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LIVRO - METODOLOGIA CIENTÍFICA

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Prévia do material em texto

Metodologia Científica
Lilian M. B. Testa
Poliana B. da Riva
A Faculdade Eficaz nasceu com o objetivo de promover a formação consciente 
dos cidadãos de seus direitos e deveres sociais, primando pela cidadania e soli-
dariedade humana.
Nossa tarefa é trabalhar em nossos alunos habilidades e capacidades, para 
que sejam cidadãos capazes de enfrentar as dificuldades cotidianas. Em nossos 
cursos buscamos a excelência educacional, seja por sua preocupação perante o 
avanço da ciência, da tecnologia, ou perante os anseios da sociedade moderna e 
democrática.
A Faculdade Eficaz se propõe a ser uma mediadora na transmissão dos co-
nhecimentos já produzidos pela humanidade; ponte na articulação destes conhe-
cimentos com os novos, produzidos a partir das experiências vivenciadas pelos 
discentes que é a construção do seu próprio saber e ainda: promover a integração 
destes conhecimentos pela mobilização de competências já construídas, por sua 
ampliação e pela construção de novas competências.
Portanto, entendemos que a nossa finalidade é formar profissionais com com-
petências e habilidades para atuar no contexto complexo e contraditório da eco-
nomia global, das políticas e das mudanças sociais, que afetam diretamente a vida 
cotidiana, o trabalho e as formas de organização e qualificação profissional.
Ao ingressar na Faculdade Eficaz, os alunos terão a chance não apenas de 
estudar uma nova profissão, ou aprimorá-la, mas também de ampliar sua visão de 
mundo a partir do acesso à cultura e ao conhecimento. Isto, com certeza, tornando-
-os cidadãos mais ativos e mais plurais neste mundo globalizado em que vivemos, 
assim como os torna mais bem preparados para o mercado de trabalho.
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das Professoras
Lilian Maia Borges Testa e Poliana Barbosa da Riva
Olá, prezado aluno! É com muita satisfação que faremos uma breve apresen-
tação de nossa formação acadêmica e carreira profissional como professoras do 
Ensino regular e do Ensino superior, seja na modalidade presencial, seja na moda-
lidade de ensino a distância. Dessa forma, você poderá nos conhecer melhor. Sou 
a professora Lilian Maia Borges Testa, graduada em Letras Português/Inglês, pela 
Universidade Estadual de Maringá (UEM – 2003) e também em Pedagogia, pela 
Universidade Estadual de Maringá (UEM-2013), especialista em Psicopedagogia 
Clínica e Institucional (UNICESUMAR - 2007), Docência no Ensino Superior (UNI-
CESUMAR - 2012), EAD e as Tecnologias Educacionais (UNICESUMAR - 2014), 
e Gestão Educacional (UNICESUMAR - 2015). Experiência docente de 15 anos 
na Educação Básica e de 11 anos no Ensino a Distância. Atualmente atuo como 
professora do Ensino regular na rede pública de educação do Estado do Paraná. 
Juntamente com a professora Poliana Barbosa da Riva produzimos o respectivo 
material. A professora Poliana é bióloga, graduada pela Universidade Estadual de 
Maringá - PR (UEM-2009), com habilitação em Licenciatura de Ciências e Bio-
logia. Mestre em Educação para a Ciência e Matemática (PCM) e Doutora em 
Educação para a Ciência e Matemática (PCM) pela mesma instituição de ensino 
(UEM - 2012), respectivamente. Participou do Projeto de Pesquisa - ANINQAS 
Monitoramento de Bacias Urbanas e Rurais - Análise Integrada da Qualidade da 
Água e Aspectos Sócio-Econômicos. Foi docente do Ensino superior no período de 
2012 a 2017. Membro do Grupo de Estudo, Pesquisa e Disseminação do Ensino 
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de Ciências e Biologia e da Educação Ambiental - SEMINARE e Grupo de Estudos 
e Pesquisa em Educação Ambiental e Qualidade de Vida (ambos cadastrados no 
CNPq). Atualmente, é professora de Ciências Naturais (Ensino Fundamental II) e 
Biologia (Ensino Médio).
Esperamos que você se identifique com o material, buscando em nossos escri-tos a inspiração para ampliar seu conhecimento e assim produzir seu trabalho de 
conclusão de curso de forma satisfatória e de acordo com as normas estabelecidas 
pela ABNT (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS) para produção e 
apresentação de trabalho científico.
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UNIDADE 1 - OS MÉTODOS DE PESQUISA E O TRABALHO CIENTÍFICO 9
INTRODUÇÃO DA UNIDADE ............................................................11
HISTÓRICO DO PROCESSO CIENTÍFICO ......................................12
PESQUISA .........................................................................................14
OS DIFERENTES TIPOS DE CONHECIMENTO ..............................17
CONHECIMENTO FILOSÓFICO .............................................................. 18
SENSO COMUM OU CONHECIMENTO EMPÍRICO .............................. 19
O CONHECIMENTO TEOLÓGICO OU RELIGIOSO .............................. 19
CONHECIMENTO CIENTÍFICO .............................................................. 20
O PERFIL DO PESQUISADOR .........................................................25
CARACTERÍSTICAS DO PESQUISADOR.........................................30
A IMPORTÂNCIA E O USO DA WEB PARA PESQUISA CIENTÍFICA .. 33
INDICAÇÃO DE LEITURA ..................................................................37
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................38
UNIDADE 2 - AS ETAPAS DE UMA PESQUISA CIENTÍFICA 41
INTRODUÇÃO DA UNIDADE ............................................................42
OS ELEMENTOS INTRODUTÓRIOS DE UMA PESQUISA CIENTÍFICA 
43
I – Escolha do tema ................................................................................. 44
II – Definição do problema de pesquisa ................................................ 45
III – Elaboração das hipóteses ............................................................... 46
IV – Definição dos objetivos ................................................................... 46
V - Apresentação da justificativa ........................................................... 48
REFERENCIAL TEÓRICO DA PESQUISA CIENTÍFICA ...................49
SU
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I – Qualis do artigo científico ................................................................. 51
II – Confiabilidade das informações ....................................................... 51
III – Bases de pesquisas .......................................................................... 52
METODOLOGIA: OS TIPOS DE PESQUISA E OS INSTRUMENTOS DE 
COLETA DE DADOS ..........................................................................54
1. Natureza da pesquisa .......................................................................... 57
2. Objetivo do estudo .............................................................................. 58
3. Abordagem ........................................................................................... 59
4. Procedimento técnico-metodológico ................................................ 62
5. Instrumentos de coleta de dados ...................................................... 69
INDICAÇÃO DE LEITURA ..................................................................74
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................76
UNIDADE 3 - O TRABALHO CIENTÍFICO E AS NORMAS DA ABNT 79
INTRODUÇÃO DA UNIDADE ............................................................80
A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO MONOGRÁFICO ......................80
I. Elementos pré-textuais ........................................................................ 83
II. Elementos textuais ............................................................................... 92
III. Elementos pós-textuais ...................................................................... 95
OS TIPOS DE CITAÇÕES ..................................................................97
A NORMATIZAÇÃO PARA O TRABALHO CIENTÍFICO E AS 
REFERÊNCIAS ...................................................................................104
I. Normatização do trabalho científico ................................................... 104
II. Referências bibliográficas ................................................................... 109
INDICAÇÃO DE LEITURA ..................................................................121
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...............................................................122
Os Métodos de Pesquisa e o 
Trabalho Científico 
UNIDADE 1
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
• Compreender a origem da atividade científica em todo o mundo;
• Relacionar o conceito existente entre os diferentes tipos de 
conhecimentos que temos contato atualmente;
• Analisar o processo científico, sua evolução, e como é o perfil de um 
exímio pesquisador.
PLANO DE ESTUDO
A seguir, apresentamos os tópicos, que serão estudados nesta unidade:
• Histórico do processo científico;
• Os diferentes tipos de conhecimento;
• O perfil do pesquisador.
Lilian Maia Borges Testa; Poliana Barbosa da Riva
11
Unidade I - Os Métodos de Pesquisa e o Trabalho 
Científico
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
A respectiva unidade contemplará os assuntos referentes ao processo histórico da pro-
dução científica em todo o mundo. Assim sendo, veremos como a ciência foi se desen-
volvendo no decorrer dos tempos e durante a evolução do ser humano.
Deste modo, exploraremos, a princípio, o histórico do processo científico, isto é, quando 
a pesquisa científica teve início, veremos que foi na Grécia, em meados do século VI a.C. 
Faremos, portanto, um breve apanhado de todo esse processo desde o surgimento da 
Matemática e a consolidação das demais ciências. 
