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Proteínas: Estrutura, Função e Tipos

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@resumosdamed_ 
 
 
Proteínas 
 
 
1. O que são proteínas? (o que é, função, estrutura, tipos) 
2. Diferencie: aminoácidos essenciais e não essenciais. 
3. Explique a digestão, a absorção e o armazenamento de 
proteínas: 
4. Explique o transporte de proteínas: 
5. Como ocorre a síntese bioquímica da proteína para lipídeos? 
6. Descreva os ciclos e os processos envolvidos na formação e 
degradação de enzimas, músculos, hormônios, excreção e 
energia. 
7. Quais as consequências do excesso e da falta? 
8. Explique os biótipos: 
 
Não há sequer um processo biológico do qual as proteínas não 
participem, isto porque, além de estarem envolvidas de forma ativa no 
conjunto de reações químicas, muitas células são compostas por 
proteínas. 
Sendo assim, são funções das proteínas: 
 
• assumir o papel de enzimas, influenciando diretamente 
a aceleração de uma reação química; 
• movimentar músculos (realizado pela miosina e actina); 
• composição hormonal; 
• composição de anticorpos; 
• coagulação sanguínea; 
• transporte de oxigênio (feito pela hemoglobina). 
 
 
 
 
 
Proteína é um tipo de substância formada a partir de um conjunto 
de aminoácidos ligados entre si (ligações denominadas de peptídicas). 
Em outras palavras, as proteínas são compostas por moléculas de 
carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio. 
É preciso destacar que existem apenas 20 tipos de aminoácidos, os 
quais se ligam de forma variada para originarem diferentes proteínas. 
Uma rede longa de aminoácidos é chamada de polipeptídio, sendo 
que toda proteína é constituída de uma ou mais cadeias desse tipo. 
Uma cadeia de aminoácidos pode ser classificada quanto à sua 
disposição espacial, isto é, analisando a sua estrutura de acordo com 
o dobramento e enrolamento de sua rede proteica. Desse modo, a 
estrutura de uma proteína pode ser dividida em primária, secundária, 
terciária e quaternária. 
 
ESTRUTURA PRIMÁRIA 
 
 
aminoácidos estão ligados entre si para formar uma proteína. Um 
carbono alfa está ligado a: um átomo de hidrogênio, um grupo 
carbóxilo, um grupo amino e um radical 
A cadeia principal de uma proteína, que ilustra a sequência linear dos 
aminoácidos, é denominada de estrutura primária. Cabe destacar que 
PERGUNTAS: 
ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS 
O QUE É PROTEÍNA? 
FUNÇÃO DAS PROTEÍNAS 
@resumosdamed_ 
 
TIPOS DE PROTEÍNAS 
uma mesma proteína pode apresentar estruturas secundárias, terciárias 
e quaternárias. 
 
ESTRUTURA SECUNDÁRIA 
 
 
refere-se ao enrolamento ou dobramento de uma cadeia de 
polipeptídios. Há duas formas deste tipo de estrutura: hélice alfa (α) – 
“mola enrolada” mantida por ligação de hidrogênio na cadeia 
polipeptídica – e beta (β) – estrutura parece ser dobrada ou plissada e 
é mantida por ligação de hidrogênio entre unidades polipeptídicas da 
cadeia dobrada que ficam adjacentes uma a outra. 
 
