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ESTÁGIO EM SAÚDE PÚBLICA I

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1 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
ESTÁGIO EM SAÚDE PÚBLICA I 
 
SAÚDE 
Art. 196: “A saúde é direito de todos e dever do Estado, 
garantido mediante políticas sociais econômicas que 
visem à redução do risco de doença e de outros 
agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e 
serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. 
 
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 
(SUS) 
É um sistema público unitário, criado pela Constituição 
de 1988. 
É único porque segue a mesma doutrina e os mesmos 
princípios organizativos em todo o território nacional, 
sob a responsabilidade das três esferas do governo: 
federal, estadual e municipal. 
 
GESTORES DO SUS 
• Nível Federal: Ministério da Saúde. 
 
• Nível Estadual: Secretaria Estadual de Saúde. 
 
• Nível Municipal: Secretaria Municipal de 
Saúde. 
 
PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS DO 
SUS 
• Universalidade: todos têm direito de acesso a 
todos os serviços públicos de saúde. 
 
• Equidade: assegurar ações e serviços de 
todos os níveis de acordo com a complexidade de cada 
caso, sem privilégios e sem barreiras. 
 
• Integralidade das ações: a visão do indivíduo 
como um todo e indivisível. 
 
DIRETRIZES BÁSICAS DO SUS 
• Descentralização: gestão única em cada 
esfera de governo, agregada à regionalização da rede 
e à hierarquização dos serviços. 
 
• Territorialização: território de abrangência 
definido cadastramento e o acompanhamento da 
população adstrita (2000 a 3500 pessoas). 
 
• Financiamento: dos serviços de caráter 
predominantemente público, realizado por meio de 
impostos e contribuições arrecadadas pelas esferas 
federal, estadual e municipal (Art.198). 
 
• Participação social: através do Conselho de 
Saúde, sendo buscada nos três níveis de gestão. 
 
• Cuidado centrado na pessoa: prevê que 
profissionais de saúde devem trabalhar 
colaborativamente com o paciente, construindo um 
tratamento que esteja adaptado às suas necessidades 
individuais. 
 
• Coordenação do cuidado: estabelecer 
conexões de modo a alcançar o objetivo maior de 
prover/atender às necessidades e preferências dos 
usuários na oferta de cuidados em saúde, com elevado 
valor, qualidade e continuidade. 
 
• Resolubilidade: é a exigência de que, quando 
um indivíduo busca o atendimento ou quando surge um 
problema de impacto coletivo sobre a saúde, o serviço 
correspondente esteja capacitado para enfrentá-lo e 
resolvê-lo até o nível da sua competência; devendo 
referenciá-lo a outro nível de complexidade quando não 
for capaz de dar a devida assistência. 
 
• Longitudinalidade: lidar com o crescimento e 
mudanças do indivíduo ou grupos ao longo de um 
período. Acompanhamento responsável. 
 
ESTRUTURA DO SUS 
• Federal (MS): gestor nacional. 
 
• Estadual (SES): formulação das políticas e 
ações de saúde. 
 
• Municipal (SMS): planejamento e execução 
das ações. 
 
SISTEMA ORGANIZACIOAL SUS 
• Ministério da Saúde -> Conselho Nacional de 
Saúde (CNS); Comissão Intergestores Tripartite (CIT). 
 
• Secretaria Estadual de Saúde -> Conselho 
Estadual de Saúde (CES); Comissão Intergestores 
Bipartite (CIB). 
 
• Secretaria Municipal de Saúde -> Conselho 
Municipal de Saúde. 
 
 
2 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
PRINCÍPIOS ORGANIZACIONAIS 
Regionalização e hierarquização; descentralização e 
comando único; participação popular. 
 
AÇÕES DO SUS 
Promoção de saúde, proteção em saúde, recuperação 
em saúde e reabilitação. 
 
COMPETÊNCIAS DO SUS 
• Federal: formulação e condução de política 
nacional de saúde; vigilância sanitária adequada; 
estímulo ao desenvolvimento e controle 
imunobiológicos; administração do fundo nacional de 
saúde; execução de programas emergenciais; 
regulamentação, acompanhamento e avaliação das 
ações de saúde. 
• Estadual: formulação e condução das 
atividades do sistema regional de saúde; prestação de 
serviços em coordenação com os sistemas municipais; 
transferência dos municípios, dos serviços básicos de 
saúde; administração do fundo regional de saúde, com 
transferência para as unidades locais. 
• Municipal: compatibilização das normas com 
as peculiaridades locais; administração do fundo 
municipal de saúde; planejamento, coordenação do 
sistema municipal ou distrital; prestação de serviços 
básicos de saúde e serviços de maior complexidade 
quando houver recursos. 
 
