem ser escolhidas. 1) Base ortogonal: Função impulso. 𝑦 𝜈, 𝑡 → 𝛿(𝑡 − 𝜈) ou 𝛿(𝑡 − 𝜏) De modo que: 𝑥 𝑡 = 𝑥 𝜏 ∞ −∞ 𝛿 𝑡 − 𝜏 𝑑𝜏 2) Base ortogonal: Exponencial complexa. 𝑦 𝜈, 𝑡 → 𝑒𝑗𝜈𝑡 ou 𝑒𝑗𝜔𝑡 De modo que: 𝑥 𝑡 = 𝑥 𝜔 ∞ −∞ 𝑒𝑗𝜔𝑡𝑑𝜔 TRANSFORMADA DE FOURIER Definição: Equação de síntese: 𝑥 𝑡 = 1 2𝜋 𝑋 𝜔 ∞ −∞ 𝑒𝑗𝜔𝑡𝑑𝜔 Equação de análise: 𝑋 𝜔 = 𝑥 𝑡 ∞ −∞ 𝑒−𝑗𝜔𝑡𝑑𝑡 TRANSFORMADA DE FOURIER – PROPRIEDADES Seja: ℱ 𝑥 𝑡 = 𝑋 𝜔 , as constantes 𝑎, 𝑎1 e 𝑎2. 1) Linearidade: 𝑎1𝑥1 𝑡 + 𝑎2𝑥2 𝑡 ⇔ 𝑎1𝑋1 𝜔 + 𝑎2𝑋2 𝜔 2) Escalonamento: ℱ 𝑥 𝑎𝑡 = 1 |𝑎| 𝑋 𝜔 𝑎 3) Deslocamento no tempo: ℱ 𝑥 𝑡 − 𝑡0 = |𝑋 𝜔 |𝑒 −𝑗𝜔𝑡0 4) Deslocamento na frequência ou Princípio da Modulação: ℱ 𝑥 𝑡 𝑒𝑗𝜔0𝑡 = 𝑋 𝜔 − 𝜔0 TRANSFORMADA DE FOURIER – PROPRIEDADES 5) Teorema da Modulação ℱ 𝑥1 𝑡 𝑥2 𝑡 = 1 2𝜋 𝑋1 𝜔 ∗ 𝑋2 𝜔 = 𝑋1 𝜏 ∞ −∞ 𝑋2 𝑡 − 𝜏 𝑑𝜏 Integral de convolução 6) Teorema da Convolução ℱ 𝑥1 𝑡 ∗ 𝑥2 𝑡 = 𝑥1 𝜏 ∞ −∞ 𝑥2 𝑡 − 𝜏 𝑑𝜏 = 𝑋1 𝜔 𝑋2 𝜔 7) Teorema de Parseval |𝑥 𝑡 |2𝑑𝑡 = ∞ −∞ |𝑋 𝜔 |2𝑑𝜔 ∞ −∞ TRANSFORMADA DE FOURIER DE SINAIS PERIÓDICOS Para calcular a TF de sinais periódicos, podemos expressar o sinal em termos da sua série de Fourier. Seja 𝑥𝑝 𝑡 um período de 𝑥 𝑡 , 𝑥𝑝 𝑡 = 𝑐𝑛𝑒 𝑗𝜔0𝑛𝑡 ∞ 𝑛=−∞ Com 𝑐𝑛 = 1 𝑇0 𝑥𝑝(𝑡)𝑒 −𝑗𝜔0𝑛𝑡𝑑𝑡 𝑇𝑝 2 −𝑇𝑝 2 , 𝜔0 = 2𝜋 𝑇0 Então, no limite 𝑇0 → ∞ definimos a transformada de Fourier de um sinal periódico como: 𝑋 𝜔 = 2𝜋𝑐𝑛𝛿(𝜔 − 𝜔0) ∞ 𝑛=−∞ ATIVIDADE 1) Considerando as propriedades de TF, demonstre que: 1 2 𝑋 𝜔 − 𝜔0 + 1 2 𝑋 𝜔 + 𝜔0 = ℱ 𝑥 𝑡 cos (𝜔0𝑡) 2) Expanda em série de Fourier e calcule a transformada de Fourier dos seguintes sinais periódicos: a) 𝑥 𝑡 = cos 𝜔0𝑡 b) 𝑥 𝑡 = 𝑠𝑒𝑛 (𝜔0𝑡) c) 𝑥 𝑡 = cos (2𝜔0𝑡) SISTEMA LINEAR INVARIANTE NO TEMPO (SLIT) Linear: 𝑎1𝑥1 𝑡 + 𝑎2𝑥2 𝑡 → 𝑎1𝑋1 𝜔 + 𝑎2𝑋2 𝜔 Invariante no tempo: 𝑥 𝑡 → ℱ{𝑥 𝑡 } 𝑥 𝑡 − 𝑡0 → ℱ{𝑥 𝑡 − 𝑡0 } PROPRIEDADE DE CONVOLUÇÃO Sistema Linear Invariante no Tempo (SLIT) 𝑦 𝑡 = 𝑥 𝑡 ∗ ℎ 𝑡 = 𝑥 𝜏 ∞ −∞ ℎ 𝑡 − 𝜏 𝑑𝜏 𝑌 𝜔 = 𝑋 𝜔 𝐻 𝜔 Sendo: ℎ 𝑡 → a resposta ao impulso do sistema 𝐻 𝜔 → a resposta em frequência do sistema ℎ 𝑡 𝑥 𝑡 𝑦 𝑡 FILTROS A resposta ao impulso ℎ 𝑡 do sistema pode ser do tipo: ℎ 𝑡 = 𝑘𝛿(𝑡 − 𝑡0) Então, a resposta em frequência correspondente é: 𝐻 𝜔 = 𝑘𝑒−𝑗𝜔𝑡0 ℎ 𝑡 𝑥 𝑡 𝑦 𝑡 ℎ 𝑡 𝑡 𝑡0 𝑘 𝐻 𝜔 𝜔 𝑘 ∠𝐻 𝜔 𝜔 −𝜔𝑡0 FILTROS Filtro passa-baixas ideal: Filtro passa-baixas real: 𝜔𝑐 = 1 𝑅𝐶 FILTROS IDEAIS – RESPOSTA EM FREQUÊNCIA Filtro passa-altas: Filtro rejeita faixas: Filtro passa-faixas: EXEMPLO: FILTRO PASSA-BAIXAS Considere o sinal M 𝜔 que deve ser filtrado pelo filtro passa baixas, com frequência de corte 𝜔𝑐, sendo 𝜔𝑐 < 𝜔1 O resultado da filtragem é : 𝑆 𝜔 = 𝑀 𝜔 𝐻 𝜔 M 𝜔 𝜔1 1 𝜔 −𝜔1 𝜔𝑐 −𝜔𝑐 𝑆 𝜔 𝜔1 1 𝜔 −𝜔1 𝜔𝑐 −𝜔𝑐 Aulas/4_ModulacaoAnalogica_Introducao_AM.pdf FUNDAMENTOS DE COMUNICAÇÃO Profa. Dra. Sarah Negreiros de Carvalho Leite João Monlevade/MG Introdução: Modulação Analógica