ESTRUTURA TERCIÁRIA 
 
 
Na estrutura terciária, a proteína é caracterizada 
pelo formato tridimensional específico, correspondendo ao 
dobramento (sobre ela mesmo) da cadeia polipeptídica. 
As interações hidrofóbicas contribuem para dobrar moldar uma 
proteína. O grupo radical do aminoácido é hidrofóbico ou hidrofílico. Os 
aminoácidos com radicais hidrofílicos buscarão contato com seu 
ambiente aquoso, enquanto os aminoácidos com grupos hidrofóbicos 
evitarão a água e se posicionamento central na proteína. A ligação de 
hidrogênio na cadeia de polipeptídios e entre grupos de aminoácidos 
ajuda a estabilizar a estrutura proteica, mantendo a proteína na forma 
estabelecida pelas interações hidrofóbicas. 
Devido a dobragem da proteína, a ligação iônica pode ocorrer entre os 
grupos radicais carregados que se aproxima um do outro. O 
dobramento também pode resultar em ligação covalente entre os 
radicais do aminoácido – esse tipo de vínculo forma o que é chamado 
de ponte dissulfureto. As forças de van der Waals também ajudam na 
estabilização da estrutura proteica. 
ESTRUTURA QUATERNÁRIA 
 
 
A estrutura quaternária equivale a duas ou mais cadeias polipeptídicas 
(não importando se são idênticas ou não) agrupadas. 
Estrutura de uma macromolécula de proteína formada por interações 
entre múltiplas cadeias de polipeptídios. Cada cadeia polipeptídica é 
referida como uma subunidade. As proteínas com estrutura quaternária 
podem consistir em mais de um tipo de subunidade de proteína. 
 
 
 
Podemos classificar as proteínas em relação à sua origem, separando- 
as em 3 grupos: proteína animal; proteína vegetal e sintética. 
 
ORIGEM ANIMAL 
 
 
Como o próprio nome sugere, é a proteína encontrada na carne de 
animais, as quais fornecem praticamente todos os aminoácidos 
essenciais. Vale destacar que, por ser quase completa, esse tipo de 
proteína viabiliza o ótimo funcionamento do organismo humano. 
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AMINOÁCIDOS 
AMINOÁCIDOS NÃO ESSENCIAIS: 
ORIGEM VEGETAL 
 
 
Encontrada nos vegetais, essa proteína tem menor valor nutricional, 
uma vez que conta com menos aminoácidos essenciais em sua 
composição. 
 
SINTÉTICA 
 
 
A proteína sintética é obtida por meio de manipulações laboratoriais, ou 
seja, possui diversas variações nutricionais. Ela é muito utilizada por 
pessoas que querem fazer uma reposição alimentar, buscando assim 
outras fontes de proteínas além das de origem animal e vegetal. 
• grão-de-bico. 
 
Alimentos com proteína sintética 
 
• suplemento alimentar (popularmente conhecido como Whey 
Protein). 
 
 
 
Os aminoácidos excedentes não podem ser armazenados, eles são 
oxidados e seu nitrogênio é excretado. 
 
 
 
Os alimentos ricos em proteínas são facilmente encontrados na rotina 
alimentar do brasileiro. 
Alimentos que contém proteínas animais 
 
• carne vermelha; 
• peixes; 
• ovos; 
• leite; 
• queijo; 
• iogurte. 
 
 
Alimentos ricos em proteína vegetal 
 
• feijão; 
• ervilha; 
• soja; 
• lentilha; 
• nozes; 
são aqueles que não são produzidos pelo corpo humano, sendo 
necessária a ingestão de alimentos para sua obtenção. São 
aminoácidos essenciais: triptofano, valina, fenilalanina, treonina, lisina, 
isoleucina, leucina, histidina e metionina. A maioria deles são 
encontrados em alimentos de origem animal, como carne, leite e ovos. 
Não encontramos todos os aminoácidos essenciais em um vegetal só, 
mas são encontrados em: cereais (trigo, aveia, quino...), leguminosas 
(feijão, grão de bico, lentilha...) e soja e oleaginosas (castanhas e nozes). 
Existem ainda os aminoácidos essenciais ocasionais, o que significa que 
são produzidos por organismos saudáveis, mas em determinadas 
situações de patologias, nosso corpo pode não os produzir, como: 
cisteína, glicina, prolina e tirosina. 
 
