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SE ESSE MATERIAL TE AJUDOU, POR FAVOR, CURTA PARA ME AJUDAR. Questão 1/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia Atente para a citação: “A importância assumida pelo tempo nas obras modernas mais significativas nem por isso facilita a missão do crítico, pois que a palavra tempo reveste significações diferentes consoante os quadros de referência que lhe damos”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BOURNEUF, Roland; OUELLET, Réal. O universo do romance. Trad. de José Carlos Seabra Pereira. Coimbra: Almedina, 1976. p. 170. Em conformidade com a citação e com os conteúdos apresentados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre “os problemas temporais da ficção”, o teórico inglês Adam Abraham Mendilow aponta três características do tempo. Analise as assertivas e indique aquela que menciona corretamente que características são essas: Nota: 10.0 A Passado, presente e futuro. B Brevidade, distância e velocidade. C Transitoriedade, sequência e irreversibilidade. Você acertou! Comentário: A alternativa (c) está certa, pois: Mendilow, “no capítulo intitulado ‘Os problemas temporais da ficção’, um trecho enfeixa os ditos problemas: ‘A linguagem, então, é um meio formado de unidades consecutivas que constituem uma forma de expressão linear, a qual progride, sujeita às três características do tempo – transitoriedade, sequência e irreversibilidade. Como pode o romancista trabalhando em tal meio veicular uma impressão de simultaneidade, de movimento para a frente e para trás, de imobilidade? Como pode comunicar imediação, e o senso do fluir da vida, e a duração em todos os seus modos? [...]” (livro-base, p. 170). D Fugacidade, transcendência e perpetuidade. E Perenidade, pausa e efemeridade. Questão 2/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia Leia o fragmento de texto: “A diegese, como sucessão de eventos, comportando um ‘antes’, um ‘agora’ e um depois, é inconcebível fora do fluxo do tempo. O discurso narrativo, que institui o universo diegético, existe também, como sequência mais ou menos extensa de enunciados, no plano da temporalidade (aliás, como qualquer texto literário). Estes dois tempos, o tempo da diegese [...] e o tempo do discurso narrativo, e as suas inter-relações constituem um dos problemas mais importantes do romance [...]”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SILVA, Vitor Manuel de Aguiar e. Teoria da Literatura. Coimbra: Livraria Almedina, 1999. p. 745. Partindo do fragmento textual e dos conteúdos abordados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre o “tempo” na narrativa, aponte a alternativa que apresenta corretamente o nome do filósofo cuja tese central é a da reciprocidade entre narratividade e temporalidade: Nota: 10.0 A Paul Ricoeur. Você acertou! Comentário: A alternativa correta é a letra (a), pois: “O filósofo francês Paul Ricoeur dedicou-se à reflexão sobre o tempo na narrativa, estendendo-se em alentados três volumes, sob o título Tempo e narrativa, cuja publicação data de 1983-1985, com tradução brasileira de 1994-1997. Sua tese central é a da reciprocidade entre narratividade e temporalidade, quer se trate da narrativa histórica, quer se trate da narrativa de ficção” (livro-base, p. 164,165). B Edward Forster. C Edwin Muir. D Jean Pouillon. E Adam Abrahan Mendilow. Questão 3/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia Leia o fragmento poético a seguir: “As estrelas em seus halos Brilham com brilhos sinistros... [...] Cítolas, cítaras, sistros, Soam suaves, sonolentos, Sonolentos e suaves, Em suaves, Suaves, lentos, lamentos De acentos Graves, Suaves... [...]”