MODULAÇÃO Modular um sinal é fazer com que a informação que desejamos transmitir esteja contida na variação de um ou mais parâmetros de uma onda portadora. Nesta disciplina veremos os fundamentos de técnicas de modulação tanto analógicas como digitais. MODULAÇÃO ANALÓGICA Na modulação analógica, geralmente se emprega uma onda senoidal como portadora. Isto porque a senoide causa um deslocamento simples do sinal no espectro. Uma portadora senoidal é do tipo: 𝑐 𝑡 = 𝑨𝒄cos(2𝜋𝒇𝒄𝑡 + 𝜽𝒄) ou 𝑐 𝑡 = 𝑨𝒄cos(𝝎𝒄𝑡 + 𝜽𝒄) A variação dos parâmetros da portadora, permite incluir a informação a ser transmitida: 𝑨𝒄 - modulação em amplitude (AM) 𝒇𝒄 ou 𝝎𝒄 - modulação em frequência (FM) 𝜽𝒄 - modulação em fase (PM) VANTAGENS DA MODULAÇÃO A modulação permite: Adaptar o sinal ao canal Realizar multiplexagem (transmitir mais sinais ao mesmo tempo) Aumentar o alcance Reduzir custos dos dispositivos de transmissão MODULAÇÃO EM AMPLITUDE (AM) A informação a ser enviada é inserida na amplitude da portadora. 𝑐 𝑡 = 𝑨𝒄cos(𝜔𝑐𝑡 + 𝜃𝑐) Mensagem (sinal modulante): 𝑚 𝑡 Portadora: 𝑐 𝑡 Sinal modulado:𝑠 𝑡 = 𝑚 𝑡 . 𝑐(𝑡) s 𝑡 𝑐 𝑡 m 𝑡 MODULAÇÃO EM AMPLITUDE (AM) Então: 𝑠 𝑡 = 𝑚 𝑡 . 𝑐 𝑡 𝑠 𝑡 = 𝑚 𝑡 . 𝐴𝑐cos(𝜔𝑐𝑡) Desta forma, o espectro de frequências do sinal modulado pode ser encontrado calculando a Transformada de Fourier: ℱ 𝑠 𝑡 = 𝑆 𝜔 = 𝐴𝑐 2𝜋 𝑀 𝜔 ∗ 𝐶(𝜔) s 𝑡 𝑐 𝑡 m 𝑡 MODULAÇÃO EM AMPLITUDE (AM) ℱ 𝑠 𝑡 = 𝑆 𝜔 = 1 2𝜋 𝑀 𝜔 ∗ 𝐶(𝜔) 𝑆 𝜔 = 1 2𝜋 𝑀 𝜔 ∗ 𝐴𝑐𝜋[𝛿 𝜔 − 𝜔0 + 𝛿 𝜔 + 𝜔0 ] 𝑆 𝜔 = 𝐴𝑐 2 𝑀 𝜔 ∗[𝛿 𝜔 − 𝜔0 + 𝛿 𝜔 + 𝜔0 ] 𝑆 𝜔 = 𝐴𝑐 2 [𝑀 𝜔 − 𝜔0 +𝑀 𝜔 + 𝜔0 ] Graficamente, temos: AM: DSB-SC AM: DSB-SC USB – Banda lateral superior LSB – Banda lateral inferior MODULAÇÃO A modulação analógica pode ser obtida de várias maneiras. A técnica que vimos anteriormente, consiste na multiplicação entre o sinal de entrada e a portadora. Entretanto, antigamente, era um desafio projetar circuitos que realizassem a multiplicação de dois sinais. Uma alternativa a multiplicação era empregar moduladores não lineares. s 𝑡 𝑐 𝑡 m 𝑡 MODULADOR NÃO LINEAR A modulação analógica também pode ser obtida utilizando um modulador não linear. Consideremos que: 𝑦1 𝑡 = 𝑎𝑥1 𝑡 + 𝑏𝑥1 2(𝑡) 𝑦2 𝑡 = 𝑎𝑥2 𝑡 + 𝑏𝑥2 2(𝑡) E 𝑧 𝑡 = 𝑦1 𝑡 − 𝑦2 𝑡 = 𝑎𝑥1 𝑡 + 𝑏𝑥1 2 𝑡 − 𝑎𝑥2 𝑡 + 𝑏𝑥2 2(𝑡) MODULADOR NÃO LINEAR 𝑧 𝑡 = 𝑦1 𝑡 − 𝑦2 𝑡 = 𝑎𝑥1 𝑡 + 𝑏𝑥1 2 𝑡 − [𝑎𝑥2 𝑡 + 𝑏𝑥2 2 𝑡 ] Substituindo na equação 𝑥1 𝑡 = cos 𝜔𝑐𝑡 + 𝑚(𝑡) e 𝑥2 𝑡 = cos 𝜔𝑐𝑡 − 𝑚(𝑡) Temos: 𝑧 𝑡 = 𝑎 cos 𝜔𝑐𝑡 + 𝑚 𝑡 + 𝑏 cos 𝜔𝑐𝑡 + 𝑚 𝑡 2 − 𝑎 [cos 𝜔𝑐𝑡 − 𝑚(𝑡)] − 𝑏(cos 𝜔𝑐𝑡 − 𝑚(𝑡)) 2 𝑧 𝑡 = 2𝑎.𝑚 𝑡 + 4𝑏.𝑚(𝑡) cos 𝜔𝑐𝑡 Após a filtragem pelo filtro passa faixas, o sinal a ser enviado será: 𝑧 𝑡 = 4𝑏.