são os que conseguimos sintetizar em nosso organismo. São eles: glicina, 
alanina, serina, cisteína, tirosina, ácido aspártico, ácido glutâmico, 
arginina, histidina, asparagina, glutamina e prolina. 
ALIMENTOS COM PROTEÍNAS / FONTES AMINOÁCIDOS ESSENCIAIS: 
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DIGESTÃO MAIS DETALHADA: 
 
 
O estomago produz suco gástrico, altamente acido, que contém acido 
clorídrico e a proenzima pepsinogênio, o ácido clorídrico desnatura 
proteínas da dieta e ativa o pepsinogênio, formando pepsina. A pepsina 
tem função de iniciar o processo de digestão proteica, este é um 
processo de hidrolise que ocorre entre os aminoácidos. Grande parte da 
digestão de proteínas acontece na porção superior do intestino 
delgado, no duodeno e jejuno, com a influência das enzimas 
proteolíticas. Quando saem do estomago, as proteínas estão na forma 
de proteoses, peptonas e grandes polipeptídios. Ao entrar no intestino 
delgado, os polipeptídios produzidos no estomago pela ação da 
pepsina são clivados a oligopeptidios e aminoácidos por um grupo de 
proteases pancreáticas: tripsina, quimiotripsina, elastase e 
carboxipeptidases, todas secretadas na forma de proenzima e ativadas 
pela tripsina. Apenas uma pequena porcentagem das proteínas é 
digerida até seus aminoácidos. A maior parte permanecena forma 
de dipeptidios, tripeptidios e até mesmo alguns peptídeos maiores. A 
digestão final na luz intestinal é efetuada pelos enterócitos que revestem 
a vilosidade do intestino delgado. 
 
Ocorre nos enterocitos, que estão presentes nas microvilosidades. A 
absorção pode ser feita através de aminoácidos, dipeptideos, 
tripeptideos ou ate mesmo de proteínas inteiras. 
As moléculas de peptídeos ou aminoácidos ligam-se a uma proteína 
transportadora especifica na membrana das microvilosidades. Estas 
proteínas também requerem a ligação de Na para que ocorra o 
transporte. O íon Na move-se ao longo do gradiente eletroquímico para 
o interior das células e arrasta consigo o aminoácido ou o peptídeo. 
Alguns aminoácidos não necessitam desse mecanismo de co-transporte 
de sódio, mas são transportados por proteínas transportadoras especiais 
da membrana, por difusão facilitada. 
 
 
 
 
ESTÔMAGO 
 
 
O ácido clorídrico faz a desnaturação das proteínas, ou seja, elas 
perdem o formato tridimensional, transformando-se em cadeias lineares 
(sem enovelamentos). O ácido também contribui para a ati- vação do 
pepsinogênio em pepsina, a primeira enzima capaz de que- brar 
ligações peptídicas das proteínas. 
 
PÂNCREAS 
 
 
O pâncreas sintetiza e secreta as enzimas inativas tripsino- gênio, 
quimotripsinogênio, pró-elastase e pró-carboxipeptidase. As 
enteropeptidases do intestino ativam o tripsinogênio em tripsina e essa 
enzima ativa as demais em quimotripsina, elastase e carboxi- peptidase 
para quebrarem mais proteínas em polipeptídios. 
DIGESTÃO: ABSORÇÃO: 
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INTESTINO 
 
 
No epitélio do intestino há enteropeptidases e aminopepti- dases, além 
de di e tripeptidases que degradam pequenos peptídios em 
aminoácidos livres. Assim, oligopeptídios e aminoácidos livres podem ser 
absorvidos. 
— Bem, agora o aminoácido está livre, mas ele ainda precisa en- trar na 
célula do epitélio intestinal (enterócito) e chegar até a célula de um 
tecido específico. Como isso tudo acontece? 
Ocorre o chamado “transporte ativo secundário” do lúmen intestinal 
para dentro do enterócito. Nesse tipo de transporte, o aminoácido entra 
na célula com um íon sódio, no fluxo contrário à bomba sódio-potássio- 
ATPase (Na+K+ATPase). 
Essa bomba, muito importante para as células, nada mais é do que uma 
célula, o que, secundariamente, permite a entra- da do aminoácido no 
enterócito, junto do sódio. 
 