Em seguida, trataremos dos diferentes tipos de conhecimentos e seus conceitos, ou 
seja, qual é a diferença entre o conhecimento visto como senso comum e o conheci-
mento científico, apontaremos também as características dos demais conhecimentos, 
como: o conhecimento teológico, o conhecimento filosófico, entre outros. Nesse tópico, 
abordaremos as respectivas conceituações de cada conhecimento apresentado, bem 
como suas características.
Por fim, descobriremos o perfil de um pesquisador, dessa forma, retomaremos as especi-
fcidades e os princípios que envolvem a pesquisa e, em seguida, faremos o apontamento 
das particularidades que um pesquisador deve ter para ser considerado como tal. 
12
Unidade I - Os Métodos de Pesquisa e o Trabalho 
Científico
Esperamos contribuir para que a sua aprendizagem seja significativa e que você adquira 
satisfatoriamente o conhecimento explicitado em nossas discussões.
HISTÓRICO DO PROCESSO CIENTÍFICO 
Sabemos que a pesquisa científica teve início na Grécia, no século VI a.C. É válido lem-
brar, ainda, que a matemática nasceu muito antes, ou melhor, com as trocas comerciais 
e as necessidades de contar objetos, logo, a necessidade de se calcular as áreas des-
tinadas ao cultivo (“cálculo” vem do latim calculus, que significa “pedra”. Nesse período, 
os pastores possuíam um pote na entrada dos celeiros, nos quais jogavam tantas pedras 
quantas fossem equivalentes às ovelhas que entravam). Sob esse víes, notamos que 
estas eram ferramentas que permitiam resolver problemas pragmáticos. Utilizamos, por 
exemplo, “” aproximativo para calcular a área dos círculos.
Assim, observamos que foram os gregos os primeiros a lançar fundamentos sólidos da 
Matemática, tornando-a uma verdadeira disciplina teórica, com enunciados gerais e não 
relativos a casos particulares, adotando um estilo, que ainda hoje é viável.
Esta nova abordagem foi colocada em prática graças à sociedade de cidadãos rela-
tivamente livres e soberanos: ela deu um lugar privilegiado à discussão e ao debate 
público, favorecendo, sobremaneira, o desenvolvimento dos pensamentos abstratos e 
13
Unidade I - Os Métodos de Pesquisa e o Trabalho 
Científico
argumentados - a filosofia -, e considerações matemáticas com base em fundamen-
tos rigorosos e convincentes.No mais, notamos que os historiadores consideram que, 
nesta sociedade, se originaram as verdadeiras pesquisas em relação aos conceitos 
matemáticos.
Dessa maneira, notamos que Aristóteles chamava episteme à natureza do conhecimento, 
que ele acreditava vir da lógica, modalidade de raciocínio que vinha do geral ao específi-
co, do abstrato ao concreto. O respectivo filósofo analisou as condições para o estabe-
lecimento de uma prova pela argumentação dedutiva. 
A abordagem dedutiva vai do geral para o específico: partindo de princípios gerais, pode-
mos fazer inferências ou deduções sobre casos particulares (ela se opõe à abordagem 
indutiva, que consiste em identificar os princípios gerais a partir do estudo de casos 
particulares).
Nesta perspectiva, observamos que a precisão de uma abordagem científica é acom-
panhada da criação de uma linguagem e da invenção de objetos de estudos abstratos, 
de ferramentas intelectuais, de conceitos (por exemplo, o conceito de velocidade instan-
tânea). Esses objetos não são dados pela natureza, mas inventados para responder às 
necessidades.
Assim, ao observarmos o termo Ciência, pensamos na distinção existente entre a atitude 
14
Unidade I - Os Métodos de Pesquisa e o Trabalho 
Científico
científica e o senso comum, considerando os preceitos defendidos por Chauí (2000, p. 
249), essa diferença consiste no seguinte: a ciência indaga a si mesma e suas próprias 
certezas, desconfia da falta de perguntas e de crítica, é objetiva, quantitativa, ou seja, 
busca medir, comparar e avaliar.
Ainda de acordo com Chauí (2000, p. 249), não acontece de forma casual, como o 
senso comum, ela investiga a natureza ou a estrutura do fenômeno. Melhor explicitando, 
o que pareceria um milagre será explicado pela revelação de detalhes particulares que 
produzirão determinado efeito.
O nascimento da ciência permitiu, em um contexto sócio-político particular, a democra-
cia. Dessa forma, notamos que as abordagens científicas estão sempre em interação 
com o desenvolvimento da sociedade em geral.
O nascimento de um método científico depende de escolhas humanas que definem as 
regras da demonstração (dedução versus indução, por exemplo), os questionamentos 
legítimos, assim como as bases metafísicas sobre as quais repousa todo o resto.
PESQUISA 
Em nosso cotidiano estamos constantemente fazendo pesquisas: pesquisamos sobre 
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Unidade I - Os Métodos de Pesquisa e o Trabalho 
Científico
assunto de nosso interesse, sobre política, economia, meio ambiente, religião, moda, 
culinária, educação, ou seja, sobre qualquer assunto.
Dessa forma, é válido salientar que podemos pesquisar de forma aleatória, sem base 
teórico-científica e, deste modo, teremos resultados com base no senso comum, o que 
nos permite concluir que tal resultado, certamente não é Ciência.
Sob tais aspectos, notamos que a pesquisa é um processo sistemático de construção 
do conhecimento. O principal motivo para desenvolvermos uma pesquisa é no sentido de 
produção de novos conhecimentos. É preciso que entendamos que o ato de pesquisar 
nos possibilita confirmar ou ainda refutar um conhecimento pré-existente. Para termos, 
de fato, material de pesquisa, as ações precisam ser orientadas e planejadas em busca 
de um conhecimento.
Assim, é possível compreender que a pesquisa científica se centra na indagação realiza-
da para alcançar a solução de um problema.
No mais, podemos salientar que a realização da pesquisa é vista como método científico. 
Esse método precisa ser objetivo. Isso implica imparcialidade do pesquisador diante da 
interpretação dos resultados. É preciso que haja confiabilidade nos resultados da pesqui-
sa, para tanto, é necessário que o procedimento seja documentado, principalmente em 
relação à fonte de dados e às regras de análise. Essa ação permite que outros cientistas 
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Unidade I - Os Métodos de Pesquisa e o Trabalho 
Científico
de diferentes lugares, diferentes países possam reanalisar os dados ou os resultados da 
pesquisa.
Sob tais aspectos, podemos afirmar que a pesquisa é utilizada para:
• Gerar e adquirir novos conhecimentos sobre si mesmo ou sobre o mundo em que vive;
• Obter e/ou sistematizar a realidade empírica (conhecimento empírico);
• Responder a questionamentos (explicar e/ou descrever);
• Resolver problemas;
• Atender às necessidades de mercado.
Com base nessas contribuições, podemos concluir que pesquisar é indagar sobre a 
realidade. E o modo como indagamos, determina a Abordagem Científica ou o também 
denominado Método Científico. Sendo assim, método é o caminho percorrido para se 
chegar a um fim. É o pesquisador que determina a opção teórica pelo método X ou Y.
Portanto, o ser humano vive sempre em busca de uma explicação para o universo, isto é, 
tentamos explicá-lo por meio de crenças; misticismo; superstições ou tentamos com base na 
lógica, e, consequentemente, no método, ou seja, baseado em uma investigação científica.
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Unidade I - Os Métodos de Pesquisa e o Trabalho 
Científico
 OS DIFERENTES TIPOS DE CONHECIMENTO 
Sabemos, que quando uma pessoa defende suas convicções, sem uma base científica, 
são vistas como convicções do senso comum. Dessa forma, constatamos que dialoga-
mos com diferentes tipos de conhecimentos. Entre eles, o que chamamos de senso co-
mum, isto é, quando pensamos em senso comum, imaginamos algo superficial. Assim, 
observamos que não há sistematização, muito menos um método estabelecido no sen-
tido de força argumentativa. Importante pensar, que grande parte da nossa organização 
do conhecimento tem base em questões do senso comum. Portanto, o senso comum é 
o conhecimento prático, que faz parte do nosso cotidiano e nos orienta, representando a 
sociedade, na qual estamos inseridos. O senso comum se opõe ao científico, pois está 
ligado à opinião, conforme explicita Santos (s/d, p. 21):
[...] o conhecimento do senso comum tende a ser um conhecimento mistificado e mistifica-
dor, mas, apesar disso e apesar de ser conservador, tem uma dimensão utópica e liberta-
dora que pode ser ampliada através do diálogo com o conhecimento científico. (SANTOS, 
1989, p. 21).