𝑚(𝑡) cos 𝜔𝑐𝑡 ATIVIDADE Considere o sinal de mensagem 𝑚 𝑡 = 20cos(2𝜋𝑡) e a onda portadora c 𝑡 = 50cos(100𝜋𝑡) Esboce (em escala) a onda AM resultante. EXEMPLO 1 Considere o sinal de mensagem 𝑚 𝑡 = 10cos(4𝜋𝑡) e a onda portadora c 𝑡 = 20cos(200𝜋𝑡) Esboce (em escala) a onda AM resultante. EXEMPLO 1 RESOLUÇÃO: 𝑠 𝑡 = 𝑚 𝑡 𝑐 𝑡 = 10 cos 4𝜋𝑡 . 20cos(200𝜋𝑡) 𝑆 𝜔 = 1 2𝜋 𝑀 𝜔 ∗ 𝐶 𝜔 = 200 2𝜋 𝜋 𝛿 𝜔 − 4𝜋 + 𝛿 𝜔 + 4𝜋 ∗ 𝜋[𝛿 𝜔 − 200𝜋 + 𝛿 𝜔 + 200𝜋 ] = 100𝜋[𝛿 𝜔 − 196𝜋 + 𝛿 𝜔 − 204𝜋 + 𝛿 𝜔 + 196𝜋 + 𝛿 𝜔 + 204𝜋 ] EXEMPLO 1 Impulsos em -98 Hz, -102 Hz e +98Hz e +102 Hz EXEMPLO 2 Você precisa modelar um modulador AM-DSB-SC que gere um sinal do tipo s 𝑡 = 𝑘𝑚(𝑡)𝑐𝑜𝑠(𝜔𝑐𝑡), onde 𝑚(𝑡) é um sinal limitado em banda (banda de B Hz), conforme mostra a figura. No almoxarifado há disponível o modulador especificado abaixo, no qual a portadora gerada é 𝑐𝑜𝑠3(𝜔𝑐𝑡), ao invés de 𝑐𝑜 𝑠 𝜔𝑐𝑡 . Explique como deve ser feito para o geral modulado desejado ser gerado. Você pode empregar qualquer tipo de filtro. a) Determine o espectro do sinal nos pontos b e c, indicando as bandas ocupadas. b) Qual é o menor valor que 𝜔𝑐 pode assumir? c) Qual tipo de filtro é necessário? d) A solução encontrada funcionaria se a portadora fosse 𝑐𝑜𝑠2(𝜔𝑐𝑡)? EXEMPLO 2 RESOLUÇÃO: O sinal obtido em b) é: 𝑠 𝑡 = 𝑚 𝑡 𝑐𝑜𝑠3 𝜔𝑐𝑡 = 𝑚 𝑡 1 4 cos(3𝜔𝑐𝑡) + 3 4 cos(𝜔𝑐𝑡) Lembrando que: cos 3𝑥 = cos 2𝑥 + 𝑥 = cos 2𝑥 cos 𝑥 − 𝑠𝑒𝑛 2𝑥 𝑠𝑒𝑛 𝑥 = 𝑐𝑜𝑠𝑥𝑐𝑜𝑠𝑥 − 𝑠𝑒𝑛𝑥𝑠𝑒𝑛𝑥 𝑐𝑜𝑠𝑥 − 𝑠𝑒𝑛𝑥𝑐𝑜𝑠𝑥 + 𝑠𝑒𝑛𝑥𝑐𝑜𝑠𝑥 𝑠𝑒𝑛𝑥 = 𝑐𝑜𝑠3𝑥 − 𝑠𝑒𝑛2𝑥𝑐𝑜𝑠𝑥 − 2𝑠𝑒𝑛2𝑥𝑐𝑜𝑠𝑥 = 𝑐𝑜𝑠3𝑥 − 3𝑠𝑒𝑛2𝑥𝑐𝑜𝑠𝑥 = 𝑐𝑜𝑠3𝑥 − 3(1 − 𝑐𝑜𝑠2𝑥)𝑐𝑜𝑠𝑥 = 𝑐𝑜𝑠3𝑥 − 3𝑐𝑜𝑠𝑥 + 3𝑐𝑜𝑠3𝑥 cos 3𝑥 = 4𝑐𝑜𝑠3𝑥 − 3𝑐𝑜𝑠𝑥 ⇒ 𝑐𝑜𝑠3𝑥 = 1 4 cos 3𝑥 + 3 4 𝑐𝑜𝑠𝑥 EXEMPLO 2 a) Determine o espectro do sinal nos pontos b e c, indicando as bandas ocupadas. b) Qual é o menor valor que 𝜔𝑐 pode assumir? EXEMPLO 2 EXEMPLO 2 c) Qual tipo de filtro é necessário? Passa faixas centralizado em ±𝝎𝒄 d) A solução encontrada funcionaria se a portadora fosse 𝑐𝑜𝑠2(𝜔𝑐𝑡)? Não pois, a expansão de 𝒄𝒐𝒔𝟐 𝝎𝒄𝒕 = 𝟏 𝟐 + 𝐜𝐨𝐬 𝟐𝝎𝒄𝒕 , de modo que teremos a mensagem em banda base e a mensagem modulada em torno de ±𝟐𝝎𝒄. 𝑠 𝑡 = 𝑚 𝑡 𝑐𝑜𝑠2 𝜔𝑐𝑡 = 𝑚 𝑡 1 2 + 1 2 cos(2𝜔𝑐𝑡) Aulas/5_ModulacaoAnalogica_AM_Detector de envoltoria.pdf FUNDAMENTOS DE COMUNICAÇÃO Profa. Dra. Sarah Negreiros de Carvalho Leite João Monlevade/MG Modulação Analógica: AM – Detector de envoltória MODULAÇÃO DSB-SC A modulação DSB-SC exige um receptor coerente (síncrono). Uma alternativa ao uso de um demodulador coerente é transmitir a portadora juntamente com a mensagem modulada. Esta abordagem torna mais simples e barato o circuito transmissor e receptor, em contrapartida, exige maior potência na transmissão. Em transmissões broadcast, torna-se uma abordagem interessante, devido à economia e simplicidade do circuito dos vários receptores. MODULAÇÃO AM Na modulação AM, o sinal a ser transmitido é: 𝑠 𝑡 = 𝐴 cos 𝜔𝑐𝑡 + 𝑚(𝑡) cos 𝜔𝑐𝑡 = (𝐴 +𝑚(𝑡)) cos 