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Semiologia Reumatológica

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1 Semiologia dos Sistemas – Letícia Souza 70B FCMMG 
 
Anamnese 
Deve-se seguir o roteiro habitual da anamnese, e o diagnóstico do paciente é obtido em mais de 80% dos casos. 
 
Identificação do paciente 
 
Sexo 
♦ Masculino: espondilite anquilosante (EA) e gota 
♦ Feminino: lúpus eritematoso sistêmico (LES) e artrite reumatoide (AR) 
 
Idade 
♦ Crianças e jovens: febre reumática 
♦ Jovens: LES e EA 
♦ Adultos: AR (poliartrite simétrica nas articulações metacarpofalangeanas, com rigidez matinal). 
♦ Idosos: Osteoartrite (OA) 
 
Raça 
♦ Artrite gotosa e EA são mais comuns na raça branca 
 
Naturalidade e Nacionalidade 
♦ Informações escassas sobre epidemiologia das doenças reumáticas no Brasil 
 
Profissão e Hábitos de Vida 
♦ Lombalgia em trabalhadores braçais 
♦ Artrites traumáticas, tenossinovite do cotovelo e 
tendinite de Aquiles em esportistas 
♦ Síndrome de De Quervain em pianistas e lavadeiras: 
tenossinovite de de quervain – uso repetitivo da 
articulação leva à inflamação 
♦ Cervicodorsobraquialgias em pessoas que permanecem sentadas por muito tempo 
 
QP e HMA em Reumatologia 
 
♦ Os portadores de doenças reumáticas são geralmente pacientes 
crônicos, e a principal queixa é DOR. 
♦ Na maioria dos processos reumáticos, há outros fenômenos 
articulares além da dor. 
♦ Questionar sintomas associados  febre, anorexia, 
emagrecimento, fadiga, questões emocionais, manifestações 
clinicas extra articulares que sugiram doenças sistêmicas 
 
DOR 
♦ Localização  referida ou não 
♦ Modo de início  insidioso (AR) ou agudo (artrite gotosa) 
♦ Intensidade  leve, moderada ou intensa (escala 0-10) 
♦ Duração  intermitente (mão reumatoide – rigidez pós repouso dura 1h, melhora durante o dia, e volta à tarde – 
liberação de mediadores inflamatórios que levam à dor) ou contínua (artrite no joelho esquerdo – continua, 
persistente e grande intensidade – artrite gotosa, artrite infecciosa). 
♦ Ritmo  fatores desencadeantes ou atenuantes 
♦ Sintomas Associados  febre, rigidez pós-repouso, fadiga 
 
2 Semiologia dos Sistemas – Letícia Souza 70B FCMMG 
 
 
Processo inflamatório da articulação, tendo como base anatomopatológica a sinovite. 
 
Clinicamente, são evidenciados, no mínimo três, dos seguintes achados: dor, edema, calor, hiperemia e perda 
de função. 
 
Monoartrite: única articulação  artrite gotosa, artrite gonocócica e artrite séptica  emergência 
reumatológica pois pode ser um caso de infecção articular potencialmente grave com morbimortalidade 
esperada (artrite séptica – tratamento com antimicrobiano de amplo espectro associado com drenagem de 
articulação que pode ter pus) 
Oligoartrite: acometimento de 2 a 4 articulações  gota 
Poliartrite: acima de 4 articulações acometidas 
 
O padrão de acometimento articular pode ser: 
♦ Aditivo  uma articulação acometida se somando à outro  lúpus, artrite reumatóide 
♦ Migratório  uma articulação é acometida e no outro dia está em outra articulação  febre reumática 
♦ Intermitente  artrite gotosa 
 
As artrites podem ter etiologias traumática, imunológica (lúpus e artrite reumatoide), infecciosa (pós 
estreptocócica – febre reumática), reativa (artrite gonocócica), metabólica (gota – elevação de ácido úrico), 
neoplásica ou paraneoplásica. 
 
Diagnóstico Diferencial das Artrites 
 
Característica Situação Hipótese Diagnóstica 
Número de Articulações 
Acometidas 
Monoarticular Artrite gotosa, artrite gonocócica, 
artrite séptica 
Número de Articulações 
Acometidas 
Oligoarticular (2-4 articulações) Gota, artrite séptica, osteoartrite 
Número de Articulações 
Acometidas 
Poliarticular Artrite reumatoide, LES, febre 
reumática 
Ritmo da Dor Inflamatório Artrite reumatoide, LES, Febre 
Reumática, Gota 
Ritmo da Dor Mecânico Osteoartrite 
Sítio da Dor Interfalangianas Distais Osteoartrite (idoso), artrite 
psoríatica 
Sítio da Dor Punho, metacarpofalangianas Artrite reumatoide, LES 
Sítio da Dor Primeira metatarsofalangiana Gota 
 