LEI ORGÂNICA DE SAÚDE 
Instrumento legal para concretizar o Sistema Único de 
Saúde. 
• Lei 8.080/90 
 
• Lei 8.142/90 
São analisados os princípios e as diretrizes do SUS e 
dá esclarecimentos sobre os poderes e 
responsabilidades entre as três esferas gestoras do 
sistema. 
 
CONSELHOS DE SAÚDE 
Compete aos Conselhos de Saúde atuar na 
formulação de estratégias da política de saúde e no 
controle da execução da política de saúde. 
O Conselho deve ter uma paridade do nº de 
representantes dos usuários em relação ao total do nº 
de representantes do governo, dos prestadores de 
serviço e dos profissionais de saúde. 
 
CONFERÊNCIAS DE SAÚDE 
São instâncias colegiadas que possibilitam a inserção 
da participação social no âmbito do poder executivo. 
São realizadas a cada 4 anos, com o objetivo de 
avaliar a situação de saúde e propor diretrizes para a 
formulação da política. 
Acontecem primeiro no nível municipal, depois no 
estadual e culminam com a Conferência Nacional de 
Saúde. 
 
PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA 
O Ministério da Saúde criou, em 1994, o Programa 
Saúde da Família (PSF), com o principal propósito: 
reorganizar a prática da atenção à saúde em novas 
bases e substituir o modelo tradicional, levando a 
saúde para mais perto da família e, com isso, melhorar 
a qualidade de vida dos brasileiros. Em 2006 foi 
transformado em "estratégia". 
 
ESTRATÉGIA SAÚDE DA 
FAMÍLIA 
A Estratégia Saúde da Família (ESF) busca promover 
a qualidade de vida da população brasileira e intervir 
nos fatores que colocam a saúde em risco, como falta 
de atividade física, má alimentação e o uso de tabaco. 
Com atenção integral, equânime e contínua, a ESF se 
fortalece como uma porta de entrada do Sistema Único 
de Saúde (SUS). 
Proximidade da equipe com a vizinhança, ligada a 
Unidade Básica em Saúde. 
 
 
 
 
 
3 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
EQUIPE MULTIPROFISSIONAL 
Mínimo: médico, enfermeiro, auxiliar de enfermagem, 
agentes comunitários de saúde (ACS) e agentes de 
combate a endemias (ACE) de acordo com o 
parâmetro populacional; 
Equipe Saúde Bucal; 
Outros profissionais: assistentes sociais, psicólogos, 
etc. 
Incorporados às equipes NASF, de acordo com as 
necessidades e possibilidades locais. 
Nº de equipes: População / 2000 
• Cada equipe é capacitada para: 
a) Conhecer a realidade das famílias pelas quais 
é responsável, por meio de cadastramento e 
diagnóstico de suas características sociais, 
demográficas e epidemiológicas; 
 
b) Identificar os principais problemas de saúde e 
situações de risco aos quais a população que 
ela atende está exposta; 
 
c) Elaborar, com a participação da comunidade, 
um plano local para enfrentar os 
determinantes do processo saúde/doença; 
 
d) Prestar assistência integral, respondendo de 
forma contínua e racionalizada à demanda, 
organizada ou espontânea, na Unidade de 
Saúde da Família, na comunidade, no 
domicílio e no acompanhamento ao 
atendimento nos serviços de referência 
ambulatorial ou hospitalar; 
 
e) Desenvolver ações educativas e intersetoriais 
para enfrentar os problemas de saúde 
identificados. 
 
