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Semiologia da Dor Abdominal

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SEMIOLOGIA 
Lucas Santana 
MEDICINA UFMA 
SEMIOLOGIA DA DOR ABDOMINAL 
 
- A dor abdominal corresponde a 2,5% das 
consultas, no qual 70% dos diagnósticos são 
feitos com a história clínica, associando-se ao 
exame físico, que contribui em 90% de 
assertividade. 
- Deve-se levar em consideração a importância 
de diferenciação dos casos graves. 
 
ORIGENS DA DOR ABDOMINAL 
 
* Visceral: 
 
. Dor provocada pelo estímulo dos 
nociceptores viscerais; 
. Localiza-se em local próximo ao órgão que 
a origina; 
. Caracteriza-se como uma dor surda, vaga, 
contínua, profunda e acentua-se com a 
solicitação funcional do órgão acometido; 
 
Ex.: dor cardíaca localiza-se retroesternal ou 
precordial 
 
*Parietal: 
 
. Corresponde à dor resultante da irritação do 
peritônio parietal, e pode ser: 
- Localizada (ou não referida): localiza-se na 
parede abdominal correspondente ao local da 
lesão; 
- Referida: manifesta-se em um ponto distante 
do local da estimulação nociceptiva. 
 
Ex.: a dor da apendicite aguda inicialmente 
localiza-se na região epigástrica ou 
periumbilical. Posteriormente, por irritação do 
peritônio parietal, suprajacente, passa a ser 
sentida na fossa ilíaca direita (FID). 
 
* Referida: 
 
. Sensação dolorosa superficial, distante da 
estrutura profunda, cuja estimulação nóxica 
é responsável pela dor. 
. Corresponde à distribuição no 
dermátomérica. 
 
Ex.: na apendicite, com dor epigástrica ou 
periumbilical 
 
Fig. 1 Locais de dor referida 
 
 
Fig. 2 Características das dores visceral e parietal 
 
* Irradiada: 
 
. Corresponde à dor sentida à distância de sua 
origem, mas obrigatoriamente em estruturas 
inervadas pela raiz nervosa ou nervo cuja 
estimulação nóxica é responsável pela dor: 
- Região xifoideana: T6-T8; 
- Região periumbilical: T9-T10; 
- Abdômen inferior: T11-T12. 
 
MECANISMOS DE DOR ABDOMINAL 
 
Obstrução Gástrica, intestinal, 
biliar e urinária 
Irritação peritoneal Infecção, química, 
inflamação 
Insuficiência 
vascular 
Embolização, 
hipotensão e 
trombose 
SEMIOLOGIA 
Lucas Santana 
MEDICINA UFMA 
Ulceração Ulc. Péptica e 
câncer gástrico 
Aum, motilidade Gastrenterite, 
diverticulose, síndr. 
intestino irritável 
Distúrbios 
metabólicos 
Cetoacidose 
diabética e porfiria 
Lesão nervosa Herpes zoster e 
compressão 
Lesão de parede Trauma e miosite 
Dor referida Pneumonia e IAM 
Psicogênica Depressão e neurose 
 
 
ANAMNESE DA DOR ABDOMINAL 
 
História Clínica 
Cuidadosa 
Completa 
Cronologia e ordem dos eventos 
Deixar paciente falar 
Evitar “Assertividade Precoce” e “Rotinas 
Laboratoriais” 
História Clínica do paciente 
Gênero e idade 
Local de trabalho 
Ambiente familiar 
Comportamento sexual 
Hábitos alimentares 
Viagens recentes 
Cirurgias prévias 
Comorbidades (porfiria e anemia) 
Uso de medicações: AINES, 
imunossuprores e opioides 
Uso de drogas ilícitas, álcool e fumo 
História clínica familiar 
Câncer 
Doença Inflamatória Intestinal 
Litíase renal e biliar 
Dispepsia 
Aterosclerose/Aneurisma 
Doenças hereditárias: anemia falciforme e 
fibrose cística 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caracterização da dor 
Localização 
Qualidade: cólica, fincada, pontada, 
queimação 
Início: quando? Como? 
Intensidade: 
- Escala numérica verbal (0-10) 
- Escala analógica visual (descrição) 
- Escala descritiva verbal (ausente, 
moderada e intensa) 
Irradiação 
Duração e progressão 
Fatores de melhora ou piora 
Episódios prévios 
Sintomas associados 
 