Entretanto, quando nos remetemos ao conhecimento produzido em âmbito escolar, o 
conhecimento deverá ir além do senso comum. O conhecimento escolar não pode se 
dar na espontaneidade, tem de ter um embasamento científico.
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Unidade I - Os Métodos de Pesquisa e o Trabalho 
Científico
Dessa forma, além do conhecimento científico, Tafner e Silva (2007) apresentam o 
Conhecimento Filosófico, Senso Comum ou Conhecimento Empírico, Conhecimento 
Religioso ou Teológico. Portanto, temos:
CONHECIMENTO FILOSÓFICO
A palavra Filosofia surgiu com Pitágoras através da união dos vocábulos PHILOS (amigo) 
+ SOPHIA (sabedoria) (RUIZ, 1996, p. 111). Os primeiros relatos do pensamento filosófi-
co datam do século VI A.C., na Ásia e no Sul da Itália (Grécia Antiga).
Notamos que a filosofia não é uma ciência, propriamente dita, mas um tipo de saber, que 
procura desenvolver no indivíduo a capacidade de raciocínio lógico e de reflexão crítica, 
sem delimitar com exatidão o objeto de estudo. Nesse contexto, notamos que o conhe-
cimento filosófico não pode ser verificável, o que o torna sob certo ponto de vista, infalível 
e exato. Apesar da filosofia não ter aplicação direta à realidade, existe uma dependência 
entre ela e os demais níveis de conhecimento. Essa relação consiste no fato de que o 
conhecimento filosófico conduz à elaboração de princípios universais, que fundamentam 
os demais, enquanto se vale das informações empíricas, teológicas ou científicas para 
prosseguir na sua evolução.
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Unidade I - Os Métodos de Pesquisa e o Trabalho 
Científico
SENSO COMUM OU CONHECIMENTO EMPÍRICO
É também chamado de conhecimento popular ou comum. É aquele obtido no dia a dia, 
independentemente de estudos ou critérios de análise, conforme mencionamos anterior-
mente. Foi o primeiro nível decontato do homem com o mundo, acontecendo por meio 
de experiências casuais e de erros e acertos. É um conhecimento superficial, segundo o 
qual, o indivíduo, por exemplo, sabe que nuvens escuras é sinal de mau tempo, contudo 
não tem ideia da dinâmica das massas de ar, da umidade atmosférica ou de qualquer 
outro princípio da climatologia, isto é, ele não tem a intenção de ser justificado por meio 
de teorias comprovadas, é o conhecimento passado de geração a geração, sem expli-
cações profundas e conotações científicas.
O CONHECIMENTO TEOLÓGICO OU RELIGIOSO 
É o conhecimento relacionado ao misticismo, à fé, ao divino, ou seja, à existência de um 
Deus, seja ele o Sol, a Lua, Jesus, Maomé, Buda, ou qualquer outro que represente uma 
divindade. O Conhecimento teológico, de forma geral, encontra seu ápice respondendo 
àquilo que a ciência não consegue responder, visto que ele é incontestável, já que se 
baseia na certeza da existência de um ser maior (Fé). Os Conhecimentos ou verdades 
teológicas estão registrados em livros sagrados, que não seguem critérios científicos de 
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Unidade I - Os Métodos de Pesquisa e o Trabalho 
Científico
verificação e são revelados por seres iluminados como profetas ou santos, que estão 
acima de qualquer contestação, por receberem tais ensinamentos diretamente de um 
ser superior.
CONHECIMENTO CIENTÍFICO 
É o conhecimento relacionado à ciência, pois a ciência é uma necessidade do ser huma-
no, que se manifesta desde a infância. É através dela, que o homem busca o constante 
aperfeiçoamento e a compreensão do mundo que o rodeia, mediante ações sistemáticas, 
analíticas e críticas. Ao contrário do empirismo, que fornece um entendimento superficial, 
o conhecimento científico busca a explicação profunda do fenômeno e suas interrelações 
com o meio. Diferentemente do filosófico, o conhecimento científico procura delimitar o 
objeto-alvo, buscando o rigor da exatidão, que pode ser temporária, porém comprovada. 
Deve ser provado com clareza e precisão, levando à elaboração de leis, universalmente 
válidas para todos os fenômenos da mesma natureza.
Ainda assim, ele está sempre em análise, podendo ser revisado ou reformulado a qual-
quer tempo, desde que se possa provar sua ineficácia, conforme salienta Santos:
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Unidade I - Os Métodos de Pesquisa e o Trabalho 
Científico
É certo que deixa de ter sentido a busca de uma verdade absoluta, de uma cópia integral-
mente fiel da realidade. O conhecimento é sempre falível, a verdade é sempre aproximada 
e provisória. Contudo, nem todo conhecimento é igualmente falível, e o fato de o conhe-
cimento e o mundo material serem realidades qualitativamente diferentes não significa que 
não haja relações entre eles. (SANTOS, 1989, p. 72).
Sob tais aspectos, podemos resumir que o Conhecimento Filosófico é fruto do raciocínio 
e da reflexão humana. Neste sentido, acaba ultrapassando os limites formais da Ciência. 
O Senso Comum ou Conhecimento Empírico, também chamado de conhecimento po-
pular ou comum, é aquele obtido no dia a dia, independentemente de estudos ou cri-
térios de análise. O Conhecimento Teológico ou Religioso revela-se na fé divina e nas 
crenças de diferentes credos, portanto, depende da formação moral de cada indivíduo. 
O Conhecimento Científico é um produto resultante da investigação ou da pesquisa cien-
tífica e surge da necessidade de encontrar soluções para problemas de ordem prática 
da vida diária (senso comum) e do desejo de fornecer explicações sistemáticas, que 
possam ser testadas e criticadas por intemédio de provas empíricas e da discussão in-
tersubjetiva. Faz uso de ferramentas lógicas e metodológicas para que se tornem padro-
nizados e possam ser reproduzidos. Assim, nos deparamos com algumas características 
que consolidam o caráter científico do conhecimento, a saber:
• Necessidade de um Método Científico.
• Clareza da Contribuição Científica.
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Unidade I - Os Métodos de Pesquisa e o Trabalho 
Científico
• Importância de um resultado passível de verificação.
Ainda em relação ao conhecimento científico e suas nuances, nos deparamos com o 
Estatuto da Ciência que remonta à Época clássica e Idade Média até o século XVI, mais 
precisamente, a produção científica registrada nesses períodos. Dessa forma, nesses 
períodos, a ciência é uma atividade essencialmente contemplativa; o conhecimento cien-
tífico apoia-se em procedimentos dedutivos; a ciência não está separada da filosofia. 
A filosofia é entendida como a Ciência das ciências. Na antiguidade clássica, Platão e 
Aristóteles concebem o universo como estático e hierarquizado. Já no decorrer da Idade 
Média, na Europa, predomina a religião cristã. A ciência está subordinada à filosofia e, 
esta à teologia. Deus é o criador de tudo o que existe. Para além de Platão e Aristóteles, 
na ciência, destaca-se agora a influência de Santo Agostinho e São Tomás de Aquino. A 
partir do século XIII, desenvolve-se uma cultura livresca (a escolástica).
Em relação à Época Moderna, mais precisamente, os séculos XV e XVI, observamos as 
seguintes características da ciência moderna: critica-se o saber livresco, valoriza-se a ob-
servação direta e rigorosa, a experimentação e a técnica; nos séculos XVI e XVII, revolu-
ções científicas corporizadas nas grandes descobertas geográficas, mas também nas de 
Copérnico, Galileu, Pascal, Kleper, Descartes, Leibniz e Newton; a ciência separa-se da 
filosofia; difunde-se a crença na verdade absoluta do conhecimento científico, o qual ca-
minhava para a resolução de todos os enigmas do universo; no século XIX, o positivismo 
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Unidade I - Os Métodos de Pesquisa e o Trabalho 
Científico
será, neste aspecto, a consagração filosófica destas teses mecanicistas e deterministas. 
Sob tais aspectos notamos, ainda, que Galileu atribui à observação, à experiência e 
à matematização do real uma função essencial na compreensão da natureza. Newton 
procurou unir a Matemática e a Física, fortalecendo o método empírico. Estabeleceu a 
presença da lei e da ordem na natureza mediante suas descobertas sobre o movimento 
dos corpos celestes. Mostrou que a natureza age racionalmente e não por acaso, es-
tabelecendo o princípio-base do determinismo: se pudéssemos conhecer as posições 
e os impulsos das partículas materiais num dado momento, poderíamos deduzir pelo 
cálculo toda a evolução posterior do mundo.