PROGRAMA DE SAÚDE BUCAL 
Tem como meta a reorganização da prática e a 
qualificação das ações e serviços oferecidos, reunindo 
ações em Saúde Bucal voltadas para os cidadãos de 
todas as idades, com ampliação do acesso ao 
tratamento odontológico gratuito aos brasileiros, por 
meio do Sistema Único de Saúde (SUS). 
• Plano de Reorganização das Ações de 
Saúde Bucal na Atenção Básica (Portaria nº 267, de 
06/03/01): 
a) Melhorar as condições de saúde bucal da 
população brasileira; orientar aspráticas de 
atenção à saúde bucal, consoante ao 
preconizado pela ESF; 
 
b) Assegurar o acesso progressivo de todas as 
famílias residentes nas áreas cobertas pelas 
equipes de saúde da família às ações de 
promoção e de prevenção, bem como aquelas 
de caráter curativo restauradoras de saúde 
bucal; 
 
c) Capacitar, formar e educar permanentemente 
os profissionais de saúde bucal necessários a 
ESF, por intermédio da articulação entre as 
instituições de ensino superior e as de serviço 
do SUS; 
 
d) Avaliar os padrões de qualidade e o impacto 
das ações de saúde bucal desenvolvidas, de 
acordo com os princípios da ESF. 
 
EQUIPE DE SAÚDE BUCAL 
a) Possibilita criar um espaço de práticas e 
relações a serem construídas para a 
reorientação do processo de trabalho e para a 
própria atuação da saúde bucal no âmbito dos 
serviços de saúde; 
 
b) Exigir a conformação de uma equipe de 
trabalho que se relacione com usuários e que 
participe da gestão dos serviços para dar 
resposta às demandas da população; 
 
c) Ampliar o acesso às ações e serviços de 
promoção, prevenção e recuperação da saúde 
bucal, por meio de medidas de caráter coletivo 
e mediante o estabelecimento de vínculo 
territorial; 
 
d) Fundamenta-se nos princípios da 
universalidade, equidade, integralidade da 
atenção, trabalho em equipe e interdisciplinar, 
foco de atuação centrado no território-família-
comunidade, humanização da atenção, 
responsabilização e vínculo. 
 
MODALIDADES DE EQUIPE DE 
SAÚDE BUCAL 
• Modalidade I: cirurgião dentista, auxiliar em 
saúde bucal ou técnico em saúde bucal. 
 
• Modalidade II: além de cirurgião dentista e 
técnico em saúde bucal, possui outro auxiliar de saúde 
bucal ou técnico em saúde bucal. 
 
• Modalidade III: unidade odontológica móvel. 
Todos com carga horária de trabalho de 40 horas 
semanais. 
Parâmetros de cobertura: uma ESB para uma ESF. 
• Os resultados alcançados são 
significativos: 
a) Redução dos índices de mortalidade infantil; 
 
 
4 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
b) Diminuição do número de mortes por doenças 
de cura simples e conhecida; 
 
c) Diminuição das filas nos hospitais das redes 
pública e conveniada com o SUS. 
 
SAÚDE PÚBLICA 
...“ciência e a arte de prevenir a doença, prolongar a 
vida e promover a saúde e a eficiência física e mental 
mediante esforços organizados da comunidade para 
o saneamento do meio, o controle das doenças 
transmissíveis, a educação dos indivíduos sobre 
higiene pessoal, a organização dos serviços médicos 
e de enfermagem para o tratamento preventivo e 
diagnóstico precoce das enfermidades, o 
desenvolvimento de um mecanismo social que 
assegure a cada indivíduo um nível de vida 
adequado à conservação da saúde, organizando 
estes benefícios de tal modo que cada cidadão se 
encontre em condições de gozar de seu direito 
natural à saúde e longevidade". (WINSLOW apud 
CHAVES, 1986) 
 
CARACTERIZAÇÃO DOS 
PROBLEMAS EM SAÚDE 
PÚBLICA 
a) Constitui causa comum de morbidade ou 
mortalidade; 
 
b) Existem métodos eficazes de prevenção e 
controle; 
 
c) Tais métodos não estão sendo utilizados de 
modo adequado pela comunidade. 
 
DOENÇAS QUE CONSTITUEM 
RISCO PARA A SAÚDE BUCAL 
Doença cárie, periodontal, câncer de boca, mal 
oclusões, lábio leporino, fluorose, sequelas de 
traumatismos faciais, estigmas da sífilis congênita e 
doenças ocupacionais com manifestações bucais. 
 
