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Perguntas e respostas sobre: Testes psicológicos Cite pelo menos cinco questões com as quais um pesquisador deve se preocupar antes de decidir se vai mesmo construir um novo teste. Diferenças entre avaliadores, validade do instrumento, erros de amostragem de tempo, revisão de teórica do conteúdo, construção da definição operacional, consistência e construção dos itens. Qual a diferença entre adaptar e desenvolver (construir) um teste? Antes de construir ou adaptar um instrumento, é preciso avaliar qual a necessidade de se realizar o procedimento. Especialmente no caso da construção, o pesquisador deve considerar se existe instrumento disponível e adequado às suas necessidades. O instrumento deverá apresentar linguagem inteligível à população considerando, por exemplo, a faixa etária e o nível cultural. A construção permite que se aborde as particularidades culturais de maneira específica, a construção deve resultar em um instrumento que considere as peculiaridades e as especificidades da população para qual está sendo construído. O procedimento de adaptação, em contrapartida, favorece as comparações entre estudos transculturais. Assim, se existe um instrumento que é amplamente utilizado, funciona bem em diferentes culturas, e o objetivo é produzir comparações transculturais, seria adequado adaptá-lo. Entretanto, é necessário considerar especialmente a Resolução nº 002/2003 do Conselho Federal de Psicologia (CFP, 2003), as guidelines da International Test Commission (ITC)6 e as orientações da American Educational Research Association (AERA), da American Psychological Association (APA) e do National Concil on Measurement in Education (NCME) (1999). Por que a avaliação por juízes é importante no desenvolvimento de itens? Os juízes também devem ser familiarizados com a cultura dos dois idiomas, de modo que possam entender peculiaridades linguísticas associadas a diferentes grupos (Hambleton, 1994; Hambleton et al., 2005). Em geral, solicita-se a dois ou três juízes que executem esse procedimento. Quando possível, procura-se um juiz que seja pesquisador ou profissional na área relativa à variável abordada pelo instrumento. O conhecimento da área auxilia para que a tradução seja ainda melhor, já que quem trabalha ou pesquisa na área conhece a linguagem peculiar (e por vezes restritas) ao seu campo. Isso evita a produção de traduções literais dos itens. As três versões devem ser comparadas, item a item, pelo pesquisador e juízes para formar uma versão preliminar do instrumento. Qual é o papel dos grupos focais? Em geral, três grupos focais (com pessoas diferentes) são suficientes para verificar se todos os itens são compreensíveis. O procedimento deve ser repetido até que seja possível concluir que os itens estão claros. As alterações sugeridas pelo grupo devem ser consideradas pelo pesquisador, que poderá alterar os itens conforme a necessidade, sem esquecer que se trata de adaptar o item, e não de criar um novo. Esse conjunto de itens será, então, submetido a juízes (diferentes dos primeiros, embora com qualificações semelhantes), para que traduzam o instrumento de volta ao idioma original (tradução reversa). Entretanto, antes de realizar os grupos focais, é necessário avaliar se toda a expressão do traço latente na população-alvo é abordada pelos itens do instrumento original traduzido.
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