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NEOPLASMAS DOS TECIDOS MUSCULOESQUELÉTICOS OSTEOSSARCOMA - O osteossarcoma é uma neoplasia maligna dos ossos que se propaga (metástase) rapidamente para os pulmões e, menos frequentemente, para outros órgãos. Este tipo de tumor acomete principalmente adolescentes e idosos. Nos pacientes mais jovens, o osteossarcoma costuma surgir sem causa aparente; enquanto que, nos pacientes mais velhos, o tumor pode ser uma complicação tardia e rara da doença de Paget. É o tipo de neoplasia maligna óssea mais comum. Costuma acometer a região da metáfise óssea dos ossos tubulares longos, como fêmur, úmero e tíbia; sendo que, 50% dos casos ocorrem no joelho. Inicialmente, o paciente sente muita dor e na evolução pode surgir um inchaço visível do local acometido e limitação dos movimentos. http://www.infoescola.com/doencas/neoplasia/ http://www.infoescola.com/anatomia-humana/pulmoes/ http://www.infoescola.com/doencas/doenca-de-paget-dos-ossos/ CONDROSSARCOMA -. É um tumor da vida adulta e dos idosos, com incidência máxima na quarta à sexta décadas de vida. Tem predileção por ossos planos, em especial as cinturas pélvica e escapular, mas também pode afetar as porções diafisárias dos ossos longos. É um tumor de crescimento lento, raramente encontrado na cabeça e pescoço, sendo a laringe um dos locais mais frequentemente afetados. Os sintomas apresentados nos pacientes com esse tumor consistem de rouquidão progressiva, dispnéia e disfagia, variando estes de acordo com a localização do tumor; sendo que, o primeiro sinal clínico pode ser a paralisia de corda vocal, OSTEOCONDROMA - O osteocondroma é o tumor ósseo mais comum, representando cerca de 15% de todos os tumores ósseos e cerca de 20% dos tumores ósseos benignos. As complicações associadas aos osteocondromas são as deformidades ósseas, fraturas, alterações vasculares, compressões neurológicas e formação de bursas. A complicação mais temida dos osteocondromas, no entanto, é a transformação maligna, mas é rara. Geralmente se apresenta entre a segunda e terceira décadas de vida, havendo predileção pelo sexo masculino. Tem crescimento lento e indolente e apresenta-se, clinicamente, com dor e edema regional. Os locais mais comuns são as regiões metafisárias de ossos longos, principalmente fêmur e úmero. Doenças Reumáticas Artrite Psoriásica A psoríase é uma doença autoimune cutânea, crônica e geneticamente determinada por afecção da pele; caracterizada por placas descamativas pelo corpo, predominante no tronco, cotovelos, nos joelhos e no couro cabeludo. Definição de Artrite Psoriásica A artrite psoriásica pode ser definida como uma doença articular inflamatória em pacientes com psoríase e teste negativo para fator reumatóide. Epidemiologia: A psoríase não tem predomínio por sexo. Acomete de 1 a 3% da população adulta em geral e, em média 5 a 10% desses pacientes desenvolvem a artrite psoriásica. Quadro Clínico - Inflamação nas unhas, na pele, nas articulações, no aparelho genital e no sistema linfático. - Fadiga. - Astenia. - Emagrecimento e febre. - Conjutivite. - Irite. - Alterações de fundo emocional... Tratamento Não existe medicamentos específicos para a cura da doença; porém, os recursos terapêuticos disponíveis possibilitam o controle da doença: • Alongamentos (no caso de fibroses) e Fortalecimentos. • Exercícios para preservar a função pulmonar. • Crioterapia – criomassagem – eritema. • Termoterapia – US (processos inflamatórios) – infra vermelho ( no caso de infecção, visando aumento do metabolismo local e do fluxo sanguíneo para a região.) • Hidroterapia – promover o relaxamento – tanque de Hubbard. Artrite Reumatóide Juvenil É uma doença crônica, de etiologia desconhecida, caracterizada pela presença de artrite crônica em uma ou mais articulações, com possíveis manifestações gerais e viscerais. Também é conhecida como artrite crônica da infância, artrite crônica juvenil, doença de Still, e artrite idiopática juvenil. Etiopatogenia - Autoimune. - Predisposição genética. Quadro