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CASTRO, Eugênio de. Um sonho. In: MOISÉS, Massaud. A Literatura Portuguesa através dos textos. São Paulo: Cultrix, 1997. p. 345. Considerando a leitura dos versos citados e os conteúdos do livro-base Análise de textos literários: poesia, é possível perceber a repetição de um determinado som em todos os versos destacados. Essa repetição contribui para a consolidação do ritmo do poema. Assinale a figura de sonoridade responsável pela criação desse efeito rítmico no poema: Nota: 10.0 A Assonância, a repetição de uma mesma vogal para a consolidação de um determinado ritmo. B Aliteração, a repetição de consoantes com o mesmo som para a consolidação de um determinado som. Você acertou! Letra b, pois, no fragmento citado, o som representado pelo fonema /s/ se repete mais de uma vez em todos os versos, como por exemplo: “Cítolas, cítaras, sistros”. “Aliteração é o processo de repetir a mesma consoante ao longo de um verso, de uma estrofe ou do poema todo” (livro-base, p. 116). Há outros exemplos de aliteração no livro-base (p. 116-120). C Onomatopeia, um som não articulado pela linguagem é figurado verbalmente para reforçar o ritmo. D Sinestesia, combinação de efeitos sensoriais no poema para a consolidação do ritmo. E Refrão, repetição do mesmo verso em todas as estrofes do poema para facilitar a memorização. Questão 4/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia Examine o trecho de texto: “ANTI-HERÓI – Designa o protagonista de romance que apresenta características opostas às do herói do teatro clássico ou da poesia épica. Seu aparecimento resultou da progressiva desmistificação do herói [...]: com o despontar do romance, no século XVIII, os representantes de todas as classes sociais entraram a substituir os seres de eleição, semidivinos, que antes povoavam as tragédias e epopeias”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MOISÉS, Massaud. Dicionário de termos literários. São Paulo: Cultrix, 1974. p. 29. Tendo por referência o trecho de texto e os conteúdos abordados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a caracterização do anti-herói, examine as sentenças que seguem e marque a alternativa que corretamente aponta um exemplo dessa figura no Romantismo brasileiro: Nota: 10.0 A A personagem indígena Peri, em O guarani, de José de Alencar. B Augusto, o protagonista de A moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo. C Manecão, cuja noiva é “roubada” por Cirino em Inocência, de Alfredo de Taunay. D Leôncio, o grande vilão em A escrava Isaura, de Bernardo Guimarães. E Leonardo, em Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida. Você acertou! Comentário: Está correta a alternativa (e), pois: “Carlos Reis e Ana Cristina M. Lopes ensinam que a posição do ‘anti-herói na estrutura narrativa é, do ponto de vista funcional, idêntica à que é própria do herói: [...] cumpre um papel de protagonista e polariza em torno das suas ações as restantes personagens, os espaços em que se move e o tempo em que vive’ [...]. No mesmo estudo, destaca-se ainda o fato de que essa figura é mais frequente na literatura pós-romântica, ainda que a encontremos em obras anteriores, como é o caso de Dom Quixote, protagonista da narrativa que está na proto- história do romance moderno. Na literatura brasileira, Leonardo, o protagonista de Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida, de 1853, já é caracterizado como anti-herói [...]” (livro-base, p. 83). Nas alternativas (a), (b) e (c), temos três exemplos de heróis românticos. Finalmente, na alternativa (d), encontramos um exemplo de antagonista, que é o opositor do herói – e não o anti-herói. Questão 5/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia Considere a seguinte citação: “Lírica – Grego lyrikós, cantar ao som da lira. Lira (instrumento musical de corda). A conotação do vocábulo ‘lírica’ articula-se estreitamente à sua etimologia: no início, designava uma canção que se entoava ao som da lira. [...] O caráter emocionalda poesia lírica explicaria o consórcio com a música: esta, porque fluida, meramente sonora, não vocativa, não significativa, parece traduzir de modo flagrante os contornos íntimos e difusos do poeta, infensos ao vocabulário comum”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em MOISÉS, Massaud. Dicionário de Termos Literários. São Paulo: Editora Cultrix, 1995, p. 305-310. Considerando essa definição de lírica apresentada na citação e também a conceituação do termo no livro-base Análise de textos literários: poesia, analise as alternativas a seguir e assinale a única correta: Nota: 10.0 A Contemporaneamente, o conceito de lírica afastou-se definitivamente da música, tendo em vista a objetividade do sujeito moderno. B A modernidade estabeleceu a associação entre o instrumento musical conhecido como Lira e o caráter emocional do exercício poético. C A Lira é um instrumento musical que, ao longo de milênios, acompanha a