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PEÇA 02 PRATICA III - RESPOSTA A ACUSAÇÃO

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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA XX CRIMINAL DA COMARCA XX.
ANTONIO, nacionalidade, casado, desempregado, portador da cédula de identidade nº xxxxxx, portador do cadastro de pessoa física nº xxxxxx, domiciliado e residente, bairro, rua, nº, cidade, estado, vem respeitosamente por intermédio de seu advogado OAB nº xxxxxx, mediante procuração em anexo, fundamentado nos artigos 396 e 396-A CPP apresentar.
RESPOSTA À ACUSAÇÃO
DOS FATOS.
Segundo consta na denúncia, o acusado durante a pandemia de coronavírus perdeu sua fonte de renda, ficou desempregado, passando a fortes privações juntamente com sua família, há dois dias sem se alimentar vendo sua família sem ter o que comer adentra a panificadora Romana e subtrai pão e leite onde foi presenciado por Flávia e Romeu, após a apuração dos fatos e terminando a fase investigatória o ministério público o denuncio pela pratica de furto, devidamente citado dia 14.04.21.
FUNDAMENTOS.
Verifica-se que o acusado agiu em estado de necessidade, ação motivada pelo fato de ver sua família que há dois dias não se alimentava, conduta se amolda no artigo 24 CP excluindo a ilicitude da conduta.
A aplicação do princípio da insignificância na conduta acima mencionada, por não haver violência, a conduta é irrelevante, não houve periculosidade social da ação, reduzido grau de reprovabilidade do comportamento O acusado não praticou por sua vontade, e sim por não ter outro modo para trazer o sustento para família.
O Furto a que mencionado foi inferior a um salário mínimo, assim ele recai no princípio da insignificância, sendo o valor do produto ínfimo, referente um pacote de pão e um leite valores que não passam de 10 Reais nos valores atuais.
Cezar Roberto Bitencourt - princípio da insignificância / bagatela.
A tipicidade penal exige uma ofensa de alguma gravidade aos bens jurídicos protegidos, pois nem sempre qualquer ofensa a esses bens ou interesses é suficiente para configurar o injusto típico. Segundo esse princípio, que Klaus Tiedemann chamou de princípio da insignificância ou bagatela, é imperativa uma efetiva proporcionalidade entre a gravidade da conduta que se pretende punir e a drasticidade da intervenção estatal. Amiúde, condutas que se amoldam a determinado tipo penal, sob o ponto de vista formal, não apresentam nenhuma relevância material. Nessas circunstâncias, pode-se afastar liminarmente a tipicidade penal porque em verdade o bem jurídico não chegou a ser lesado.
Entendimento do supremo tribuna de justiça na aplicação do princípio da insignificância no furto HABEAS CORPUS HC- 614878 SP 2020/0247904-6 (STJ).
PEDIDOS.
Posto isto, tendo em vista a situação descrita na denúncia e o peque no valor dos objetos furtados, requer -se a atipicidade da conduta face o reconhecimento do princípio da insignificância já adotado nos tribunais superiores.
Requer absolvição sumariamente do acusado os termos do artigo 397, inciso I do Código de Processo Penal. 
Requer-se, a desclassificação do delito de furto, com aplicação do estado de necessidade levando em consideração o momento que o acusado estava passando, o acusado é primário, bons antecedentes, residência fixa, não tem realizado essa conduta reentradas vezes.
Requer que a ação seja extinta e seu nome venha ser retido do rol dos culpados, que seja conservada sua primariedade.
Nestes termos.
Pede o deferimento.
24 de abril de 2021
ADVOGADO/OAB
ROL DE TESTEMUNHAS:
1-Flávia.
2-Romeu.

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