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DIREITO COMERCIAL x DIREITO EMPRESARIAL Conceito | Evolução Histórica | Âmbito de abordagem Prof. Thiago Cadidé Prof. Thiago Cadidé Conjunto específico de normas (regras e princípios) que disciplinam a atividade econômica organizada para produção ou circulação e bens ou serviços (empresa) e aqueles que a exercem profissionalmente (empresários). André Luiz Santa Cruz Um complexo de regras e princípios que disciplina a atividade econômica organizada dirigida à satisfação das necessidades do mercado, e todos os atos nos quais essa atividade se concretiza. Marlon Tomazette CONCEITO Prof. Thiago Cadidé DIREITO COMERCIAL DIREITO EMPRESARIAL Voltado para os atos de comércio (troca de mercadorias); Voltado para uma forma de exercer uma atividade, isto é, a atividade empresarial; EVOLUÇÃO HISTÓRICA EVOLUÇÃO HISTÓRICA CONSIDERAÇÕES INICIAIS O hoje denominado “direito empresarial” é fruto de evolução histórica, e desenvolvimento social; Os institutos e sub-ramos estudados nesta disciplina estão ligados a todo esse histórico de demandas das relações estabelecidas entre os indivíduos; Entender todo esse histórico, portanto, permiti-nos construir as bases para o estudo atual; A expressão “comércio” origina-se do latim commutatio mercium, que significa troca de mercadoria. Prof. Thiago Cadidé EVOLUÇÃO HISTÓRICA MOMENTOS ANTERIORES AO DIREITO COMERCIAL Autossuficiência dos clãs e famílias; Primeiras relações de trocas de mercadoria, produtos da terra e de confecções particulares; Surgimento da moeda; Transações em larga escala. Os profissionais do comércio (comerciantes ou mercadores); Intermediação; Habitualidade; Intuito de lucro. Não havia regulamentação sistematizada; Regras esparsas para manutenção da própria relação comercial e paz entre os agentes, sem sistematização e generalização. Prof. Thiago Cadidé TROCAS COMPRA E VENDA 1ª FASE - Surgimento dos COMERCIANTES SISTEMA SUBJETIVO Fim do Império Romano. Idade Média. Crise no sistema feudal; Aumento das relações comerciais, sobretudo através do Mar Mediterrâneo; Crescimento das cidades (Burgos); Fortalecimento e união dos mercadores ambulantes para abastecimento das cidades; Especialização das atividades e surgimento da burguesia; Insuficiência de normas disciplinadoras da novel atividade comercial; Prof. Thiago Cadidé EVOLUÇÃO HISTÓRICA 1ª FASE - Surgimento dos COMERCIANTES Formação das CORPORAÇÕES DE OFÍCIO específicas em algumas cidades (de artesãos, tecelões, boticários etc.); Definem regras que valem para os seus participantes e têm jurisdição própria; Aumentam a sua força econômica e, consequentemente, política. Cônsul eleito pelos comerciantes julgava com base no ordenamento válido apenas para os comerciantes; Formação dos Estatutos das Corporações (Direito Estatutário); “Direito nichado”, exclusivo para a classe profissional e sem atuação estatal; “Tratava-se de um direito essencialmente de classe, especificamente das corporações de ofício, e cuidava especialmente da mercancia”. (Edilson Enedino) Prof. Thiago Cadidé EVOLUÇÃO HISTÓRICA 2ª FASE - Regulação dos ATOS DE COMÉRCIO SISTEMA OBJETIVO Surgimento dos Estados nacionais (poder econômico da burguesia + poder administrativo dos reis); Os mercadores passaram a financiar o monarca para unificar os feudos em troca da aplicação das leis das corporações a toda a sociedade. A burguesia começa a exigir regulamentação das atividades comerciais de forma mais abrangente (unidade monetária, regras claras de transações, instituições bancárias fortes etc.); Estatização do Direito Comercial; Surgimento dos Títulos Cambiários – facilitação da circulação de riqueza; Surgimento da atividade bancária; Prof. Thiago Cadidé EVOLUÇÃO HISTÓRICA 2ª FASE - Regulação dos ATOS DE COMÉRCIO SISTEMA OBJETIVO A atividade comercial fica mais complexa, carecendo de normas que vinculem não pessoas, mas os próprios atos; Código Napoleônico de 1807 - marca o início dessa fase; O Direito Comercial não é mais “nichado”, exclusivo dos comerciantes, mas vale para todos os que praticarem os atos