prática poética, sendo necessária em todas as suas manifestações. D O termo “lírica” pode ser compreendido como sinônimo de poesia no mundo contemporâneo, no sentido em que mantém a associação entre música e poesia. Você acertou! Segundo o livro-base, “com o passar dos séculos – e com o advento da escrita – a prática de composições líricas afastou-se significativamente da música e do acompanhamento por instrumento musical, mas manteve a estrutura de ritmo que diferencia um texto lírico de um texto de outra natureza” (livro-base, p. 21). E O exercício poético contemporâneo mantém as mesmas linhas de realização do mundo clássico, quando o termo “lírica” se formou. Questão 6/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia Atente para o poema a seguir: “Sete anos de pastor Jacob servia Labão, pai de Raquel, serrana bela; Mas não servia ao pai, servia a ela, E a ela só por prêmio pretendia. Os dias, na esperança de um só dia, Passava, contentando-se com vê-la; Porém o pai, usando de cautela, Em lugar de Raquel lhe dava Lia. Vendo o triste pastor que com enganos Lhe fora assim negada a sua pastora, Como se a não tivera merecida; Começa de servir outros sete anos, Dizendo – Mais servira, se não fora Para tão longo amor tão curta a vida”. Após esta avaliação, caso queira ler integralmente a coletânea em que se encontra o poema, ela está disponível em: CAMÕES, L. V. Obras completas. São Paulo: Nova Aguilar, 1963. v. 2, p. 242 Considerando os conteúdos do livro-base Análise de textos literários: poesia sobre a estrutura do soneto clássico, assinale a alternativa correta quanto ao esquema métrico e de rimas do poema citado: Nota: 10.0 A Versos de sete sílabas poéticas (heptassílabos), rimas AABB nos quartetos e rimas CDE nos tercetos. B Versos de dez sílabas poéticas (decassílabos), rimas ABBA nos quartetos e rimas CDE nos tercetos. Você acertou! Em se tratando de um soneto de forma clássica, Camões obedece ao esquema tradicional de versos decassílabos e rimas ABBA nos quartetos e CDE nos tercetos (livro-base, p. 26). C Versos de cinco sílabas poéticas (pentassílabos), rimas ABBA nos quartetos e rimas CDC nos tercetos. D Versos de doze sílabas poéticas (alexandrinos), rimas AABB nos quartetos e rimas CDE nos tercetos. E Versos de dez sílabas poéticas (decassílabos), rimas CDCD nos quartetos e rimas CDE nos tercetos. Questão 7/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia Leia o seguinte excerto de um poema: “Elegia 1938 Trabalhas sem alegria para um mundo caduco, ? onde as formas e as ações não encerram nenhum exemplo.? Praticas laboriosamente os gestos universais,? sentes calor e frio, falta de dinheiro, fome e desejo sexual.? Heróis enchem os parques da cidade em que te arrastas,? e preconizam a virtude, a renúncia, o sangue-frio, a concepção [...]”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ANDRADE, Carlos Drummond de. Sentimento do Mundo. São Paulo: Cia. das Letras, 2012/1940, p. 22. O poema em destaque se configura como uma elegia, o que é destacado já no título a ele atribuído, “Elegia 1938”. Considerando essa informação e os conteúdos do livro-base Análise de textos literários: poesia sobre modalidades poéticas, assinale a alternativa que corresponde à caracterização correta desse tipo de composição quanto ao seu conteúdo: Nota: 10.0 A Composição que se inicia com um “mote” – ou motivo/tema – que será desenvolvido ao longo do poema por meio de “voltas”/estrofes. B Composição poética curta, que busca expressar um sentimento de forma engenhosa ou original, com destaque para o sentido satírico ou festivo. C Texto poético de teor melancólico e triste, com conotação de lamento, que, em alguns casos, configura-se como uma composição fúnebre. Você acertou! “Elegia é um tipo de composição pensada e produzida para circunstâncias de luto ou de caráter fúnebre, com teor melancólico e triste” (livro-base, p. 23). O tema da Elegia em destaque é melancólico e triste, associa-se à falta de sentido do mundo ao redor e à impotência do sujeito diante das tragédias individuais e coletivas. D Composição destinada ao canto e baseada na repetição. A mesma ideia ou frase é repetida no final de cada estrofe, formando o que chamamos de refrão. E Texto poético que expressa galanteio ou confissão de amor. Em sua forma clássica, apresenta-se em uma estrofe