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Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Escola de Ciências da Saúde e da Vida
Curso de Educação Física
Proposta Simplificada de Gestão de Riscos para Atividades de Aula de Disciplinas do
Curso de Educação Física1
Introdução
Processo Simplificado de Gestão de Riscos
Considerações
Referências
Fontes Complementares
Introdução
Risco
O termo risco pode ser compreendido como: “o efeito da incerteza sobre os objetivos” (ABNT,
2018). Os riscos se relacionam diretamente com aspectos que podem impossibilitar o atingimento
dos objetivos existentes em qualquer atividade física e esportiva, como a preservação da vida dos
praticantes. Além disso, cabe salientar que os riscos são frequentemente relacionados a questões
físicas, mas também se relacionam com questões psicológicas, emocionais e sociais (DICKSON;
GRAY, 2012).
Os riscos devem ser compreendidos em termos de probabilidades, ou seja, a possibilidade de
algo acontecer; e consequências que são os impactos ou resultados de um evento (GOVERNMENT
OF WESTERN AUSTRALIA, 2003; FITZGERALD, 2003; PARKIN; BLADES, 1998). Além disso os
riscos podem ser categorizados em:
● Riscos reais ou riscos objetivos. Esses riscos são os existentes em determinado momento
das práticas;
● Riscos percebidos ou riscos subjetivos. Esses riscos se relacionam com a avaliação subjetiva
dos praticantes (HADDOCK, 1993 apud DICKSON; GRAY, 2012; BARTON, 2007).
Fatores de Risco
Os fatores de risco são elementos que contribuem para elevar a probabilidade do
acontecimento de incidentes, acidentes e quase perdas , sendo que, os eventos mais graves2
costumam resultar da combinação desses fatores (ATTARIAM, 2012). Conforme Kauffman e
Moiseichik (2013) os fatores de risco podem ser organizados em três categorias:
● Fatores humanos, como número de participantes, competências pessoais, formação
acadêmica, expertise, condições de saúde, condicionamento físico, fadiga, idade,
características do grupo, aspectos motivacionais e comportamentais;
● Fatores ambientais, como temperatura, iluminação, vento, correnteza, maré, profundidade,
balneabilidade, turbidez, características de áreas construídas, presença de animais silvestres
e de terceiros;
● Fatores relacionados aos equipamentos, como acessórios, roupas, calçados, materiais,
cordas, colchonetes, embarcações e sistemas de comunicação e navegação.
2 Incidentes são eventos de gravidade reduzida, como queimaduras leves por exposição solar e arranhões;
Acidentes são eventos de gravidade expressiva, como torções, fraturas e crises alérgicas graves; Quase
perdas podem ser exemplificadas por situações em que os participantes poderiam ter se ferido, inclusive, de
forma grave.
1 Trabalho elaborado pelo Prof. Dr. Rodrigo Cavasini com finalidade de consulta e orientação para o
desenvolvimento de propostas de gestão de riscos de atividades físicas no Curso de Educação Física da
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.
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Gestão de Riscos
As primeiras iniciativas logicamente estruturadas de gestão de riscos foram desenvolvidas por
empresas seguradoras a partir dos anos de 1930, no período da grande depressão econômica. Nas
últimas décadas propostas de gestão de riscos têm sido modificadas e adequadas a outras áreas,
como é o caso das atividades físicas (CAVASINI; BREYER; PETERSEN, 2016).
A gestão de riscos pode ser compreendida como: “atividades coordenadas para dirigir e
controlar uma organização no que se refere a riscos” (ABNT, 2018). De modo complementar Attarian
(2012) descreve a gestão de riscos como: “a aplicação sistemática de políticas de gestão, normas e
procedimentos para identificar, analisar, avaliar, tratar e monitorar riscos”.
A Figura 1 apresenta um processo simplificado de gestão de riscos para atividades físicas
que foi elaborado com base no processo presente na ISO 31000/2018 e nos modelos propostos por
Dickson e Gray (2012) e Kauffman e Moiseichik (2013). Esse processo é composto por cinco passos
e três etapas complementares.
