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Inflamação e reparo tecidual

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Disciplina de Patologia Geral 
Guia da aula I– Aula teórica
Inflamação e reparo tecidual
QUESTÕES DE APRENDIZAGEM
1. Quais as diferenças existentes entre a Patologia Geral e a Patologia sistêmica?
R: A Patologia Geral estuda os aspectos comuns ás diferentes doenças no que se refere a suas causas, mecanismos patogenéticos, lesões estruturais e alterações da função. Já a Patologia sistêmica ocupa-se das doenças de um determinado órgão ou sistema (sistema respiratório, cavidade oral etc.) ou estuda as doenças agrupada por suas causas (doenças infecciosas, doenças causadas por radiação etc.).
2. Defina Etiologia
R: A Patologia cuida dos aspectos de Etiologia (Estudo das causas)
3. Defina Patogenia
R: A patogenia refere-se à sequência de acontecimentos contidos na resposta das células ou dos tecidos, ou de todo o organismo, à causa - desde o estímulo inicial até a última expressão de manifestações da doença. Patogênese (estudo dos mecanismos).
4. Descreva as respostas celulares frente ao estresse e estímulos nocivos?
R: A capacidade de uma célula em se adaptar ás condições que lhe são impostas depende do tipo de estimulo sua intensidade, duração e dos graus de diferenciação e especialização celulares. Usualmente as células adaptam-se por diferentes alterações células, que repercutem nos tecidos e órgãos, a sabe, hiperplasia, hipoplasia, hipertrofia, hipotrofia, atrofia, metaplasia e acúmulos intracelulares. 
Respostas no interior das células e suas características:
Atrofia- Diminuição do tamanho ou da função.
Hipertrofia- Aumento do tamanho e da capacidade funcional.
Hiperplasia- Aumento do número das células em um órgão ou tecido.
Metaplasia- Modificação de um tipo celular diferenciado em outro.
Displasia- Crescimento e organização desordenados e irregulares.
Depósito intracelular- Acúmulo de materiais no interior da célula.
Respostar fora das células:
Calcificação distrófica- Depósitos de sais de cálcio nos tecidos.
Depósitos de hialina- Material avermelhado homogêneo em diversas lesões.
5. Diferencie e descreva as características presentes em uma lesão reversível e uma lesão irreversível
6. Descreva a hipertrofia e caracterize de acordo com as condições que propiciam a ocorrência da mesma
R: É o aumento do tamanho das células e, consequentemente, do órgão, e de parte do corpo. As causas de hipertrofia é resposta a incrementos fisiológicos ou anormais nos níveis de hormônios e o aumento da demanda funcional. Por exemplo: 
· Um aumento nos exercícios físicos pode acarretar aumento do tamanho do músculo.
· Na desintoxicação medicamentosa, um incremento no tamanho do hepatócito pode se dever ao aumento do reticulo endoplasmático liso que contém enzimas de detoxicação.
· A hipertensão sistêmica pode provocar aumento do tamanho do coração.
· A remoção de um rim pode provocar aumento do tamanho do rim contralateral.
7. Descreva hiperplasia e diferencie a patológica da fisiológica
R: É o aumento no número de células (proliferação) em um tecido ou órgão ou de parte do corpo. As causas da hiperplasia: 
· Estimulação hormonal, seja fisiológica ou patológica. Por exemplo:
Um incremento nos estrogênios na puberdade provoca aumento do tamanho do útero.
A redução da inativação de estrogênio por um fígado doente provoca aumento dos níveis desse hormônio.
· Aumento da demanda funcional. Por exemplo:
Residência em grande altitude provoca aumento dos precursores de hemácias para compensar o baixo teor de oxigênio do ar.
Infecção bacteriana ou rejeição a transplante podem provoca aumento do número de linfócitos.
· Lesão celular crônica. Por exemplo:
Pressão provoada por calçados mal ajustados pode causar lesão celular crônica, acarretando hiperplasia da pele. (calos ou calosidades).
8. O que é a atrofia e quais as suas causas possíveis?
R: Atrofia é a diminuição do tamanho ou da função celulares, com diminuição do volume das células e dos órgãos. Suas causas são:
· Redução da demanda funcional, como o que ocorre no repouso prolongado no leito ou na imobilização de um membro.
