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Reações em Soluções Aquosa

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Universidade Estadual do Oeste do Paraná 
Centro de Engenharias e Ciências Exatas 
Graduação Química Bacharelado 
 
 
 
 
 
 
 
Camila Pinheiro Pinz 
Felipe Goldani Kirchhoff 
Luana Heluise Bervian Seger 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 01 - Reações em Soluções Aquosa 
 
 
 
 
 
 
 
Relatório Técnico 
 
 
 
 
 
 
 
Toledo 
2021 
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Camila Pinheiro Pinz 
Felipe Goldani Kirchhoff 
Luana Heluise Bervian Seger 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 01 - Reações em Soluções Aquosa 
 
 
 
 
 
 
 
 
Relatório apresentado ao professor Fernando 
Reinoldo Scremin, para a obtenção de nota 
na disciplina de Fundamentos da Química II 
Experimental, no curso de Química Bachare- 
lado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Toledo 
2021 
3 
 
 
 
 
Como foi apresentada na aula experimental do dia 12/07/2021, a primeira 
prática era sobre reações em soluções aquosas, formas de reconhecer reações 
químicas. 
De ínicio, separamos seis tubos de ensaio e os enumeramos, para 
colocarmos as substâncias que iriamos misturar em cada um dos experimentos. 
Cada substância apresentada em cada tubo pode ser dada pela seguinte 
tabela: 
 
TUBO 1 2 3 4 5 6 
SUBSTÂNCIA CuSO4 NaOH Na2CO3 (AC)2Zn Na2S H2SO4 
 
Todas as substâncias tinham uma concentração de 0,5 mol L-1. 
Com isso, iniciamos a mistura das substâncias. 
Primeira Mistura – 1:2 
 
Na primeira mistura, usamos o tubo um, que continha o CuSO4, e o tubo dois, 
que continha o NaOH. 
No íncio, a solução do tubo um era de um tom azul bem vivo, equanto a 
solução do tubo dois era incolor. 
Ambos estavam em temperatura ambiente. 
Misturamos 10 gotas de cada uma dessas substâncias em um novo tubo de 
ensaio, onde aconteceu a formação de um precipitado gelatinoso de um tom 
4 
 
azulado. 
Figura 1 Tubo de ensaio com a mistura 1:2 
A reação que ocorreu entre as substâncias é conhecida como reação de 
dupla troca, também chamada de reações de metátese, onde dois compostos 
ionicos trocam seus ions, formando novos compostos. 
A reação padrão seria dada pela seguinte equação: 
 
 
A+B- + C+D- → A+D- + C+B- 
 
No caso desse experimento, a troca seria feita entre as duas substâncias, 
resultando em duas novas, e uma delas, o tal precipitado azul. 
 
CuSO4(aq) + 2 NaOH(aq) → Cu(OH)2(s) + Na2SO4(aq) 
 
 
Onde o precipitado azul seria o hidroxido de cobre (II). 
Ele é uma base de cor azulada, cujo é pouco estável. Ele é praticamente 
insoluvel em água, e é usado na agricultura, contra pragas e afins. 
5 
 
Já o composto incolocor aquoso, é o sulfato de sódio. Esse sal é altamente 
soluvel em água. 
Como foi possivel observar, a reação química aconteceu e o que comprovou 
foi a formação do precipitado. 
Outro ponto que vale a pena destacar, é que as propriedades físico-químico 
dos produtos são diferentes das propriedades físico-químico dos reagentes. 
Foi possível percebr um pequeno aumento de temperatura quando a reação 
aconteceu, o que caracteriza uma reação exótermica, já que há a liberação de 
energia ao meio. 
 
Segunda Mistura – 1:3 
 
Na segunda mistura, pegamos o conteudo do tubo 1 novamente, e o do 
tubo 3, que seria o Na2CO3. A substância do tubo três era incolor. Ambas 
estavam em temperatura ambiente. 
Quando misturamos as substâncias, aconteceu uma reação formando 
novamente um precipitado gelatinoso, mas com cristais menores do que na 
reação anterior. 
 
Figura 2 Tubo de ensaio com a mistura 1:3 
6 
 
Como anteriormente, a reação que aconteceu foi uma reação de dupla troca 
entre os íons do CuSO4 e do Na2CO3, formando novos compostos. 
 