 
 
 
 
HIERARQUIZAÇÃO DOS 
PROBLEMAS EM SAÚDE 
PÚBLICA 
 
1º Número de pessoas atingidas; 
2º Seriedade do dano causado; 
3º Possibilidade de atuação eficiente; 
4º Custo per capita 
5º Grau de interesse da comunidade. 
 
HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA 
 
 
 
 
5 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
• Níveis de prevenção: 
1º nível: promoção de saúde. 
2º nível: proteção específica. 
3º nível: diagnóstico precoce e tratamento específico. 
4º nível: limitação do dano. 
5º nível: reabilitação. 
 
• Níveis de aplicação (execução das tarefas): 
1º nível: ação governamental ampla. 
2º nível: ação governamental restrita. 
3º nível: paciente/profissional (3º grau). 
4º nível: paciente/profissional (auxiliar). 
5º nível: ação individual. 
 
• Níveis de aplicação (métodos): 
 
 
 
• Diagrama ilustrativo das relações entre 
níveis de prevenção e aplicação: 
 
 
REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE 
As redes de atenção à saúde são organizações 
poliárquicas de conjuntos de serviços de saúde, 
vinculados entre si por uma missão única, por objetivos 
comuns e por uma ação cooperativa e 
interdependente, que permitem ofertar uma atenção 
contínua e integral a determinada população, 
coordenada pela atenção primária à saúde, e com 
responsabilidades sanitárias e econômicas por esta 
população. 
Garantir a integralidade do cuidado. 
 
NÍVEIS DE ATENÇÃO À SAÚDE 
Capacidade que uma unidade de saúde tem para 
prestar assistência. 
• Primária ou básica: generalista; baixa 
complexidade tecnológica; foco na promoção e 
prevenção. 
 
• Secundária: maior nível tecnológico; mais 
especialistas; médio nível de complexidade. 
 
• Terciária: alto nível tecnológico e alta 
complexidade; muito especializado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
ESTRUTURA OPERACIONAL DAS 
REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE 
 
 
TECNOLOGIAS EM SAÚDE 
As tecnologias em saúde referem-se a intervenções 
usadas para a promoção, prevenção, diagnóstico ou 
tratamento de doenças; ou para promover reabilitação 
ou cuidados de longo prazo. 
Isso inclui medicamentos, equipamentos médicos, 
procedimentos e protocolos médicos. 
 
TIPOS DE TECNOLOGIAS EM 
SAÚDE 
No encontro entre profissional e cliente, quantas 
valises precisam ser abertas para solucionar este 
encontro? E que valises são essas? 
• Valise vinculada à mão: tecnologia dura. 
”Permite processar as informações, com os seus 
equipamentos, imagens, dados físicos, exames 
laboratoriais, entre outros. Porém, para serem 
realizados, além do trabalho morto da máquina, estes 
produtos consomem o trabalho vivo de seu "operador" 
com seus saberes tecnológicos. Mas, de tal modo que 
há uma captura predominante do momento vivo pela 
lógica produtiva instituída no equipamento.” 
Ex.: equipamentos e máquinas. 
• Valise vinculada à cabeça: tecnologia leve-
dura. 
“Permite processar o recorte centrado no olhar do 
médico sobre o usuário, enquanto objeto de sua 
intervenção, em um processo de captura do mundo 
daquele e de suas necessidades sob uma forma 
particular de significá-lo. Este olhar é construído a 
partir de certos saberes bem definidos, expressando 
se como trabalho morto, daí seu lado duro. Mas, nos 
momentos de sua concretitude, no agir do médico 
sobre o usuário, mediante seu trabalho vivo em ato, é 
"contaminado" no seu processar produtivo, dando lhe 
uma certa incerteza no produto a ser realizado e 
desviando o de sua dureza pela relação centralmente 
leve que o usuário real impõe para o raciocínio clínico.” 
Ex.: saberes estruturados, normas, protocolos 
clínicos, conhecimentos, área de apoio clínico 
(epidemiologia). 
• Valise vinculada ao espaço inter-relacional: 
tecnologia leve. 
“Mesmo que armado, o olhar do médico vai se 
singularizar no ato. Porém, por mais que sofra esta 
"contaminação", dando lhe uma certa leveza pelo agir 
em ato do trabalho vivo do médico que não é 
plenamente capturado pelo saber tecnológico bem 
definido, pois esta captura também é disputada pelo 
usuário, presente em ato neste processo --, os 
produtos realizados nesta situação produtiva podem 
ser circunscritos pela imposição do lado mais duro 
deste processo sobre o mais leve. Mas o contrário 
também pode ocorrer. Não há só uma forma de se 
realizar o ato clínico.” 
Ex.: relações interpessoais, acolhimento, vínculo, 
empatia, gestão do cuidado e cuidado humano. 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS 
TECNOLOGIAS PELA 
COMPLEXIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
CLASSIFICAÇÃO DAS 
TECNOLOGIASQUANTO A 
NATUREZA 
a) Medicamentos; 
 