· Redução da circulação sanguínea (isquemia), que pode resultar em redução do fornecimento de oxigênio e nutrientes.
· Interrupção de sinais tróficos, como ocorre na redução de níveis hormonais ou na desnervação de musculo.
· Lesão persistente causada por inflamação crônica.
· Envelhecimento.
9. O que é a metaplasia e por quais mecanismos ela ocorre?
R: É a alteração reversível onde um tipo de célula adulta, epitelial ou mesenquimal, é substituída por outro tipo de célula adulta. Por exemplo:
· Nos fumantes, tabagismo, que pode provocar a conversão de epitélio colunar ciliado pseudo-estratificado em epitélio escamoso estratificado nos brônquios.
· Infecção crônica da endocérvice, que pode acarretar a conversão de epitélio colunar simples em epitélio escamoso estratificado.
· O refluxo crônico de ácido gástrico para o esôfago, gastrite crônica e inflamação crônica da bexiga.
10. Quais são as causas da lesão celular?
R: A lesão celular pode ser causada por:
· Hipoxia / isquemia / reperfusão 
· Agentes físicos, químicos, infecciosos e parasitários 
· Reação inflamatórias e imunológicas
· Defeitos genéticos 
· Distúrbios nutricionais 
11. Quais alterações morfológicas acompanham as lesões celulares.
R: As alterações morfológicas que caracterizam as lesões podem ser observadas a olho nu (alterações macroscópicas) ou a microscopia de luz ou eletrônica. O aspecto morfológico de uma lesão varia de acordo com o momento em que ela é examinada. Toda lesão se inicia no nível molecular. As alterações morfológicas celulares surgem em consequência de modificações na estrutura das membranas, do citoesqueleto e de outros componentes, além do acumulo de substancia nos espaços intercelulares.
12. Quais os possíveis desfechos das lesões celulares?
13. Defina necrose
R: Compreende as alterações morfológicas no organismo vivo, que seguem a morte celular e envolvem a desnaturação proteica e a progressiva ação enzimática degradativa nas células com lesão irreversível, sendo desencadeada reação inflamatória. As células que morrem por necrose usualmente apresentam-se com tumefação, ou degeneração hidrópica, na fase de lesão reversível. Há vários tipos de necrose a saber: coagulação, liquefativa, gordurosa, caseosa, fibroide, gomosa e lítica.
14. Defina apoptose
R: A Apoptose, conhecida como morte celular programada, é uma via pré-agendada de morte celular por meio da qual a célula comete suicídio em nome do bem esta do organismo. É importante nos processos de desenvolvimento e fisiológico.
15. Diferencie apoptose de necrose destacando seus pontos convergentes e divergentes
· A severidade de um estimulo determina a necrose quando, inicialmente, há dano na membrana citoplasmática, provocando a tumefação celular, o que não se dá na apoptose, cuja células mostram redução de volume.
· A apoptose envolve células isoladas ou em pequenos grupos, enquanto na necrose muitas células morrem.
· A apoptose não promove a reação inflamatória, ao contrário da necrose, por envolver dano celular com rotura da membrana citoplasmática.
· A apoptose, dependente de energia ATP, ao contrário da necrose.
16. Quais os padrões de necrose celular e como eles podem ser agrupados?
17. Quais os mecanismos associados à instalação das lesões celulares?
R: Pode ocorrer lesão celular aguda quando a célula é modificada por alteração ambientas.
· Geração de formas de oxigênio reativas- A obstrução de fluxo sanguíneo pode acarretar leão celular isquêmica. Essa lesão provoca redução da síntese de ATP e também desequilíbrio químicos de pH acompanhados por estimulação da geração de radicais livres lesivos. As FOR foram incriminadas como a provável causa da lesão celular em muitas doenças. O oxigênio é essencial para a vida, mas seu metabolismo pode produzir formas de oxigênio parcialmente reduzidas, capazes de provocar lesão celular em muitos órgãos. 
