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CONCORRÊNCIA PERFEITA

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ
FACULDADE DE VETERINÁRIA
DISCIPLINA: ECONOMIA DAS EMPRESAS AGROPECUÁRIAS
PROFESSOR: EVERTON NOGUEIRA
ANTÔNIA TAYANE VIEIRA DE MELO
GABRIELA COSTA VERAS
LYDIA LETÍCIA OLIVEIRA DE PAULO
MARCELY BRAGA ALBUQUERQUE
CONCORRÊNCIA PERFEITA
FORTALEZA - CE | 2021
1. INTRODUÇÃO
Em economia, concorrência perfeita ou concorrência pura descreve mercados em que nenhum
participante tem poder de mercado para definir o preço de um produto homogêneo, ou seja, a é uma situação
ideal de mercado na qual existe uma grande quantidade de vendedores e uma grande quantidade de
compradores. Nessa modalidade, nenhuma empresa sozinha pode influenciar no preço de mercado. As
firmas produtoras e os consumidores determinarão a quantidade e preço a serem seguidos por todos nesse
setor. Esse cenário favorece um equilíbrio natural nos preços pela relação entre a oferta e a demanda.
Embora seja uma hipótese ideal, a partir dela é possível construir modelos próximos da realidade. Assim, a
competição perfeita pode servir como ponto de referência para avaliar mercados de concorrência imperfeita
no mundo real.
2. CARACTERÍSTICAS DA CONCORRÊNCIA PERFEITA
Fabiano Del Masso (2012, p. 213) nos dá as características dessa concorrência: “A concorrência
perfeita tem as seguintes características: a) tanto do lado da demanda quando da oferta, existe um grande
número de sujeitos econômicos em ação, e nenhum deles pode, sozinho, alterar o volume global da
produção, o preço do produto ou qualquer outro dado; b) o produto produzido por qualquer agente é igual a
de outro concorrente, de modo que o consumidor não tem motivos para preferir uma mercadoria em vez de
outra; c) não há qualquer empecilho à entrada de novos agentes produtores no mercado; d) consumidores e
produtores tem conhecimento de que está ocorrendo no mercado; e os fatores de produção podem
deslocar-se, livremente, de um para o outro setor”. Observemos que o conceito geral de concorrência e o de
concorrência perfeita são praticamente opostos, visto que, no geral, a concorrência é uma rivalidade, uma
empresa querendo mais que a outra. E na segunda, temos uma situação estática, em que nenhum
empreendedor compete, todos fazem absolutamente o mesmo.
O açúcar se encaixa no modelo de concorrência perfeita, pois este é um produto de origem natural e a
atividade econômica pode ser explorada por qualquer um que esteja disposto a investir. Além disso, há uma
vasta quantidade de produtores e de interessados em consumir o açúcar. Isso permite que o preço se
estabilize e que haja certo equilíbrio entre aqueles que participam desse mercado. Mesmo que existam
muitas marcas de açúcar, não há grande diferenciação entre elas. O produto oferecido possui
homogeneidade. Se uma empresa de açúcar, por exemplo, tentar elevar individualmente o seu preço, ela
perderá grande parte da procura. Isso porque o consumidor vai preferir comprar do concorrente, que oferece
um produto semelhante por um preço menor. Porém, tentar abaixar muito o preço do produto em uma
situação de Concorrência Perfeita também pode ser prejudicial. Nessa estrutura de mercado, a margem de
lucro não é muito elevada. Portanto, preços muito baixos podem não ser sustentáveis a longo prazo.
3. ESTRUTURA DO MERCADO DE CONCORRÊNCIA PERFEITA
Em uma situação de concorrência perfeita, o número de vendedores e consumidores precisaria ser
grande o suficiente para que nenhum player do mercado pudesse, sozinho, influenciar o seu equilíbrio.
Assim, se um vendedor abaixasse ou aumentasse seu preço deliberadamente, esse movimento não teria
influência na dinâmica do mercado como um todo. A redução do preço para valores abaixo dos praticados
terminaria com o fim dos estoques desse vendedor, enquanto que o aumento faria com que o consumidor
migrasse imediatamente para outras marcas. Além disso, para haver uma concorrência perfeita, os produtos
oferecidos deveriam ser similares, ou seja, não poderia haver diferenciação na qualidade, na embalagem ou
nos serviços associados, como o pós-venda, por exemplo. Isso significa que o consumidor encontraria
sempre opções similares para substituir sua compra. O mercado também precisaria ser permeável, ou seja,
totalmente aberto à entrada de novos concorrentes. Por fim, deveria se verificar a livre circulação de
informações, incluindo sobre lucros e preços. Nesse sistema, o fato de uma empresa obter lucros muito altos
logo atrairia novos concorrentes para o mercado, obrigando essa companhia a reduzir os seus ganhos.
4. TIPOS DE MERCADO
O mercado de concorrência perfeita se opõe a outros tipos de mercado mais comuns no mundo real,
como o monopólio e o oligopólio. O monopólio corresponde a uma situação em que há apenas um vendedor
que, por sua exclusividade, tem o poder de ditar seus preços. Já no oligopólio, que é uma estrutura de
mercado concentrada em poucas empresas, existe o risco de os vendedores combinarem preços. Talvez o
maior exemplo de oligopólio no Brasil seja o mercado de telecomunicações, no qual poucas empresas
controlam o mercado. Outra situação mais comum é a chamada concorrência monopolista, uma estrutura
intermediária entre a concorrência pura e o monopólio, onde cada empresa vende uma marca ou um produto
que difere em termos de qualidade, aparência ou reputação, e cada empresa é a única produtora de sua
própria marca.
Os desequilíbrios nas estruturas de mercado também podem ser verificados do ponto de vista dos
consumidores. No monopsônio, existe apenas um comprador para muitos vendedores de insumos ou
serviços. No Brasil, um deles é a Petrobras no mercado de gás natural, pois é a única empresa que pode
comprar o gás natural do gasoduto Brasil-Bolívia e revender no Brasil. Em uma lógica similar, o oligopsônio
corresponde a um mercado com poucos compradores e um bom exemplo de oligopsônio é o mercado de
aeronaves. Em ambos os casos, esses compradores têm o poder de negociar preços mais vantajosos, em
detrimento dos interesses e das necessidades dos vendedores.
5. CONCLUSÃO
A longo prazo, empresas perfeitamente competitivas vão reagir aos lucros aumentando sua produção.
Elas responderão às perdas diminuindo sua produção ou saindo do mercado. Em última análise, um
equilíbrio de longo prazo será alcançado quando nenhuma nova empresa quiser entrar no mercado e as
empresas existentes não quiserem sair, uma vez que os lucros econômicos tenham sido reduzidos a zero.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, ÁLVARO (2007); "Economia Aplicada para Gestores", Vila Nova de Gaia: Espaço Atlântico -
Publicações e Marketing, Lda.
Kupfer, David. "Padrões de concorrência e competitividade." Encontro Nacional da ANPEC 20 (1992):
355-372.
DE OLIVEIRA PELEGRINI, Andréa; BAÍS, Isadora Ceolin. Da concorrência perfeita e imperfeita. ETIC-ENCONTRO
DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA-ISSN 21-76-8498, v. 10, n. 10, 2014.
MARTINS, André Moreira. Mercado Ibérico de Electricidade-Simulação de um Modelo em Concorrência Perfeita.
2011.
FRANÇA, José Antonio de; LUSTOSA, Paulo Roberto Barbosa. Eficiência e alavancagem operacional sob
concorrência perfeita: uma discussão com base nas abordagens contábil e econômica. 2011.

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