Figura 1: Processo simplificado de gestão de riscos para atividades físicas
Fonte: Produzida com base em (ABNT, 2018; DICKSON; GRAY 2012; KAUFFMAN; MOISEICHIK, 2013).
1º Passo - Contextualização
Busca levantar informações sobre: atividades físicas propostas; existência de protocolos, normas ou
leis; características dos envolvidos; o período de realização; e os recursos disponíveis. Para tanto
devem ser levados em consideração os fatores organizacionais, políticas de aceitação de riscos
(pessoais e institucionais), os objetivos existentes, além dos contextos internos e externos;
2º Passo - Identificação
Busca encontrar e descrever riscos, além de listar suas possíveis razões. Para tanto podem ser
usados diversos instrumentos e técnicas, como questionários, entrevistas, estudos de caso e debate
(brainstorming).
3º Passo - Análise
Busca determinar as consequências ou resultados e as probabilidades ou chances de ocorrência dos
riscos identificados anteriormente. Devem ser levados em consideração os níveis de eficácia de
sistemas de segurança em uso, além de complexidades e conectividades que possam estar
presentes.
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4º Passo - Avaliação
Busca determinar os riscos aceitáveis, os quais podem ser tratados por procedimentos adequados de
gerenciamento, e os riscos inaceitáveis que podem impedir a realização das atividades. Esse passo
se relaciona com as seguintes possibilidades: não realizar outras ações; considerar as opções de
tratamento de riscos; realizar análises adicionais para melhor compreender os riscos; manter os
controles existentes; reconsiderar os objetivos.
5º Passo - Tratamento
Busca tomar decisões que podem ser organizadas em seis estratégias: reduzir as probabilidades;
reduzir as consequências; aceitar os riscos; evitar os riscos; transferir os riscos; remover as fontes de
riscos. Cabe salientar que existe a possibilidade desse passo não produzir os resultados esperados,
pois novos novos riscos podem ser criados e, desse modo, gerando a necessidade de revisar os
passos anteriores.
Etapas complementares
A) Comunicação
Busca promover o entendimento do risco, auxiliando no desenvolvimento de estratégias de gestão de
riscos eficientes. Para tanto é necessário: reunir diferentes áreas de especialização no processo;
considerar diferentes pontos de vista; e fornecer informações suficientes.
B) Monitoramento e Revisão
Busca contribuir para o aprimoramento dos processos de gestão de riscos, devendo estar presente
em todos os estágios do processo.
C) Registro e Relato
Buscam fornecer informações para a tomada de decisão, melhorar as atividades de gestão de riscos
e auxiliar na interação com as partes interessadas.
A gestão de riscos integra iniciativas realizadas por instituições de prestígio na área de
esportes desde o final do século passado (CAVASINI et at. 2020). Contudo, a identificação da
COVID-192 em 2019 e a declaração da pandemia, realizadas pela Organização Mundial da Saúde
em 11 de março de 2020, exigiram uma adequação urgente nos processos de gestão de riscos. Essa
urgência deve-se: exposição dos praticantes a novos e expressivos riscos (FREEMAN;
EYKELBOSH, 2020; LNT, 2020); ampliação do interesse da população por atividades realizadas em
espaços ao ar livre durante a pandemia (LNT, 2020; NRPA, 2020); relação entre esportes e
atividades ao ar livre e diversos benefícios à saúde (NRPA, 2020).
Devido a pandemia de COVID-19 novos riscos foram acrescentados aos riscos já existentes
na prática de esportes (CAVASINI, 2020). Dessa forma identificou-se a necessidade da adequação e
desenvolvimento de processos de gestão de riscos (FREEMAN; EYKELBOSH, 2020). A seguir é
apresentado o processo de gestão de riscos desenvolvido para a Disciplina Esportes e Atividades ao
Ar Livre
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Processo Simplificado de Gestão de Riscos da Disciplina Esportes e Atividades ao Ar
Livre (outubro de 2020)
1º Passo - Contextualização
Questionamentos Aspectos descritivos
Quais são as razões que levarão à
realização de atividades?
