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DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E ARREPENDIMENTO EFICAZ

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DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E 
ARREPENDIMENTO EFICAZ 
Considerações preliminares 
São espécies de tentativa 
abandonada ou qualificada. Como o 
próprio nome diz, havia uma 
tentativa, que foi abandonada. Em 
outras palavras, o agente pretendia 
produzir o resultado 
consumativo, mas acabou por mudar 
de ideia, vindo a impedi-lo por sua 
própria vontade. Desse modo, o 
resultado não se produz por força da 
vontade do agente, ao contrário da 
tentativa, na qual atuam 
circunstâncias alheias a essa 
vontade. Ainda, a tentativa 
abandonada é chamada de ponte de 
ouro, porque provoca uma 
readequação típica mais benéfica 
para o autor. 
 
Natureza jurídica 
Há uma renúncia do Estado ao jus 
puniendi, como diz Von Liszt, ‘a 
lei, por considerações de política 
criminal, pode construir uma ponte 
de ouro para a retirada do agente 
que se tornara passível de pena’. 
Distinção com a tentativa 
Na tentativa, o resultado não se 
produz em face da interferência de 
circunstâncias alheias a essa 
vontade, enquanto na tentativa 
abandonada é a vontade do próprio 
agente que impede o resultado. Na 
tentativa, o agente diz «quero, mas 
não consigo», ao passo que na 
tentativa abandonada ele diz «eu 
consigo, mas não quero». 
 
Conceito de desistência voluntária 
O agente interrompe 
voluntariamente a execução do 
crime, impedindo, desse modo, a sua 
consumação. Nela dá-se o início de 
execução, porém o agente muda de 
ideia e, por sua própria 
vontade, interrompe a sequência de 
atos executórios, fazendo com que o 
resultado não aconteça. 
 
Conceito de arrependimento eficaz 
O agente, após encerrar a 
execução do crime, impede a 
produção do resultado. Por 
exemplo, o agente descarrega sua 
arma de fogo na vítima, ferindo-a 
gravemente, mas, arrependendo-se 
do desejo de matá-la, presta-lhe 
imediato e exitoso 
socorro, impedindo o evento 
letal. Observe-se que o 
arrependimento tem que ser 
eficaz, pois o arrependimento 
ineficaz é irrelevante, não trazendo 
qualquer consequência, devendo o 
agente responder pelo crime 
praticado. É indiferente a razão 
interna do arrependimento ou da 
mudança de propósito. 
Ato voluntário e ato involuntário 
Voluntário é tudo aquilo que 
fazemos por nossa vontade, sem que 
ninguém nos obrigue. É como se o 
agente dissesse «posso prosseguir, mas 
não quero». Neste último caso, o 
larápio gostaria de ter 
prosseguido, mas teve medo de ser 
preso e fugiu, interrompendo a 
execução por circunstâncias alheias 
à sua vontade. Aqui, é como se o 
agente dissesse quero prosseguir, mas 
não posso. 
Distinção 
 
Em ambos os casos, a diferença é a de 
que o resultado não se produz em 
razão da vontade do próprio agente.

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