CuSO4(aq) + Na2CO3(aq) → CuCO3(s) + Na2SO4 
 
 
O ânion CO3-2 reagiu com o cátion Cu+2, por conta de um receber dois 
elétrons, e o outro doar os dois elétrons, e assim, há a estabilidade dos átomos. 
O precipitado formado é o carbonato de cobre (II), um sal insoluvel em água, 
mas altamente soluvel em ácido acético. É um sólido verde claro, e é o mais esável 
dentre os carbonatos de cobre. 
Enquanto isso, a parte liquida é formada por sulfato de sódio novamente. 
Como sabemos, a formação do precipitado ocorre por conta da 
supersaturação de alguma substância na solução, e depende de vários fatores, 
como concentração, temperatura, pressão e até mesmo a composição das 
substâncias. 
Observamos também que nessa reação não houve nenhuma mudança na 
temperatura. 
 
Terceira Mistura – 1:4 
 
Na terceira mistura, usamos novamente o tubo 1, e o tubo 4 que continha a 
solução de (AC)2Zn. Essa substância era incolor, e as duas estavam em temperatura 
ambiente. 
Misturamos dez gotas de cada uma das substâncias em um novo tubo de 
ensaio. 
Ao misturarmos, a temperatura se manteve, e não houve nenhuma evidencia 
física de que houve alguma reação, pois as substâncias se mantiveram líquidas, 
mas a cor azulada viva do tubo 1 parecia que tinha se diluido ficando em um tom 
mais claro. 
7 
 
 
 
Figura 3 Tubo de ensaio com a mistura 1:4 
 
Mesmo que não houve nenhuma evidencia fisica, ainda assim, uma reação 
aconteceu. 
 
CuSO4(aq) + Zn(AC)2(aq) → Cu(AC)2(aq) + ZnSO4(aq) 
 
 
O composto Cu(AC)2, também conhecido como Cu(CH3COO)2, é o acetato 
de cobre (II), é um sólido cristalino de um tom verde escuro. Por ser um composto 
polar, é soluvel em água e principalemente em álcool. Ele é um amplo catalisador e 
agente oxidante em sinteses organicas. 
Em sua estrutura, um átomo de oxigenio sobre cada acetato está ligado a um 
 
 
 
 
 
 
 
cobre, a 197pm de distancia. 
 
 
Já o sulfato de zinco é cristalino e incolor, e altamente soluvel em água e 
8 
 
também em álcool, como o composto anterior. É altamente utilizado para 
complementação alimentar de zinco nas rações animais, fertilizantes e sprays. 
Como podemos observar, nem sempre as reações químicas apresentam 
mudanças físicas, o que complica sua percepcção a olho nú. 
 
Quarta Mistura – 1:5 
 
No quinto experimento, misturamos a substância do tubo 1, com a substância 
do tubo 6, o Na2S, cujo aspecto era incolor, e ambos estavam em temperatura 
ambiente. 
Novamente, foram utilizados dez gotas de cada uma das substâncias, e 
houve agitação do tubo. 
Nesta reação, houve a precipitação de um sólido bem escuro, quase de um 
tom marrom, e a temperatura do meio se manteve a mesma. 
 
Figura 4 Tubo de ensaio com a mistura 1:5 
 
Nesta reação, o íon Cu2+ reagiu com o íon S2- , formando esse precipitado 
marrom que observamos. 
9 
 
CuSO4(aq) + Na2S(aq) → CuS(s) + Na2SO4(aq) 
 
 
O sulfeto de cobre (II), é um composto ionico. É um condutor de eletrecidade 
moderado, e é soluvel em HNO3, NH4OH e KCN. Sua estrtura é de um sistema de 
cristais hexagonais. 
Já o Na2SO4 formado, como vimos nos experimentos em que houve a 
formação do mesmo. 
 
 
Quinta Mistura – 1:6 
 
No sexto experimento, o último utilizando a substância do tubo 1, misturamos 
o mesmo com o tubo 6, que continha a solução de H2SO4. Era uma substância 
incolor, e ambos estavam em temperatura ambiente. 
Quando misturamos as dez gotas de cada uma das substâncias, a nova 
mistura era líquida e homogenea, de um tom azul claro. 
Novamente, não houve nenhuma alteração na temperatura da mistura. 
Figura 5 Tubo de ensaio com a mistura 1:6 
10 
 
A equação desta reação pode ser dada na seguinte forma: 
CuSO4(aq) + H2SO4(aq) → CuSO4 (aq) + H2SO4 
Como podemos observar, mesmo que houve uma reação, não houve 
mudança nos compostos que foram formados, já que ambos possuiam o ânion 
SO42+ . 
 
Sexta mistura – 2:3 
 
 No experimento numero 6, tivemos a mistura dos liquidos de NaOH e de Na2CO3, 
inicialmente era de coloração incolor (Trasparente) e ambos eram de temperatura 
ambiente. 
 Quando misturamos 10 gotas de cada um deles, formamos uma solução incolor e 
que não houve nenhuma alteração de cor, ou formação de preciptado. 
 