b) Equipamentos e suprimentos: marca-passos, 
pinos de implante, luvas cirúrgicas, kits de 
diagnóstico, etc; 
 
c) Procedimentos médico cirúrgicos; 
 
d) Sistema de suporte: bancos de sangue, 
prontuário eletrônico, etc; 
 
e) Sistema gerenciais e organizacionais: 
sistemas de informação, sistema de garantia 
de qualidade; etc. 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS 
TECNOLOGIAS QUANTO AO 
PROPÓSITO 
• Prevenção: visa proteger os indivíduos contra 
uma doença ou limitar as consequências de uma 
sequela (vacina). 
 
• Triagem: visa detectar a doença, 
anormalidade, ou fatores de risco em pessoas 
assintomáticas (mamografia, papanicolau). 
 
• Diagnóstico: visa identificar a causa e 
natureza ou extensão de uma doença com sinais 
clínicos ou sintomas (rx, ecocardiograma). 
 
• Tratamento: visa melhoras ou manter o 
estado de saúde, evitar uma deterioração maior ou 
atuar como paliativo (pulpotomia). 
 
• Reabilitação: visa restaurar, manter ou 
melhorar função de uma pessoa com incapacidade 
física ou mental (prótese dentária total). 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS 
TECNOLOGIAS QUANTO AO 
ESTÁGIO DE DIFUSÃO 
• Futura: em estágio de concepção ou nos 
estágios iniciais do desenvolvimento. 
 
• Experimental: quando está submetida aos 
testes de laboratório usando animais ou outros 
modelos. 
 
• Investigacional: quando está submetida a 
avaliações clínicas iniciais (humanos). 
 
• Estabelecidas: considerada pelos provedores 
como um enfoque padrão para uma condição 
particular e difundida para uso geral. 
 
• Obsoleta: sobrepujada por outras tecnologias 
ou foi demonstrado que elas são ineficientes ou 
prejudiciais. 
 
CICLO DE VIDA DAS 
TECNOLOGIAS EM SAÚDE 
• Inovação: ideal inicial, pesquisa básica, 
pesquisa aplicada, desenvolvimento, testes clínicos. 
 
• Difusão: divulgação pelo meio médico. 
 
• Incorporação: reconhecimento da eficácia da 
nova tecnologia. 
 
• Utilização: utilização plena da nova 
tecnologia. 
 
• Abandono: com surgimento de novas 
tecnologias ocorre o abandono de outras. 
 
DIMENSÕES DA TECNOLOGIA 
EM SAÚDE 
• Eficácia: a tecnologia funciona? 
 
• Efetividade: a tecnologia funciona no meu 
serviço? (eficácia, acurácia do diagnóstico, adesão do 
clínico, adesão do paciente, cobertura, estrutura). 
 
• Eficiência: relação entre custo (recursos e 
tempo) e consequências (eficácia ou 
efetividade/utilidade). 
 
AVALIAÇÃO DAS TECNOLOGIAS 
EM SAÚDE 
• Tem como objetivos: 
a) Promover estudos de avaliação para subsidiar 
a tomada de decisão no SUS; 
 
b) Subsidiar as decisões de incorporação de 
tecnologias em saúde, com base em critérios 
de segurança, eficácia, efetividade, impacto 
econômico e social, ética e equidade; 
 
c) Monitorar a utilização de tecnologias já 
incorporadas no SUS e as emergentes; 
 
d) Capacitar gestores e profissionais de saúde; 
 
e) Disseminar resultados de ATS para gestores. 
 