 
Sítio da Dor 
Sacroilíacas, coluna lombar Espondiloartropatia (espondilite 
anquilosante e espondilite 
associada à doença inflamatória 
intestinal: crohn e retocolite 
ulcerativa) 
 
 
 
 
 
3 Semiologia dos Sistemas – Letícia Souza 70B FCMMG 
Exame Físico Geral 
 
Pele, cabelo, couro cabeludo e unhas devem ser examinados inicialmente (atentar-se para presença de 
nódulos, erupções, ulcerações, teleangiectasias, fenômeno de Raynaud), e logo em seguida examinar os 
demais aparelhos. 
 
Sintomas associados: 
♦ Fadiga ** queixa mais frequente associada ao período de 
atividade da doença 
♦ Febre  imprescindível excluir etiologia infecciosa – um quadro 
inflamatório libera citocinas (IL-1, IL-6, fator de necrose tumoral 
alfa) pode levar à febre e artrite – se doença de base não tratada, 
o paciente pode evoluir com proliferação da sinóvia, destruição 
da cartilagem, óssea, e atrofia muscular. 
♦ Emagrecimento  avaliar neoplasia oculta 
♦ Alterações cutâneas  rash malar (LES), eritema eliotrópico 
(dermatomiosite), esclerodermia (perda das perdas cutaneas e 
hiperpigmentação/dedos em salsicha// fenômeno de Raynaud) 
♦ Avaliação da cavidade oral  úlceras orais (LES) 
♦ Sintomas oculares  uveíte (sarcoidose, LES) 
♦ Sintomas cardiorrespiratórios  pericardite e miocardite 
lúpica; dispneia, tosse seca cronica 
♦ Sintomas trato gastrointestinal  disfagia 
em casos de esclerodermia 
♦ Sintomas urinários  espumúria, nictúria, 
alteração da colocação da urina, hematúria
 
A melhora da fadiga que a queixa de rigidez 
pós repouso correlaciona à melhora do 
quadro. 
 
 Doença de Still e Artrite Séptica  febre alta (>39 graus), precedida por calafrios. 
 Paciente que interna com febre de origem indeterminada/obscura (FOI)  10% 
desses pacientes tem essa febre antes da manifestação da doença reumatológica. 
 Fenômeno de Raynaud  resposta exarcebada dar arteríolas à uma exposição ao 
frio – vasoconstrição intensa com hipoperfusão nas extremidades – paciente 
apresenta palidez cutâneo mucosa seguida de cianose  muita dor, e paciente 
pode evoluir com ulceração, infecção adjacente e perda de extremidades. 
 Na imagem ao lado, paciente com psoríase extensa, característica do 
acometimento da psoríase com acometimento das articulações interfalangianas 
distais. 
 Imagens abaixo: nódulos osteofíticos que podem se formar na IFP e IFD 
(osteoartrite) e tofos, devido ao acúmulo de ácido úrico (lobo da orelha e dorso da mão). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 Semiologia dos Sistemas – Letícia Souza 70B FCMMG 
 Outro dado é o eritema nodoso  paniculite em processo 
inflamatório não granulomatoso do subcutâneo, cuja 
etiologia é bem variada (processo inflamatório intestinal, 
doenças infecciosas) que se manifesta por nódulos 
avermelhados e dolorosos que predominam nos membros 
inferiores. 
 
Exame Músculo-Esquelético 
Deve ser realizado de forma sistemática. 
 
GALS (gait = marcha / arms = membros superiores / legs = membros inferiores / spine = coluna vertebral) 
Visa identificar: alguma das articulações está anormal? Qual é a natureza da anormalidade? Qual é a extensão 
(distribuição) do movimento articular? Há outras manifestações de importância diagnóstica presentes? 
 
 O exame físico de um paciente com queixa reumatológica é desejável que seja 
realizado com o paciente despido – observa-se em ortostatismo para avaliação 
da coluna vertebral e posição do paciente (anomalias de postura estática: 
escoliose lombar, cifose torácica, postura do esquiador – espondilite 
anquilosante). 
 Pode-se o paciente para andar, observando a marcha, e ao mesmo tempo 
observando a simetria das articulações, testando a mobilidade da coluna 
(lateralização, flexão e extensão) 
 
 Técnica de exame das articulações: inspeção, palpação, amplitude de 
movimento e avaliação da função. 
 
Inspeção 
♦ Deve-se comparar articulações homólogas e 
identificar alterações de forma, volumee pele 
(presença de edema, rubor, deformidades, hipotrofias 
musculares) 
 
A contratura de Dupuytren é um espessamento da fáscia 
palmar que promove retração e flexão dos dedos, do 4º e 
5º dedo, sendo o acometimento simétrico e bilateral. 
 