Clínico: - Anorexia. - Fadiga. - Perda de peso. - Comprometimento articular. - Distúrbio de crescimento - Osteopenia. - Pericardite leve ou moderada - Alterações hepáticas... Tratamento: Cinesioterapia. Febre Reumática É uma complicação não-supurativa de uma infecção pelo estreptococo beta-hemolitico do grupo A de Lancefield, caracterizada por processo inflamatório transitório de diversos órgãos. Quadro clínico: - Infecção de orofaringe. - Febre, aumento e dor de linfonodos cervicais. -Artrite. -Cardite, Miocartide, Pericardite. -Nódulos subcutâneos. Tratamento: Cinesioterapia. Espondilite Anquilosante Doença sistêmica inflamatória crônica que afeta primariamente o esqueleto axial e possivelmente articulações periféricas como quadril e ombros. Calcificação do tecido fibroso levando à anquilose da articulação. Etiologia: desconhecida. Quadro Clínico • Dor na coluna lombar baixa e parte inferior das nádegas, rigidez ao repouso com melhora ao exercício. • Retificação da lordose lombar fisiológica (fases avançadas). • Limitação da expansibilidade torácica. • Perda de rotações e instalação de deformidade em cifose fixa. • Dor em articulações sacroilíacas (mais comum). • Acometimento articular periférico assimétrico: quadril e ombro. • Entesite nas junções costoesternais, nos processos espinhosos, na crista ilíaca, no grande trocanter, na tuberosidade isquiática e nos calcanhares. • Uveíte (inflamação ocular) aguda. • Envolvimento cardiovascular. •Doença Pulmonar (fibrose apical, restrição devido à caixa torácica). • Envolvimento neurológico (fraturas vertebrais (C5 e C6), ossificação do ligamento longitudinal posterior). • Acometimento renal: nefropatia. • Osteoporose. Fibromialgia É uma síndrome de dor crônica e difusa não inflamatória e que de maneira característica, o exame físico demonstra pontos muito dolorosos a palpação em locais anatômicos pré-determinados (tender points). Pode ser primária, sem outra patologia associada, ou secundária, com outra patologia concomitante. Epidemiologia •Pode acometer faixas etárias de 35 e 50 anos. • Acomete mais o sexo feminino. Fisiopatologia: -Não está totalmente esclarecida. - Predisposição genética (Personalidade perfeccionista e detalhista) - Fatores geradores e moduladores (estresse emocional, processo infecciosos (virais), traumas físicos repetidos e traumas físicos (cirurgias de grande porte p.e.). Critérios de Avaliação 1 – Presença de dor difusa pelo corpo, definida como dor acima, abaixo ou em ambos os lados da cintura com pelo menos 3 meses de duração e comprometimento de pelo menos um segmento da coluna. 2 – Presença de pelo menos 11 dos 18 tender points (9 pares, um de cada lado): - Inserção do m. suboccipital. - Borda posterior do ECOM na projeção do processo transverso de C5. - Região média da borda superior do trapézio. - Inserção do supraespinal acima da espinha da escápula, próximo ao bordo medial. - Segunda costela, lateralmente à junção costocondral, na superfície superior. - 2 cm distal do epicôndilo lateral. - Quadrante superior e lateral da nádega. - Posteriormente a emergência trocanteriana. - Gordura medial do joelho, proximal à interlinha articular. Quadro Clínico •Dor de forte intensidade - após exercício físico. • Fadiga. • Rigidez muscular. • Sensibilidade cutânea. • Anormalidade no sono. • Diminuição de memória. • Cefaléia. • Fenômeno de Raynaud. • Nervosismo, depressão e ansiedade. Esclerose Sistêmica É uma doença inflamatória crônica, rara, com características autoimunes, que se caracteriza por vasculopatia disseminada, fenômeno de Raynaud e fibrose vascular e tecidual, particularmente de pele, rins, trato digestivo e pulmões. Epidemiologia: - Incidência maior no sexo feminino, entre 30 – 50 anos. Fisiotatologia - Indefinida. -Fibrose tecidual. -Alteração vascular (deposição de colágenonas paredes dos vasos , isquemia crônica...) Diagnóstico: apresentar o critério maior ou pelo menos dois menores (ACR-American College of Rheumatology). •Maior – esclerodermia (doença inflamatória crônica do tecido