𝜔𝑐𝑡 MODULAÇÃO AM Se compararmos a expressão da modulação AM com a DSB-SC: 𝑠𝐴𝑀 𝑡 = 𝐴 +𝑚 𝑡 cos 𝜔𝑐𝑡 𝑆𝐷𝑆𝐵−𝑠𝑐 𝑡 = 𝐴𝑐𝑚 𝑡 . cos(𝜔𝑐𝑡) Vemos que a diferença está no termo que modula a amplitude da portadora. ATIVIDADE Calcular a transformada de Fourier do sinal modulado em AM e esboçar no domínio do tempo e da frequência. MODULAÇÃO AM Para esboçar a onda modulada em AM, se garantirmos que 𝐴 +𝑚 𝑡 > 0 , basta espelhar em torno da abscissa e completar com a portadora. MODULAÇÃO AM Se𝐴 + 𝑚 𝑡 < 0, a onda será retificada e o envelope não corresponde a mensagem. EXEMPLO: MODULAÇÃO AM Suponha que a mensagem 𝑚 𝑡 é limitada em banda no intervalo −𝑊 ≤ 𝑓 ≤ 𝑊 . O espectro deste sinal modulado em AM. EXEMPLO: MODULAÇÃO AM DE UM TOM Considere a onda modulante 𝑚 𝑡 = 𝐴𝑚cos(2𝜋𝑓𝑚𝑡) que consiste em um tom. Considere ainda que a portadora é: c 𝑡 = 𝐴𝑐cos(2𝜋𝑓𝑐𝑡). a) Determine a onda modulada em AM. 𝑠 𝑡 = 𝐴𝑐 cos 2𝜋𝑓𝑐𝑡 + 𝐴𝑐 cos 2𝜋𝑓𝑐𝑡 𝐴𝑚cos(2𝜋𝑓𝑚𝑡) 𝑠 𝑡 = [1 + 𝐴𝑚 cos 2𝜋𝑓𝑚𝑡 ]𝐴𝑐 cos 2𝜋𝑓𝑐𝑡 EXEMPLO: MODULAÇÃO AM DE UM TOM b) Determine o espectro da onda modulada 𝑠 𝑡 = 𝐴𝑐 cos 2𝜋𝑓𝑐𝑡 + 𝐴𝑐 cos 2𝜋𝑓𝑐𝑡 𝐴𝑚cos(2𝜋𝑓𝑚𝑡) = 𝐴𝑐 cos 2𝜋𝑓𝑐𝑡 + 1 2 𝐴𝑐𝐴𝑚{cos 2𝜋(𝑓𝑐+𝑓𝑚)𝑡 + cos(2𝜋(𝑓𝑐 − 𝑓𝑚)𝑡)} 𝑆 𝜔 = 1 2 𝐴𝑐[𝛿 𝑓 − 𝑓𝑐 + 𝛿 𝑓 + 𝑓𝑐 ] + 1 4 𝐴𝑐𝐴𝑚[𝛿 𝑓 − 𝑓𝑐 − 𝑓𝑚 + 𝛿 𝑓 + 𝑓𝑐 + 𝑓𝑚 ] + 1 4 𝐴𝑐𝐴𝑚[𝛿 𝑓 − 𝑓𝑐 + 𝑓𝑚 + 𝛿 𝑓 + 𝑓𝑐 − 𝑓𝑚 ] Lembrando que: cos 𝑎 + 𝑏 + cos 𝑎 − 𝑏 = 𝑐𝑜𝑠𝑎𝑐𝑜𝑠𝑏 − 𝑠𝑒𝑛𝑎𝑠𝑒𝑛𝑏 + 𝑐𝑜𝑠𝑎𝑐𝑜𝑠𝑏 + 𝑠𝑒𝑛𝑎𝑠𝑒𝑛𝑏 = 2𝑐𝑜𝑠𝑎𝑐𝑜𝑠𝑏 EXEMPLO: MODULAÇÃO AM DE UM TOM CIRCUITO DE RECEPÇÃO: DETECTOR DE ENVOLTÓRIA 𝑅𝐶 ≫ 1 𝜔𝑐 Aulas/6_ModulacaoAnalogica_SSB.pdf FUNDAMENTOS DE COMUNICAÇÃO Profa. Dra. Sarah Negreiros de Carvalho Leite João Monlevade/MG Modulação Analógica em Amplitude: SSB-SC MODULAÇÃO SSB-SC Em ambas as modulações vistas até o momento (AM e DSB-SC), o espectro é duplicado, enviando informação redundante e exigindo uma banda de transmissão que seja, pelo menos, o dobro da banda ocupada pelo sinal modulante. SSB-SC Uma opção que permite economizar em banda de transmissão e em potência é a modulação em amplitude de banda lateral única com portadora suprimida (SSB-SC). Para compreender como a modulação SSB-SC funciona, vamos iniciar considerando um caso particular chamado de modulação tonal. Mensagem (sinal modulante): 𝑚 𝑡 = 𝐴𝑚cos(𝜔𝑚𝑡) Portadora: 𝑐 𝑡 = 𝐴𝑐cos(𝜔𝑐𝑡) Com 𝜔𝑐 ≥ 𝜔𝑚 Então, como já vimos, o sinal modulado em DSB-SC é: 𝑠 𝑡 = 𝑚 𝑡 . 𝑐 𝑡 = 𝐴𝑚 cos 𝜔𝑚𝑡 . 