Palpação 
♦ Deve-se identificar alterações como: edema (derrame articular, osteófitos), calor, ruídos (crepitações), dor, 
limitação do movimento. 
 
Avaliação da dor 
1. Palpação suave, porém firme 
2. Usando as duas mãos, o examinador deve palpar a articulação em todos os planos 
3. A pressão exercida deve ser o suficiente para deixar o leito ungueal do examinador branco 
4. Observar as expressões facial e verbal do paciente 
5. Comparar a temperatura da articulação com a contralateral 
6. Verificar a coloração da pele, o trofismo muscular e a presença de ruídos no local examinado 
 
 
 
 
 
5 Semiologia dos Sistemas – Letícia Souza 70B FCMMG 
Amplitude de Movimento e Exame das mãos 
 
Regras a serem seguidas no estudo dos movimentos articulares: 
 
♦ A movimentação da articulação deve ser feita com delicadeza 
♦ Pesquisar os movimentos ativo e passivo 
♦ O médico deve estar atento às reações do paciente 
♦ Se possível, medir a amplitude dos movimentos em graus 
♦ Caso não seja possível, pode-se falar em limitação total (anquilose) ou em parcial (mínima, moderada ou 
intensa) 
 
A amplitude de movimento (ADM) normal das articulações metacarpofalangianas é de 90 graus para flexão 
e de 30 graus para extensão; as interfalangianas possuem amplitude articular de 100 graus para flexão e o 
punho de 90 graus para flexão e extensão. 
 
1. As MCF, IFP e as IFD compreendem as pequenas articulações das mãos 
2. São articulações em dobradiça mantidas por tendões e ligamentos. 
 
 
Conceito 
Doença inflamatória crônica de etiologia desconhecida que acomete 
2-4% da população geral. 
 
Incidência 
 Acomete adultos jovens: 20-40 anos – manifestações clinicas e 
diagnósticos 
 70% dos indivíduos acometidos são do sexo feminino. 
 
Fisiopatogenia 
Distúrbio genético – parentes de 1º grau com AR e outras doenças autoimunes 
Ativação imunológica  demonstrada através da presença de imunocomplexos dos leucócitos no liquido 
sinovial. 
 
 Se não tratada, evolui de forma crônica e leva à destruição da membrana sinovial, da cápsula articular e 
podendo levar a lesões ósseas. 
 
Quadro Clínico 
 Poliartrite simétrica, bilateral, crônica, de início insidioso, não migratória  punho, metacarpofalangeanas, 
interfalangeanas proximais. 
 Rigidez matinal/ rigidez pós-repouso  associada à atividade da doença – dura mais de 1h – quanto mais 
intensa a rigidez e o tempo de duração, maior a atividade do processo inflamatório 
 Síndrome do túnel do carpo (1 a 5% dos pacientes) 
 1/3 dos pacientes podem ter a apresentação aguda, caracterizado por febre, fadiga, mialgia e perda de 
peso. 
 
 O esqueleto axial NÃO é geralmente acometido, com exceção da coluna cervical (C1 e C2) – complicações 
neurológicas – Subluxação e luxação 
 
 
6 Semiologia dos Sistemas – Letícia Souza 70B FCMMG 
Envolvimento extra-articular 
40% dos pacientes AR crônica  anemia normocítica e normocrônica, nódulos 
reumatoides (imagem – superfície extensora), neuropatia periférica, pleuropericardite, 
episclerite (acometimento ocular), esplenomegalia, síndrome de Felty (binômio 
Neutropenia + esplenomegalia). 
 
Casos Crônicos 
Destruição articular e óssea  deformidades tardias 
 
Exames Laboratoriais 
 Hemograma – anemia de doença crônica 
 Proteínas de fase aguda: VHS, PCR (altas) 
 Anticorpos específicos: fator reumatoide (FR), 
anticorpo antipeptídeo citrulinado (anti-CCP)  
80 a 85% dos pacientes são soropositivos para 
esses anticorpos. 
 Punção articular com análise do liquido sinovial  
casos selecionados 
 
Pior prognóstico 
Doença poliarticular, manifestações extra-articulares, 
proteínas de fase aguda muito elevadas, FR e anti-CCP 
positivos 
 
Complicações graves da AR crônica 
 Edema das articulações MCF, flexão 
moderada, deformidade em pescoço de 
cisne. 
 