 
 
LOCALIZAÇÃO DA DOR POR 
QUADRANTES 
 
Quadrante superior direito 
Colecistopatia 
Hepatite 
Hepatomegalia 
Quadrante superior esquerdo 
Dispepsia 
Úlcera Péptica 
IAM 
Pneumonia 
Esplenomegalia 
Linfoma 
Mesoepigástrio 
Gastroenterite 
DRGE 
Apendicite aguda 
Pancreatite 
Causas vasculares 
Quadrante inferior direito 
Apendicite 
Doença intestinal inflamatória 
Doença de Crohn 
Adenite mesentérica 
Hérnia inguinal 
Causas genitourinárias: 
Torção de testículo 
Lítíase urinária 
Cisto Ovariano 
Gravidez ectópica 
Hipogástrio 
SEMIOLOGIA 
Lucas Santana 
MEDICINA UFMA 
Cistite 
Prostatite 
Retenção urinária 
Causas vasculares 
Causas ginecológicas 
Difusa ou generalizada 
Parede abdominal 
Doença celíaca 
Constipação 
Diarreia crônica 
Trauma 
 
INÍCIO DA DOR 
 
- Recente e de forte intensidade: abdômen 
agudo; 
- Dor aguda: 47% dos idosos com úlcera 
perfurada; 
- Dor insidiosa: volvo sigmoide, isquemia 
mesentérica; 
- Dor discreta, insidiosa: doença neoplásica 
- Dor com mudança de localização: 
apendicite 
. Antes de 12h: localização epigástrica 
. Após 12h: pélvica 
- Dor abdominal em idoso, súbita, com 
dificuldade de evacuação: ruptura de 
aneurisma de aorta; 
- Dor abdominal em mulher jovem, súbita e 
com dificuldade de evacuação: ruptura de 
trompa por gravidez ectópica. 
 
CAUSAS DE ABDOME AGUDO 
 
Inflamatórias Apendicite, 
diverticulite, 
pancreatite e 
colangite 
Obstrutivas Bridas, volvo 
Perfurativas Úlcera pépticas, 
divertículo e 
ferimentos 
Isquêmicas Isquemia 
mesentérica e colite 
isquêmica 
Hemorrágicas Ruptura de vísceras 
e aneurismas 
 
 
IRRADIAÇÃO DA DOR ABDOMINAL 
 
 
* Sinal de Kehr: 
. Corresponde à dor no ombro por irritação 
diafragmática. Pode ser: 
- No ombro direito: colecistite ou hepatite; 
- No ombro esquerdo: pancreatite ou 
esplenomegalia. 
* Dorso: 
. Dissecção de aorta abdominal 
* Lombar alta: 
. Pancreatite 
* Lombar baixa: 
. Litíase ureteral ou causas ginecológicas 
 
SINAIS E SINTOMAS 
 
Relacionados ao abdome 
Anorexia 
Febre 
Náusea e vômito 
Hematêmese 
Hematoquesia 
Melena 
Icterícia 
Perda de peso 
Alteração do hábito intestinal 
Alteração de urina e fezes 
 
Relacionados a causas extra abdominais 
Cardíacas 
IAM 
Endocardite 
Miocardite 
ICC 
Pulmonares 
Embolia 
Pneumotórax 
Empiema 
Pneumonia 
Esofagite 
Metabólicas 
Diabetes 
Uremia 
Infecções 
Herpes zoster 
Osteomielite 
 
SINAIS DE ALERTA DA DOR 
ABDOMINAL 
 
SEMIOLOGIA 
Lucas Santana 
MEDICINA UFMA 
- Dor que muda de localização; 
- Dor que desperta o paciente do sono; 
- Dor que persiste por mais de 6h ou piora; 
- Dor súbita seguida de vômito; 
- Perda de peso. 
 