 
 
 
 
— Ok, agora o aminoácido já entrou no enterócito. Como ele sai e vai 
para os vasos sanguíneos? 
Ele chega ao sangue por difusão facilitada, isso quer dizer que há um 
proteína cuja func o é: transportar 3 íons sódio (Na+) para fora da célula canal proteico que permite que o aminoácido saia da célula e vá ao 
en- quanto transporta 2 íons potássio (K+) para dentro da célula, gastan- 
do uma molécula de energia chamada ATP (adenosina trifosfato). Ela 
faz isso para criar um meio intracelular mais concentrado em potássio e 
um meio extracelular mais concentrado em sódio, produzindo diferentes 
sangue, já que o aminoácido está mais concentrado na célula que no 
sangue. 
— Agora o aminoácido está no sangue, mas ainda precisa entrar em 
gradientes de concentrac o dentro e fora da célula. Veja a figura outra célula de um tecido do corpo humano que esteja precisando 
abaixo, que mostra a bomba Na+K+ATPase em quatro momentos 
sequenciais, transportando íons: 
produzir proteínas. Como isso se dá? 
 
Do sangue para os tecidos ocorre o transporte ativo secun- dário 
Com essa diferenc de gradientes de concentrac es, fica mais fácil novamente, da mesma maneira que o ocorrido na entrada do 
para o sódio entrar na célula, desde que haja uma proteína na 
membrana plasmática que permita a sua passagem. Esse fenômeno 
ocorre no enterócito, onde, com o sódio, um aminoácido “pega caro- 
na” e entra na célula! 
Por isso o nome “transporte ativo secundário”, que se re- fere a um 
transporte ativo (pois gasta ATP) feito pela bomba de Na+K+ATPase, que 
vai criar o desequilíbrio de concentrações de sódio dentro e fora da 
aminoácido para o enterócito. 
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GLICONEOGÊNESE 
DESTINO DOS AMINOÁCIDOS: 
 
Os aminoácidos liberados pela digestão das proteínas da dieta vão pela 
veia porta hepática (fígado) para o fígado, onde são utilizados para a 
síntese de proteínas ou liberados no sangue para serem convertidos em 
proteínas em outros tecidos. O excesso de aminoácidos é convertido em 
glicose (armazenados como glicogênio hepático ou utilizada para 
manter a glicemia) ou triglicerídeos (transportados por VLDL para o 
tecido adiposo). 
 
 
As concentrações de aminoácidos livres nos fluidos extracelulares são 
significativamente mais baixas que aquelas dentro das células do 
organismo. Esse gradiente de concentração é mantido por sistemas de 
transporte ativo, impulsionado pela hidrolise de ATP, os quais são 
necessários para o movimento dos aminoácidos do espaço extracelular 
para dentro da célula. Os aminoácidos são transportados como 
dipeptidios do ácido glutâmico. 
Nesse sistema de transporte, o glutation (GSH) se presta como doador 
do grupo gama-glutamil. A formação do dipeptidios é catalisada pela 
enzima gama-glutamil transpeptidase (CGT), uma enzima da 
membrana celular, presente, principalmente, no fígado, ducto biliar e 
rim. A determinação dos níveis da enzima no sangue é usada na 
identificação de doenças nesses órgãos. 
transpeptidase (CGT), uma enzima da membrana celular, presente, 
principalmente, no fígado, ducto biliar e rim. A determinação dos níveis 
da enzima no sangue é usada na identificação de doenças nesses 
órgãos. 
 