só, composta por seis ou dez versos. Questão 8/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia Leia o fragmento de texto: “Embora a expressão ‘ponto de vista’ (‘point de vue’) seja de uso comum em francês, mesmo como termo técnico da crítica literária, Jean Pouillon, ao tratar do assunto em obra publicada em 1946 – Temps et le Roman –, preferiu usar, nesse sentido, a palavra vision”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CARVALHO, Alfredo Leme Coelho de. Foco narrativo e fluxo da consciência: questões de teoria literária. São Paulo: Pioneira, 1981. p. 15. Partindo do fragmento textual e dos conteúdos abordados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a tipologia proposta por Jean Pouillon a respeito do narrador, relacione corretamente os elementos às suas respectivas características: 1. A visão “com” 2. A visão “por detrás” 3. A visão “de fora” ( ) Nesse modo de visão, uma personagem é eleita para ocupar o centro da narrativa e identifica-se com o narrador. ( ) Por meio dessa visão, o que o leitor sabe das personagens do romance é dado pelo personagem central. ( ) Nesse modo de visão, a apresentação da personagem se dá pelo que se pode observar dela, sua conduta, seus predicados, como ela vive, enfim. ( ) Nesse modo de visão, a narrativa é caracterizada pela onisciência do narrador, o qual é capaz de penetrar até mesmo na mente das personagens. ( ) Esse modo de visão corresponde a uma narrativa baseada na observação de fatos externos. É o procedimento dominante nos romances “realistas” do século XIX. Agora, selecione a sequência correta: Nota: 10.0 A 3 – 2 – 1 – 3 – 2 B 1 – 1 – 3 – 2 – 3 Você acertou! Comentário: A alternativa certa é a letra (b), pois a sequência 1 – 1 – 3 – 2 – 3 está correta: “Na [1] visão ‘com’, uma personagem é escolhida como centro da narrativa, recebendo atenção maior, ou pelo menos diferente da atribuída às demais. A preposição com é referente à identificação da personagem com o narrador, embora o termo não apareça nessa passagem. A centralidade não decorre de a personagem ser vista no centro, mas do fato de todas as demais personagens serem vistas da perspectiva dela e de as ações serem percebidas por ela. Daí que o reconhecimento desse tipo de romance não se dá pela maneira como é vista a personagem central, que não é vista efetivamente, mas pela maneira como vê as outras. De seu modo de ser depende o que o leitor sabe dosoutros” (livro-base, p. 118). De acordo com a referida tipologia, a “[2] visão ‘por detrás’ significa visão do psiquismo da personagem. O autor distancia-se para vê-la por dentro. Nos termos psicanalíticos que adota, Pouillon marca a diferença entendendo a visão ‘com’ como consciência pura e simples, enquanto a visão ‘por detrás’ comporta o conhecimento refletido. ‘O romancista [...] não se encontra em seu personagem, mas sim distanciado dele; [...] a finalidade desse distanciamento é a compreensão imediata dos móveis mais íntimos que o fazem agir e pensar; [...] ele vê os fios que sustentam o fantoche e desmonta o homem’ [...]. Atento às possibilidades narrativas, o teórico marca os riscos e as fragilidades da posição, lembrando que o autor sabe tudo de antemão, mas precisa encontrar uma ordem que garanta a eficácia da narrativa e a atenção do leitor [...]” (p. 119,120). Por último, “a [3] visão ‘de fora’ é a apresentação da personagem pelo que se pode observar dela, incluindo aspecto físico, meio em que vive e também conduta, na medida em que esta é perceptível nas ações, no relacionamento com o mundo que a cerca, cabendo ao leitor concluir sobre seu modo de ser. O procedimento não é exclusivo de um estilo de época específico, mas é o dominante nos romances chamados realistas, cuja época áurea situa-se na segunda metade do século passado” (p. 121). C 2 – 2 – 3 – 1 – 1 D 1 – 3 – 3 – 2 – 1 E 2 – 1 – 2 – 1 – 3 Questão 9/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia Considere o soneto a seguir: “Amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói, e não se sente; é um contentamento descontente, é dor que desatina sem doer. É um não querer mais que bem querer; é um andar solitário entre a gente; é nunca contentar-se de contente; é um cuidar que ganha em se perder. É querer estar preso por vontade; é servir a quem vence, o vencedor; é ter com quem nos mata, lealdade. Mas como causar pode seu favor nos corações humanos amizade, se tão contrário a si é o mesmo Amor?”