 
8 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
TERRITORIALIZAÇÃO 
É o reconhecimento e o esquadrinhamento do território 
segundo a lógica das relações entre condições de 
vida, ambiente e acesso às ações e serviços de saúde. 
Estratégia dos indivíduos ou grupo social para 
influenciar ou controlar pessoas, recursos, fenômenos 
e relações, delimitando e efetivando o controle sobre 
uma área. 
Resulta das relações políticas, econômicas e culturais, 
estando intimamente ligado com o contexto. 
 
DIAGNÓSTICO LOCAL 
• Perfil demográfico: 
a) Gênero; 
 
b) Migração; 
 
c) Tipos de família; 
 
d) Domicílios. 
*População participa. 
 
• Perfil epidemiológico: 
a) Morbidade (incidência, prevalência, fatores de 
risco, internações e incapacidade); 
 
b) Mortalidade (faixas etárias acometidas, 
causas, letalidade). 
*Profissionais participam. 
 
• Perfil ambiental: 
a) Saneamento básico; 
 
b) Micro áreas de risco (água contaminada, 
esgoto a céu aberto, foco de vetores, lixão, 
poluição do ar, radioatividade, agrotóxico, 
radiação eletromagnética); 
 
c) Demandas/necessidades sentidas pela 
população; 
 
d) Dados coletados através do cadastramento 
familiar; 
 
e) Discutido com a comunidade e suas 
lideranças. 
 
 
DIAGNÓSTICO LOCAL: 
RECONHECIMENTO E 
DEFINIÇÃO 
a) Aspectos físicos e geográficos; 
 
b) Quais e como são os limites geográficos 
(barreiras geográficas, ligação com outros 
bairros ou regiões do mesmo bairro e como é 
o acesso); 
 
c) Característica geral da área (tipo de bairro e 
aspecto); 
 
d) Coleta de lixo (como é, destino e 
necessidades); 
 
e) Arborização, pavimentação (presença, tipo e 
preservação) e transporte público 
(funcionamento e disponibilidade); 
f) Rede telefônica e elétrica (presença e 
preservação); 
 
g) Esgoto tratado e suprimento público de água 
(presença, destino e falta); 
 
h) Elementos poluidores (presença e tipo). 
 
DIAGNÓSTICO SOCIAL 
• Perfil socioeconômico: 
a) Moradia; 
 
b) Hábitos; 
 
c) Costumes; 
 
d) Estilo de vida; 
 
e) Atividades econômicas; 
 
f) Renda; 
 
g) Escolaridade; 
 
h) Crenças religiosas; 
 
i) Meios de comunicação; 
 
j) Transporte; 
 
k) Lazer; 
 
l) Participação social. 
 
• Primeiro passo a ser realizado pela ESF: 
montar um mapa dinâmico do território da área de 
adscrição, reconhecendo todos os espaços sociais do 
território. 
 
 
9 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
DIAGNÓSTICO SOCIAL: 
RECONHECIMENTO E 
DEFINIÇÃO 
a) Hortas, feiras livres, comércio, serviços, táxi 
(pontos e tipos) e serviço de correio; 
 
b) Religião (quais, atuação e mais frequentadas); 
 
c) Animais errantes (quais e perigo que 
oferecem); 
 
d) Acesso (ao centro, a hospitais e a centros de 
saúde); 
 
e) Equipamentos sociais; 
 
f) Tipos de construção (predominância); 
 
g) Terrenos baldios, praças públicas e área de 
lazer (presença, preservação, lixo acumulado, 
quem frequenta); 
 
h) Vias para pedestres (segurança e 
preservação); 
 
i) Pontos de tráfico de drogas, prostituição, 
desmanche de carros, imóveis 
desocupados/abandonados/para alugar ou 
vender; 
 
j) Creches e escolas (presença, quantidade, tipo 
e atendimento); 
 
k) Aspectos populacionais e de organização 
social; 
 
l) Associação de moradores e comissão local de 
saúde (atuação e reuniões), outras 
associações e ONGs; 
 
m) Grupos comunitários; 
 
n) Características das pessoas da micro área 
(quantidade, idade, sexo, faixa etária, 
escolaridade, evasão escolar, trabalho infantil 
[tipo], ocupação dominante, desempregos, 
egressos do sistema penitenciário); 
 
o) Tipo de estrutura familiar (nuclear [casal 
sozinho ou casal + filhos]; monoparental [só a 
mãe ou só o pai + filhos]; ampliada 
[agregados, parentes ou não]; unipessoal 
[pessoa sozinha]; outros); 
 