Mão Reumatóide 
 Sinal de vale  deformidade do punho 
 Desvio ulnar  desvio dos dedos em 
direção oposta ao polegar 
 Deformidade dos dedos em pescoço de cisne 
 Deformidade do polegar 
 
Achados Radiográficos 
 
Fase Precoce 
 Tumefação simétrica em tecidos moles peri-articulares 
 Osteopenia peri-articular 
 Erosões subarticulares 
 
Fase Tardia 
 Diminuição do espaço articular 
 Luxações, sub-luxações 
 Rarefação óssea difusa 
 Anquilose 
 
 
 
7 Semiologia dos Sistemas – Letícia Souza 70B FCMMG 
Diagnóstico 
Paciente deve somar 6 ou mais pontos dos critérios abaixo 
 
Articular Sorologia 
1 grande (inclui tornozelos)  0 
2 a 10 grandes  1 
1 a 3 pequenas (inclui punho)  2 
4 a 10 pequenas  3 
> 10 (mínimo 1 pequena)  5 
Fator reumatoide e AAPC negativos  0 
Pelo menos 1 + baixo título  2 
Pelo menos 1 + alto título (maior ou igual que 3 
vezes o valor de referência)  3 
Duração dos Sintomas Provas de Fase Aguda 
< 6 semanas  0 
Maior ou igual a 6 semanas  1 
VHS e PCR normais  0 
VHS e/ou PCR anormais  1 
 
Critérios do Colégio Americano de Reumatologia (1987) para classificação de artrite e reumatoide  não é 
utilizada atualmente 
 Os nódulos reumatoides e alterações radiográficas são manifestações clinicas tardias, por isso não se 
deve esperar essas alterações para o diagnóstico – o diagnóstico seria tardio, bem como o tratamento 
 Na sorologia, só tinha o FR. Hoje sabemos o que anti-CCP é importante para esse diagnóstico. 
 
 
 Artrose/Osteoartrose 
 
Conceito 
 Doença articular degenerativa, que acomete indivíduos após a quinta/sexta década de vida 
 É uma doença da cartilagem articular  NÃO há sinais inflamatórios sistêmicos 
 
Fisiopatogenia 
 Idade  idosos 
 Obesidade  trabalho maior nas articulações do quadril, joelho e pés 
 Traços genéticos 
 Alterações da mecânica articular 
 
Quadro Clínico 
 Dor articular  0 e 10 
 Protocinética  paciente que sente dor no início do 
movimento, mas à medida que ele movimenta e realiza as 
atividades, há melhora da dor. Mas com o uso continuo, há 
piora. 
 Rigidez matinal fugaz  diagnóstico diferencial AR 
 Limitação de movimento e crepitações 
 Nódulo de Heberden (interfalangianas distais) e de 
Bouchard (interfalangianas proximais) 
 Articulações mais comprometidas  mulheres: mãos e 
joelhos // homens: quadril 
 
Diagnóstico: clínico, laboratorial (hemograma normal, sem 
anemia e leucocitose; sem proteínas de fase aguda alteradas) e radiografias. 
 
 
8 Semiologia dos Sistemas – Letícia Souza 70B FCMMG 
Diagnóstico diferencial  Osteoartrite X Artrite Reumatoide 
 
Característica Osteoartrite Artrite Reumatoide 
Processo patofisiológico Degenerativa Autoimune 
Articulações comumente 
afetadas 
Quadril, joelhos, coluna e dedos Mãos, pés 
Envolvimento tipicamente 
simétrico 
Não Sim 
Rigidez Matinal Transitória Persistente 
Inchaço das articulações Tecidos duros Tecidos moles 
Envolvimento das mãos Articulações distais Articulações proximais 
Envolvimento extra-articular Não Sim 
Marcadores autoimunes elevados Não Sim 
 
 
 Artrite Reumatoide Juvenil 
 
Conceito 
Doença inflamatória, de etiologia desconhecida, caracterizada por: 
febre, rash evanescente e artrite/artralgia 
 
Epidemiologia 
 Incomum  0,16 casos/100.000 indivíduos 
 Acometimento equivalente em homem/mulher 
 Bimodal: 15-25 anos // 36-46 anos 
 
História Natural 
1. Padrão monofásico 
Duração de semanas à meses, não ultrapassando 1 ano  rash, febre, serosite (peurite e pericardite) e 
hepatoesplenomegalia. 
 
2. Padrão intermitente 
Uma ou mais agudizações com ou sem sintomas articulares, com remissão completa entre os intervalos das 
agudizações  duração de alguns meses até menos de 2 anos. 
 
