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Princípio da insignificância ou bagatela

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Princípio da insignificância ou bagatela 
 
Originário do Direito Romano, e de cunho civilista, tal 
princípio funda-se no conhecido brocardo de minimis non curat 
praetor. Em 1964 acabou sendo introduzido no sistema penal 
por Claus Roxin, tendo em vista sua utilidade na realização dos 
objetivos sociais traçados pela moderna política 
criminal. Segundo tal princípio, o Direito Penal não deve 
preocupar-se com bagatelas, do mesmo modo que não podem 
ser admitidos tipos incriminadores que descrevam condutas 
incapazes de lesar o bem jurídico. A tipicidade penal exige um 
mínimo de lesividade ao bem jurídico protegido, pois é 
inconcebível que o legislador tenha imaginado inserir em um 
tipo penal condutas totalmente inofensivas ou incapazes de 
lesar o interesse protegido. 
Se a finalidade do tipo penal é tutelar um bem 
jurídico, sempre que a lesão for insignificante, a ponto de se 
tornar incapaz de lesar o interesse protegido, não haverá 
adequação típica. O Superior Tribunal de Justiça e o Supremo 
Tribunal Federal têm reconhecido a tese da inexistência de 
tipicidade nos chamados delitos de bagatela, aos quais se aplica 
o princípio da insignificância, dado que à lei não cabe 
preocupar-se com infrações de pouca monta, insuscetíveis de 
causar o mais ínfimo dano à coletividade. Assim, já está 
pacificado que não se deve levar em conta apenas e tão somente 
o valor subtraído como parâmetro para aplicação do princípio 
da insignificância, até porque, do contrário, por óbvio, deixaria 
de existir a modalidade tentada de vários crimes, como no 
próprio exemplo do furto simples, bem como desapareceria do 
ordenamento jurídico a figura do furto privilegiado. A lei 
9.099/95 informa que submetem-se aos Juizados Especiais 
Criminais, sendo que neles a ofensa não pode ser acoimada de 
insignificante, pois possui gravidade ao menos perceptível 
socialmente, não podendo falar-se em aplicação desse princípio. 
O princípio da insignificância não existe no plano 
abstrato. Tal conclusão depende da análise do caso em 
concreto, ou seja, no momento de aplicação da lei penal. Tal 
princípio deverá ser verificado em cada caso concreto, de acordo 
com as suas especificidades. Existem situações de aplicabilidade 
do artigo 155 do Código Penal que podem ser alcançada por este 
princípio, apenas algumas sim, porém outras não. 
 
 
 
 
Referência Bibliográfica: 
Capez, Fernando, Curso de direito penal, volume 1, parte geral : / 
Fernando Capez. – 22. ed. – São Paulo, Saraiva Educação, 2018.

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