. Após esta avaliação, caso queira ler integralmente a coletânea em que se encontra o poema: CAMÕES, L. V. Obras completas. São Paulo: Nova Aguilar, 1963. v. 2. p. 202. Considerando a estrutura do soneto clássico camoniano, a temática apresentada no poema e os conteúdos do livro-base Análise de textos literários: poesia, assinale a alternativa correta quanto à figura de linguagem mais recorrente na composição desse poema: Nota: 10.0 A Hipérbole, tendo em vista os exageros poéticos da composição. B Metáfora, uma vez que o sentimento amoroso não é objetivo. C Eufemismo, uma vez que há sutileza na expressão do sentimento. D Antítese, tendo em vista as contradições da experiência amorosa. Você acertou! Letra d, pois todo o soneto é construído pelas oposições que o eu-lírico percebe no sentimento amoroso. “Ao tematizar o sentimento amoroso, Camões investe nas antíteses, ou seja, na contradição própria da experiência do amor” (livro-base, p. 31). E Ironia, uma vez que o eu-lírico ironiza o sentimento amoroso. Questão 10/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia Examine o excerto textual: “[...] o narrador do romance [...] perde a distância, torna-se íntimo, ou porque se dirige diretamente ao leitor, ou porque nos aproxima intimamente das personagens e dos fatos narrados. Essa proximidade pode nos dar a ilusão de que estamos diante de uma pessoa nos expondo diretamente seus pensamentos, quando, na verdade, tanto o NARRADOR como o leitor ao qual ele se dirige são seres ficcionais que se relacionam com os reais, através das convenções narrativas [...]”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: LEITE, Ligia Chiappini Moraes. O foco narrativo. 4. ed. São Paulo: Ática, 1989. p. 11,12. Considerando o excerto de texto e os conteúdos do livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre reflexões sistemáticas pioneiras quanto à constituição do “narrador”, relacione corretamente os autores às suas respectivas intervenções: 1. Walter Benjamin 2. Henry James 3. Percy Lubbock 4. Wayne Booth ( ) Defende que o narrador do romance tem que parecer impessoal, não deve intervir, bem como não deve fazer digressões que desviem o foco da história. ( ) Um de seus objetos de estudo é a obra de Nikolai Leskov. Tal escolha decorre da percepção do crítico “de que a arte de narrar está em vias de extinção”. ( ) Superando de vez o risco de se compreender autor como a pessoa do escritor, deve-se a esse crítico a expressão autor implícito, a qual até hoje permanece eficaz. ( ) Defende que a complexa questão do método, no fazer ficcional, é guiada pelo questão do ponto de vista, isto é, da relação estabelecida entre o narrador e a história. Agora, selecione a sequência correta: Nota: 10.0 A 2 – 1 – 4 – 3 Você acertou! Comentário: A alternativa correta é a letra (a), pois a sequência correta é 2 – 1 – 4 – 3. 2. “Na opinião de James, o narrador do romance deve parecer impessoal, sem interferências e sem digressões que desviem a atenção da história” (livro-base, p. 112). 1. “Um dos textos mais citados a respeito do assunto [...] é o ensaio intitulado justamente ‘O narrador’, de Walter Benjamin [...]. A motivação do ensaísta para abordar esse autor [Nikolai Leskov] decorre da percepção ‘de que a arte de narrar está em vias de extinção’, arte da qual Leskov é um remanescente, na avaliação de Benjamin [...]” (p. 108,109). 4. “A complementaridade está em expressão cunhada por Booth, autor implícito, que supera definitivamente o risco de se entender autor como a pessoa do escritor, expressão que não perdeu sua eficácia ainda hoje” (p. 116). Por fim, 3. Percy Lubbock “Depois de fazer o percurso analítico, centrando-se em obras específicas e eventualmente evocando outros autores para comparação, sempre atento aos procedimentos do narrador, o primeiro parágrafo do capítulo final não poderia ser mais claro quanto à importância deste: ‘Tenho para mim que toda a intrincada questão do método, no ofício da ficção, é governada pelo problema do ponto de vista – o problema da relação que se estabelece entre o narrador e a história [...]” (p. 115). B 1 – 3 – 2 – 4 C 4 – 2 – 3 – 1 D 4 – 3 – 1 – 2 E 3 – 4 – 2 – 1
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