3. Padrão crônico 
Doença ativa de forma persistente,podendo evoluir para artrite destrutiva. 
 
Quadro Clínico 
 Febre alta  39,5 – 40 graus 
 Rash evanescente  erupção cutânea maculopapular, ou papular tipicamente com cor salmão, não 
pruriginoso, evanescente – desaparece após desaparecimento da febre. Acometimento mais frequente 
em tronco e extremidades. 
 Artrite/artralgia  pode ser uma oligoartrite leve/transitória que pode se tornar mais graves, e nos 
crônicos pode evoluir para poliartrite grave. 
 Quadro típico em 75-95% dos pacientes 
 
 
9 Semiologia dos Sistemas – Letícia Souza 70B FCMMG 
Exames Laboratoriais 
 Hemograma  anemia normocítica/normocromica/ leucocitose variável (> ou igual a 10.000 ou a 15.000), 
com neutrofilia (>80% do leucócito total); Trombocitose (>400.000) 
 Proteínas de fase aguda alta  elevação de VHS 
 Elevação de TGP e TGO 
 FAN e FR negativos 
 Ferritina elevada (proteína de fase aguda – processo inflamatório intenso – estimulação de ferritina pelo 
hepatócito) 
 
 
Conceito 
Doença autoimune crônica, caracterizada por polimorfismo nos sintomas. 
 
Incidência 
 Adultos jovens entre 15-40 anos 
 Predominância nas mulheres (M/H – 9/1) 
 
Fisiopatogenia 
 Genética  estudos em gêmeos indicam que se um tem LES, a chance do outro ter também é grande 
 Eventos desencadeadores  exposição à luz solar, medicamentos (hidralazina/anti-hipertensivo; 
alfametildopa/anti-hipertensivo; procaínamida/anti-arrítmico; ACO orais) 
 Ativação do sistema imune  confirmação através da presença de auto-anticorpos circulantes. 
 
Quadro Clínico 
 Variável desde manifestações cutâneas e articulares leves até o acometimento de órgãos nobres, com 
risco de vida 
 Rash malar 
 Fotossensibilidade 
 Artrite/artralgia 
 Órgãos nobres  SNC, coração, pulmão, rim e sistema hematológico 
 
 Sintomas gerais estão presentes na maioria dos pacientes, em algum momento do curso da doença  
fadiga (pode ser incapacitante), febre (>50% - deve-se excluir infecções subjacentes), perda de peso 
 
Manifestações Clínicas Específicas 
 
 Lesões típicas  manifestações cutâneas presentes na maioria. 
 
2 imagens à esquerda: eritema malar (rash malar em asa de borboleta) – nariz e regiões malares, que poupa 
as pregas nasolabiais. 
 
Direita  lúpus discoide – 
lesões cutâneas que deixam 
cicatrizes (lobo esquerdo da 
orelha com despigmentação). 
 
 
 
 
10 Semiologia dos Sistemas – Letícia Souza 70B FCMMG 
 Artrite/Artralgia  queixa frequente em > 90% dos pacientes com LES 
 
 Comprometimentos cardíacos: Pericardite – desenvolve-se em 25% dos 
indivíduos, sendo a manifestação cardíaca mais comum. Podem ter miocardite, 
valvopatias (endocardite de Libman Sacks) e comprometimento do sistema de 
condução 
 
No RX, paciente com LES com derrame pericárdico importante  pode ser 
manifestação inicial do LES – acompanhar de perto, avaliar critério de gravidade, 
pois pode haver evolução para tamponamento cardíaco e necessidade de 
pericardiocentese de urgência. 
 
 Fenômeno de Reynaud/vasculite/fenômenos tromboembólicos 
 
 Rim: 50% dos pacientes possuem, e pode ser leve (proteinuria discreta com hematúria) até com 
glomerulonefrite que evolui rapidamente, ou síndrome nefrótica  impacto na 
morbimortalidade 
 
 Pulmão: pleurite, derrame pleural, síndrome do pulmão encolhido (rara no LES, 
secundária à paralisia do diafragma), hemorragia alveolar secundária ao LES, 
doença pulmonar intersticial. 
 
No RX, observa-se campos pulmonares reduzidos, cúpulas elevadas e espirometria 
indica volumes pulmonares reduzidos – diagnóstico diferencial com insuficiência 
cardíaca congestiva e embolia pulmonar. 
 
 Hematologia  anemia normocítica, normocromica/ anemia hemolítica; leucopenia < 4.000, 
Plaquetopenia < 100.000 
 
 Acometimento ocular e do SNC  manifestação de crise psicótica lúpica, crise convulsiva. 
 
Diagnóstico 
 Anamnese e exame físico completos  questionar sobre a presença de sintomas sistêmicos e de TODOS 
os sistemas. 
 