𝐴𝑐cos(𝜔𝑐𝑡) = 1 2 𝐴𝑚𝐴𝑐 cos 𝜔𝑐 + 𝜔𝑚 𝑡 + 1 2 𝐴𝑚𝐴𝑐cos[ 𝜔𝑐 −𝜔𝑚 𝑡] SSB-SC: SINAL TONAL Lembrando que: 𝑐𝑜𝑠 𝑎 + 𝑏 + 𝑐𝑜𝑠 𝑎 − 𝑏 = 2 cos 𝑎 𝑐𝑜𝑠𝑏 Então o sinal tonal modulado: 𝑠(𝑡) = 1 2 𝐴𝑚𝐴𝑐 cos 𝜔𝑐 + 𝜔𝑚 𝑡 + 1 2 𝐴𝑚𝐴𝑐cos[ 𝜔𝑐 − 𝜔𝑚 𝑡] Calculando a Transformada de Fourier: ℱ 𝑠 𝑡 = 𝑆 𝜔 = 1 2 𝐴𝑚𝐴𝑐𝜋[𝛿 𝜔 − 𝜔𝑐 − 𝜔𝑚 + 𝛿 𝜔 + 𝜔𝑐 + 𝜔𝑚 ] + 1 2 𝐴𝑚𝐴𝑐𝜋[𝛿 𝜔 − 𝜔𝑐 + 𝜔𝑚 + 𝛿 𝜔 + 𝜔𝑐 − 𝜔𝑚 ] SSB-SC: SINAL TONAL 𝑆 𝜔 = 1 2 𝐴𝑚𝐴𝑐𝜋[𝛿 𝜔 − 𝜔𝑐 − 𝜔𝑚 + 𝛿 𝜔 + 𝜔𝑐 + 𝜔𝑚 ] + 1 2 𝐴𝑚𝐴𝑐𝜋[𝛿 𝜔 − 𝜔𝑐 + 𝜔𝑚 + 𝛿 𝜔 + 𝜔𝑐 − 𝜔𝑚 ] Graficamente: SSB-SC: SINAL TONAL Assim, a modulação tonal gera os seguintes sinais modulados em SSB-SC: Banda Lateral Superior (USB): 𝑠𝑈𝑆𝐵(𝑡) = 1 2 𝐴𝑚𝐴𝑐 cos 𝜔𝑐 + 𝜔𝑚 𝑡 𝑆𝑈𝑆𝐵 𝜔 = 1 2 𝐴𝑚𝐴𝑐𝜋[𝛿 𝜔 − 𝜔𝑐 − 𝜔𝑚 + 𝛿 𝜔 + 𝜔𝑐 + 𝜔𝑚 ] Banda Lateral Inferior (LSB): 𝑠𝐿𝑆𝐵(𝑡) = 1 2 𝐴𝑚𝐴𝑐cos[ 𝜔𝑐 − 𝜔𝑚 𝑡] 𝑆𝐿𝑆𝐵 𝜔 = 1 2 𝐴𝑚𝐴𝑐𝜋[𝛿 𝜔 − 𝜔𝑐 + 𝜔𝑚 + 𝛿 𝜔 + 𝜔𝑐 − 𝜔𝑚 ] Genéricamente: 𝑠(𝑡) = 1 2 𝐴𝑚𝐴𝑐[𝑐𝑜𝑠 𝜔𝑐𝑡 𝑐𝑜𝑠(𝜔𝑚𝑡) ∓ 𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑐𝑡 𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑚𝑡)] SSB-SC: SINAL TONAL ATIVIDADE Partindo da expressão: 𝑠(𝑡) = 1 2 𝐴𝑚𝐴𝑐 𝑐𝑜𝑠 𝜔𝑐 +𝜔𝑚 𝑡 + 1 2 𝐴𝑚𝐴𝑐𝑐𝑜𝑠[ 𝜔𝑐 −𝜔𝑚 𝑡] Encontrar a expressão genérica da modulação tonal SSB-SC: 𝑠(𝑡) = 1 2 𝐴𝑚𝐴𝑐[𝑐𝑜𝑠 𝜔𝑐𝑡 𝑐𝑜𝑠(𝜔𝑚𝑡) ± 𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑐𝑡 𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑚𝑡)] A expressão genérica permite verificar que a modulação SSB-SC consiste em duas etapas de modulação DSB-SC, sendo: 𝑠𝑆𝑆𝐵 𝑡 = 1 2 𝐴𝑚𝐴𝑐 𝑐𝑜𝑠 𝜔𝑚𝑡 cos 𝜔𝑐𝑡 ∓ 𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑚𝑡 sen 𝜔𝑐𝑡 Agora, para um sinal qualquer, o sinal modulado em SSB-SC, é do tipo: 𝑠𝑆𝑆𝐵 𝑡 = 𝐴𝑐 𝑚(𝑡) 𝑐𝑜𝑠 𝜔𝑐𝑡 ∓ 𝑚 (𝑡) 𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑐𝑡 SSB-SC DSB-SC em fase Modulante e portadora em fase DSB-SC em quadratura Modulante e portadora em quadratura Mas como determinar a quadratura 𝑚 (𝑡) de um sinal 𝑚(𝑡) qualquer? 𝑠𝑆𝑆𝐵 𝑡 = 𝐴𝑐 𝑚(𝑡) 𝑐𝑜𝑠 𝜔𝑐𝑡 ∓ 𝑚 (𝑡) 𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑐𝑡 Onde: ℎ 𝑡 = 1 𝜋𝑡 e 𝐻 𝜔 = −𝑗𝑠𝑔𝑛 −𝑗 = 1. 𝑒−𝑗 𝜋 2 , 𝜔 > 0 𝑗 = 1. 𝑒𝑗 𝜋 2 , 𝜔 < 0 TRANSFORMADA DE HILBERT ℎ(t) 𝑚 𝑡 𝑚 𝑡 |𝐻 𝜔 | 𝜔 1 ∠𝐻(𝜔) 𝜔 𝜋 2 −𝜋 2 Há duas formas de realizar a transmissão do sinal modulado: 𝑠𝑆𝑆𝐵 𝑡 = 𝐴𝑐 𝑚(𝑡) 𝑐𝑜𝑠 𝜔𝑐𝑡 ∓ 𝑚 (𝑡) 𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑐𝑡 I) Discriminação em Fase II) Discriminação em Frequência TRANSMISSÃO DO SINAL SSB-SC I) Discriminação em Fase 𝑠𝑆𝑆𝐵 𝑡 = 𝐴𝑐 𝑚(𝑡) 𝑐𝑜𝑠 𝜔𝑐𝑡 ∓ 𝑚 (𝑡) 𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑐𝑡 TRANSMISSÃO DO SINAL SSB-SC Transformada de Hilbert Oscilador Local −𝜋 2 𝑚(𝑡) 𝑠𝑆𝑆𝐵 𝑡 𝐴𝑐𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑐𝑡) 𝐴𝑐𝑐𝑜𝑠(𝜔𝑐𝑡) 𝑚 (𝑡) ∓ + II) Discriminação em Frequência 𝑠𝑆𝑆𝐵 𝑡 = 𝐴𝑐 𝑚(𝑡) 𝑐𝑜𝑠 𝜔𝑐𝑡 ∓ 𝑚 (𝑡) 𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑐𝑡 O filtro é projetado para enviar somente uma das bandas laterais. Para este filtro ser fisicamente realizável, é necessário que haja uma separação entre as faixas laterais, que permita acomodar a faixa de transição do filtro. Esta condição limita a aplicabilidade da modulação SSB-SC. TRANSMISSÃO DO SINAL SSB-SC 𝑚(𝑡) 𝑠𝑆𝑆𝐵 𝑡 𝐴𝑐𝑐𝑜𝑠(𝜔𝑐𝑡) Filtro