p) Característica das residências (quantidade de 
pessoas por residência, número de pessoas 
por cômodo, outros cômodos sendo 
"transformados" em quartos, presença de um 
quarto, uma cozinha e um banheiro); 
 
q) Segurança das ruas e presença/ausência das 
pessoas; 
 
r) Acidentes de trânsito (local e frequência); 
 
s) Utilização dos recursos do território, dos 
Núcleos Ampliados de Saúde da Família e de 
serviços privados de saúde; 
 
t) Solidariedade entre famílias; 
 
u) Relação entre as pessoas; 
 
v) Padrão de renda familiar; 
 
w) Renda per capita dos moradores (miseráveis: 
0,5 salário mínimo per capita; indigentes: 0,5 
a 1 salário mínimo per capita; pobres: 1 a 2 
salário[s] mínimo[s] per capita; acima da linha 
da pobreza: 2 ou mais salários mínimos per 
capita). 
 
POR QUE FAZER O 
DIAGNÓSTICO LOCAL? 
a) Propor ações para solucionar os problemas 
identificados; 
 
b) Definir prioridades e recursos a serem 
empregados, ou seja, fazer o planejamento 
ascendente. 
 
 
MAPA INTELIGENTE (FASES DE 
ELABORAÇÃO) 
• Objetivos: 
a) Estabelecer as áreas de responsabilidade das 
equipes de saúde, para que possam 
desenvolver o planejamento local; 
 
b) Diagnóstico e identificação e priorização dos 
problemas de saúde; 
 
c) Programação dasações, operacionalização e 
monitoramento das metas e avaliação dos 
 
 
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resultados. 
 
A. Fase preparatória: 
a) Identificar a existência de plano diretor 
municipal, projetos, estudos e mapas urbanos 
que contenham a identificação do território e a 
malha viária; 
 
b) Realizar o levantamento de dados de fontes 
do próprio município, plano municipal de 
saúde, dos IBGE, sala de situação, sistemas 
de informações do Ministério da Saúde sobre 
os aspectos geográficos, populacionais, 
econômicos, sociais, culturais e 
epidemiológicos; 
 
c) Adquirir o mapa base do município ou das 
áreas já definidas; 
 
d) Analisar os dados levantados. 
 
 
 
B. Fase de delimitação do território: 
a) Critérios para delimitação do território: 
geográfico (barreiras, limites, áreas rurais). 
 
b) Risco ambiental; 
 
c) Densidade populacional; 
 
d) Aspectos políticos, econômicos (modo de 
produção, renda), sociais, culturais; 
 
e) Malha viária e meios de transporte; 
 
f) Equipamentos sociais; 
 
g) Pontos de atenção à saúde: Unidade de APS, 
centos de especialidades, consultórios, 
ambulatórios privados, hospitais, laboratórios, 
cento de atenção psicossocial (CAPS), 
residências terapêuticas, prontos 
atendimentos, dentre outros; 
 
h) Delimitar os limites do território da Unidade de 
APS, considerando inicialmente as barreiras 
geográficas, acesso da população à unidade e 
dos profissionais aos domicílios, densidade 
populacional e número de equipes. 
 
C. Fase de apropriação do território: 
a) Sinalizar no mapa base os aspectos definidos 
na fase de delimitação do território; 
 
b) Analisar o mapa base com todas estas 
informações; 
 
c) Delimitar o território da unidade ou fazer a sua 
revisão, caso já exista. 
 
• Etapa 1: perfil territorial e ambiental. 
 
• Etapa 2: perfil demográfico. 
 
• Etapa 3: perfil socioeconômico. 
 
• Etapa 4: perfil institucional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Referências: 
1. MAIA, Katlin; Política Nacional de Atenção 
Básica. 2020. 29 slides. 
 
2. MAIA, Katlin; História da Saúde Pública no 
Brasil. 2020. 50 slides. 
 
3. MAIA, Katlin; Níveis de Atenção à Saúde. 2020. 
34 slides. 
 
4. MAIA, Katlin; SUS e ESF. 2020. 23 slides. 
 
5. MAIA, Katlin; Tecnologias do Cuidado em 
Saúde. 2020. 20 slides. 
 
6. MAIA, Katlin; Territorialização. 2020. 21 slides.

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