As razões estão vinculam aos objetivos estabelecidosà disciplina, como: desenvolver conhecimentos sobre
esportes e atividades ao ar livre, educação ambiental, gestão de riscos, liderança; desenvolver atividades
experienciais; utilizar processo de gestão de riscos para esportes; utilizar práticas de mínimo impacto em
esportes; desenvolver competências para trabalhar individualmente e em grupo.
Que atividades serão realizadas? Hiking; uso de equipamentos de comunicação e navegação; e aulas ao ar livre.
Quem estará envolvido na realização
das atividades?
Professor de Educação Física com expertise nas atividades desenvolvidas; e estudantes de vários cursos de
graduação que, em sua maioria, possuem reduzido expertise nas atividades planejadas; 2 turmas com
25/30 alunos cada.
Que locais serão utilizados para o
desenvolvimento das atividades?
Orla do Gasômetro; Ruas e outros espaços públicos nos Bairros Ipanema e Guarujá; Orla, ruas e espaços
públicos no Bairro de Belém Novo; Trilhas no Morro da Tapera; Trilhas no Morro do Osso; Parque Gabriel
Knijnik; Parque Marinha do Brasil.
Quando as atividades serão
realizadas?
Quintas e sábados de abril à julho (datas a confirmar); turnos da manhã (8:00-13:00); duração aproximada
de 4 horas.
De que forma as atividades serão
realizadas?
A metodologia de trabalho possuirá caráter teórico e experiencial . Além disso, serão utilizadas as3
determinações do processo de gestão de riscos da disciplina.
Que recursos estarão disponíveis para
a realização das atividades?
Universidade (radiocomunicadores; recipiente de álcool/álcool gel 70%); pessoais (smartphones, roupas,
calçados e mochila adequados às práticas, água, lanche, 2 máscaras faciais e embalagem com álcool gel
70%).
3 A metodologia de caráter experiencial possui relação com a aprendizagem e educação experienciais. A aprendizagem experiencial é uma
forma de aprendizado autêntica, em primeira mão, baseada nos sentidos (BEHRENDT; FRANKLIN, 2014) e que compreende: “o processo
de aprendizagem oriundo diretamente de experiências vivenciadas pelos alunos” (ITIN, 1999). A educação experiencial pode ser
conceituada como uma metodologia em que educadores, premeditadamente, levam os alunos a experiências e a reflexões com o intuito de
desenvolver conhecimento, habilidades, valores e capacidades relevantes para a atuação e contribuição em suas comunidades
(ASSOCIATION FOR EXPERIENTIAL EDUCATION, 2017; 1994).
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2º Passo - Identificação
Riscos Possíveis causas
Hipotermia uso de roupas e calçados inadequados;
condições meteorológicas inadequadas
Reação alérgica alergia a picadas de insetos;
alergia a espécies vegetais;
presença de enxame de abelhas e/ou vespas nos locais de prática;
não seguir as orientações dos professores.
Queimaduras exposição prolongada ao sol;
não utilização de protetor solar ou vestimentas e equipamentos de proteção;
período do ano e horário do dia.
Desidratação não ingerir líquidos.
Afogamento desatenção durante a prática de caminhada, corrida;
não seguir as orientações dos professores;
cair no Lago Guaíba.
Contusões desatenção durante a prática de hiking e na realização de atividades ao ar livre;
não seguir as orientações;
nível técnico da trilha muito elevado;
uso de calçado inapropriado;
condições meteorológicas desfavoráveis.
Escoriações desatenção durante a prática de hiking e na realização de atividades ao ar livre;
não seguir as orientações;
nível técnico da trilha muito elevado;
uso de calçado inapropriado;
condições meteorológicas desfavoráveis.
Entorses desatenção durante a prática de hiking e na realização de atividades ao ar livre;
não seguir as orientações;
nível técnico da trilha muito elevado;
uso de calçado inapropriado;
condições meteorológicas desfavoráveis.
