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A EDUCAÇÃO E A CONSTRUÇÃO DE VALORES PARA A CIDADANIA

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A EDUCAÇÃO E A CONSTRUÇÃO DE VALORES PARA A CIDADANIA
A grande maioria das pessoas desconhecem o poder da escola.Isso mesmo, vemos atualmente que as pessoas acham a escola não serve para nada, engano delas, pois na escola temos poderes até mesmo desconhecido por nós mesmos professores.
Precisamos com certeza, descobrirmos do que somos capazes, para idealizarmos nos jovens as suas potencialidade para a construção de um mundo melhor para eles e para as pessoas que estão ao seu redor.
O que se observa no espaço escolar, e que os alunos (jovens) sofrem muito de carência afetiva, e que quando eles encontram isso em um professor ou qualquer membro da escola conseguimos moldá-lo para ser uma pessoa melhor do que já é.
Os valores que por eles, às vezes, estão esquecidos quando encontrados na escola os torna pessoas melhores.
Só que precisamos saber que na escola também existem aqueles alunos que tem índole ruim e que infelizmente não conseguiremos mais resgatá-los, pois o seu “eu” interior, já está deflagrado e não podemos mais modificá-lo.
Sabemos que o melhor lugar para se criar cidadãos é a escola. Necessitamos fazer as coisas as coisas acontecerem na escola, mover as pessoas e os alunos a participarem em conjunto e praticarem a cidadania solidaria na escola. Desenvolvermos técnicas e atividades para que o aluno, não tenha tempo ocioso para desenvolver pensamentos e atitudes ruins.A escola é o melhor lugar para se desenvolver a prática de valores, a solidariedade e capacitar pessoas para o pleno exercício da cidadania. 
Precisa-se desenvolver nas escolas atitudes de cooperação e solidariedade entre os alunos, para que os mesmos não pratiquem bullyng, não transgridam normas e que tenham consciência de que tudo o que eles aprendam os tornarão pessoas melhores e capacitadas a exercerem a sua cidadania de uma forma eficaz e plena.
Escola é lugar de aprender, se divertir, encontrar os amigos e se preparar para o futuro. Passamos tanto tempo na escola que ela é como a nossa segunda casa. Na escola existem as regras e os combinados que são a essência para a construção dos valores no dia a dia de cada ser humano no âmbito educacional.
Essas regras só funcionam se tiver respeito para todo mundo: os professores também têm horário para chegar, não podem faltar nem fazer bagunça.
Saber respeitar e conviver bem com todos é uma arte, sejam alunos, professores ou funcionários.
A escola é cheia de descobertas e desafios e um dos maiores desafios da vida é descobrir como viver com responsabilidade e respeito aos outros. Ou seja, com cidadania. Cidadania é justamente essa relação de respeito com o meio em que a gente vive e as pessoas que fazem parte dele. Praticar a instauração de valores é necessário à vinculação entre as diferentes disciplinas, assim nós educadores que deseja conduzir com sucesso a instauração de valores nos educandos necessita começar, primeiramente, por si próprio, pelo seu autoconhecimento e pela formação do seu caráter, a cidadania parte da participação ativa de todos os envolvidos na escola.
Paulo Freire (2003, p.33) “a prática educativa tem de ser, em si, um testemunho rigoroso de decência e de pureza”. Portanto, a prática ética leva ao respeito da natureza do ser humano, leva ao comprometimento dos resultados de sua ação pedagógica, para a qualidade de vida e do bem-estar individual e social.
Concluindo, a ação pedagógica trilha a construção dos valores partilhados com a cidadania trazendo os alunos e famílias para dentro da escola, e não ficar fechada nos momentos em que todos podem fazer e aprender no mesmo ambiente. A base para tudo isto, é o olhar e a escuta para nossos alunos de hoje, com diálogos e trocas enriquecedoras que não encontram em casa.
Vivemos hoje uma verdadeira crise da sociedade contemporânea, muitas crises que abalam o mundo, não constituem senão múltiplos aspectos de uma só crise fundamental, que tem como campo de ação o próprio homem. A evolução da sociedade moderna tem deflagrado uma grave crise. Os sinais são evidentes, a opinião publica tomou consciência dela, sobretudo com à ética pública, traduzida na falta de honradez na vida política, profissional e particular. Impressionantes são os níveis de violência, descriminação social, abuso do poder, corrupção, permissividade, cinismo e impunidade.
Nas últimas semanas tem sido intensa as manifestações em diversos setores da sociedade contrária a uma proposta do governo, na qual empresas de plano de saúde recebiam subsídios sob forma de redução de impostos e financiamento especiais para reestruturação de sua rede hospitalar.