conjuntivo) proximal (metacarpofalangianas) •Menor – esclerodactilia (endurecimento da pele); úlceras ou microcicatrizes de polpas digitais; perda de substância de polpas digitais; fibrose intersticial pulmonar basilar bilateral. Quadro Clínico •Fenômeno de Raynaud. • Esclerodermia (espessamento cutâneo). • Inicialmente edema e pele brilhante. • Tardiamente pele inelástica e aderida a planos profundos. • Telangiectasias – são pequenos vasos aumentados. • Poliartralgias e mialgias. • Disfunção esofagiana. • Doença intersticial pulmonar e hipertensão pulmonar. • Acometimento cardíaco. Lupus Eritematoso Sistêmico Doença de caráter multissistêmico, com evolução crônica e que engloba mecanismos autoimunes e processo inflamatório generalizado de tecido conjuntivo e dos vasos sanguíneos. Etiologia: • Provavelmente multifatorial: • Predisposição genética. • Fatores ambientais. • Fatores desencadeantes: • Agentes infeccisos (Epstein-Barr vírus). • Drogas. • Radiação ultravioleta. • Fatores hormonais. Quadro Clínico • Doença crônica: • Períodos de atividade e de remissão. • Comprometimento de diversos órgãos: • Simultâneo ou sequencial. • Diminuição de força muscular e fraqueza. • Mal-estar, fadiga, perda de peso e febre. • Comprometimento cutâneo. • Fotossensibilidade. •Sistema musculoesquelético • Mialgias e artragias. • Frouxidão ligamentar e tendinite. • Osteoporose e fraqueza muscular. • Artrite. • Anemia. • Nefrite lúpica: • 50% dos pacientes. • Mau prognóstico. • Comprometimento neurológico – cefaléia, ansiedade, psicose, etc. •Pericardite. • Miocardite, doença coronariana. • Acometimento valvar (mitral). • Pneumonia aguda lúpica: • Febre, dispnéia, tosse, com ou sem cianose ou escarro. • Fenômeno de Raynaud. • Aumento de linfonodos. • Comprometimento do sistema digestivo. • Comprometimento ocular. • Alterações endócrinas. Osteoartrose Um grupo heterogênio de condições que leva a sinais e sintomas articulares que são associados com defeitos da integridade da cartilagem articular, além de mudança do osso subcondral. Classificação: • Primária: • Idiopática. • Fatores hereditários. • Mulheres (menopausa). • Secundária: • Traumas, fraturas e doenças inflamatórias. • Doenças hematológicas – anemia, leucemia • Traumas menores e repetidos. Quadro Clínico -Dor. -Rigidez. -Inflamação. -Deformidade. -Perda de mobilidade e Função reduzida. -Crepitação. -Instabilidade articular. GOTA É caracterizada pela elevação de ácido úrico (hiperucemia) no sangue, o que leva a um depósito de cristais de monourato de sódio nas articulações. É esse depósito que gera os surtos de artrite aguda secundária, que tanto incomodam seus portadores. A gota é mais comum em homens. CAUSAS -Ausência congênita de um mecanismo enzimático responsável pela excreção do ácido úrico. -Produção excessiva de ácido úrico pelo organismo devido a um defeito enzimático. -Uso de medicamentos como diuréticos e o ácido acetilsalicílico. SINTOMAS Inchaço no hálux acompanhado de dor. A primeira crise pode durar de 3 a 10 dias. Podendo surgir novamente em meses ou anos . Geralmente, as crises de artrite aparecem em membros inferiores. Quando não tratada, pode ter as articulações deformadas com depósitos de cristais. TRATAMENTO Geralmente são indicados dieta e medicamentos para diminuir a taxa de ácido úrico no sangue. REFERÊNCIAS COHEN, M. Tratado de ortopedia. Roca, 2007. GREENER, W. Netter – Ortopedia. Elsevier, 2006. HEBERT, S. Ortopedia e traumatologia: pricípios e prática. Artmed, 2009. MAXEY, L.; MAGNUSSON, J. Reabilitçãopós-cirúrgica para o paciente ortopédico. Guanabara Koogan, 2001. RICARD, F. Tratamiento osteopático de las lumbalgias y ciáticas. Panamericana, 1998. ROBBINS. Patologia estrutural e funcional. Guanabara Koogan, 2000. RUARO, A.,F. Ortopedia e traumatologia: temas fundamentais e reabilitação. Elenco, 2004. SALTER, R., B. Distúrbios e lesões do sistema musculoesquelético. Medsi, 2001. Material baseado nas aulas dos Professores Vagner Sá e Vinicius Banzato.
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