 
 
 
 
 
A maioria dos aminoácidos usados para a síntese proteica, ou como 
precursores para outros aminoácidos são obtidos da dieta ou da 
renovação das proteínas endógenas. Eles podem ser: 
• Aminoácidos glicogênios: Degradados em precursores de 
glicose, como piruvato, a- cetoglutarato, succinil-CoA, fumarato, 
oxalacetato. 
• Aminoácidos cetogenicos: são degradados a acetil-CoA ou 
acetoacetato e são convertidos em ácidos graxos ou corpos 
cetônicos. 
 
De acordo com Alton Meister, os aminoácidos são transportados como 
dipeptídeos do ácido glutâmico. Nesse sistema de transporte, o 
glutation (GSH) se presta como doador do grupo gama-glutamil. A 
formação do dipeptídeo é catalisada pela enzima gama-glutamil 
ARMAZENAMENTO: 
TRANSPORTE: 
O CICLO DO GAMA-GLUTAMIL: 
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É o mecanismo de produção de proteinas determinado pelo DNA, que 
acontece em duas fases chamadas transcrição e tradução. 
Em resumo, o DNA é "transcrito" pelo RNA mensageiro (RNAm) e depois 
a informação é "traduzida" pelos ribossomos (compostos RNA 
ribossômico e moléculas de proteínas) e pelo RNA transportador (RNAt), 
que transporta os aminoácidos, cuja sequência determinará a proteína 
a ser formada. 
3 RNAs são necessários para efetuar a síntese proteica: mensageiro, 
ribossômico e transportador. 
 
A SÍNTESE PROTEICA OCORRE EM 5 ETAPAS: 
 
 
1. Ativação do aminoácido – formação do aminoacil-tRNA 
2. Iniciação – ligação da subunidade pequena e do metionina- 
acil-tRNA no sítio AUG 
3. Elongação – o polipeptídio nascente e elongado pela ligação 
de novos aminoácidos 
4. Terminação – a parada na síntese se da pelo encontro de um 
stop códon e o polipeptídio se desliga 
5. envelopamento 
• Componentes para sistema de tradução 
ü RNAm que será traduzido (sempre traduzido da extermina 
5’ para 3’) 
ü Aminoacil-RNAt 
 
ü GTP que fornece energia para processo 
 
ü Fatores de iniciação 
ATIVAÇÃO DE AMINOÁCIDOS (CITOSOL) 
 
a. Para síntese de um polipeptideo de sequência definida, 
dois requerimentos químicos fundamentais devem ser 
alcançados 
ü Grupamento carboxil de cada aminoácido deve ser 
ativado para facilitar a formação da ligação peptídica 
ü Um elo deve ser estabelecido entre cada novo 
aminoácido e a informação contida no RNAm que o 
codifica 
b. Ambos requerimentos são cumpridos ligando-se o 
aminoácido a umRNAt 
c. Cada a um dos 20 aminoácidos é covalentemente ligado 
a um RNAt específico, às custas ATP (enzima aminoacil- 
RNAt-sintases) 
 
 
INICIAÇÃO 
 
a. RNAm contendo o código para síntese do polipeptideo se liga à 
subunidade menor do ribossomo e ao aminoacil-RNAt iniciador 
b. A subunidade ribossomal maior de liga então para formar um 
complexo de iniciação 
c. Aminoacil-RNAt iniciador estabelece pareamento de bases com 
o códon AUG do RNAm, que sinaliza o começo do polipeptideo 
• Esse processo, que requer GTP, é promovido por proteínas 
citosólicas denominadas fatores de iniciação 
SÍNTESE PROTEICA: 
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ALONGAMENTO 
 
a. O polipeptideo nascente é alongado pela adição de unidades 
sucessivas de aminoácidos, as quais são ligadas 
covalentemente após serem levadas até o ribossomo e 
poscicionadas corretamente pelo respectivo RNAt, o qual, por 
sua vez, realiza um pareamento de bases com o códon 
correspondente no RNAm 
• Esse processo requer proteínas citosólicas conhecidas como 
fatores de alongamento 
• Ligação de cada aminoacil-RNAt que entra e o movimento 
do ribossomo ao longo do RNAt que entra e o movimento 
do ribossomo ao longo do RNAm são facilitados pela 
hidrólise de GTP à medida que cada resíduo é adicionado 
ao polipeptideo nascente 
 