Fraturas desatenção durante a prática de hiking e na realização de atividades ao ar livre;
não seguir as orientações;
nível técnico da trilha muito elevado;
uso de calçado inapropriado;
condições meteorológicas desfavoráveis.
Luxações desatenção durante as práticas de caminhada e corrida e tiro com arco;
não seguir as orientações dos professores;
nível técnico da trilha muito elevado;
uso de calçado inapropriado;
condições meteorológicas desfavoráveis.
Desentendimentos reduzidas competências de liderança e de trabalho em grupo;
não seguir as orientações
Assaltos escolha inadequada de local e horários para as práticas;
falha na comunicação da escolha de locais à universidade;
mudanças na aula que não foram planejadas
Furtos escolha inadequada de local e horários para as práticas;
falha na comunicação da escolha de locais à universidade;
mudanças não que não foram planejadas.
Agressões realizadas por
terceiros
escolha inadequada de local e horários para as práticas;
falha na comunicação da escolha de locais à universidade;
mudanças na aula que não foram planejadas.
Perder-se nos locais de prática. desatenção durante a prática de hiking e na realização de atividades ao ar livre;
escolha inadequado das trilhas e locais de aula;
não utilização e/ou utilização inadequada de equipamentos de navegação;
mudanças na aula que não foram planejadas;
não seguir as orientações;
alterar o local de realização das atividades sem comunicar aos setores responsáveis da universidade.
Contágio ao SARS-CoV-2 conhecimento reduzido sobre a proposta de gestão de riscos da Disciplina;
competências reduzidas para a gestão de riscos e a realização das atividades ao ar livre planejadas;
não atender as orientações do professor;
permanecer em locais com aglomeração de indivíduos;
não manter o distanciamento social;
participar da aula tendo confirmação ou com sintomas da doença;
não manter a etiqueta respiratória;
não utilizar máscara facial de modo apropriado;
não realizar a constante higienização de mãos;
partilhar equipamentos e/ou acessórios pessoais sem a higienização adequada;
partilhar comidas e/ou alimentos.
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3º Passo - Análise
Descrição Probabilidades
Frequente Espera-se que aconteça constantemente
Provável Provavelmente irá ocorrer
Ocasional Ocasionalmente irá ocorrer
Improvável Ocorrência em um prazo maior de tempo
Remota Ocorrência em circunstâncias excepcionais
Descrição Consequências
Catastróficas Óbitos (prováveis implicações legais)
Críticas Ferimentos de gravidade expressiva (demandam atendimento médico especializado e possibilidade de
implicações legais)
Moderadas Ferimentos de gravidade média (demandam atendimento médico de urgência)
Reduzidas Ferimentos leves (podem demandar atendimento médico de urgência)
Insignificantes Tratável por procedimentos simplificados
Riscos Probabilidades Consequências
Hipotermia Improvável reduzidas/moderadas
Reação alérgica Ocasional insignificantes/catastróficas
Queimaduras Improvável insignificantes/reduzidas
Desidratação Ocasional insignificantes/reduzidas
Afogamento Remota catastróficas
Contusões Ocasional insignificantes/moderadas
Escoriações Ocasional insignificantes/reduzidas
Entorses Ocasional insignificantes/moderadas
Fraturas Improvável moderadas/críticas
Luxações Ocasional moderadas/críticas
Desentendimentos Improvável insignificantes/moderadas
Assaltos Remota insignificantes/catastróficas
Furtos Improvável insignificantes/moderadas
Agressões realizadas por terceiros Remota insignificantes/catastróficas
Perder-se nos locais de prática Improvável insignificantes/reduzidas
Contágio ao SARS-CoV-2 Ocasional insignificantes/catastróficas
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4º Passo - Avaliação
Probabilidades
Consequências
Insignificantes Reduzidas Moderadas Críticas Catastróficas
Remota I I II III III
Improvável I I II III III
Ocasional I II III III IV
Provável II II III IV IV
Frequente II II III IV IV
Categorias Demandas
I Riscos reduzidos Procedimentos de rotina (Protocolos)
II Riscos medianos Gestão de riscos simplificada
III Riscos significativos Gestão de riscos detalhada
IV Riscos extremos Gestão e pesquisas extremamente detalhadas
Riscos Categorias (I, II, III, IV)
Hipotermia I/II
Reação alérgica I/II/III/IV
Queimaduras I
Desidratação I/II
Afogamento III
ContusõesI/II/III
Escoriações I/II
Entorses I/II/III
Fraturas II/III
Luxações III
Desentendimentos I/II
Assaltos I/II/III
Furtos I/II
Agressões realizadas por terceiros I/II/III
Perder-se nos locais de prática. I
Contágio ao SARS-CoV-2 I/II/III/IV
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5º Passo - Tratamento de riscos
Estratégias de Tratamento
Riscos Reduzir probabilidades Reduzir consequências Eliminar fontes de riscos
Hipotermia escolhas adequadas da época do ano e horário da
realização das atividades;
uso de vestuário e calçados apropriados
Primeiros socorros;
Caso necessário, contatar e buscar
atendimento médico de urgência.