de comércio; Tornou-se objetivo o direito comercial, é dizer, transformou-se em um ramo do direito aplicável a determinados atos, não a determinadas pessoas; Concepção adotada pelo Código Comercial do Brasil de 1850; Prof. Thiago Cadidé EVOLUÇÃO HISTÓRICA 2ª FASE - Regulação dos ATOS DE COMÉRCIO SISTEMA OBJETIVO A legislação comercial enumerava uma série de atos de comércio, tão imprescindíveis para o desenvolvimento do Estado que mereceram uma proteção especial. Prof. Thiago Cadidé EVOLUÇÃO HISTÓRICA 3ª FASE - TEORIA DA EMPRESA SISTEMA SUBJETIVO MODERNO Os avanços da Revolução Industrial fizeram surgir várias novas modalidades de atos de comércio, de troca de mercadoria e riquezas; O Direito Comercial voltado para os atos de comércio já não mais comportava as novas relações e atividades econômicas, a exemplo da prestação de serviços; Código Civil Italiano de 1942 unificou o direito privado em um mesmo diploma (civil + comercial); A centralidade do Direito Comercial é transferida dos atos de comércio para a empresa; Prof. Thiago Cadidé EVOLUÇÃO HISTÓRICA 3ª FASE - TEORIA DA EMPRESA SISTEMA SUBJETIVO MODERNO “A teoria da empresa faz com que o direito comercial não se ocupe apenas com alguns atos isolados, mas com uma forma específica de exercer uma atividade econômica: a forma empresarial” (André Luiz S. Cruz); A proteção do direito comercial deve recair sobre a empresa, que significa atividade empresarial, com fim lucrativo, organizada para a produção ou circulação de bens e serviços. Regula-se, então, a atividade empresarial e todos os atos a ela relacionados. Não mais os atos isolados nem mais pessoas determinadas. Prof. Thiago Cadidé EVOLUÇÃO HISTÓRICA 3ª FASE - TEORIA DA EMPRESA SISTEMA SUBJETIVO MODERNO Na origem da 3ª fase, na Itália fascista, o termo “empresa” podia assumir 4 perfis: SUBJETIVO a empresa seria uma pessoa (física ou jurídica, é preciso ressaltar), ou seja, o empresário; FUNCIONAL a empresa seria uma particular força em movimento que é a atividade empresarial dirigida a um determinado escopo produtivo, ou seja, uma atividade econômica organizada; OBJETIVO a empresa seria um conjunto de bens afetados ao exercício da atividade econômica desempenhada, ou seja, o estabelecimento empresarial; CORPORATIVO a empresa seria uma comunidade laboral, uma instituição que reúne o empresário e seus auxiliares ou colaboradores. Superada, pois só encontrava seu fundamento na ideologia fascista da época. Prof. Thiago Cadidé EVOLUÇÃO HISTÓRICA Prof. Thiago Cadidé EVOLUÇÃO HISTÓRICA NO BRASIL O Código Comercial era de 1850, profundamente inspirado na ideia dos “atos de comércio”; Após as inovações trazidas pelo Código Civil italiano de 1942, a legislação pátria começou a ser alterada, aproximando-se da “teoria da empresa”; O CDC (1990) é um dos grandes exemplos, quando trouxe como fornecedor aquele que produzia, distribuía, vendia, enfim, todos aqueles que participavam da cadeia produtiva, além de incluir os prestadores de serviço; O CC/02 derrogou parte do Código Comercial e colocou o país definitivamente na 3ª fase, centralizando o Direito Comercial na empresa. Prof. Thiago Cadidé EVOLUÇÃO HISTÓRICA Prof. Thiago Cadidé EVOLUÇÃO HISTÓRICA O direito empresarial regula os direitos e interesses daqueles que exercem atividades de produção e circulação de bens e serviços com finalidade econômica (Marlon Tomazette); Não regula os atos praticado pelos denominados comerciantes (da 1ª fase); Não regula os “atos de comércio”, previamente selecionados (da 2ª fase). Prof. Thiago Cadidé ÂMBITO DE ABORDAGEM DO D. EMPRESARIAL Prof. Thiago Cadidé DIREITO COMERCIAL DIREITO EMPRESARIAL Voltado para os atos decomércio (troca de mercadorias); Voltado para uma forma de exercer uma atividade, isto é, a atividade empresarial; Gostou do material? Acompanhe mais sobre Direito Empresarial no meu perfil do Passei Direto: https://www.passeidireto.com/perfil/31831357/ Também lhe convido a me acompanhar no Instagram, onde compartilho um pouco mais de conhecimento: Prof. Thiago Cadidé
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