Em relação ao Positivismo, século XIX, nos deparamos com a defesa de que o único 
conhecimento genuíno é o da ciência e o baseado em observações de fatos. Rejeitou-
se qualquer explicação sobre as coisas que ultrapassem a sua dimensão física. Assim, 
observamos que o positivismo contribuiu para a criação e a difusão de grandes mitos 
sobre o conhecimento científico (FONTE, ANO): Mito da cientificidade, ou seja, o conhe-
cimento científico é o único verdadeiro. Mito do progresso: o desenvolvimento da ciência 
e da técnica são os únicos que poderão conduzir a humanidade a um estado superior de 
perfeição. Mito da tecnocracia: a resolução dos problemas da humanidade é confiada ao 
poder de especialistas, nas diversas áreas do conhecimento técnico e científico.
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Unidade I - Os Métodos de Pesquisa e o Trabalho 
Científico
Quando nos referimos à Época Contemporânea, mais precisamente o século XX, nos 
deparamos com uma crise das concepções deterministas, herdadas do período anterior, 
assim, o conhecimento científico deixa de ser visto como absoluto. Muitos dos mitos 
desenvolvidos em torno da ciência são abandonados. Nesse contexto, o Conhecimento 
Científico do Século XX foi produzido por grandes nomes, como: Einstein (1879-1955) 
que destrói a concepção determinista do conhecimento científico (Teoria da Relatividade). 
Heisenberg (1901-1976) que introduziu o princípio da incerteza, concluindo a destruição 
do determinismo da física newtoniana. Popper (1902-1994) demonstrou que toda a ciên-
cia é baseada em conjecturas, hipóteses quetentamos confirmar, mas também refutar. 
A ciência não é verdadeira, mas conjecturável. Uma teoria só é científica, se a pudermos 
refutar. Feyerabend (1924-1994) demonstrou que a ciência era avessa a métodos rígidos 
e universais. As grandes descobertas foram realizadas por aqueles que tiveram a ousadia 
de romper com os métodos correntes. Nada na ciência é uniforme. As diferentes teorias 
científicas não passam de diferentes visões do mundo.
Ainda em relação ao desenvolvimento das Ciências no período contemporâneo, temos 
alguns cientistas que ganharam grande repercussão com suas teorias, como: Duhem 
(1861-1916) defendia que na ciência não existem começos absolutos. O conhecimento 
científico progride por acumulação e alargamento de horizontes. Bachelard (1884-1962) 
que concebeu a evolução da ciência como um processo dinâmico de interação entre a 
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Unidade I - Os Métodos de Pesquisa e o Trabalho 
Científico
razão e a experiência. O progresso científico faz-se por meio de rupturas epistemológicas 
com o senso comum, as tradições, os erros e os preconceitos. A ciência avança através 
da superação destes obstáculos. Khun (1922-1994) concebe a evolução da ciência, à 
semelhança de uma história política, como uma sucessão de revoluções, de rupturas, de 
alterações mais ou menos rápidas e de substituições dos diferentes paradigmas. 
O PERFIL DO PESQUISADOR 
Ao nos depararmos com o termo pesquisa, devemos considerar o seu conceito, isto é, a 
pesquisa consiste em um ato dinâmico de questionamento e aprofundamento na busca 
de uma resposta ou solução a uma dúvida ou problema. Visa ao conhecimento de uma 
parcela da realidade, em contínua ampliação e renovação, resultado da aplicação de uma 
metodologia especial: metodologia da pesquisa. (JULIATTO; BORTOLOZZI, 2005).
Na pesquisa científica, primeiramente os pesquisadores definem proposições lógicas ou 
suposições (hipóteses) para explicar certos fenômenos e observações, e então desen-
volvem experimentos que testam essas hipóteses.
Se confirmadas, as hipóteses podem gerar leis e teorias. Integrando-se hipóteses de 
certa área em uma estrutura coerente de conhecimento, contribui-se, dessa forma, na 
formulação de novas hipóteses, bem como coloca as hipóteses em um conjunto de 
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Unidade I - Os Métodos de Pesquisa e o Trabalho 
Científico
conhecimento maior, que são as leis e teorias reconhecidas, consensualmente pela co-
munidade científica e/ou o paradigma de seu tempo.
Outro ponto importante está relacionado à condução do método (s) científico (s), pois o 
processo de investigação precisa ser objetivo, e o cientista deve ser imparcial na inter-
pretação dos resultados. Sobre a objetividade, significa dar atenção às propriedades do 
objeto e não do sujeito (subjetividade). Vale a pena lembrar a afirmação de Hans Selye 
(s/d): “Quem não sabe o que procura não entende o que encontra”, referindo-se à ne-
cessidade de formulação de definições precisas (a essência dos conceitos) e que pos-
sam ser respondidas com o simples sim ou não. Neste diapasão, tanto a imparcialidade 
(evidência) como a objetividade foram incluídas por René Descartes (1596 – 1649) nas 
regras lógicas que caracterizam o método científico.
Sendo assim, o cientista, para realizar uma pesquisa e torná-la científica, deve seguir de-
terminados passos. Em primeiro lugar, o pesquisador deve estar motivado a resolver uma 
determinada situação-problema que, normalmente, é seguida, por algumas hipóteses. 
Usando sua criatividade, o pesquisador deve observar os fatos, coletar dados e, então, 
testar suas hipóteses, que poderão se transformar em leis e, posteriormente ser incorpo-
radas às teorias que possam explicar e prever os fenômenos.
A pesquisa cientifica objetiva, fundamentalmente, contribuir para a evolução do 
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Unidade I - Os Métodos de Pesquisa e o Trabalho 
Científico
conhecimento humano em todos os setores, sendo sistematicamente planejada e exe-
cutada segundo rigorosos critérios de processamento das informações. Será chamada 
pesquisa científica, se sua realização for objeto de investigação planejada, desenvolvida 
e redigida conforme normas metodológicas consagradas pela ciência. Alguns pesquisa-
dores conceituam pesquisa da seguinte forma:
Conjunto de procedimentos sistemáticos, baseado no raciocínio lógico, que tem por ob-
jetivo encontrar soluções para problemas propostos, mediante a utilização de métodos 
científicos (ANDRADE, 2001, p. 121).
Observamos, ainda, que para Gil, a pesquisa significa: “Procedimento racional e siste-
mático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas propostos” (GIL, 
2002, p. 19).
Nesse cenário, observamos também o conceito de pesquisa estabelecido por Cervo e 
Bervian, que sugerem o seguinte: “Atividade voltada para a solução de problemas através 
do emprego de processos científicos” (CERVO; BERVIAN, 1983, p. 50).
Sob esse viés, verificamos que a Ciência atual objetiva a melhoria da qualidade de vida 
intelectual e material. Por outro lado, sabemos não ser o objetivo da ciência responder a 
todas as questões. Além disso, temos consciência de que são as perguntas que movem 
o mundo e não as respostas, de modo que para responder a estas perguntas, com cer-
to grau de certeza, necessitamos do conhecimento científico. As funções principais da 
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Unidade I - Os Métodos de Pesquisa e o Trabalho 
Científico
Ciência são as novas descobertas, os novos produtos e a melhoria da qualidade de vida. 
Podemos verificar que a ciência tem como princípios básicos: nunca pensar o conheci-
mento científico como absoluto ou final, pois a Ciência pode ser sempre modificada ou 
substituída. Outro princípio a se considerar está relacionado ao fato de que o conheci-
mento é válido até que novas observações e experimentações o substituam.
Costumávamos dizer, até pouco tempo, que o conhecimento fornecido pela Ciência era 
irrefutável, por isso sempre foi colocada em grau de certeza alto. 
O homem, por meio da Ciência, fez grandes descobertas, ou seja, descobriu a cura e o 
tratamento para muitas doenças; fez hibridações nas plantas, nas frutas...
No entanto, é válido ressaltar que, com a mesma Ciência, o homem criou doenças, vírus, 
guerra, isto é, observamos as questões positivas em relação às descobertas científicas 
como também as questões negativas das pesquisas realizadas no âmbito da ciência.
Conforme apresenta o Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa (2015): “Ciência é o 
conjunto de conhecimentos relativos a um determinado objeto, especialmente os obtidos 
mediante a observação, a experiência dos fatos e um método próprio”.
Dessa forma, podemos considerar que a qualidade do conhecimento científico é depen-
dente da forma de aquisição que é utilizada. Assim, utilizamos três formas no processo 
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Unidade I - Os Métodos de Pesquisa e o Trabalho 
Científico
de pesquisa: intuição + empirismo + racionalismo, conforme explicita Gil (1987, p.118): 
• Intuição: criatividade e ideias sobre um novo produto ou processo.
• Experimentação: projetar, experimentar, montar, testar, construir.
• Racionalização: descrever matematicamente, explicar porque funciona fisica-
mente (Gil, 1987, p. 118).