Crise alérgica evitar locais com a presença de enxames de abelhas
e/ou vespa
evitar tocar espécies vegetais que causem reações
alérgicas;
verificar com os alunos se algum relata ser alérgico a
picadas ou espécies vegetais.
contatar e buscar atendimento
médico de urgência
se necessário e/ou possível realizar
o deslocamento urgente ao local
de atendimento de urgência;
Queimaduras utilização de vestuário e chapéu adequados;
utilização de protetor solar;
escolhas adequadas da época e horário para a
realização das atividades.
Sugerir que o aluno acompanhe a
evolução do quadro e, se
necessário, busque atendimento
médico
Desidratação ingestão de líquidos de acordo com as condições
meteorológicas e atividades planejadas
ingestão de líquidos
Afogamento uso de rádio comunicadores durante a prática de hiking
e atividades ao ar livre;
uso de estratégias de grupo nas atividades realizadas
próximas à água;
realizar as atividades conforme orientado.
primeiros socorros;
contatar e buscar atendimento
médico de urgência
Contusões uso de rádio comunicadores durante a prática de hiking
e atividades ao ar livre;
uso de estratégias para organizar o grupo;
utilização de calçados adequados;
emprego de trilhas e locais estabelecidos para as
atividades;
realizar as atividades conforme orientado
primeiros socorros;
caso necessário, contatar e buscar
atendimento médico de urgência
Escoriações uso de rádio comunicadores durante a prática de hiking
e atividades ao ar livre;
uso de estratégias para organizar o grupo;
utilização de calçados adequados;
emprego de trilhas e locais estabelecidos para as
atividades;
realizar as atividades conforme orientado
primeiros socorros;
caso necessário, contatar e buscar
atendimento médico de urgência
Entorses uso de rádio comunicadores durante a prática de hiking
e atividades ao ar livre;
uso de estratégias para organizar o grupo;
utilização de calçados adequados;
emprego de trilhas e locais estabelecidos para as
atividades;
realizar as atividades conforme orientado
primeiros socorros;
caso necessário, contatar e buscar
atendimento médico de urgência
Fraturas uso de rádio comunicadores durante a prática de
hiking;
uso de rádio comunicadores durante a prática de hiking
e atividades ao ar livre;
uso de estratégias para organizar o grupo;
utilização de calçados adequados;
emprego de trilhas e locais estabelecidos para as
atividades;
realizar as atividades conforme orientado
primeiros socorros;
contatar e buscar atendimento
médico de urgência
Luxações uso de rádio comunicadores e smartphones durante as
aulas;
uso de estratégias para organizar o grupo;
utilização de calçados adequados;
emprego de trilhas e locais estabelecidos para as
atividades;
realizar as atividades conforme orientado.
primeiros socorros;
contatar e buscar atendimento
médico de urgência
Desentendimentos uso de rádio comunicadores durante a prática de
hiking;
desenvolvimento de competências de trabalho em
equipe e de liderança
emprego de técnicas para
resolução de conflitos
Assaltos notificar antecipadamente os responsáveis pela área
sobre a realização de atividades;
escolher locais e horários com menor incidência de
assaltos.
notificar autoridades, instituições e
demais envolvidos sobre o
ocorrido;
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buscar atendimento médico de
urgência, caso seja necessário.