 
TERMINAÇÃO E RECICLAGEM DO RIBOSSOMO 
 
a) Conclusão da cadeia polipeptídica é sinalizada por um códon 
de parada no RNAm 
b) Novo polipeptideo é liberado do ribossomo, auxiliado por 
proteínas denominadas fatores de liberação, e o ribossomo é 
reciclado para um novo ciclo de síntese 
 
 
ENOVELAMENTO E PROCESSAMENTO PÓS-TRADUCIONAL 
 
a) Para que possa atingir sua forma biologicamente ativa, o novo 
polipeptideo precisa dobrar-se em sua conformação 
tridimensional apropriada 
b) Antes ou depois de dobrar-se, o novo polipeptideo pode sofrer: 
 
ü Processamento enzimático, incluindo remoção de um ou mais 
aminoácidos 
ü Adição de grupamentos acetil, fosforil, metil, carboxil, ou outros 
grupos 
ü Clivagem proteolítica, e/ou ligação de oligossacarídeos ou 
grupos prostéticos 
 
 
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METABOLISMO DAS PROTEÍNAS: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Para que os aminoácidos sejam utilizados é necessário retirar 
o grupo amina. 
• Quase toda amina retirada dos aminoácidos é convertida em 
ureia. 
• Acontece no fígado, algumas etapas dentro da mitocôndria 
e outras fora. 
 
1. Remoção dos grupos aminos, realizada pelas enzimas 
aminotranferases ou transaminases:O grupo amino é transferido 
para o carbono α do α-cetoglutarato, liberando o 
correspondente α-cetoácido. 
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O α-cetoácido, poderá ser: oxidação pelo ciclo de Krebs, fornecendo 
energia; utilização pela gliconeogênese, para a produção de glicose e 
conversão de triacilglicerios e armazenamento. 
 
 
2. Glutamato vai entrar na mitocôndria e 
pode ocorrer duas reações diferentes: 
I. Transaminação (transferência de 
grupos aminas): perde nitrogênio 
para formar ureia. 
• Glumato reage com oxaloacetato 
e forma α-cetoglutarato e 
aspartato 
II. Desanimação: grupo 
amina sai de um aa e é 
transferido para outro aa. 
• Retira a amina do 
glutamato, pela enzima 
glutamayo- 
desidrogenase, a qual 
utiliza NAD+ ou NADP+ 
• Libera seu amino como 
NH3, que se converte em 
NH Amina se junta a um H+ 
e forma amônio NH4+ 
• Essa reação utiliza NAD+ 
ou NADP+ e água 
OBS.: quando a amônia é produzida fora 
do fígado ela se junta ao glutamato e 
forma a glutamina e assim é 
transportada pela corrente sanguínea 
sem causar danos (glutamina-sintase). 
Ao chegar no fígado, se degradam e 
glutamato e amônia e são digeridos 
normalmente formando ureia. Além 
disso, ela pode ser 
transportada em forma de alanina pelo ciclo da 
glicose-alanina. 
3. Íon amônio presente na mitocôndria hepática é 
utilizado juntamente com o CO2 (como HCO3-) 
produzido pela respiração mitocondrial, para formar 
carbamoil-fosfato na matriz 
• Reação dependente de ATP 
• Enzima: carbamoil-fosfato-sintase I 
4. Carbamoil-fosfato entra no ciclo da ureia 
 
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MÚSCULO: 
 
Ciclo da glicose-alanina: a alanina funciona como um transportador da 
amônia e do esqueleto carbônico do piruvato desde o musculo ate o 
fígado. A amônia é excretada, e o piruvato é empregado na produção 
de glicose, a qual pode retornar ao músculo. 
 