Sinal de Fala: Dados: TRANSMISSÃO DO SINAL SSB-SC Aulas/7_ModulacaoAnalogica_VSB_Demodulacao.pdf FUNDAMENTOS DE COMUNICAÇÃO Profa. Dra. Sarah Negreiros de Carvalho Leite João Monlevade/MG Modulação Analógica VSB e Demodulação MODULAÇÃO VSB-SC Modulação VSB-SC (modulação em amplitude vestigial de banda lateral única com portadora suprimida). Trata-se de uma versão adaptada da modulação SSB-SC, que permite que sinais de faixa larga com componentes em baixas frequências, como vídeos e arquivos de dados, possam ser transmitidos com eficiência e economia de banda. . MODULAÇÃO VSB-SC No caso destes sinais, a ausência do gap em torno da origem torna impraticável a modulação SSB-SC. Entretanto, por serem sinais de faixa larga, não é conveniente aplicar uma técnica que viola a condição de conservação de banda, como a DSB-SC que ocupa o dobro da faixa espectral. A modulação VSB-SC é um esquema de compromisso entre a conservação de banda e a factibilidade do filtro transmissor. MODULAÇÃO VSB-SC Desta forma, transmite-se: A faixa lateral superior mais um vestígio da faixa lateral inferior ou A faixa lateral inferior mais um vestígio da faixa lateral superior MODULAÇÃO VSB-SC A expressão do sinal modulado em VSB-SC é: 𝑠(𝑡) = 𝐴𝑐 2 𝑚(𝑡) 𝑐𝑜𝑠 𝜔𝑐𝑡 ∓ 𝐴𝑐 2 𝑚′(𝑡) 𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑐𝑡 Onde 𝑚′(𝑡) não é a transformada de Hilbert de 𝑚 𝑡 , mas uma versão filtra pelo FILTRO DE FORMA. A faixa de transmissão é: 𝑊𝑉𝑆𝐵 = 𝑓𝑣 +𝑊 tipicamente, 𝑓𝑣~25%𝑊 𝑊𝑆𝑆𝐵 < 𝑊𝑉𝑆𝐵 < 𝑊𝐷𝑆𝐵 MODULAÇÕES EM AMPLITUDE ATIVIDADE Realize um esquemático sobre os 4 tipos de modulação analógica estudados: DSB-SC, AM, SSB-SC e VSB-SC, indicando a expressão de modulação e realizando um comparativo entre as técnicas com relação a uso de potência de transmissão, uso de banda de transmissão e restrições e indicações de aplicabilidade. DEMODULAÇÃO EM AMPLITUDE – DSB-SC A demodulação permite recuperar o sinal em banda base. 𝑑 𝑡 = 𝑠 𝑡 . 𝑐′ 𝑡 = 𝑚 𝑡 . 𝑐(𝑡). 𝑐′ 𝑡 = 𝑚 𝑡 . 𝐴𝑐cos(𝜔𝑐𝑡)𝐴𝑐′cos(𝜔𝑐𝑡) = 𝑚 𝑡 . 𝐴𝑐𝐴𝑐′𝑐𝑜𝑠 2(𝜔𝑐𝑡) = 𝐴𝑐𝐴𝑐 ′ 2 𝑚 𝑡 + 𝐴𝑐𝐴𝑐 ′ 2 𝑚 𝑡 𝑐𝑜𝑠 2𝜔𝑐𝑡 𝑑 𝑡 𝑐′ 𝑡 𝑠 𝑡 Lembrando que: 𝑐𝑜𝑠2 𝜔𝑐𝑡 = 1 2 + 1 2 𝑐𝑜𝑠 2𝜔𝑐𝑡 DEMODULAÇÃO EM AMPLITUDE: DSB-SC Calculando a Transformada de Fourier: ℱ 𝑑 𝑡 = 𝐷 𝜔 = 1 2𝜋 𝑆 𝜔 ∗ 𝐶′(𝜔) = ℱ 𝐴𝑐𝐴𝑐 ′ 2 𝑚 𝑡 + 𝐴𝑐𝐴𝑐 ′ 2 𝑚 𝑡 𝑐𝑜𝑠 2𝜔𝑐𝑡 𝐷 𝜔 = 𝐴𝑐𝐴𝑐 ′ 2 𝑀 𝜔 + 𝐴𝑐𝐴𝑐 ′ 4 [𝑀 𝜔 − 2𝜔0 +𝑀 𝜔 + 2𝜔0 ] DEMODULAÇÃO DSB-SC - GRAFICAMENTE 𝐷 𝜔 = 𝐴𝑐𝐴𝑐 ′ 2 𝑀 𝜔 + 𝐴𝑐𝐴𝑐 ′ 4 [𝑀 𝜔 − 2𝜔0 +𝑀 𝜔 + 2𝜔0 ] DEMODULAÇÃO EM AMPLITUDE – DSB-SC Na realidade a portadora local, em geral não apresenta a mesma fase da portadora usada para transmissão. Então, retomando as expressões: 𝑑 𝑡 = 𝑠 𝑡 . 𝑐′ 𝑡 = 𝑚 𝑡 . 𝑐(𝑡). 𝑐′ 𝑡 = 𝑚 𝑡 . 