Furtos escolher locais e horários com menor incidência de
furtos;
manter atenção sobre os itens pessoais.
notificar autoridades, instituições e
demais envolvidos sobre o
ocorrido.
Agressões realizadas
por terceiros
escolher locais e horários com menor incidência de
agressões;
notificar antecipadamente os responsáveis pela área
sobre a realização de atividades.
primeiros socorros;
notificar autoridades, instituições e
demais envolvidos sobre o
ocorrido;
buscar atendimento médico de
urgência, caso seja necessário.
Perder-se nos locais
de prática.
uso de rádio comunicadores durante a prática de
hiking;
desenvolvimento de competências e uso de
equipamentos de navegação;
permanecer nos locais determinados para as
atividades.
interromper a atividade;
conferir se todos os integrantes da
turma estão presentes;
em caso de todos estarem
presentes, encontrar e retornar
para a rota planejada.
em caso de algum aluno estar
faltando, manter o grande grupo
no mesmo local com rádio
comunicadores e iniciar a busca
do(s) que estiver(em) faltando;
entrar em contato com equipes de
resgate e salvamento.
Contágio COVID-19 Manter o desenvolvimento do conteúdo de gestão de
riscos na disciplina;
Manter o aprimoramento de competências para a
gestão de riscos e realização de esportes e atividades
ao ar livre;
Manter a utilização das plataformas online para a
comunicação (whatsapp, moodle, zoom, instagram,
facebook, messenger);
Realizar aulas web ao vivo para esclarecimentos e
discussões anteriormente e posteriormente as
atividades de campo;
Produzir e partilhar vídeos e materiais com textos e
imagens com orientações sobre as atividades de
campo;
Atender ao Plano Institucional de prevenção e redução
de riscos COVID-19 PUCRS;
Manter o distanciamento mínimo de 2 metros entre os
alunos e professor durante a realização das atividades
presenciais de caráter experiencial e teórico;
Manter o distanciamento mínimo de 2 metros com
indivíduos externos à aula;
Realizar as saídas de campo em locais com reduzida
presença de outros indivíduos;
Usar máscara facial durante toda a aula e de modo
correto4
Uso de radiocomunicadores e smartphones durante as
práticas;
Orientar os alunos para manter a etiqueta respiratória;
Orientar os alunos para realizarem a higienização
constante das mãos com álcool gel 70%;
Orientar os alunos para realizarem a higienização das
mãos anteriormente e posteriormente à troca de
máscaras faciais e aos momentos específicos de lanche
e hidratação;
Usar momento específico da aula para lanche e
hidratação, no qual alunos e professores também
deverão manter o distanciamento mínimo de 2 metros
entre eles;
Seguir orientações das autoridades
em saúde
Não partilhar Ingestão de
alimentos e líquidos poderá
ser realizada somente em
momento específico da
aula;
Não partilhar garrafas
d’água, alimentos ou
quaisquer itens pessoais;
Higienizar com álcool 75%
quaisquer equipamentos
que precisem ser
partilhados entre alunos e
professores.
Em relação a todos os riscos
4 As máscaras faciais deverão estar adequadamente ajustadas ao rosto, sem folgas nas extremidades e
sempre cobrindo nariz, boca e queixo. Se forem usadas máscaras caseiras ou comunitárias (confeccionadas de
tecido), elas deverão ser trocadas a cada 2 horas ou quando estiverem molhadas/suadas. Caso sejam
utilizadas máscaras cirúrgicas ou máscaras PFF2/N95 (respiradores), essas deverão ser trocadas conforme as
orientações dos fabricantes.
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Aceitar os riscos exposição dos riscos existentes nas atividades aos alunos, monitores, colaboradores externos e representantes da
universidade; envolvimento constante de professor, alunos e colaboradores externos no processo de gestão de riscos;
partilha de informações com demais atores interessados e envolvidos no processo de gestão de riscos.