É comum considerar alguns dos mais importantes avanços da ciência, tais como as des-
cobertas da radioatividade, por Henri Becquerel ou da penicilina, por Alexander Fleming, 
como ocorridos por acidente. Entretanto, o que é possível afirmar, à luz da observação 
científica, é que terão sido parcialmente acidentais, uma vez que as pessoas envolvidas 
haviam aprendido a “pensar cientificamente”, estando, portanto, conscientes de que ob-
servavam algo novo e interessante.
É inegável, diante de tudo isso, que a ciência é capaz de proporcionar à sociedade uma 
efetiva melhoria na qualidade de vida e consequentemente mais desenvolvimento. 
Sendo assim, o nível de desenvolvimento científico de um povo é fator preponderante 
para que ele seja uma nação dominante.Aqueles que não apresentam um desenvol-
vimento científico considerável, acabam sempre dependendo das descobertas daque-
les que primeiro o faz, ou seja, as grandes potências científicas, que também acabam 
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Unidade I - Os Métodos de Pesquisa e o Trabalho 
Científico
coincidindo com as grandes potências econômicas, ditam as regras e os menos favore-
cidos seguem à margem desse desenvolvimento, se contentando com o que é possível 
chamarmos de “sobras”. 
Nessa lógica, é válido ressaltar ainda, que a ciência não sobrevive somente de grandes 
cientistas e de grandes laboratórios. Antes de todos esses aparatos, que são importantes 
é claro, uma nação precisa ter uma ideologia pesquisadora e compreender que a ciência 
é fator decisivo para o desenvolvimento. Essa compreensão deve acontecer em todos os 
âmbitos, desde as escalas mais altas como a política até o acadêmico. Engajar os jovens 
na pesquisa e despertar-lhes a consciência pela busca de novos saberes é uma tarefa 
não muito simples, porém, que precisa ser cumprida. 
Com certeza é na instituição escolar que se produz ciência e é, nesse espaço, que toda 
a curiosidade trazida pelos alunos, deve ser explorada, dando-lhes as devidas oportuni-
dades de fazer ciência em todas as áreas do saber.
CARACTERÍSTICAS DO PESQUISADOR
Segundo Gil (1987, p. 120), o pesquisad or deve apresentar as seguintes qualidades:
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Unidade I - Os Métodos de Pesquisa e o Trabalho 
Científico
• Conhecimento do assunto a ser pesquisado;
• Curiosidade;
• Criatividade;
• Integridade intelectual;
• Perseverança;
* Atitude autocorretiva;
* Imaginação disciplinada;
* Paciência;
* Confiança na experiência.
De acordo com os preceitos apontados por Dudziak, Villela e Barbin (2005, p. 55), o 
pesquisador capaz de obter e perceber a informação em diferentes suportes, seja ele 
discente ou docente, é aquele que chamamos de alfabetizado informacional. 
Ainda segundo as mesmas autoras, a alfabetização informacional requer que o usuário/
pesquisador conheça e utilize os diferentes serviços de comunicação, como também 
tenha conhecimentos sobre a navegação em sites e diretórios de busca para localizar, 
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Unidade I - Os Métodos de Pesquisa e o Trabalho 
Científico
recuperar, compreender a informação de que necessita, em qualquer formato (gráfico, 
textual, audiovisual) e integrar essa informação ao seu dia a dia, à sua pesquisa.
A esse pesquisador, pressupõe-se as seguintes competências, de acordo com as auto-
ras supracitadas:
• Identificar um tópico de pesquisa e formular questões relacionadas; 
• Decidir sobre o conjunto de ações para obtenção da informação;
• Identificar a variedade de tipos e formatos de potenciais fontes de informação;
• Estabelecer as estratégias de pesquisa;
• Avaliar criticamente as fontes de informação;
• Ter claramente o conceito de plágio;
• Ter a capacidade de definir as palavras-chave;
• Localizar e avaliar a qualidade da informação.
• Armazenar e recuperar informações;
• Fazer uso eficiente e ético da informação; 
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Unidade I - Os Métodos de Pesquisa e o Trabalho 
Científico
• Aplicar as informações para criar e comunicar conhecimento.
A IMPORTÂNCIA E O USO DA WEB PARA PESQUISA 
CIENTÍFICA 
Observa-se que a Internet deflagrou uma mudança nos paradigmas tradicionais de pro-
dução e distribuição da informação científica, transformando o modo como os docentes-
-pesquisadores realizam pesquisas nas universidades.
Um estudo de caso realizado na USP por Dudziak, Villela e Barbin (2005), verificou o por-
quê do uso dos recursos online entre pesquisadores para pesquisa científica. Em ordem 
de prioridade, eles indicaram: o acesso rápido, a gratuidade e a organização da pesquisa. 
Na sequência, observaram aspectos como: o acesso de casa, os aspectos visuais, o 
design e abertura para muitos outros links.
Há, todavia, alguns pontos que ainda podem tornar difícil ou custoso o ato de fazer pes-
quisa na Internet:
• A obsolescência dos equipamentos e programas informáticos; 
• A impossibilidade de digitalizar todos os materiais com a tecnologia atual;
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Unidade I - Os Métodos de Pesquisa e o Trabalho 
Científico
• Falhas em serviços de rede ou lentidão na transmissão de dados; 
• Falhas na Mídia;
• Falhas de Hardware ou Software;
• Erros de Comunicação;
• Tecnologias muito dispendiosas; 
• Interfaces pouco amigáveis.
Com o avanço da Internet, a pesquisa científica realizada por meio dessa tecnologia, 
principalmente por intermédio das bibliotecas digitais, tem trazido novos usos para a 
pesquisa, como serviços centrados no usuário adaptável às suas necessidades, uma 
biblioteca personalizável, que permite ao usuário desenvolver o papel de colaborador, 
podendo comentar, avaliar, enriquecer, indexar recursos, entre outros.
Ademais, podemos salientar que a internet, com toda a sua evolução, facilita o diálogo 
entre usuário e informação, uma vez que não há barreiras ou mediação de terceiros no 
processo, além de possibilitar uma pesquisa rápida e muito eficaz para atingir os objetivos 
da pesquisa.
 
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Unidade I - Os Métodos de Pesquisa e o Trabalho 
Científico
FIQUE POR DENTRO
Como reconhecer a ciência?
O conhecimento científico pretende entender a natureza e o universo em que vivemos por 
meio de elementos conhecidos, concretos e objetivos.
Esse tipo de conhecimento tem suas regras.
Cientistas fazem afirmações, baseadas em justificativas razoáveis. A abordagem científica 
perfeita é a demonstração. Uma demonstração é um argumento claro e completo. Em 
ciência, uma demonstração pode ser também algo prático como um experimento de 
laboratório, mostrando um fenômeno e estabelecendo causa e efeito. Uma demonstra-
ção mostra resultados certeiros e torna possível as generalizações, levando a previsões. 
Assim é a ciência moderna, em oposição à ciência antiga que, com sua proximidade 
da religião, usava a autoridade para combater argumentos e questionamentos sobre o 
“porquê” das coisas.
Você pode ampliar seus conhecimentos sobre o assunto apresentado consultando na 
íntegra, o texto disponível no endereço: http://www.wfsj.org/course/pt/pdf/mod_5.pdf.
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Unidade I - Os Métodos de Pesquisa e o Trabalho 
Científico
REFLITA
Vimos que o senso comum é também o senso tradicional, ou seja, as pessoas cos-
tumam dizer: “sempre foi assim” para justificar um procedimento que nos criticam. De 
acordo com Girão e Gracio (s/d), o senso comum transporta e naturaliza um conjunto 
de convenções implícitas ou intrínsecas ao agir humano, coletivamente dimensionado. 
Nesse sentido, ele é conducente ou solidário de uma aceitação que assinala uma passi-
vidade inerente e indispensável face às exigências práticas e pragmáticas da vida. Dessa 
forma, como se adquire o senso comum? Sabemos que ele é fruto da aprendizagem e 
educação que espontânea e/ou institucionalmente, conforme retratam os autores supra-
citados, recebemos enquanto membros de uma comunidade. No entanto, quando esse 
conhecimento deixa de ser visto como um conhecimento do senso comum e passa a ter 
cientificidade em suas características?
