Buscar

Embriologia - embriologia do coração

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Embriologia – Embriologia do Coração
· Formação do coração: ocorre a partir do mesoderma da placa lateral.
- Mesoderma esplâncnico: local onde será formado o sistema cardiovascular. Inicialmente, ocorrerá na parte cranial do disco embrionário;
- Cordões angiogênicos: são canalizados, formando os dois tubos endocárdicos, que fornecem fluxo de sangue. Há uma posterior fusão desses dois tubos;
- Dobramento do embrião: também é importante para ditar o posicionamento do coração, que vai de cranial para ventral ao intestino primitivo, na cavidade pericárdica;
- Dobramento lateral do embrião (quarta semana): promove a aproximação, o encontro e a fusão dos tubos endocárdicos no plano médio, formando o tubo cardíaco.
· Tubo cardíaco: ajuda dar origem às três estruturas principais do coração. o tubo cardíaco possui dilatações e constrições, que são as cavidades primitivas do coração.
- Endocárdio: tubo endotelial (formado ao redor do tubo cardíaco). Suas células povoam a geleia cardíaca, formando os coxins;
- Miocárdio: mesoderma esplâncnico que circunda a cavidade pericárdica do tubo endotelial. Essas células vão se diferenciar em células musculares, formando os mioblastos, dando origem às células miocárdicas. Essas células produzem matriz gelatinosa, chamada de geleia cardíaca, que fica entre o endocárdio e o miocárdio;
- Epicárdio: células mesoteliais que surgem da superfície externa do seio venoso (estrutura caudal do tubo cardíaco. Formado a partir do celoma intraembrionário. As células mesoteliais revestem todo o tubo cardíaco.
OBS.: processo importante para a septação do coração: proliferação e posterior migração de algumas células endoteliais do endocárdio para a geleia cardíaca.
· Drenagem venosa e bombeamento de sangue: o coração possui um trato de entrada e outro de saída.
- Entrada: polo caudal do coração, passando pelo tubo cardíaco;
- Saída: polo cranial.
· Regiões do tubo cardíaco: a porção mais caudal é o seio venoso. 
- Tronco arterioso: contribui para a formação do tronco pulmonar e da aorta;
- Bulbo cardíaco: conus cordis. Contribui para a formação dos ventrículos e do septo interventricular. Junto com o tronco arterioso, dará origem ao tronco pulmonar e aorta;
- Ventrículos primitivos: junto com o bulbo cardíaco, formarão os ventrículos primitivos;
- Átrios primitivos: formam parede rugosa, dos átrios esquerdo e direito;
- Seio venoso: a parte direita forma a parede lisa do átrio direito e a parte esquerda forma o seio coronário;
- Os ventrículos primitivos movem-se ventralmente e para a direita. A região atrial move-se dorsalmente e para a esquerda, dando uma forma ao coração que nós conhecemos. Esses dobramentos são ventrocaudal e dorsocranial, permitindo com que o ventrículo esquerdo seja esquerdo e o direito, direito. Os ventrículos são posteriores e átrios, anteriores.
· Hipóteses – dobramento cardíaco: o que determina as posições são os indutores embrionários. Quem induz o funcionamento desses indutores são as células ciliadas do nó primitivo, que determinam a lateralidade e septação das estruturas cardíacas.
- Simples ancoragem: coração está preso no trato de saída, o que “molda” seus dobramentos;
- Hidratação da geleia cardíaca;
- Forças hemodinâmicas;
- Resquícios do mesocárdio dorsal, que prendia o coração dorsalmente;
- Composição assimétrica da MEC: diferença da composição da matriz conforme o fluir do tubo. 
OBS.: Dextrocardia é a posição dos ventrículos para a direita.
OBS2.: as células ciliadas do nó primitivo criam um fluxo, direcionando as células indutoras para o lugar correto. A mudança desse fluxo causa a Dextrocardia.
· Como o coração atinge sua forma final?
- Septação das câmaras cardíacas:
1) Septação do canal atrioventricular: há a fusão dos coxins endocárdicos, que se multiplicam, formando uma “barreira” entre o canal atrioventricular direito e esquerdo. Os coxins laterais serão importantes para a formação das valvas atrioventriculares, que permitem fluxo unidirecional do sangue do átrio para o ventrículo.
2) Formação das valvas atrioventriculares: são formadas a partir do coxim endocárdico, com contribuição do tecido conjuntivo do epicárdio. A corrente sanguínea causa a erosão da parede miocárdica dos ventrículos e originar as cordas tendíneas e músculos papilares.
3) Miocardialização: as células miocárdicas substituem as células dos coxins endocárdicos. Leva ao estreitamento da curvatura interna e ao reposicionamento do trato de saída para a esquerda.