𝐴𝑐 cos 𝜔𝑐𝑡 𝐴𝑐 ′ cos 𝜔𝑐𝑡 + 𝜃𝑐 = 𝐴𝑐𝐴𝑐 ′ 2 𝑚(𝑡) cos 2𝜔𝑐𝑡 + 𝜃𝑐 + 𝐴𝑐𝐴𝑐 ′ 2 𝑚(𝑡)cos 𝜃𝑐 𝑑 𝑡 𝑐′ 𝑡 𝑠 𝑡 Lembrando que: 𝑐𝑜𝑠 𝑎 + 𝑏 + 𝑐𝑜𝑠 𝑎 − 𝑏 = 2 cos 𝑎 𝑐𝑜𝑠𝑏 Fazendo: 𝑎 = 𝜔𝑐𝑡 + 𝜃𝑐 e𝑏 = 𝜔𝑐𝑡 DEMODULAÇÃO EM AMPLITUDE: DSB-SC Calculando a Transformada de Fourier: ℱ 𝑑 𝑡 = 𝐷 𝜔 = 1 2𝜋 𝑆 𝜔 ∗ 𝐶′(𝜔) = ℱ 𝐴𝑐𝐴𝑐 ′ 2 𝑚(𝑡) cos 2𝜔𝑐𝑡 + 𝜃𝑐 + 𝐴𝑐𝐴𝑐 ′ 2 𝑚(𝑡)cos 𝜃𝑐 𝐷 𝜔 = 𝐴𝑐𝐴𝑐 ′ cos(𝜃𝑐) 2 𝑀 𝜔 + 𝐴𝑐𝐴𝑐 ′ 𝛼 4 [𝑀 𝜔 − 2𝜔0 +𝑀 𝜔 + 2𝜔0 ] ` A amplitude do sinal depende da fase 𝜃𝑐 , podendo ir a zero. RECEPTOR COSTAS O Receptor Costas permite realizar o sincronismo de fase entre o sinal recebido e o oscilador local, para realizar a demodulação dos sinais que empregam técnicas de modulação AM que suprimem a portadora. 𝑠𝐷𝑆𝐵(𝑡) = 𝐴𝑐𝑚(𝑡) 𝑐𝑜𝑠 𝜔𝑐𝑡 𝑠𝑆𝑆𝐵(𝑡) = 𝐴𝑐 2 𝑚(𝑡) 𝑐𝑜𝑠 𝜔𝑐𝑡 ∓ 𝐴𝑐 2 𝑚 (𝑡) 𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑐𝑡 𝑠𝑉𝑆𝐵(𝑡) = 𝐴𝑐 2 𝑚(𝑡) 𝑐𝑜𝑠 𝜔𝑐𝑡 ∓ 𝐴𝑐 2 𝑚′(𝑡) 𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑐𝑡 RECEPTOR COSTAS Oscilador Local −𝜋 2 𝑠 𝑡 = 𝑚 𝑡 co s( 𝜔 𝑐 𝑡 + 𝜃 𝑐 ) 𝑚 𝑡 𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑐𝑡 + 𝜃0) 𝑐𝑜𝑠(𝜔𝑐𝑡 + 𝜃0) FPB Sinal demodulado FPB Discriminador de fase 𝑚 𝑡 cos(𝜃𝑒) 𝑚 𝑡 sen(𝜃𝑒) Aulas/8_ModulacaoAngular.pdf FUNDAMENTOS DE COMUNICAÇÃO Profa. Dra. Sarah Negreiros de Carvalho Leite João Monlevade/MG Modulação Angular MODULAÇÃO ANGULAR Uma outra forma de modular o sinal a ser enviado é atuar sobre o ângulo da portadora. 𝑐 𝑡 = 𝐴𝑐cos(𝜽𝒊(𝒕)) Características: Maior imunidade ao ruído aditivo inserido pelo canal; Processo não linear => análise e implementação mais difíceis; A banda do sinal não é preservada => ocorre espalhamento espectral. MODULAÇÃO ANGULAR Modulação em fase (PM): 𝑠 𝑡 = 𝐴𝑐cos(2𝜋𝑓𝑐𝑡 + 𝑘𝑝𝑚(𝑡)) 𝜃 𝑡 = 2𝜋𝑓𝑐𝑡 + 𝑘𝑝𝑚(𝑡) 𝑓𝑖(𝑡) = 𝑓𝑐 + 𝑘𝑝 2𝜋 𝑑𝑚(𝑡) 𝑑𝑡 Sendo a constante 𝑘𝑝 o fator de sensibilidade de fase. Modulação em frequência (FM): 𝑠 𝑡 = 𝐴𝑐cos(2𝜋𝑓𝑐𝑡 + 2𝜋𝑘𝑓 𝑚(𝑡) 𝑡 0 𝑑𝑡) 𝜃 𝑡 = 2𝜋𝑓𝑐𝑡 + 2𝜋𝑘𝑓 𝑚(𝑡) 𝑡 0 𝑑𝑡 𝑓𝑖(𝑡) = 𝑓𝑐 + 𝑘𝑓𝑚(𝑡) Sendo a constante 𝑘𝑓 o fator de sensibilidade de frequência. MODULAÇÃO ANGULAR Relação entre frequência e fase instantânea: 𝑓𝑖 𝑡 = 1 2𝜋 𝑑𝜃(𝑡) 𝑑𝑡 𝜃 𝑡 = 2𝜋 𝑓𝑖 𝑡 𝑑𝑡 RELAÇÃO ENTRE O SINAL PM E FM Considerando as fases instantâneas, temos: I. PM:𝜃 𝑡 = 2𝜋𝑓𝑐𝑡 + 𝑘𝑝𝑚 𝑡 II. FM:𝜃 𝑡 = 2𝜋𝑓𝑐𝑡 + 2𝜋𝑘𝑓 𝑚(𝑡) 𝑡 0 𝑑𝑡 RELAÇÃO ENTRE O SINAL PM E FM A modulação FM pode ser vista como uma modulação PM de 𝑚(𝑡) 𝑡 0 𝑑𝑡. Enquanto que a modulação PM pode ser vista como uma modulação FM de 𝑑𝑚(𝑡) 𝑑𝑡 . Ambas as técnicas de modulação angular (FM e PM) apresentam um comportamento semelhante no domínio do tempo. EXEMPLO Esboce o sinal 𝑚(𝑡) modulado em FM e PM. Considere 𝑘𝑓 = 10 5, 𝑘𝑝 = 10𝜋, 𝑓𝑐 = 100MHz e 𝐴𝑐 = 1V. EXEMPLO - RESOLUÇÃO Esboce o sinal 𝑚(𝑡) modulado em FM e PM. Considere 𝑘𝑓 = 10 5, 𝑘𝑝 = 10𝜋, 𝑓𝑐 = 100𝑀𝐻𝑧 e 𝐴𝑐 = 1V. Primeiramente, vamos determinar as frequências máxima e mínima do sinal modulado FM. 