 Exames laboratoriais 
 Hemograma: anemia NN, hemolítica (anemia com volume corpuscular médio > 100, com aumento de BI 
–hemólise – aumento de LDH, e redução da haptoglobina, e teste de Coombs positivo); leucopenia < 
4.000 e trombocitopenia <100.000 
 Função renal, urina rotina e relação P/C: proteinúria/hematúria; relação proteína/creatinina avalia 
proteinuria, e solicitar proteinuria de 24h 
 Proteínas de fase aguda: VHS (alta em pacientes agudos), PCR (norma/baixa em pacientes agudos). 
Se o paciente tiver VHS discretamente elevada e PCR alta é sugestivo de infecção. 
 Exames imunológicos: FAN (positivo (95% dos pacientes), anti-Sm, anti-DNAn, complementos C3 C4, 
CH50 (baixos), anticoagulante lúpico, anticardiolipina IgM e IgG, anti-beta 2 glicoproteína IgM e IgG 
(suspeita de síndrome anticorpo fosfolípide associada ao LES). 
 
FAN positivo  fracionamento do FAN – anti-SM (apesar de ser positivo em apenas 30%, tem especificidade grande para LES). 
 
Pacientes com acometimento renal pede anti-DNAm, positivo em 70% dos pacientes. 
 
 Exames de imagem individualizados: RX tórax, US, RM – pensar em diagnósticos diferenciais 
 
11 Semiologia dos Sistemas – Letícia Souza 70B FCMMG 
 
 
Contexto clínico de suspeita de lúpus  primeiro pede FAN 
Positivo  titulação maior ou igual 1:80  continua raciocínio clinico e continua pontuando 
Negativo  descarta o diagnóstico de lúpus 
 
FAN positivo + > ou igual a 10 pontos  fecha o diagnóstico 
 
 
 
 
 
 
12 Semiologia dos Sistemas – Letícia Souza 70B FCMMG 
 
Conceito 
Doença sistêmica crônica, cuja fisiopatogenia engloba fibrose tecidual, vasculopatia proliferativa e oclusiva 
dos pequenos vasos e resposta autoimune. 
 
Escleroderma = pele espessada. 
 
 Pode acometer pele, pulmões, coração, sistema musculoesquelético, rins e TGI 
 
Epidemiologia 
 8-56 casos/milhão/ano 
 Entre 35-50 anos 
 Predomínio do sexo feminino, sobretudo na forma cutânea limitada 
 
Classificação 
 
 Forma cutânea limitada 
Espessamento cutâneo dos dedos distalmente às articulações MCF 
 
 Esclerose distal aos cotovelos e joelhos 
 Fenômeno de Raynaud grave 
 Teleangiectasia mucocutânea 
 Hipertensão arterial pulmonar 
 Parcela considerável evolui para Síndrome de CREST 
 
Síndrome de CREST: C (calcinose do subcutâneo); R (fenômeno de Raynaud, que pode evoluir para isquemia 
com ulceras digitais); E (esôfago/disfagia); S (eScredodactilia); T (teleangiectasia) 
 
Score de pele de Rodnan 
 
Avalia local acometido e tipo de espessamento 
 
1  leve 
2  moderado 
3  grave 
 
Alterações de pele 
A – Pele normal, com prega cutânea 
B – Comprometimento da prega 
cutânea 
C – Comprometimento maior 
D – Não há prega cutânea 
 
Também se observa hiperpigmentação da pele. 
 
No RX, percebe-se nos locais das setas amarelas a calcificação dos tecidos moles e das falanges distais, que 
são umas das variáveis da Síndrome de Crest, um dos sutipos da forma cutânea limitada. 
 
 
13 Semiologia dos Sistemas – Letícia Souza 70B FCMMG 
 Forma cutânea difusa 
Espessamento cutâneo dos dedos proximalmente nos membros superiores, troncos e/ou coxas. Evolução 
rápida da esclerose cutânea, com desenvolvimento precoce de fibrose pulmonar – prognóstico muito ruim. 
 
Síndrome de superposição  pacientes que não preenchem critérios diagnósticos de LES, esclerodermia, 
doença mista do tecido conjuntivo, polimiosite. 
 
Diagnóstico 
Baseado nos achados clínicos acoplados aos exames laboratoriais 
 
 Fadiga 
 Edema e eritema cutâneos podem preceder a enduração  fibrose cutânea progressiva 
 Dispneia e tosse seca 
 Dor: artrite, desconforto cutâneo, fenômeno de Raynaud, isquemia digital. 
 
Exames Laboratoriais 
 Hemograma  anemia NN 
 Função renal, urina rotina 
 FAN  95% positivo, pedir fracionamento: 
Anticorpo Scl-70 positivo na forma cutânea difusa) 
Anticorpo anti-centrômero positivo na forma cutânea limitada) 
 
Exames de Imagem 
 RX Tórax, TC, US, RED, ECO, EDA 
 Individualizados 
 
Diagnósticos Diferenciais 
 Doenças do tecido conectivo 
 
 
Conceito 
Miopatia inflamatória idiopática, caracterizada por inflamação muscular crônica de etiologia indefinida. 
 