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Unidade I - Os Métodos de Pesquisa e o Trabalho 
Científico
INDICAÇÃO DE LEITURA
Sinopse: a respectiva obra apresenta, de 
forma simples, para iniciantes, como deve ser 
a elaboração de um projeto científico, mais 
precisamente, indica os elementos necessários 
para o desenvolvimento de um projeto. O livro 
também exibe, para os estudantes que se 
encontram em níveis mais avançados no que se 
refere à pesquisa, modos de como organizar os 
conhecimentos dispersos, os quais foram obtidos 
ao longo da vida acadêmica desses estudantes.
fonte
Sinopse: O respectivo livro apresenta os meios 
para a produção de trabalhos científicos, trazendo 
as técnicas desde o início até a efetivação da 
pesquisa, além de orientar estudos e investigações 
para a produção de artigos científicos, dissertações 
de mestrado e tese de doutorado. 
fonte
38Unidade I - Os Métodos de Pesquisa e o Trabalho 
Científico
CONSIDERAÇÕES FINAIS
No decorrer desta unidade, observamos como foi a história da produção científica em 
todo o mundo, ou seja, observamos, desde os tempos mais remotos, como a ciência 
surgiu e como ela pode se desenvolver com o passar dos tempos. Vimos que a ciência 
ocorre desde alguns séculos antes de Cristo, isto é, teve início com os apontamentos 
feitos por Platão e Aristóteles, na Grécia antiga. No entanto, notamos que a Matemática, 
também vista como ciência, foi notoriamente estudada e concretizada, antes mesmo 
dos olhares para a ciência, propriamente dita. 
Outro tópico abordado em nossos estudos, refere-se aos diferentes tipos de 
conhecimento com os quais nos deparamos atualmente, ou seja, tratamos do conceito 
e da característica do conhecimento conhecido como senso comum, do conhecimento 
científico, do conhecimento teológico, entre outros. 
Por fim, abordamos, de maneira significativa e acessível, como deve ser o perfil de um 
pesquisador, para isso, retomamos algumas características da origem e da história 
do conhecimento científico, arrolamos, os nomes de alguns pesquisadores e suas 
pesquisas científicas e finalizamos nossas considerações, apontando como deve ser 
o perfil do pesquisador na atualidade para que consiga estruturar uma pesquisa com 
êxito.
Esperamos, com essas contribuições, despertar em você, caro aluno, o interesse em 
39
Unidade I - Os Métodos de Pesquisa e o Trabalho 
Científico
desenvolver, na sua área, pesquisas positivas para o avanço da sociedade.
ANOTAÇÕES
As Etapas de uma Pesquisa 
Científica 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
• Identificar os elementos introdutórios de uma pesquisa científica, 
a fim de estabelecer um marco inicial para o desenvolvimento da 
mesma; 
• Abordar elementos que permitam a elaboração de um referencial 
teórico coerente com os elementos introdutórios e a metodologia 
adotada pelo pesquisador; 
• Caracterizar as estratégias metodológicas e os instrumentos de 
coleta de dados para uma pesquisa científica, a fim de oferecer 
elementos que permearão a escolhas dos mesmos..
PLANO DE ESTUDO
A seguir, apresentamos os tópicos, que serão estudados nesta unidade:
• Os elementos introdutórios de uma pesquisa científica;
• Referencial teórico da pesquisa científica;
• Metodologia: os tipos de pesquisa e instrumentos de coleta de 
dados.
Lilian Maia Borges Testa; Poliana Barbosa da Riva
UNIDADE 2
42
Unidade II - As Etapas de uma Pesquisa Científica
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Esta unidade abordará os componentes básicos de uma pesquisa cientifica, de modo a ajudar 
o estudante na elaboração de projetos para trabalhos de conclusão de curso, publicações em 
periódicos, monografias, dissertações, teses, etc.
Primeiramente, serão abordados os componentes introdutórios de uma pesquisa cientifica, 
apresentando aspectos que colaboraram com a definição do tema da pesquisa, estabelecimento 
dos problemas e hipóteses a serem respondidos e testados, enumeração dos objetivos do 
trabalho que será desenvolvido e a avaliação da relevância do trabalho por meio da justificativa.
Na segunda parte, serão discutidos e apresentados elementos que auxiliam na construção de um 
referencial teórico que sustente e apoie as escolhas do pesquisador. Entre os mais relevantes, 
destacamos a confiabilidade dos textos utilizados para leitura e que subsidiarão o trajeto 
acadêmico a ser percorrido.
Finalmente, na terceira e última parte, será apresentada uma relação de técnicas e estratégias 
metodológicas que poderão ser adotadas para a coleta, análise e apresentação dos dados.
Estes, por sua vez, deverão dialogar com os demais componentes do projeto de pesquisa
Almejamos que esta unidade lhe auxilie na elaboração de um projeto de pesquisa mais planejado 
e organizado em todo seu trajeto.
43
Unidade II - As Etapas de uma Pesquisa Científica
OS ELEMENTOS INTRODUTÓRIOS DE UMA PESQUISA 
CIENTÍFICA
Nesta aula, serão apresentados os primeiros elementos para a introdução à pesquisa científica, 
com a finalidade de auxiliar a introdução discente ao mundo da ciência. 
Ao se iniciar uma pesquisa científica, deve-se levar em conta que a mesma se constrói a partir de 
um planejamento detalhado de todas as etapas e fases executórias, as quais envolvem o trabalho 
científico, de modo a permitir que esta ocorra de maneira mais sistemática e organizada. 
As etapas introdutórias a serem elaboradas e delineadas pelo pesquisador são:
I. Escolha do tema;
II. Definição do problema de pesquisa; 
III. Elaboração das hipóteses;
IV. Definição dos objetivos;
V. Apresentação da justificativa. 
44
Unidade II - As Etapas de uma Pesquisa Científica
I – Escolha do tema
A escolha do tema de interesse a ser investigado pelo pesquisador é necessária para a 
formulação de perguntas/hipóteses acerca do assunto proposto, especificando melhor a 
pesquisa. Talvez esta seja a etapa mais difícil do trabalho, pois muitas destas escolhas refletirão 
a área de trabalho futura do profissional a ser formado. Desse modo, “o tema de uma pesquisa é 
qualquer assunto que necessite melhores definições, melhor precisão e clareza do que já existe 
sobre o mesmo” (CERVO; BERVIAN, 2002, p. 81).
Assim, o tema a ser escolhido poderá ser de interesse pessoal do pesquisador ou atender a 
alguma vantagem prática ou teórico-intelectual sobre alguma situação específica, com o intuito de 
suprir a demanda social para a resolução deste problema.
Além disso, outros critérios poderão ser avaliados na escolha do tema, tais como sua relevância, 
originalidade, adequação, disponibilidade do pesquisador, recursos e tempo disponíveis. 
Para Lakatos e Marconi (2001), o tema poderá ser especializado, com vistas a garantir uma 
abordagem mais profunda do mesmo. Contudo, cabe ressaltar que a excessiva especialização 
poderá dificultar a síntese do trabalho, a correlação entre as ciências e unilateralizar a visão do 
tema.
Neste caso, a delimitação do tema garante uma seleção de um fragmento ou de tópico 
relacionado ao assunto para ser o objeto central da pesquisa. Essa pode ser feita pela 
decomposição das partes do tema, com o fito de possibilitar a compreensão dos termos 
45
Unidade II - As Etapas de uma Pesquisa Científica
e conceitualizar alguns elementos. Do mesmo modo, também definirá o ponto de vista do 
pesquisador ao longo de todo o percurso científico. 
II – Definição do problema de pesquisa
Seguida à escolha e à delimitação do tema, a próxima etapa é a transformação do tema de 
pesquisa em problema. Para Cervo e Bervian (2002, p. 84), o “problema é uma questão que 
envolve intrinsecamente uma dificuldade teórica ou prática, para a qual se deve encontrar uma 
solução”. No geral, a elaboração do problema de pesquisa se faz por meio de uma pergunta, cuja 
trajetória de pesquisa buscará responder.
Para Lakatos e Marconi (2001), o problema será considerado adequado a partir de uma análise e 
interpretação dos aspectos viabilidade, relevância, novidade, exequibilidade e oportunidade. Além 
disso, o problema de pesquisa deverá ser claro, factível (ou exequível) e pertinente (segundo sua 
profundidade).
Cervo e Bervian (2002, p. 85) afirmam que “desde Einstein, acredita-se que é mais importante 
para o desenvolvimento da ciência saber formular problemas do que encontrar soluções”.
Neste caso, sugere-se que o problema de pesquisa seja elaborado no formato de uma 
interrogação e redigido de maneira clara, precisa e objetiva, cuja solução esteja intimamente 
relacionada à viabilidade da pesquisa. 
Para Köche (2011, p. 108), o problema “é um enunciado interrogativo que questiona sobre a 
possível relação que possa haver entre no mínimo duas variáveis, pertinentes ao objeto do estudo 
46
Unidade II - As Etapas de uma Pesquisa Científica
investigado e passível de testagem ou observação empírica”.