Figura 6 Tubo de ensaio com a mistura 2:3 
 
A equação desta reação pode ser dada na seguinte forma: 
 
NaOH(aq) + Na2CO3(aq)→ NaCO3(aq) + Na2OH(aq) 
 
11 
 
A principio foram formados os preciptados de NaCO3 (carbonato de sódio) e Na2OH de 
hidroxido de sódio, ou seja, uma pequena diferença. 
 
Sétima mistura – 2:4 
 
 No experimento de numero 7, foram misturados os liquidos de NaOH e de (Ac)2Zn, 
ambos estavam em temperatura ambiente, e também eram incolores. 
 Foi utilizado no experimento 10 gotas de cada um dos liquidos, após unidos eles 
formaram um preciptado de cor esbranquiçado. 
 
Figura 7 Tubo de ensaio com a mistura 2:4 
 
A equação desta reação pode ser dada na seguinte forma: 
 
NaOH(aq) + (Ac)2Zn(aq) → NaZn + (Ac)2OH 
 
 
Oitava mistura – 2:5 
 
 No experimento de numero 8, foram misturados os líquidos de NaOH e de Na2S, 
ambos estavam em temperatura ambiente, o NaOH tinha era incolor e o Na2S também 
de coloração incolor. 
12 
 
 Quando feito o experimento foi utilizado 10 gotas de cada um deles, não teve 
alteração de temperatura e a coloração que se manteve foi incolor. 
 
Figura 8 Tubo de ensaio com a mistura 2:5 
 
A equação desta reação pode ser dada na seguinte forma: 
 
NaOH(aq) + Na2S(aq) → NaS(aq) + Na2OH(aq) 
 
Nona mistura – 2:6 
 
 No experimento de numero 9, foi utilizados os liquidos de NaOH e H2SO4 que 
inicialmente estavam incolores, e também em temperatura ambiente ambos. 
 Quando inciado o experimento ambos os liquidos foram combinados, 
desencadeando em uma reação que pouco se alterou, pegando uma leve coloração 
esbranquiçada (pequenos cristais), e não se alterando a temperatura. 
13 
 
 
Figura 9 Tubo de ensaio com a mistura 2:6 
 
A equação desta reação pode ser dada na seguinte forma: 
 
 
NaOH(aq) + H2SO4(aq) → NaSO4 (aq) + H3O (l) 
 
Décimo experimento – 3:4 
 
 No decimo experimento foram misturados Na2CO3 e (Ac)2ZN, que inicialmente 
estavam em temperatura ambiente, e eram incolores. 
 Ao serem misturados ambos os liquidos mantiveram temperatura ambiente, e 
formaram um preciptado de cor branca proveniente do (Ac)2ZN com uma textura mais 
grossa. 
14 
 
 
Figura 10 Tubo de ensaio com a mistura 3:4 
 
A equação desta reação pode ser dada na seguinte forma: 
 
 
Na2CO3(aq) + (Ac)2Zn(aq) → Na2Zn + (Ac)2CO3 
 
Décima primeira mistura - 3:5 
 
Fizemos a junção do tubo de ensaio 3 (que continha Na2CO3) com o tubo 5 (que 
continha Na2S), ambas soluções eram incolores inicialmente e estavam em temperatura 
ambiente. 
Misturamos 10 gotas de cada solução em um tubo de ensaio diferente e agitamos. 
Não houve nenhuma alteração na aparência nem na temperatura da nova solução, 
formou uma mistura homogênea. 
15 
 
 
Figura 11. Tubo de ensaio com a mistura 3:5 
 
Reação que ocorreu entre Na2CO3 e Na2S: 
 
Na2CO3(aq) + Na2S(aq) → Na2CO3(aq) + Na2S(aq) 
 
Não houve nenhuma mudança. 
 
Décima segunda mistura – 3:6 
 
Fizemos a junção do tubo de ensaio 3 (que continha Na2CO3) com o tubo 6 (que 
continha H2SO4), ambas soluções eram incolores inicialmente e estavam em 
temperatura ambiente. 
Misturamos 10 gotas de cada solução em um tubo de ensaio diferente e agitamos. 
Não houve nenhuma alteração na aparência nem na temperatura da nova solução, 
formou uma mistura homogênea. 
Houve uma transformação química, mesmo não alterando a forma física. 
 