Epidemiologia 
 Doença rara: 5-10 casos/milhão/ano 
 Picos bimodais: 7-15 anos; 30-50 anos 
 Predominância no sexo feminino 
 
Manifestações Clínicas 
 Fraqueza muscular proximal (cintura escapular – dificuldade de pendurar roupas no varal, pentear cabelo 
- e pélvica – dificuldade de levantar da cadeira, de subir escada) e simétrica 
 Fadiga que pode ser incapacitante 
 Dor muscular 
 Perda de peso 
 Fenômeno de Raynaud 
 
 
 
 
14 Semiologia dos Sistemas – Letícia Souza 70B FCMMG 
 Dermatomiosite (polimiosite com manifestação cutânea) 
 
(1) Heliotropo – hiperemia nas regiões das pálpebras e face; (2) Pápulas de Gottron – pápulas elevadas, 
palpáveis, com base eritematosa encontrada em superfícies extensoras das articulações 
metacarpofalangianas e interfalangianas proximais; (3) Sinal de Gottron (pápulas de gottron nos joelhos); (4) 
Rash em V – região do pescoço 
 
 
 
As Pápulas de Gottron são patognomônicas de dermatomiosite. 
 
Rash Malar em Asa de Borboleta X Heliotropo  diagnóstico diferencial de LES e Dermatomiosite 
 
 
 
 Poliomiosite – outras manifestações clínicas 
 
 Artralgias 
 Poliartrites – dor articular e inflamação articular 
 Disfagia 
 Insuficiência respiratória – acometimento da musculatura respiratória 
 Pneumonia 
 Fibrose pulmonar 
 Miocardite 
 
Diagnóstico 
 Depende da história clinica bem-feita e exame físico: avaliar medicação em uso (histatinas, álcool, 
corticoides, cocaína, medicamento de HIV positivos) 
 TSH para excluir hiper e hipotireoidismo – queixas de fraqueza, desanimo 
 Excluir diabetes mellitus 
 Enzimas musculares  TGO, CK, aldolase 
 Eletroneuromiografia  fraqueza por acometimento muscular ou neuronal 
 Biópsia muscular 
 
 
 
 
 
 
15 Semiologia dos Sistemas – Letícia Souza 70B FCMMG 
 
Conceito 
Doença inflamatória crônica de etiologia desconhecida, com associação com o antígeno HLA-B27 em 95% 
dos pacientes 
 
Incidência 
Adultos jovens, entre 15-40 anos, com 
predominância do sexo masculino. 
 
Acomete o esqueleto axial levando a um 
processo inflamatório crônico, que leva à 
fusão das vertebras  característica típica: 
paciente com postura de esquiador. 
 
 Diagnóstico tardio, em que o paciente já possui interferências laborais, que podem levar ao afastamento 
do trabalho 
 
Quadro Clínico 
 Dor lombar, de início insidioso, há mais de 3 meses 
 Rigidez matinal, que melhora com o exercício 
 Anos de evolução  anquilose  posição de esquiador 
 
Dor lombar que irradia para nádegas, e se estende com caráter ascendente. À medida que a inflamação 
progride, o paciente relata que a dor piora durante a noite (ele acorda), e melhora pela manhã quando ele 
realiza atividade física. 
 
 30% dos pacientes apresentam oligoartrite periférica, assimétrica 
 Entesite em MMII (fasciite plantar, tendinite de Aquiles) 
 Manifestações extra-articulares: insuficiência aórtica, uveíte e fibrose 
pulmonar 
 
Fisiopatogenia 
Processo inflamatório das articulações vertebrais, e nos espaços intervertebrais há 
fusão entre as vértebras, e calcificação dos ligamentos vertebrais. 
 
Diagnóstico 
História clínica + achados radiográficos 
 
 Lombalgia é queixa frequente, deve-se ter alto grau de suspeição clínica para 
se pensar em espondilite anquilosante (jovens, sexo masculino) 
 Achados radiográficos são tardios – os primeiros 5 anos apresentam RX normal 
(apenas 10% dos pacientes tem alteração nos 5 primeiros anos) – RX com 
aspecto em bambu. 
 Inicialmente, há acometimento da articulação sacro-ilíaca, que depois progride 
em caráter ascendente. 
 Deve-se pedir ressonância de coluna vertebral em situações de alto grau de 
suspeição clínica. 
 
 
16 Semiologia dos Sistemas – Letícia Souza 70B FCMMG 
Diagnóstico diferencial: obesidade, artrite reumatoide (C1 e C2), hérnia de disco, tuberculose vertebral, 
neoplasias metastáticas para a coluna, espondilolistese. 
 