MANOBRAS E SINAIS IMPORTANTES 
NA DOR ABDOMINAL 
 
Consistem em manobras realizadas para 
provocar dor no paciente caso a afecção esteja 
presente, caracterizando a manobra com o 
“sinal positivo” 
 
BUSCA POR PERITONITE 
 
→ Sinal de Blumberg 
 
. Corresponde a uma manobra de 
descompressão rápida/brusca da parede 
abdominal, no qual pode ser realizada em 
qualquer ponto do abdome 
. Caso o paciente refira dor, implica dizer que 
o Sinal de Blumberg é positivo, dando indícios 
de peritonite. 
. Caso a peritonite seja generalizada, o Sinal de 
Blumberg será positivo em qualquer área do 
abdome. 
 
BUSCA POR APENDICITE AGUDA 
 
→ Sinal do Psoas 
 
. Compreende a uma manobra de provoca dor 
no quadrante inferior direito, e é executada de 
duas maneiras: 
- Por flexão ativa do membro inferior 
direito: 
 
1. O examinador posiciona o paciente em 
decúbito lateral esquerdo. 
2. Em seguida, posiciona-se a mão esquerda 
sobre o quadril do paciente e, com o auxílio do 
braço e mão direitos, “puxa-se” a perna direita, 
realizando flexão. 
 
- Por hiperextensão passiva do membro 
inferior direito: 
 
1. Com o paciente em decúbito dorsal, solicita-
se para que realize a hiperextensão da perna 
direita. 
2. O examinador, com as mãos posicionadas na 
coxa direita, realiza uma força contrária, ou 
seja, tentando baixar a perna do paciente. 
 
. Esta manobra tem como objetivo de realizar 
a distensão das fibras do músculo psoas que, 
caso esteja inflamado, provocará dor no 
paciente, geralmente sentida na região 
hipogástrica, sendo o sinal do psoas positivo. 
. As fibras do psoas podem encontrar-se 
inflamadas devido aoprocesso de apendicite 
aguda. Topograficamente, o apêndice 
“repousa” sobre o psoas, justificando assim o 
uso da manobra. 
 
→ Sinal do Obturador 
. Compreende a uma manobra provocativa de 
dor no quadrante inferior direito executada da 
seguinte maneira: 
1. Com o paciente em decúbito dorsal, realiza-
se a flexão passiva da perna direita sobre a 
coxa e da coxa sobre a pelve até o máximo 
tolerado 
 
 
2. Logo em seguida, deve-se realizar a rotação 
interna da coxa/quadril 
SEMIOLOGIA 
Lucas Santana 
MEDICINA UFMA 
 
 
. Caso o paciente refira dor, geralmente na 
região hipogástrica, o sinal do obturador é 
positivo para apendicite aguda, pelo mesmo 
motivo da manobra anterior. 
 
→ Sinal de Rovsing 
 
. Corresponde a uma manobra de provocação 
de dor por realização de pressão na fossa ilíaca 
esquerda, e assim é executada: 
- Com a mão cerrada: 
1. Com o paciente em decúbito dorsal, realiza-
se uma pressão de rolamento com a mão direita 
cerrada na fossa ilíaca esquerda, no sentido 
ínfero superior 
2. Segue-se o rolamento da fossa ilíaca 
esquerda até o sentido cólico, em semicírculo 
no sentido anti-horário, como segue: 
 
 
- Por simples compressão da fossa ilíaca 
esquerda: 
1. Com a mão esquerda sobreposta à direita, 
realiza-se a rápida compressão e 
descompressão da fossa ilíaca esquerda 
 
. No caso de Sinal de Rovsing positivo, ao 
realizar-se a compressão da fossa ilíaca 
esquerda, o paciente irá referir dor na fossa 
ilíaca direita. Isso se deve ao reflexo da 
dilatação por gases da região que sofre 
processo inflamatório 
. Esta manobra busca detectar a apendicite 
aguda. 
 