· Lesão por isquemia/ reperfusão- Condição como infecção ou choque podem provocar uma isquemia transitória, sucedida peloestabelecimento do fluxo sanguíneo (reperfusão). A lesão isquêmica pode gerar radicais livres, e a reperfusão pode proporcionar O2 para combinar com radicais livres, formando FOR.
· Lesão por Radicais Ionizante- Pode causar a formação de radicais hidroxila lesivo. Doses altas de radiação ionizante podem acarretar necrose de células tanto em proliferação quanto quiescentes.
· Citotoxicidade viral- Lesão direta: ruptura dos mecanismos homeostáticos normais da célula pelo vírus e lesão imunológica: reconhecimento, pelo sistema imunológico, de antígenos virais expressos pela celula infectada pelo vírus, resultante em apoptose ou necrose da celula por meio da via do complemento ou da via mediada por células T citotóxicas.
· Lesão química- Lesão direta: substância química toxicas podem interagir diretamente com constituintes celulares sem necessidade de ativação metabólica. A exemplo: metais pesados, cianeto e faloidina). Lesão indireta: A ação do sistema da oxigenasse de função mista nos hepatócitos, pode metabolizar substancias ingeridas ou administradas, formando substancias toxicas muito reativas. (tetracloreto de carbono).
· Atividade anormal de proteína G- Diversos receptores de membranas estão associados a proteínas G intracelulares que, por sua vez, ativam a sinalização descendente.
18. Quais as causas da apoptose e em que condições ela pode ser encontrada no âmbito fisiológico?
19. Discorra sobrea a ocorrência patológica da apoptose
R: A apoptose ocorre nas situações como:
· Embriogênese; 
· Involução celular hormônio-dependente (mama após a lactação);
· Controle da proliferação celular epitelial e linfocitária;
· Morte celular tumoral;
· Mortes linfocitárias T e B ou Induzida por linfócitos T citotóxicos;
· Mortes de neutrófilos na reação inflamatória;
· Atrofia parenquimal, após abstrução ductal;
· Secundaria as infecção virais ( corpúsculo de councilman no fígado)
· Induzida por radiação, hipóxia, drogas, etc ( dano no DNA);
· Acúmulo de proteínas mal-dobradas (estresse do reticulo endoplasmático)
· Envelhecimento e perda de ancoragem com a matriz extracelular ou com outras células.
20. Quais alterações morfológicas e bioquímicas estão associadas a apoptose?
R: As células apoptóticas enrugam, seu núcleo sofre condensação e o DNA nuclear se rompe em fragmentos. As células que morrem por apoptose não lesam suas vizinhas. A apoptose resulta de duas vias bioquímicas conhecidas como extrínseca, e intrínseca ou mitocondrial. A via extrínseca inicia-se pela ativação de receptores específicos transmembrana citoplasmática, enquanto a mitocondrial envolve estímulos intracelulares, em ambas as vias a caspase iniciadoras são ativadas. Os aspectos bioquímicos principais na apoptose são: 
· Hidrólise proteica dos citoesqueletos nuclear e citoplasmático pela ação das caspases.
· Ligações covalentes cruzadas entre as proteínas hidrolisadas pela ativação das transglutaminases.
· Fragmentação do DNA pelas endonucleases.
· Reconhecimento fagócitico pela expressão de fosfatidilserina e trombospondina, na superfície externa de células apoptoticas facilitando a fagocitose pelos macrófagos e pelas células parenquimais.
21. Descreva os mecanismos responsáveis pela ocorrência do apoptose.
R: Os mecanismos de indução da apoptose são:
· A apoptose pode ser iniciada por interação de receptor-ligante na membrana celular. Quando receptores transmembrana para TNF-a e Faz são ativados, sequencias de domínio morte nas caudas citoplasmáticas dos receptores funcionam como ancoragem para proteínas que conduzem a uma cascata de proteases do tipo caspase que inicia a apoptose.
· A apoptose pode ser medida por mitocôndrias. As FOR e /ou o radical oxido nítrico podem provocar a abertura de PTPM. Por sua vez, essa abertura leva ao extravasamento de citocromo C para o citoplasma. A saída de citocromo C para o citoplasma induz a apoptose.