 
Conceito 
Transtorno metabólico caracterizado por hiperuricemia, com crises recidivantes de artrite aguda  evolução 
com deformidade articular  formação de tofos (pode haver perda de 
função por destruição óssea) 
 
Etiologias 
 Primária/genética  caráter autossômico dominante (25% dos 
casos) – hiperuricemia por aumento da produção de ácido úrico ou 
diminuição da sua excreção renal 
 Secundária  neoplasias hematológicas (leucemia, linfoma, 
mielomas múltiplos), síndrome de lise tumoral (quimioterápicos 
fazem os pacientes liberarem muito ácido úrico), tiazídicos, 
insuficiência renal crônica 
 
Incidência 
5ª década de vida, predominantemente no sexo masculino. 
 
Quadro Clínico 
 Monoartrite de início agudo, geralmente de madrugada 
 MTF do 1º dedo  mais comum 
 Joelhos e punhos também podem ser acometidos 
 Artrite crônica, com crises de agudização: tofos 
 
Diagnóstico 
 Quadro clinico típico, com ou sem tofos 
 Documentação de ácido úrico alto (pode estar normal na vigência da crise) 
 Raio X com alterações típicas – presença dos tofos nos dedos dos pés 
 História familiar positiva 
 
RX  em um estágio inicial, o exame radiológico é normal ou pode apresentar 
aumento das partes moles. O exame de RX serva para visualizar os efeitos da 
degeneração e o grau de acometimento da articulação inflamada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 Semiologia dos Sistemas – Letícia Souza 70B FCMMG 
 
Caso Clínico 1 
 
HMA: mulher de 28 anos, hígida, refere que iniciou há 3 semanas com artrite, simétrica, migratória, em pequenas 
articulações das mãos, fadiga, hiporexia, evoluindo na última semana com anasarca, dispneia aos médios esforços e 
espumúria. 
HPP: nega internações prévias ou alergia medicamentosa. 
HS: não tabagista e não etilista. Calendário de vacinação completo. 
HF: positiva para “problema de reumatismo“ 
AO EXAME FÍSICO: ela está consciente, afebril, boa perfusão capilar, jugulares planas, edema MMII (3+/4+), edema 
bipalpebral. 
ACV: PA: 125/80mmHg, FC: 92bpm. 
AR: FR: 24irpm, murmúrio vesicular reduzido em bases pulmonares, SO2 92% em ar ambiente. 
Abdome ligeiramente globoso, RHA presentes, indolor, sem massas ou visceromegalias. 
 
De acordo com a anamnese e o exame físico, quais são as hipóteses diagnósticas prováveis e quais exames devem ser 
solicitados? 
 
 Lúpus Eritematoso Sistêmico 
As manifestações clinicas mais encontradas no início do diagnóstico são artrite/artralgia, associada à fadiga. A paciente 
teve uma manifestação que não é comum no início do caso, que é a síndrome nefrótica – ela tem anasarca, dispneia aos 
médios esforços (derrame pleural bilateral). 
 
 Hemograma, função renal, exame de urina (proteinúria e relação P/C), proteínas de fase aguda (VHS alto, PCR 
normal), FAN com fracionamento do complemento (anti-DNAm e anti-SM); C3, C4 e CH50. 
 Eletro, ecocardiograma, RX tórax 
 Olhar os critérios (+10 + FAN positivo). 
 
Caso Clínico 2 
 
HMA: homem hígido, de 34 anos, trabalhador em serviços gerais, refere dor lombar baixa, com irradiação para nádegas, 
com piora durante a noite, há alguns anos. Relata intensificação da dor nos últimos meses, comprometendo o seu 
trabalho. 
HP: nega cirurgias prévias, internações. Não faz uso de medicações. 
HS: não tabagista e não etilista. Nega contato com água parada. 
HF: pais portadores de hipertensão arterial. 
 
AO EXAME FÍSICO: corado, hidratado, afebril, sem edema MMII. 
ACV: BNRNF 2T PA:110/70mmHg, FC: 80bpm 
AR: MV sem RA, FR: 16irpm. 
Abdome: livre 
 
Exame das articulações periféricas: ausência de sinais de artrite ou deformidades, sem dor, com amplitudes de 
movimento preservadas.Exame do esqueleto axial: cifose dorsal, com retificação da lordose lombar; com limitação intensa das amplitudes de 
movimento. 
 
De acordo com a anamnese e o exame físico, quais são as hipóteses diagnósticas prováveis e quais exames devem ser 
solicitados? 
 
 Espondilite Anquilosante 
Diagnóstico tardio  conduta: AINES e orientação para realização de atividade física e fisioterapia

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