4) Formação do septo interatrial: a expansão de áreas adjacentes pode levar à fusão de suas paredes, geralmente, fechado secundariamente. 
- Ao contrário do septo atrioventricular, o interatrial é um septo completo, visto que não pode haver mistura de sangue venoso e arterial entre os átrios;
- Fechamento do forâmen primum: formação de uma membrana delgada (septo primum) com a forma de uma lua crescente no teto do átrio primitivo, que cresce em direção aos coxins endocárdicos.
OBS.: enquanto o septo primum cresce para fechar o forâmen primum, surgem perfurações no ápice do septo primum, que darão origem ao forâmen secundum. Essas perfurações permitem a mistura de sangue. Há, então, o surgimento do septo secundum, que fecha esse segundo forâmen.
- Septo secundum: prega muscular que surge no teto do átrio primitivo, na direita do septo primum. Cresce em direção aos coxins endocárdicos. O septo secundum não fecha por completo! Ele possui o forâmen oval, permitindo uma comunicação entre os átrios direito e esquerdo. Esse forâmen se fechará após o nascimento. Durante o desenvolvimento fetal, essa comunicação é importante porque a veia umbilical, que fornece nutrientes, chega pelo átrio direito do coração. O forâmen permite a passagem desse sangue para o átrio esquerdo, para que seja distribuído para o corpo todo.
· Modificações circulatórias:
- Antes do nascimento, o sangue oxigenado chega no átrio direito através da veia cava, que recebeu o sangue proveniente da veia umbilical, na placenta. Com isso, a pressão de oxigênio fica maior no átrio direito do coração, causando com que o fluxo de sangue abra o septo primum, permitindo a passagem do sangue para o átrio esquerdo, que tem a menor pressão;
- Depois do nascimento, a pressão de oxigênio fica maior no átrio esquerdo, causando uma vedação do septo primário no septo secundário, fechando o septo oval.
· Formação do átrio direito:
- Contribuição da parte direita do átrio primitivo, que formará a parte trabeculada e aurícula do átrio primitivo (formam parede rugosa do átrio direito);
- Incorporação do corno direito do seio venoso, que vai formar a parede lisa do átrio direito;
- Corno esquerdo do seio venoso: diminui e dá origem ao seio coronário, que é a parte que recebe sangue proveniente das veias coronárias. O seio coronário desemboca o sangue no átrio direito.
· Formação do átrio esquerdo: 
- O átrio primitivo esquerdo forma a parte trabeculada e aurícula, que formam a parede rugosa do átrio esquerdo;
- Incorporação das veias pulmonares primitivas: formam a parte lisa do átrio esquerdo. As veias pulmonares trazem sangue proveniente dos pulmões, desembocando no átrio esquerdo.
· Septação ventricular:
- Formação de um forâmen interventricular, que será fechado na sétima semana de desenvolvimento embrionário, com a formação do septo interventricular;
- Crista muscular mediana: devido a uma diferença de crescimento das paredes laterais dos ventrículos, ela cresce cranialmente, em direção aos coxins endocárdicos. Essa crista forma a parte muscular do septo interventricular;
- Porção membranosa do septo interventricular: formada pelas cristas bulbares direita e esquerda, e pelos coxins endocárdicos. Terminam o fechamento completo do septo;
- As células da crista neural são importantes estruturas indutoras do processo de septação do coração.
OBS.: as cristas do bulbo promovem a septação do bulbo. As cristas do tronco promovem a septação do tronco. A formação dessas cristas transforma essas estruturas em aorta e tronco pulmonar.
· Septaçãodo trato de saída (tronco arterioso e conus cordis (bulbo)):
- O coração sofre septação em espiral para formar a aorta e o tronco pulmonar;
- Células do coxim, derivadas do endocárdio e da crista neural cardíaca (mesenquimais), populam as cristas conotruncais, que são projeções da parede do coração. Quando essas cristas se fusionarem, formarão os septos, que são espiralados em 180o graças aos movimentos de surgimento das cristas. Formação do septo aórtico pulmonar, da aorta e tronco pulmonar;
- É por causa da espiralização que as artérias ficam “cruzadas” no coração desenvolvido.
OBS.: caso a espiralização dos septos não seja correta, ocorrerá o fenômeno da aorta sair do ventrículo direito e a artéria pulmonar, do ventrículo esquerdo, havendo a distribuição de um sangue pobre em oxigênio (cianose).
· Valvas semilunares: são escavadas, graças ao fluxo de sangue, a partir de coxins endocárdicos. Previnem o refluxo de sangue da aorta ou do tronco pulmonar para os ventrículos.
- O sangue tende a querer voltar, promovendo a escavação dos coxins.

Outros materiais