· A apoptose pode ser ativada por P53. Diversas forma de estresse ( hipóxia, depleção de ribonucleotideos, perda de aderência intercelular) levam ao acumulo de p53.
22. Descreva a necroptose
R: É a morte celular por necrose induzida ativamente e regulada pela célula, independentemente da ativação das cascases. Costuma ocorrer após infecção bacterianas e virais, ativação dos receptores da morte 
(Receptores de fator de necrose tumoral); ação de radicais livres do oxigênio; substancias toxicas; hipóxia, etc. A necroptose é caracterizada por tumefação celular (oncose) e das organelas, formação de vacúolos intracelulares e a ruptura rápida da membrana citoplasmática e consequentemente, a promoção da reação inflamatória. A degradação do complexo RIP1 catalisada pela caspase 8 é responsável por desencadear apoptose.
23. Descreva a autofagia
R: A autofagia é a morte celular decorrente do envolvimento de componentes próprios da célula por membranas, constituindo os autofagossomos, que se unem com os lisossomos, sendo degradados os constituintes celulares pelas enzimas lisossomais. Trata-se, de um processo onde a célula digere o seu próprio conteúdo. Ocorre, usualmente, como um mecanismo adaptativo em diversas situações de estresse, permitindo à célula manter a sua integridade pela reciclagem de metabólitos essenciais e a eliminação de seus detritos, renovação de suas organelas e remoção de acúmulos intracelulares, associados com o envelhecimento. Os grânulos de lipofuscina surgem como produtos da autofagia. Porém, a morte celular por autofagia ocorre quando a célula não é mais capaz de lidar com a situação de estresse. Várias condições patológicas estão envolvidas com a autofagia: câncer, doenças neurodegenerativas, cardiomiopatias, diabetes mellitus tipo II, esteatose hepática, envelhecimento, doenças infecciosas, doenças inflamatórias crônicas, etc.
24. Quais são e como se dão os acúmulos celulares? Aborde descrevendo as características
R: Os acúmulos intracelulares - podem ser caracterizados por: 
· Constituintes celulares normais: água, lipídeos, proteínas e carboidratos; 
· Substâncias anormais endógenas: (produtos de síntese ou metabolismo anômalo envolvendo os glicídeos, os lipídeos e as proteínas) ou exógenas [mineral (sílica); produtos de agentes infecciosos, como a hemozoína ou pigmento malárico, produto da degradação da hemoglobina pelo Plasmodium spp, que degradam a hemoglobina.
· Pigmentos exógenos: antracótico na antracose pulmonar e em linfonodos hilares pulmonares, por micropartículas de carvão inspiradas do ar atmosférico, fagocitadas pelos macrófagos; partículas de prata, como pigmento negro, na argiria, pela deposição de sais de prata nos tecidos, pela manipulação (minas, fabrico de joias), inalação, ou por obturações dentárias com amálgama; pigmentos de ouro, na chamada crisíase ou auríase, pelo uso de medicamentos com sais de ouro; pigmentos de tatuagem fagocitados por macrófagos, fibroblastos e células endoteliais, na derme, etc.) 
· Pigmentos endógenos: lipofuscina, ou pigmento ceróide, do desgaste, do envelhecimento, por peroxidação dos lipídeos poli-insaturados das membranas subcelulares, sendo formada por complexos de proteínas com polímeros de fosfolipídeos e lipídeos, gerando-se um pigmento amarelo-acastanhado; melanina, pigmento castanho ou negro, derivada da oxidação da tirosina e presente nos melanócitos e nos queratinócitos da epiderme, em fios de cabelo, nos olhos (retina); hemossiderina, a qual é um complexo de ferritina (proteína apoferritina + hidrogenofosfato férrico), insolúvel, intracelular, que pode acumular-se nos hepatócitos e nos macrófagos em pulmões, baço, linfonodos, rins, medula óssea, e fígado (células de Kupffer), como pigmento castanho-amarelado em situações como: hemorragias, anemias hemolíticas, talassemia, congestão passiva crônica hepática, hemossiderose, etc.
25. Como se dá o processo de envelhecimento celular

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