Reação que ocorreu entre Na2CO3 e H2SO4: 
 
Na2CO3(aq) + H2SO4(aq) → Na2SO4(aq) + H2O(l) + CO2(g) 
 
Com isso notamos que o Na2SO4 é solúvel em água e houve liberação de gás 
(CO2) mesmo não emitindo som e bolhas. 
16 
 
 
Figura 12. Tubo de ensaio com a mistura 3:6 
 
 
Décima terceira mistura – 4:5 
 
Fizemos a junção do tubo de ensaio 4 (que continha (Ac)2Zn) com o tubo 5 (que 
continha Na2S), ambas soluções eram incolores inicialmente e estavam em temperatura 
ambiente. 
Misturamos 10 gotas de cada solução em um tubo de ensaio diferente e agitamos. 
Formou um precipitado branco bem consistente, não houve alteração da temperatura. 
 
Figura 13. Tubo de ensaio com a mistura 4:5 
 
Houve uma transformação química. 
 
Reação que ocorreu entre as soluções de (Ac)2Zn e Na2S: 
 
(Ac)2Zn(aq) + Na2S(aq) → (Ac)2S + Na2Zn 
 
Décima quarta mistura – 4:6 
17 
 
 
Fizemos a junção do tubo de ensaio 4 (que continha (Ac)2Zn) com o tubo 6 (que 
continha H2SO4), ambas soluções eram incolores inicialmente e estavam em 
temperatura ambiente. 
Misturamos 10 gotas de cada solução em um tubo de ensaio diferente e agitamos. 
A aparência física da mistura não foi alterada, mas houve uma alteração na temperatura, 
esquentou um pouco o tubo, pois ocorreu uma liberação de energia da reação, logo, 
sabemos que foi uma reação química. 
 
Figura 14. Tubo de ensaio com a mistura 4:6 
 
Reação que ocorreu entre as soluções de (Ac)2Zn e H2SO4: 
 
(Ac)2Zn(aq) + H2SO4(aq) → ZnH2(aq) + Ac2(SO4)(aq) 
 
Décima quinta mistura – 5:6 
 
Fizemos a junção do tubo de ensaio 5 (que continha Na2S) com o tubo 6 (que 
continha H2SO4), ambas soluções eram incolores inicialmente e estavam em 
temperatura ambiente. 
Misturamos 10 gotas de cada solução em um tubo de ensaio diferente e agitamos. 
Formou uma mistura branca amarelada homogênea com espessura parecida com a do 
leite, emitiu um odor podre, esse odor era característico do gás (sulfeto de hidrogênio) 
liberado. 
Reação química que ocorreu entre as soluções: 
Na2S(aq) + H2SO4(aq) → Na2SO4(aq) + H2S(g) 
O gás liberado foi o sulfeto de hidrogênio (incolor), além de possuir mau odor ele 
18 
 
é tóxico, algumas pessoas o chamam de gás da morte devido a suas características 
prejudiciais. Em solução aquosa é chamado de ácido sulfídrico. 
 
Figura 15. Tubo de ensaio com a mistura 5:6 
 
 
 
 
19 
 
 Conclusão: 
 
Soluções são misturas homogêneas de substâncias, onde há um soluto que está 
dissolvido em um solvente. 
Soluções aquosas são quando o solvente usado é a água. Nessas soluções, se o 
composto presente é iônico é possível que haja carga nesta solução, sendo assim, é 
uma grande condutora de eletricidade. 
Quando conduzem bastante eletricidade, são chamadas de eletrólitos fortes. E 
quando conduzem parcialmente, são chamadas de eletrólitos fracos. 
 
O que aconteceu nos experimentos que formaram precipitados, é que os íons 
presentes das substâncias reagem entre si, e formam compostos insolúveis em água. 
Estes são considerados eletrólitos fortes. 
 
Já nos experimentos em que não foram formados precipitados, as novas 
substâncias formadas são soluveis em água, sendo assim, mesmo que há a reação, não 
houve nada muito aparente. 
 
Nenhuma das reações emitiu calor, o que significa que elas são endotérmicas, 
onde há a absorção de calor para que a reação seja feita. 
 
 
 
 
 
20 
 
Referências: 
 
HIDRÓXIDO de cobre (II): estrutura, propriedades, nomenclatura, usos. 
Disponível em: https://maestrovirtuale.com/hidroxido-de-cobre-ii-estrutura-
propriedades-nomenclatura-usos/. Acesso em: 12 jul. 2021. 
 
REAÇÕES de dupla troca. Disponível em: 
https://pt.khanacademy.org/science/chemistry/chemical-reactions-stoichiome/types-of-
chemical-reactions/a/double-replacement-reactions. Acesso em: 12 jul. 2021.

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