𝑓𝑖𝑀𝐴𝑋 𝑡 = 𝑓𝑐 + 𝑘𝑓𝑚 𝑡 → 100. 10 6 + 105. 1 = 100,1MHz 𝑓𝑖𝑀𝐼𝑁 𝑡 = 𝑓𝑐 + 𝑘𝑓𝑚 𝑡 → 100. 10 6 + 105. −1 = 99,9MHz EXEMPLO - RESOLUÇÃO 𝑓𝑖𝑀𝐴𝑋 𝑡 = 100,1MHz 𝑓𝑖𝑀𝐼𝑁 𝑡 = 99,9MHz EXEMPLO - RESOLUÇÃO Agora, para determinar os dados da modulação PM, precisamos derivar o sinal 𝑚(𝑡): A derivada do sinal 𝑚 𝑡 envolve basicamente a derivada de duas retas, uma ascendente e outra descendente. 𝑚 𝑡 = 𝑎𝑡 + 𝑏, 𝑡𝑟𝑒𝑐ℎ𝑜𝑠𝑎𝑠𝑐𝑒𝑛𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑐𝑡 + 𝑑, 𝑡𝑟𝑒𝑐ℎ𝑜𝑠𝑑𝑒𝑠𝑐𝑒𝑛𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 De modo que: 𝑚 𝑡 = 𝑎 𝑐 EXEMPLO - RESOLUÇÃO Para encontrar as constantes 𝑎 e 𝑐 precisamos encontrar os parâmetros das retas que descrevem 𝑚(𝑡). Escolhendo arbitrariamente dois pontos em cada trecho, temos: Trecho ascendente: pontos(0,0) e (5. 10−5,1) 𝑚 𝑡 = 𝑎𝑡 + 𝑏 → 0 = 𝑎. 0 + 𝑏 1 = 𝑎. 5. 10−5 + 𝑏 → 𝑏 = 0 𝑎= 1 5. 10−5 = 2. 104 EXEMPLO - RESOLUÇÃO Para encontrar as constantes 𝑎 e 𝑐 precisamos encontrar os parâmetros das retas que descrevem 𝑚(𝑡). Escolhendo arbitrariamente dois pontos em cada trecho, temos: Trecho descendente: pontos (1.10−4,0) e (1,5.10−4, −1) 𝑚 𝑡 = 𝑐𝑡 + 𝑑 → 0 = 1.10−4𝑐 + 𝑑 −1 = 1,5. 10−4𝑐 + 𝑑 → 𝑐 = −2.10 4 d=2 EXEMPLO - RESOLUÇÃO Agora, para determinar os dados da modulação PM, precisamos derivar o sinal 𝑚(𝑡): 𝑚 𝑡 = 𝑎 = 2.10 4 𝑐 = −2.104 EXEMPLO - RESOLUÇÃO Agora, vamos determinar as frequências máxima e mínima do sinal modulado PM. 𝑓𝑖𝑀𝐴𝑋 𝑡 = 𝑓𝑐 + 𝑘𝑝 2𝜋 𝑚 𝑡 → 100. 106 + 10𝜋 2𝜋 2.104 = 100,1𝑀𝐻𝑧 𝑓𝑖𝑀𝐼𝑁 𝑡 = 𝑓𝑐 + 𝑘𝑝 2𝜋 𝑚 𝑡 → 100. 106 + 10𝜋 2𝜋 (−2.104 ) = 99,9MHz Constantes do problema: 𝑘𝑓 = 10 5, 𝑘𝑝 = 10𝜋, 𝑓𝑐 = 100MHz e 𝐴𝑐 = 1V. EXEMPLO - RESOLUÇÃO 𝑓𝑖𝑀𝐴𝑋 𝑡 = 100,1MHz 𝑓𝑖𝑀𝐼𝑁 𝑡 = 99,9MHz ATIVIDADE Considere o sinal 𝑚 𝑡 = 𝑎𝑡, 𝑡 ≥ 0 0, 𝑡 < 0 Com 𝑎 = 1𝑉/𝑠 e 𝑓𝑐 = 1 4 Hz. Esboce as ondas moduladas em FM e PM. Aulas/9_FM_Faixa_Estreita.pdf FUNDAMENTOS DE COMUNICAÇÃO Profa. Dra. Sarah Negreiros de Carvalho Leite João Monlevade/MG Modulação FM – Faixa Estreita MODULAÇÃO FM A análise espectral da onda FM é complicada devido a sua não linearidade. Neste primeiro momento, vamos considerar o caso de uma mensagem tonal, para posteriormente generalizarmos os resultados. FM – MODULAÇÃO TONAL Mensagem: 𝑚 𝑡 = 𝐴𝑚cos(2𝜋𝑓𝑚𝑡) A frequência instantânea da onda FM é dada por: 𝑓𝑖 𝑡 = 𝑓𝑐 + 𝑘𝑓𝑚 𝑡 = 𝑓𝑐 + 𝑘𝑓𝐴𝑚 cos 2𝜋𝑓𝑚𝑡 = 𝑓𝑐 + Δ𝑓 cos 2𝜋𝑓𝑚𝑡 sendo: Δ𝑓 = 𝑘𝑓𝐴𝑚 - o desvio de frequência FM – MODULAÇÃO TONAL A fase instantânea da onda FM é: 𝜃 𝑡 = 2𝜋𝑓𝑐𝑡 + 2𝜋𝑘𝑓 𝑚(𝑡) 𝑡 0 𝑑𝑡 = 2𝜋𝑓𝑐𝑡 + 2𝜋𝑘𝑓 𝐴𝑚cos(2𝜋𝑓𝑚𝑡) 𝑡 0 𝑑𝑡 = 2𝜋𝑓𝑐𝑡 + 2𝜋𝑘𝑓 1 2𝜋𝑓𝑚 𝐴𝑚𝑠𝑒𝑛(2𝜋𝑓𝑚𝑡) = 2𝜋𝑓𝑐𝑡 + 𝑘𝑓𝐴𝑚 𝑓𝑚 𝑠𝑒𝑛(2𝜋𝑓𝑚𝑡) = 2𝜋𝑓𝑐𝑡 + Δ𝑓 𝑓𝑚 𝑠𝑒𝑛(2𝜋𝑓𝑚𝑡) = 2𝜋𝑓𝑐𝑡 + 𝛽𝑠𝑒𝑛(2𝜋𝑓𝑚𝑡) sendo: β = Δ𝑓 𝑓𝑚 - índice de modulação, que determina o espalhamento espectral. FM – MODULAÇÃO
Compartilhar