No momento à manifestação em todo o Brasil e a noticia esta em todas rede do mundo, eles protestam contra o Estatuto do Nascituro e durante o ato, foram lembrados os protesto contra a tarifa de transporte público municipal.
Problema vivenciado na sociedade atual, péssima política de distribuição de renda, ela é a causadora de tudo isso. 
Ao falarmos em educação escolar não podemos esquecer do processo de transformação e evolução que ela teve devido aos momentos históricos e sociais no qual esteve contextualizada. Mas nunca deixou o foco de lado que é, transformar pessoas capazes de atuarem em uma sociedade onde o respeito consigo e para com o próximo seja primordial, com o objetivo na transformação social que o individuo possa ter ao ser semeador e multiplicador numa sociedade onde a diversidade e muito presente. A educação é um lento processo de aprender o que é significativo para a vida, de aprender a tornar-se cada vez mais livre, mais independente de tudo o que nos foi imposto, trazido de fora. A educação é aprender a discernir, escolher o que vale a pena entre tantas informações, emoções e valores que nos transmitiram.A educação é um processo contraditório de libertação, de fazer nossas escolhas conscientes, de viver nossa vida e não a dos outros, de evoluir na direção de uma maior autonomia e realização. A educação é um processo complexo, rico, tenso de tornar a vida importante, de achar o lugar, as atividades, as pessoas significativas.
O maior desafio que temos é aprender a transformar-nos em pessoas cada vez mais humanas, sensíveis, afetivas e realizadas. De nada adianta, saber muito, se não o aplicamos nas nossas vidas. A educação, sem dúvida, tem uma dimensão claramente social, de aprender com a experiência dos outros, de saber conviver com as diferenças, de contribuir para melhorar a sociedade em que nos encontramos. Mas possui também uma dimensão que não se valoriza muito hoje na escola: a do desenvolvimento pessoal integrado, constante e transformador. A educação pessoal acontece ao longo de nossa vida, no desafio maravilhoso de crescer, de evoluir mais em todas as áreas, de tornar-nos pessoas mais livres, de aprender a conviver com nossas dificuldades, de aprender a conviver com as pessoas, com os animais, com o planeta, com o universo. A educação é eficaz quando consegue que cada um de nós se sinta motivado internamente a querer conhecer mais e a procurar mudar o seu comportamento, as atitudes e os valores ao longo da vida. A educação é eficaz quando nos ajuda a enfrentar as crises, as etapas de incerteza, de decepção, de fracasso em qualquer área e nos ajuda a encontrar forças para avançar e achar novos caminhos de realização. A educação é eficaz a longo prazo, no “Enade” da vida, quando, em determinados períodos, olhamos para trás e avaliamos o que construímos, onde avançamos, onde nos perdemos; e quando olhamos para o presente e analisamos se continuamos aprendendo, se nos sentimos pessoas mais amadurecidas emocionalmente, intelectualmente, eticamente. A educação precisa insistir mais na aprendizagem a relacionar-nos com as nossas expectativas e contradições, na construção de uma identidade coerente, que integre o pessoal, o profissional e o social.
A escola, em geral, apresenta um discurso favorável à democracia. Mas, como dizia Paulo Freire, “é necessário que nossas falas sejam corporificadas pelo exemplo”, ou seja, que nossas práticas não sejam negadoras daquilo que defendemos.Segundo o Relatório Delors, “as componentes de uma educação para a cidadania estão abrangidas no emblemático conjunto de aprendizagens fundamentais, referidas em quatro pilares da Educação”: Aprender a Conhecer, Aprender a fazer, Aprender a ser e Aprender a viver juntos.
Com esses pilares podemos desenvolver a oportunidade de aprender a ser democrático, a ser solidário, a acreditar na capacidade e na mudança. Com isso criamos condições para que os educadores, os pais, a comunidade, os alunos tomem para si o destino da sua escola e do respeito mútuo que contribuam para a formação de cidadãos participativos, tolerantes e civicamente responsáveis. A escola mostra e os alunos fazem. É através das atitudes e dos exemplos do dia-a-dia, nas coisas mais simples integrando a teoria e a prática que nós futuros Gestores procuraremos passar os valores necessários para que os seus alunos e toda comunidade escolar possam também desenvolver em si um espírito fraterno, acolhedor de responsabilidade social de “saber ouvir e saber olhar o outro como um irmão”.
	A escola ensina que “viver é ter a humildade de se explicar; a capacidade de compreender, de aceitar a diversidade, de estabelecer laços com os outros. É não perder nunca a esperança de realizar sonhos, os nossos e os da sociedade. Nossa inteligência nos faz planejadores, grandes estrategistas do destino da humanidade”.
Referências;
PAULO FREIRE. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática pedagógica. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.
Moran, José Manuel. A educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá; DEMO, Pedro. Desafios Modernos da Educação.

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