III – Elaboração das hipóteses
A hipótese de uma pesquisa consiste emuma afirmação categórica (ou suposição), que busca 
responder o problema de pesquisa, anteriormente elaborado. 
A hipótese poderá ser algo provisório, visto que a sua validade e aplicação serão testadas e 
verificadas, ou seja, colocada à prova ao longo do curso de pesquisa. 
Alguns critérios poderão ser levados em consideração para sua elaboração, tais como as 
observações e resultados de outras pesquisas, as articulações entre uma ou mais hipóteses, 
aplicações a partir de conceitos teóricos e algumas especificações.
A principal função da hipótese é apresentar prováveis explicações para os fatos que serão 
investigados, o que a torna passível de erro e incompleta. 
Dessa forma, problema e hipótese de pesquisa consistem em elementos proximais, que se 
completam e se tornam excludentes. 
IV – Definição dos objetivos
Os objetivos devem apresentar, de forma clara e precisa, as intenções, metas e fins da pesquisa. 
Marconi e Lakatos (2010, p. 202) afirma que o objetivo “relaciona-se com o conteúdo intrínseco, 
quer dos fenômenos e eventos, quer das ideias estudadas”.
Os objetivos indicam a pretensão com o desenvolvimento da pesquisa e quais os resultados que 
47
Unidade II - As Etapas de uma Pesquisa Científica
se buscam alcançar. 
Cervo e Bervian (2002) sugerem que a definição dos objetivos ocorra segundo a natureza do 
trabalho, o tipo de problema, o material a coletar, etc.
Em uma pesquisa científica, deve-se elaborar o objetivo geral e os objetivos específicos. 
O objetivo geral refere-se a uma visão global e abrangente do tema de pesquisa, com o propósito 
de manter concordância com o problema e a justificativa do projeto. Sinteticamente, podemos 
afirmar que o objetivo geral busca responder as seguintes questões: Para quem? Para quê? 
Quais metas pretendo atingir com minha pesquisa?
Os objetivos específicos apresentam um caráter mais concreto, mais atitudinal e mais 
instrumental, pois auxilia no alcance do objetivo geral e, ainda, permite aplicá-lo em situações 
particulares. Para Cervo e Bervian (2002, p. 83), definir objetivos específicos permite o 
aprofundamento das intenções expressas nos objetivos gerais.
Para ambas as definições dos objetivos, é necessário utilizar uma linguagem clara e direta. 
Além disso, de modo geral, os objetivos são iniciados por um verbo no infinitivo, o qual é 
selecionado segundo o objeto de estudo
• Análise: classificar, categorizar, comparar, correlacionar, discutir, descobrir, experi-
mentar, investigar, provar, etc.
• Aplicação: aplicar, ilustrar, organizar, etc.
48
Unidade II - As Etapas de uma Pesquisa Científica
• Avaliação: avaliar, concluir, constatar, criticar, justificar, padronizar, selecionar, vali-
dar, etc. 
• Conhecimento: associar, definir, descrever, estabelecer, identificar, relacionar, etc. 
• Compreensão: concluir, descrever, distinguir, deduzir, inferir, interpretar, etc.
• Síntese: criar, comprovar, desenvolver, documentar, organizar, planejar, etc.
V - Apresentação da justificativa
A justificativa é a apresentação de forma clara e objetiva das razões de ordem teórica e/ou 
prática que fundamentam a pesquisa. Normalmente, está relacionada à escolha do tema e a sua 
delimitação. 
Neste contexto, poderá apresentar as respostas ao porquê da realização da pesquisa. Para as 
pesquisas que pleitearão financiamento, é de suma importância enfatizar a relevância da mesma.
A justificativa poderá apresentar caráter pessoal do pesquisador ou aspectos relacionados à 
inferência da pesquisa na realidade social ou casos particulares. 
Não se pretende explicar, neste momento, o referencial adotado, embora seja apenas ressaltada 
a importância da pesquisa no campo teórico. 
49
Unidade II - As Etapas de uma Pesquisa Científica
REFERENCIAL TEÓRICO DA PESQUISA CIENTÍFICA
Neste tópico, serão discutidos alguns elementos essenciais para a elaboração de um referencial 
teórico capaz de caracterizar a pesquisa a ser realizada.
O referencial teórico apresentado em um projeto de pesquisa científica pode ser considerado o 
elemento essencial para a caracterização ou descaracterização do mesmo no âmbito científico, 
visto que apresenta a teoria que sustenta o trabalho, estudos já realizados sobre o assunto e a 
definição de conceitos a serem adotados na pesquisa. 
Após a escolha do tema, o pesquisador iniciará um levantamento de fontes teóricas científicas 
(relatórios de pesquisa, livros, artigos científicos, monografias, dissertações e teses), que 
permitam a contextualização da sua pesquisa com seu embasamento teórico, o qual fará parte 
do referencial da pesquisa na forma de uma revisão bibliográfica (ou da literatura), buscando 
identificar o “estado da arte” ou o alcance dessas fontes (PRODANOV; FREITAS, 2013).
Nessa etapa, o pesquisador analisará as diversas publicações científicas disponíveis que 
abordem o assunto ou que deem embasamento teórico e metodológico para o desenvolvimento 
do projeto de pesquisa, demonstrando que o pesquisador está atualizado em relação às mais 
recentes discussões no campo do conhecimento investigado. 
O pesquisador deverá também elencar os principais conceitos, as definições e os termos 
técnicos que serão utilizados na pesquisa, de modo a deixar explícita a linha de pesquisa que 
adotará. 
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Unidade II - As Etapas de uma Pesquisa Científica
Além de artigos em periódicos nacionais e internacionais e livros já publicados, as monografias, 
dissertações e teses constituem excelentes fontes de consulta para as referências, sejam elas em 
seu formato impresso ou digital disponível em rede. 
Para Provanov e Freitas (2013, p. 131-132), a revisão de literatura
[...] difere-se de uma coletânea de resumos ou uma “colcha de retalhos” de citações, visto 
que a pesquisa científica não é apenas um relatório ou uma descrição de fatos levantados 
empiricamente, mas o desenvolvimento de um caráter interpretativo no que se refere aos 
dados obtidos. Para tal, é imprescindível correlacionar a pesquisa com o universo teórico, 
optando por um modelo que sirva de embasamento à interpretação do significado dos 
dados e fatos colhidos ou levantados.
Assim, o projeto de pesquisa será construído a partir das premissas ou dos pressupostos 
teóricos sobre os quais o pesquisador fundamentará a sua interpretação.
A primeira etapa para a organização do referencial teórico da pesquisa, é a busca e seleção das 
obras e trabalhos relacionados ao tema. Trata-se da fase na qual o pesquisador se apropria dos 
textos que abordam o assunto que pretende pesquisar.
Entre as principais fontes de busca estão livros e revistas científicas, teses e dissertações e 
materiais necessários à pesquisa, como leis, documentos e fotos. O acesso a estes materiais 
pode se dar através de bibliotecas físicas ou digitais, museus, setores públicos, cartórios, etc.
As fontes de busca são comumente consideradas fontes seguras, quando estas apresentam 
altíssima confiabilidade de seus dados. Contudo, alguns pontos devem ser levados em 
51
Unidade II - As Etapas de uma Pesquisa Científica
consideração na escolha dos sites confiáveis. 
I – Qualis do artigo científico 
O aluno que cita qualquer site na Internet poderá passar por situações constrangedoras 
no momento de apresentação de sua pesquisa. Por esse motivo, deve-se sempre buscar 
informações em fontes confiáveis. 
Neste contexto, as revistas científicas são catalogadas por Qualis (critério de avaliação do MEC/
CAPES) da seguinte forma: A1 e A2 - Excelência internacional; B1 e B2 - Excelência nacional; B3, 
B4 e B5 - Relevância média; C - baixa relevância. O qualis de todas as revistas científicas está 
disponível no site da CAPES.
Além do qualis, as revistas listadas e avaliadas pela CAPES têm o ISSN. O ISSN - Número 
Internacional Normalizado para Publicações Seriadas (International Standard Serial Number) é 
o identificador aceito internacionalmente para individualizar o título de uma publicação seriada, 
tornando-oúnico e definitivo. Seu uso é definido pela norma técnica internacional da International 
Standards Organization ISO 3297. O ISSN é composto por oito dígitos (dois grupos de quatro 
dígitos, ligados por hífen), precedido por um espaço e sigla ISSN. 
II – Confiabilidade das informações
A única forma de mostrar a genuinidade de seu projeto de pesquisa é por meio das citações, 
visto que com elas é possível afirmar que as pesquisas já foram concluídas. 