→ Sinal de Blumberg no Ponto apendicular 
ou de McBurney 
 
. Compreende a manobra de descompressão 
brusca da região do ponto apendicular ou de 
McBurney, que localiza-se na extremidade dos 
dois terços da linha que une a espinha ilíaca 
anterossuperior direita e a cicatriz umbilical 
 
 
 
1. Após a localização do ponto, o examinador, 
com a mão direita posiciona o dedo ou a mão 
na posição como indicada na figura, sobre a 
região. 
2. Realiza-se uma rápida compressão e brusca 
→ Sinal de descompressão 
 
 
. Caso o paciente refira dor, o sinal de 
Blumberg para apendicite aguda está 
confirmado. Isso ocorre devido à irritação 
peritoneal secundária à apendicite aguda que, 
quando descomprimida, provoca dor. 
 
BUSCA POR DOR DE ORIGEM VISCERAL 
OU DA PAREDE ABDOMINAL 
 
→ Sinal de Carnett 
 
. Esta manobra tem como objetivo em 
diferenciar a dor de origem visceral da de 
parede abdominal ao definir-se a área de maior 
SEMIOLOGIA 
Lucas Santana 
MEDICINA UFMA 
dor à palpação, e precede-se da seguinte 
maneira: 
1. Com o paciente em decúbito dorsal, solicita-
se para que o paciente realize a flexão da 
parede abdominal por meio da elevação das 
duas pernas estendidas 
2. Em seguida, o examinador palpa a região em 
que o paciente referiu maior dor 
 
 
 
. Assim, a dor que é menos intensa na área à 
palpação com o abdome fletido tem maior 
probabilidade de ser visceral; 
. Já quando a dor permanece igual ou piora 
com essa manobra, ela é provavelmente de 
origem de parede abdominal ou de causa não 
orgânica, configurando Carnett positivo. 
 
→ Sinal da tosse 
 
. Por meio dessa manobra, busca-se avaliar a 
localização da dor abdominal relatada pelo 
paciente por meio da tosse 
 
BUSCA POR COLECISTITE AGUDA 
 
→ Sinal de Murphy 
 
. Esta manobra busca provocar dor ao provocar 
dor no ponto cístico (ou de Murphy) ao se 
exercer pressão durante a inspiração, e é assim 
executada: 
1. Posicionar os dedos da mão direita sobre o 
rebordo costal, onde a borda do músculo reto 
faz intercessão com o gradil costal 
2. Solicita-se para o paciente respirar fundo, 
observando sua respiração e grau de 
hipersensibilidade 
3. Deve-se realizar uma pressão brusca com os 
dedos no ponto cístico assim que o paciente 
inspirar 
 
 
. Se o paciente interromper a respiração e 
referir dor durante esta manobra, significa 
dizer que o sinal de Murphy é positivo para 
colecistite aguda ou colelitíase, por exemplo. 
 
BUSCA POR ACOMETIMENTOS RENAIS 
 
→ Sinal de Giordano 
 
. Esta manobra busca provocar dor na região 
lombar quando se realiza percussão, e pode ser 
executada de duas maneiras: 
- Por punho-percussão de Murphy: 
1. O paciente posiciona-se sentado, no qual a 
manobra será realizada na região posterior, 
devendo-se localizar o ângulo costovertebral 
na região renal 
 
2. Deve-se colocar a mão esquerda espalmada 
sobre esta região (protegendo a loja renal do 
impacto) e realizar a percussão com a mão 
direita cerrada, utilizando-se o lado ulnar do 
punho. 
 
SEMIOLOGIA 
Lucas Santana 
MEDICINA UFMA 
- Por percussão utilizando a face medial 
palmar: 
1. O procedimento é o mesmo do anterior, mas 
fazendo-se uso de percussão com utilização da 
face medial palmar. 
 
 
. Caso o paciente refira dor, o Sinal de 
Giordano é positivo, e pode indicar afecções 
renais como nefrolitíase ou pielonefrite, por 
exemplo. 
 
BUSCA POR PERFURAÇÃO DE VÍSCERA 
OCA EM PERITÔNIO LIVRE 
 
→ Sinal de Jobert 
 
- Compreende a uma manobra de identificação 
de abdome agudo ou peritonite aguda devido à 
perfuração de uma víscera oca. 
 
