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Sistema tegumentar
Profa. Renata Moraes
● Anatomia Patológica Especial - Aula 3
● Marya Eduarda de Souza
INTRODUÇÃO
➢ A pele é a maior órgão do corpo
- É composta por epiderme derme, tecido subcutâneo
(também chamado de panículo ou hipoderme) e anexos
(folículo piloso, glândulas sudoríparas, sebáceas e
outras).
- Recobre todo o corpo e tem alta influência de fatores
exógenos e endógenos.
- A pele dos animais tem alta importância clínica
veterinária.
- Alto número de doenças cutâneas nos animais.
Sistema tegumentar
Fatores que agridem e prejudicam a pele e seus
anexos
u
● Fatores Exógenos (relacionados ao meio externo)
- Químicos: desinfetantes, produtos de limpeza.
- Físicos: atrito, escoriação
-.Nutricionais: deficiências na alimentação
- Infecciosos: doenças bacterianas, virais,
fúngicas.
-.Actínicos: ectoparasitas.
-.Alérgicos: pólen, parasitas.
Fatores Endógenos (que estão relacionados ao
animal)
1.
- Emocionais: especialmente em animais de
pequeno porte que são mais medrosos.
- Imunológicos: devido a uma resposta imune
exacerbada.
- Distúrbios hormonais: por deficiências ou
excesso de hormônios.
-Distúrbios metabólicos: por deficiência,
excesso, ou alterações de metabolismo.
- Hereditário: patologias de pele hereditárias.
-.Senilidade: à medida que o animal envelhece,
vai perdendo os componentes da pele e dos
anexos.
Patologias da Epiderme
Afecções do crescimento ou diferenciação
epidérmica
- A proliferação e diferenciação das células epidérmicas
é regulada por citocinas (PGFs, ILGFs, TNFs) hormônios
(como cortisol e vitamina D3), e por fatores nutricionais
como proteínas, zinco, cobre, ácidos graxos e vitaminas
A e B.
- Para ocorrer alterações no crescimento e diferenciação
epidérmica, há influência de vários fatores, tanto
exógenos, como endógenos.
- Cada tipo de doença varia os seus sinais clínicos.
● Hiperqueratose: é o aumento da espessura do
estrato córneo.
➔ Ortoquerática (hiperqueratose), onde as células
epiteliais da camada córnea estão anucleadas
(aspecto micro).
➔ Paraqueratótica (paraqueratose), onde as células
ainda estão nucleadas (aspecto micro).
A hiperqueratose ocorre por estímulos crônicos,
principalmente físicos, como o animal que se coça e se
esfrega constantemente.
● Necrose
➔ Pode ocorrer por estímulos físicos (lacerações,
queimaduras), químicos (irritação da dermatite de
contato causticação devido a produtos químicos),
por agressão em consequência de isquemia ou
infarto (ex: uma lesão na pele pode ficar isquêmica
sem nutrição e oxigenação podendo necrosar, ou
pode ocorrer também devido a inflamações).
➔ A necrose da epiderme pode resultar em erosão
(perda de uma porção superficial da epiderme) ou
em ulceração (perda de uma área completa da
epiderme e parte da derme).
● Hipoplasia e Atrofia:
➔ É a diminuição do número e tamanho das células
da epiderme, e ocorre como consequência de uma
lesão celular subletal. Podem afetar a epiderme, os
folículos, as glândulas sebáceas e o colágeno
dérmico.
➔ Ocorre em respostas a desequilíbrios hormonais
como por exemplo na Síndrome de Cushing que
causa um excesso crônico de cortisol
(hiperadrenocorticismo), pode levar a hipoplasia ou
atrofia cutânea, causado lesões simétricas e
bilaterais.
● Hiperplasia (acantose)
➔ É um aumento do número de células no estrato
espinhoso da pele, levando a um espessamento
deste estrato espinhoso, também chamado de
acantose. Causa um escurecimento, e menor
aderência da pele. É um calo formado por uma
resposta a estímulos crônicos de contato.
ex: cotovelo de cães, que sempre ficam em
contato com solo, ficam mais espessos.
Existem três tipos:
Psoriaseforme
➔ A epiderme forma uma rede de projeções (pregas)
alongadas que se infiltram na derme; esta
hiperplasia é características de algumas síndromes
como a Pitiríase rósea (dermatite psoriasiforme
pustular juvenil suína), que é uma síndrome pouco
estudada, começa com lesões pequenas, que vão
se expandindo e depois regridem sozinhas e não
causam problema nenhum ao animal.
Papilar
➔ Projeções epidérmicas (papilares) que se
desenvolvem sobre a superfície da pele, e vão
crescendo em direção à derme, causando um
espessamento da pele e formando os calos e pintas.
Pseudocarcinomatosa
➔ É um estágio crônico e tardio da hiperplasia
epidérmica, onde há muitas pregas epidérmicas
ramificadas que se interdigitam com as fibras de
colágeno da derme, e também há figuras de mitose e
pérolas de queratina nas células basais em
proliferação;
➔ A hiperplasia pseudocarcinomatosa se difere dos
carcinomas as células não são atípicas e não
invadem a membrana basal, já no carcinoma estes
não invadem a derme e tem uma diferenciação
celular.
