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Dermatite de contato

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DERMATITE DE CONTATO
Introdução
A dermatite de contato, ou “eczema de contato”, é uma afecção inflamatória aguda ou crônica da pele causada por contato com alguma substância que atua como sensibilizante ou como irritante (Figura 48.3).
A dermatite de contato alérgica só afeta indivíduos previamente sensibilizados pela substância que constitui o alergênio.
Os principais dados histopatológicos são edema intercelular e fendas intraepidérmicas (vesículas).
Figura 48.3 A. Dermatite de contato (nos pés) provocada por bicromato usado no tratamento do couro de sapato. B. Dermatite de contato (na mão e no braço) causada por cimento.
Formas clínicas
Dermatite de contato por substância alérgica. Inflamação da pele causada ou desencadeada pelo contato alérgico de substância alergizante.
Dermatite de contato por substâncias irritantes. Inflamação da pele causada por substâncias irritantes.
Dermatite de contato fototóxica. Tem o mesmo mecanismo etiopatogênico da dermatite de contato por irritante primário, com a diferença de que o sol modifica a estrutura química da substância (ver Fotodermatite, adiante).
Dermatite de contato fotoalérgica. Tem o mesmo mecanismo etiopatogênico da dermatite de contato alérgica. A substância torna-se antigênica na presença de luz solar (uso de anti-histamínicos como a prometazina na pele).
Causas
É possível ocorrer dermatite de contato com tudo o que entra em contato com a pele:
•Plantas: hera venenosa, carvalho, urtiga
•Substâncias químicas: níquel (joias, ganchos, relógio); dicromato de potássio (couros, cimento); parafenileno-diamina (tintas para cabelos, corantes para peles de animais, produtos químicos industriais); terebentina (detergentes, lustra-móveis, ceras); sabões e detergentes; herbicidas, fertilizantes; defensivos agrícolas
•Medicamentos tópicos: antibióticos (neomicina); timerosal (conservantes em medicamentos tópicos); anestésicos (benzocaína); parabenos (medicamentos tópicos); formol (cosméticos, xampus, esmalte de unhas).
Manifestações clínicas
•Fase aguda: prurido, pápulas, vesículas e bolhas circundadas por eritema. Pode haver formação de crosta e exsudação
•Fase crônica: área eritematosa com descamação, espessamento com liquenificação, fissuras.
Local das lesões e substâncias ou objetos que causam a dermatite
•Couro cabeludo: xampus, tinturas de cabelo, chapéus
•Orelhas: brincos, óculos
•Face, boca e região perioral: pasta de dente, batom, cosméticos
•Pescoço: colar, perfume, roupas
•Axilas: desodorante, roupas
•Tronco: roupas, cremes
•Punhos: pulseiras, pulseira de relógio
•Braços e mãos: plantas, cimento, sabão, detergente
•Dedos: anéis
•Períneo e órgãos genitais: medicamentos, roupas
•Pernas: medicamentos para úlcera venosa, roupas, cremes
•Pés: calçados, cimento.
Diagnóstico diferencial
•Herpes simples
•Reação fototóxica
•Dermatite seborreica
•Dermatite atópica
•Dermatite de estase
•Psoríase
•Urticária.
Exames complementares
•Testes cutâneos (patch-test) nas alergias por sensibilizantes: são úteis para identificar dermatite de contato alérgica, mas não para demonstrar efeito irritante de muitas substâncias.
Comprovação diagnóstica
•Dados clínicos + testes cutâneos.
Tratamento
•Remover o agente agressor
•Evitar substâncias irritantes.
 Tratamento medicamentoso
Tópico:
•Corticoides (betametasona, triancinolona, mometasona, dexametasona), 2 vezes/dia, até melhora
•Na face e pregas cutâneas: utilizar corticoide de menor potência e evitar uso prolongado (hidrocortisona)
•Loção de calamina para aliviar prurido
•Antibióticos tópicos para infecções secundárias (bacitracina, gentamicina, ácido fusídico, mupirocina).
Sistêmico:
•Anti-histamínicos (loratadina, cetirizina, hidroxizina), para aliviar o prurido (ver Capítulo 29, Prurido)
•Prednisona, VO, iniciar com 0,5 a 1 mg/kg/dia durante 10 dias (reduzindo gradativamente a dose)
•Antibióticos: se houver infecção secundária.
Prevenção
•Evitar contato com substâncias suspeitas ou comprovadamente nocivas
•Usar luvas protetoras (com revestimento de algodão).
Evolução e prognóstico
•Cura se não houver mais contato com a substância responsável
•Erupção generalizada secundária a autossensibilização
•Infecção bacteriana secundária é frequente.
FONTE: Clínica médica na Prática diária. Porto.

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