 
Este ciclo requer 4 ATP para excretar duas moléculas de amônia na 
forma de uréia, através dos rins. 
 
 
1. Carbamoil-fosfato doa seu grupo carbamoila para a ornitina, 
formando citrulina, com liberação de Pi 
• Enzima: ornitina-transcarbamoilase 
• Citrulina produzida passa da mitocôndria para o citosol 
• É consumido 2 ATP 
2. Aspartato produzido na mitocôndria por transaminação é 
transportado para citosol 
2.b) Condensação do grupo amino do aspartato com o grupo 
ureido (carbonila) da citrulina forma arginino-succinato 
• Enzima: arginino-succinato-sintetase 
• Requer ATP e ocorre via intermediário citrulil-AMP 
3. Arginino-succinato é clivado pela arginino-succinase sintase, 
formando arginina e fumarato 
• Fumarato é convertido em malato e a seguir entra na 
mitocôndria para unir-se aos intermediários do ciclo do 
ácido cítrico 
• Com consumo de ATP 
4. Clivagem/quebra da arginina, produzindo ureia e ornitina 
• Enzima: arginase 
• Ornitina é transportada para mitocôndria para iniciar 
outra volta do ciclo da ureia 
A principal função do ciclo da ureia é eliminar a amônia tóxica do 
corpo. Ou seja, tem a função de eliminar o nitrogênio indesejado do 
organismo. 
CICLO DA UREIA (4 ETAPAS): 
@resumosdamed_ 
 
REGULAC ̧ÃO DO CICLO DE URÉIA: 
• As concentrações das enzimas envolvidas no ciclo aumentam, 
em dietas ricas em proteínas 
• 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• A regulação primária ocorre ao nível do controle da 
concentração de N-acetilglutamato o ativador alostérico para a 
carbamoil fosfato-sintase I 
• Altas concentrações de arginina estimulam a N- acetilac 
glutamato 
o do 
@resumosdamed_ 
 
 
Os sintomas do excesso de proteínas no organismo podem ser: 
• Desenvolvimento da aterosclerose e de doenças cardíacas; 
• Osteoporose, pois o excesso de proteína pode causar 
aumento da excreção de cálcio; 
• Pedra nos rins; 
• Aumento de peso; 
• Problemas no fígado. 
A maioria das pessoas que desenvolve estes sintomas de excesso de 
proteínas, geralmente, apresentam uma predisposição genética, algum 
problema de saúde ou usou suplementos de forma inadequada. 
Falta de proteínas: 
Uma das principais doenças causada pela deficiência de proteína é a 
Kwashiorkor, também chamada de desidratação intermediária. 
Quando essa doença existe no corpo, a pessoa lida com anorexia, 
dermatoses ulceradas, aumento do fígado e também irritabilidade. Uma 
dieta pobre em proteínas favorece o surgimento do problema, por isso 
é essencial se alimentar adequadamente. 
Outra doença é a Deficiência de Proteína Trifuncional. Ela acontece 
quando a pessoa não se alimenta ou está em jejum, pois ela impede a 
formação de energia. É mais comum surgir na infância, com sintomas 
como sonolência, hipoglicemia e perda de apetite. 
Já os brevilíneos são redondos, baixos, com pescoço curto, tórax de 
grande diâmetro e membros curtos em relação ao tronco. 
 
 
 
Encontramos pessoas do tipo extremo e médio, ou seja, que apresentam 
um biótipo do tipo longilíneo, brevilíneo e mediolíneos respectivamente. 
 
Os longilíneos são magros, altos, com pescoço longo, tórax achatado e 
membros logos em relação ao tronco. 
EXCESSO DE PROTEÍNAS: 
BREVILINEO, MEDIOLINEO, LONGILINEO 
REFERÊNCIAS 
Princípios de Bioquímica de Lehninger

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