- O sinal de Jobert é identificado na percussão, 
que corresponde a um timpanismo à 
percussão no limite superior do fígado (pois 
a macicez hepática desaparece), resultante do 
acúmulo de gás abaixo do diafragma, que 
ocorre na perfuração de víscera oca em 
peritônio livre, sendo também visível em 
radiografia. 
 
 
Presença de ar entre o fígado e o diafragma (seta) 
resultante de pneumoperitônio 
 
 
 
 
Distensão das alças intestinais por oclusão 
 
- A perfuração pode ser derivada de 
traumatismos abertos penetrantes (arma branca 
ou de fogo) ou fechados por contusão 
abdominal (ruptura das vísceras ocas). 
- Quando a víscera contém gás (ex.: estômago), 
o gás escapa para a cavidade peritoneal, 
produzindo pneumoperitônio. 
 
Atenção aos sinais clínicos: 
Uma das causas do pneumoperitônio, por 
exemplo, é a úlcera péptica perfurada, que 
pode ser tanto gástrica como duodenal, no 
qual o paciente relata dor de início súbito na 
forma de “punhalada” na região epigástrica 
que se irradia para os ombros e que se acentua 
ao menor movimento, tende a imobilizá-lo em 
decúbito dorsal ou com o tronco fletido. A 
respiração torna-se superficial e dolorosa 
 
INVESTIGAÇÃO DA VESÍCULA BILIAR 
 
- A vesícula biliar torna-se palpável devido à 
obstrução do ducto cístico (que causa acúmulo 
de secreção da vesícula), quase sempre de 
natureza calculosa ou inflamatória, o que 
constitui a vesícula hidrópica. 
- Já a obstrução do colédoco, que pode ser 
calculosa ou tumoral, não causa distensão da 
vesícula biliar. 
 
→ Regra de Courvoisier-Terrier 
 
- A existência de uma vesícula biliar palpável 
em paciente ictérico é, portanto, sugestiva de 
neoplasia pancreática maligna que, na maioria 
das vezes, localiza-se na cabeça do pâncreas. 
 
BUSCA POR PANCREATITE 
 
→ Sinal de Cullen 
 . Corresponde a uma equimose (rompimento 
de vasos de pequeno calibre, com 
SEMIOLOGIA 
Lucas Santana 
MEDICINA UFMA 
arroxeamento da região) periumbilical, 
resultante de hemorragia retroperitoneal. 
. Pode surgir na pancreatite aguda e na 
ruptura da gravidez ectópica. 
 
 
 
→ Sinal de Gray-Turner 
. Corresponde a uma equimose dos flancos. 
Pode ocorrer na pancreatite necro-hemorrágica 
e indica grave comprometimento da víscera. 
 
 
 
 
EXAME GINECOLÓGICO NA DOR 
ABDOMINAL 
 
- Inspeção vulvovaginal, especular e toque 
vaginal; 
- Eliminação purulenta pelo orifício externo do 
colo e dor à mobilização do colo: DIP (doença 
inflamatória pélvica); 
- Massas anexais dolorosas à palpação: 
salpingite, gravidez ectópica; 
- Sangramentos vaginais e colo pérvio: 
abortamento 
 
EXAMERETAL NA DOR ABDOMINAL 
 
- Identificar massas, tumorações e fecalomas 
 
 
 
 
 
EXAMES LABORATORIAIS NA DOR 
ABDOMINAL 
 
Infecção Hemograma 
Alteração 
metabólica 
Glicemia, função 
renal e eletrólitos 
Dor no QSD AST/ALT 
Pancreatite Amilase e Lipase 
Alterações 
urinárias 
Sumário de urina 
Dor pélvica em 
mulher jovem 
Beta-HCG 
Doença 
inflamatória 
intestinal 
VHS e PCR 
Alteração do 
hábito intestinal 
Parasitológico e 
sangue oculto 
 
 
EXAMES DE IMAGEM NA DOR 
ABDOMINAL 
 
- Radiografia: 
. Observação de aspectos obstrutivos, 
perfurativos, inflamatórios ou de litíase. 
 
- Ultrassonografia abdominal e pélvica: 
. Observação das vias biliares e órgãos 
pélvicos. 
 
- Tomografia: 
. Observação de quadros agudos

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