Evitar os riscos previsões meteorológicas desafiadoras serão consideradas impeditivas à realização das atividade; comportamento
inadequado dos alunos pode determinar o encerramento das atividades; problemas com equipamentos podem
determinar o encerramento das atividadespráticas.
Transferir os riscos contratação de empresa de seguros
Etapas complementares
A) Comunicação
A proposta de gestão de riscos enfatiza a importância da constante e eficiente comunicação
entre os atores direta e indiretamente envolvidos nas saídas de campo. Desse modo buscando
promover um melhor entendimento sobre o contexto em que as atividades são realizadas, os riscos
existentes e os tratamentos utilizados. Podem ser citadas as seguintes estratégias de comunicação:
uso do aplicativo Whatsapp; uso das plataformas Zoom e Moodle; a troca de email entre alunos e
professores.
B) Monitoramento e Revisão
Considerando que a gestão de riscos não deve ser uma simples listagem, mas um processo
dinâmico, bem como a melhoria, adaptação e aprimoramento dos processos é essencial, os passos e
etapas serão monitorados constantemente. Além disso, a proposta de gestão será revisada após
cada saída de campo.
C) Registro e Relato
Com o intuito de produzir informações para a tomada de decisão, aprimorar a gestão de
riscos e produzir dados para a realização de futuros estudos será realizado o registro do
desenvolvimento das aulas, por meio da produção de textos, fotografias e filmagens. Essas
informações também estarão disponíveis para serem utilizadas para a produção de relatos aos
demais envolvidos.
Planos de Resposta de Emergência e de Crises
Cabe destacar que a proposta de gestão de riscos da Disciplina Esportes e Atividades ao Ar
Livre também contará com Planos de Resposta de Emergência e Planos de Crises, caso aconteça
algum incidente grave ou acidente. Esses planos de ação integram a proposta de gestão de riscos,
pois as atividades de aula serão realizadas fora do Campus da Universidade.
O Plano de Resposta de Emergência terá o foco nos seguintes aspectos: avaliação constante
das capacidades e limitações dos envolvidos; aprimoramento dos processos de comunicação entre
os participantes, através do desenvolvimento de competências, utilização de rádios VHF e
smartphones; possuir os contatos de colaboradores na universidade, escola, corpo de bombeiros e
SAMU.
O Plano de Crises será voltado para: aprimoramento dos procedimentos de resgate e
salvamento, através de treinamento contínuo da equipe de trabalho; emprego de planos de rápido
deslocamento a centros de atendimento de urgência, durante a realização de atividades fora do
Campus da Universidade; adoção de procedimentos constantes de investigação de incidentes e
acidentes, bem como de revisão e aprimoramento da proposta gestão de riscos.
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Considerações
Gerais
● É necessário atentar que durante a prática de atividades físicas situações indesejadas, como
acidentes e incidentes, irão acontecer em algum momento (quando algo irá acontecer X se
algo irá acontecer);
● Não é possível garantir que as aulas serão realizadas e não irão ocorrer incidentes e/ou
acidentes (Atividades com riscos gerenciados X Atividades 100% seguras);
● Considerar as políticas de aceitação de riscos institucionais e pessoais;
● Considerar os momentos pré, durante e pós quaisquer incidentes ou acidentes;
● É necessário levar em consideração os fatores de riscos durante a elaboração do processo
de gestão de riscos (pessoas, ambientes e equipamentos);
● Alunos, professores e funcionários devem ser participantes ativos no processo de gestão
de riscos.