Afecções da união celular epidérmica
- Vesículas: são cavidades repletas de fluídos, dentro ou
embaixo da epiderme. Se a cavidade é menor que 1 cm
de diâmetro é chamada de vesícula, se é maior que 1 cm
é chamada de bolha.
Podem ser formadas por acantólise, onde há um
comprometimento das proteínas das células,
acarretando em uma falha na adesão, resultando em um
acúmulo de fluido dentro da cavidade que se forma.
Podem se formar secundárias à edemas ou traumas e
queimaduras, onde ocorre o mesmo
No processo, as células se destacam, formando uma
cavidade que terá acúmulo de fluido.
A localização das vesículas pode ter relação com
algumas doenças, como por exemplo, há formação de
vesículas intraepidérmicas em infecções virais, formação
de vesículas suprabasais no pênfigo vulgar, vesículas
subepidérmicas formam-se no pênfigo bolhoso ou em
queimaduras térmicas.
- Acantólise: é o rompimento das junções intercelulares
(desmossomos), acarretando na ausência de adesão
entre as células.
É causada por anticorpos que reagem contra estruturas
dos desmossomos, que são componentes de adesão
das células, e portanto, se não tem desmossomos, as
células não se aderem e se destacam.
A acantólise ocorre na doença chamada de Pênfigo
vulgar e foliáceo, e também ocorre secundária a doenças
virais e pústulas. No Pênfigo foliáceo, a acantólise ocorre
na camada subcorneal (abaixo do estrato córneo), e no
Pênfigo vulgar a acantólise ocorre na epiderme, acima
da camada basal.
Pênfigo é uma doença autoimune. A primeira
manifestação clínica é o aparecimento de bolhas cheias
de líquido, intraepidérmicas, de diâmetros diferentes
Afecções inflamatórias epidérmicas
● Exocitose: é o processo de migração de leucócitos dos
vasos sanguíneos da derme para o espaço intracelular
da epiderme, onde estes leucócitos se agregam à
epiderme.
- Em lesões inflamatórias, ocorre esse processo de
exocitose, onde os leucócitos agregados liberam
citocinas para atrair mais células. Em casos de traumas
ou de disfunções circulatórias, haverá também migração
e agregação de eritrócitos que transportam oxigênio
para o local.
●Pústulas: são vesículas preenchidas por líquido
inflamatório (exsudato purulento) dentro da epiderme.
As pústulas variam no conteúdo de células
inflamatórias e na localização da epiderme.
- Pode ocorrer por infecções bacterianas –
Staphylococcus e Streptococcus), normalmente estão
localizadas abaixo do estrato córneo (subcorneal).
- Também pode ocorrer em casos de hipersensibilidade
por ectoparasitas, no pênfigo foliáceo e nas placas
eosinofílicas felinas, onde na lesão haverá presença de
muitos eosinófilos tentando combater.
- E em casos de linfoma epiteliotrópico haverá presença
de linfócitos neoplásicos na lesão.
●Crostas: são áreas sólidas, constituídas de tecido
seco e secreções ou excreções que ressecam,
localizados na superfície da epiderme. É um indicativo
de que houve uma exsudação anterior à crosta, por
isso, pode haver contaminação embaixo da crosta. O
ideal é retirar a crosta formada, e limpar bem para
retirar toda a contaminação.
Alterações de pigmentação na pele e pelo
●Hipopigmentação
- O melanócito é quem produz a melanina. Para a
produção de melanina, é necessário a presença do
aminoácido tirosina, e da enzima tirosinase que vai
transformar a tirosina em melanina.
- A tirosinase temcobre em sua composição, portanto
em um caso de deficiência de cobre no organismo, não
haverá a enzima, então não haverá produção de
melanina, fazendo com que o pêlo e a pele fiquem
menos pigmentados (hipopigmentação).
- Além disso, outros fatores como gene, idade,
hormônios, temperatura e inflamação, também
influenciam na produção de melanina pelos melanócitos
- Provoca a leucotriquia (pelo branco), e a leucoderma
(pele branca).
- A hipopigmentação pode ocorrer por causas
hereditárias como por ausência de melanócitos, por
falhas na produção e passagem da melanina, ou por
perda de melanina e dos melanócitos
existentes(despigmentação) por falta de cobre.
- Pode ocorrer por albinismo, que é uma baixa ou
ausência da atividade da tirosinase. E também por
vitiligo (raro-autoimune) e por senilidade (à medida que
o animal envelhece, vai perdendo a pigmentação da
pele e do pelo).
●Hiperpigmentação
- Pode ocorrer por uma taxa de produção excessiva de
melanina pelos melanócitos, ou por uma taxa de
maturação excessiva dos melanossomas onde haverá
mais componentes de melanina dentro dos melanócitos,
ou por um número aumentado de melanócitos.
- Na veterinária, o que mais ocorre é hiperpigmentação
por produção excessiva de melanina, onde as patologias
mais importantes são as Dermatoses de caráter
endócrino (como o Hiperadrenocorticismo), e as
Dermatoses crônicas (como a Dermatite Alérgica
Crônica).
Patologias da Derme
Alterações do crescimento e/ou desenvolvimento
➔ Atrofia: é o resultado de uma diminuição da quantidade
de fibrilas de colágeno e de fibroblastos

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