Específicas à pandemia
● Existência de três prováveis categorias de riscos: relacionados à Covid-19; relacionados às
adaptações das atividades (ex.: uso de máscaras); e os riscos inerentes e que já existiam
em cada atividade física (ex.: risco de afogamento em atividades realizadas próximas à água)
● Prováveis impactos nas aulas devido a questões físicas (ex.: tempo de permanência em
casa e/ou de inatividade física de alunos e professores) e psicológicas (elevação de níveis
de ansiedade, medo, expectativas e pânico; falta de interesse)
● Considerar que os alunos poderão: fazer parte de grupos de risco; residir com familiares de
grupos de risco; ser contrários à realização de práticas (receio de contágio); não atender
aos novos protocolos e normas das atividades práticas (ex.: recusa do uso de máscara ou da
manutenção do distanciamento social)
● Os protocolos que forem produzidos pelos governos estadual e/ou municipal, bem como da
universidade, serão levados em consideração para a atualização da proposta de gestão de
riscos da disciplina
● As orientações produzidas por instituições de referência na área de esportes e gestão de
riscos serão levadas em consideração
● Provável elevação de riscos devido ao uso ‘soluções de segurança’ de outras áreas e de
‘novos protocolos’, os quais não foram suficientemente testados e/ou ainda não foram
utilizados por professores e alunos
● As estratégias para o tratamento de riscos terão relação com quatro questões:
distanciamento social; máscaras faciais; ventilação dos locais de prática; higienização de
equipamentos e ambientes.
● Necessidade de tratar a gestão de riscos de forma dinâmica, em especial, devido a produção
constante de conhecimento científico sobre o SARS-CoV-2, a doença e pandemia
● Importância da pesquisa e análise de propostas de gestão de riscos específicas à cada
atividade física, as quais foram produzidas por instituições com expertise na área e
consideraram os riscos relacionados à Covid-19
● O processo de gestão de riscos se relaciona com setores de ingerência (aceitar as
determinações) e/ou gerência em diferente níveis (possibilidade de discussões)
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Referências
ABNT (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS). ISO NBR 31000/2018 Gestão de
Riscos - Diretrizes. Rio de Janeiro, 2018.
AJANGO, D. Lessons Learned II: Using Case Studies and History to Improve Safety
Education. Alaska, EUA: SafetyEd, 2005.
ATTARIAN, Aram. Risk Management in Outdoor and Adventure Programs: Scenarios of
Accidents, Incidents, and Misadventures. Estados Unidos: Human Kinetics, 2012.
BARTON, Bob. Safety, Risk and Adventure in Outdoor Activities. Thousand Oaks, Estados
Unidos: Sage Publications, 2007.
CAVASINI, R.; PISANI ANNES, A.; DE LIMA KSSESINSKI, J.; FALCÃO BREYER, R. Gestão de
riscos de atividades ao ar livre durante a pandemia de COVID-19: um relato de experiência. Revista
Thema, vol. 18, n. Especial, 2020
CAVASINI, R.; BREYER, R. F.; PETERSEN, R. D. S. Uma Abordagem de Gestão de Riscos para
Atividades de Educação Ambiental ao Ar Livre. Revista Brasileira de Educação Ambiental, vol. 11,
n. 4, 2016.
DICKSON, Tracey; GRAY, Tonia. Risk Management in the Outdoors: A Whole of Organisation
Approach for Education, Sport and Recreation. Melbourne, Austrália: Cambridge University Press,
2012.
FREEMAN, S.; EYKELBOSH, A. COVID-19 and outdoor safety: Considerations for use of outdoor
recreational spaces. National Collaborating Centre for Environmental Health, BC Centre for Disease
Control, Canadá, 2020
FITZGERALD, P. Risk management guide for tourism operators. Ottawa, Canadá: Canadian
Tourism Commission, 2003.
GOVERNMENT OF WESTERN AUSTRALIA. Can you risk it? An introduction to risk management
for community organizations. Austrália: Government of Western Australia, 2003.
KAUFFMAN, R. B.; MOISEICHIK, M. L. Integrated Risk Management for Leisure Services.
Champaign, EUA: Kinetics, 2013.
LNT - LEAVE NO TRACE CENTER FOR OUTDOOR ETHICS. Disponível em: <https://lnt.org>.
Acesso em 21 de março de 2021.
NRPA - National Recreation and Park Association. Disponível em: <https://www.nrpa.org>. Acesso
em 23 de março de 2021.
WANG, C. et al. Risk Management of COVID-19 by Universities in China. Journal of Risk
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Fontes Complementares
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