52
Unidade II - As Etapas de uma Pesquisa Científica
Portanto, durante toda a elaboração do projeto, faz-se necessária a busca por obras já 
concluídas de outros, diminuindo as chances de erros e enriquecendo as informações que serão 
apresentadas em sua pesquisa. 
Muita informação é disponibilizada nas redes atualmente, podendo ser verídica ou não, 
caracterizando-se por um caráter duvidoso.
Portanto, sempre que realizar a sua pesquisa de referencial, busque autores, universidades e 
grupos de pesquisa que sejam renome na área investigada, de modo a garantir, inclusive, uma 
maior aceitação do seu trabalho dentro da comunidade científica. 
III – Bases de pesquisas
Alguns sites são confiáveis para pesquisa de referencial teórico e podem ser utilizados durante 
todo processo de pesquisa, Estes, por sua vez, mostram feitos online de acadêmicos que já 
foram aprovados e livros sobre qualquer assunto.
Na sequência, serão apresentadas algumas importantes bases de pesquisas científicas:
A. Portal de periódicos da CAPES: periódicos completos, resumos, teses e 
dissertações;
B. Portal do Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade de São Paulo: base de 
dados produzida pelo Institute for Scientific Information (ISI), que consta mais de 16 
mil títulos de periódicos, livros e proceedings nas diversas áreas de conhecimento;
53
Unidade II - As Etapas de uma Pesquisa Científica
C. Scientific Electronic Library (SCIELO) textos completos de revistas brasileiras na 
web; 
D. Google Acadêmico (Scholar);
E. Banco de teses da USP (Universidade de São Paulo): dissertações e teses defen-
didas na USP;
F. Banco de dados bibliográficos da USP (DEDALUS): dados bibliográficos dos acer-
vos das 38 bibliotecas que compõem o Sistema Integrado de Biblioteca da USP;
G. Biblioteca Virtual: obras da literatura brasileira e estrangeira e links para concursos 
literários; 
H. Biblioteca Virtual de Educação (BVE): seleção de sites educacionais, do Brasil e 
exterior;
I. Biblioteca Digital da Unicamp: teses e dissertações produzidas pela UNICAMP, 
simpósios, congressos e periódicos digitais; 
J. Catálogo Coletivo Nacional de Publicações (CCN): dissertações e teses. 
Após a leitura dos textos encontrados para o referencial teórico, o pesquisador pode-
rá elaborar fichamento, a fim de melhor organizar os dados e garantir fácil acesso aos 
54
Unidade II - As Etapas de uma Pesquisa Científica
mesmos, sempre que necessário. Prodanov e Freitas (2013) afirmam que o fichamento é 
uma forma de investigar, que se caracteriza pelo ato de fichar (registrar em fichas) todo o 
material necessário à compreensão de um texto ou tema.
Sequencialmente, faz-se a organização dos referenciais no projeto, de forma tal, que os 
assuntos referidos estejam o mais próximo possível. 
É extremamente importante que todos os trabalhos apresentados no referencial teórico 
obedeçam às regras de citação (a ser discutida com mais detalhe na Unidade 3), visto 
que isso aumenta a confiabilidade dos dados apresentados e valoriza o projeto de pes-
quisa a ser desenvolvido. 
Este fato requer cuidados, porque apresentar algo que não foi o próprio aluno que produ-
ziu é arriscado, sendo as citações necessárias para suprir este fim.
METODOLOGIA: OS TIPOS DE PESQUISA E OS 
INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS
 A partir de agora, serão apresentados vários elementos da pesquisa a serem considera-
dos no delineamento metodológico. Muitos desses elementos definem a investigação e 
refletem o pensamento do pesquisador na busca de respostas para seu estudo.
55
Unidade II - As Etapas de uma Pesquisa Científica
Alguns pontos importantes devem ser levados em consideração para a escolha da es-
tratégia metodológica:
I. Definição das variáveis (dependentes ou independentes), ou seja, a descrição 
das características que se pretende medir;
II. Definição do universo (população a ser investigada) e amostra (parte da popula-
ção a ser investigada);
III. Critérios para a inclusão ou exclusão dos sujeitos investigados;
IV. Definição do tipo de dados coletado (quantitativo ou qualitativo).
Com relação às escolhas metodológicas, podem ser utilizados os seguintes critérios: 
1. Classificação quanto à natureza da pesquisa: a pesquisa poderá ser básica ou 
aplicada;
2. Classificação quanto ao objetivo do estudo: a pesquisa poderá ser descritiva, ex-
ploratória e explicativa;
3. Classificação quanto à abordagem dos objetivos: a pesquisa poderá ser quantita-
tiva ou qualitativa;
56
Unidade II - As Etapas de uma Pesquisa Científica
4. Classificação quanto ao procedimento técnico: a pesquisa poderá ser bibliográfi-
ca, documental, experimental, levantamento, estudo de caso, ex-post-facto, pes-
quisa-ação ou pesquisa participante. 
O Quadro 1 dispõe resumidamente as classificações possíveis para cada um desses 
critérios, pois, através destes, o pesquisador poderá certificar-se a respeito do adequado 
design do estudo.
QUADRO 1 – CLASSIFICAÇÃO METODOLÓGICA DE PESQUISAS
Critério Classificação
Natureza
Básica
Aplicada
Objetivo do estudo
Descritiva
Exploratória
Explicativa
Abordagem
Quantitativa
Qualitativa
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Unidade II - As Etapas de uma Pesquisa Científica
Critério Classificação
Procedimento 
técnico-metodológico
Pesquisa bibliográfica
Pesquisa documental
Pesquisa experimental
Pesquisa de campo
Levantamento (Survey)
Estudo de caso
Pesquisa ex-post-facto
Pesquisa-ação
Pesquisa-participante
Fonte: autores
1. Natureza da pesquisa
Ao classificar uma pesquisa em relação à sua natureza, esta poderá ser básica ou 
aplicada. 
A pesquisa básica envolve verdades e interesses universais, procurando gerar conheci-
mentos novos e úteis para o avanço da ciência, sem aplicação prática prevista. 
Por outro lado, a pesquisa aplicada procura produzir conhecimentos para aplicação práti-
ca dirigidos à solução de problemas específicos (PRODANOV; FREITAS 2013). 
58
Unidade II - As Etapas de uma Pesquisa Científica
2. Objetivo do estudo
Em relação à classificação segundo os objetivos de estudo, a pesquisa poderá ser des-
critiva, exploratória ou explicativa.
A pesquisa descritiva busca expor as características de uma determinada população 
ou fenômeno, demandando técnicas padronizadas de coleta de dados (questionários, 
entrevistas, fotografias, etc.). 
Gil (1999) afirma que as pesquisas descritivas têm como finalidade principal a descrição 
das características de determinada população ou fenômeno, ou o estabelecimento de 
relações entre variáveis. 
A pesquisa exploratória proporciona maior proximidade com o problema, tornando-o ex-
plícito ou construindo hipóteses sobre ele. Este tipo de pesquisa visa descobrir ideias e 
intuições, na tentativa de adquirir maior familiaridade com o fenômeno pesquisado. Nem 
sempre há a necessidade de formulação de hipóteses nesses estudos.
De forma semelhante, Gil (1999) considera que a pesquisa exploratória desenvolve, es-
clarece e modifica os conceitos e ideias, tendo em vista a formulação de problemas mais 
precisos ou hipóteses pesquisáveis. Assim, este tipo de pesquisa possui menor rigor no 
planejamento, pois as informações são definidas ao acaso e o processo de é flexível. 
59
Unidade II - As Etapas de uma Pesquisa Científica
Neste contexto, a pesquisa explicativa objetiva identificar os fatores que causam um de-
terminado fenômeno, aprofundando o conhecimento da realidade (PRODANOV; FREITAS, 
2013).
Gil (1999) defende que a pesquisa explicativa visa a identificação dos fatoresque deter-
minam ou que contribuem para a ocorrência de um fenômeno. Para o autor, trata-se do 
tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade, pois tenta explicar a 
razão e as relações de causa e efeito dos fenômenos.
Para Lakatos e Marconi (2001), estabelece relações de causa-efeito por meio da mani-
pulação direta das variáveis relativas ao objeto de estudo, buscando identificar as causas 
do fenômeno. 
Comumente é mais realizada em laboratório do que em campo, pois envolve experimentos. 
3. Abordagem
A pesquisa com abordagem quantitativa demanda o uso de recursos e técnicas de esta-
tística, procurando traduzir numericamente os conhecimentos gerados pelo pesquisador. 
Segundo Richardson (1999), a pesquisa quantitativa é caracterizada pela quantificação, 
tanto nas estratégias para coleta de informações quanto em seu tratamento, por meio de 
técnicas estatísticas.
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Unidade II - As Etapas de uma Pesquisa Científica
A pesquisa quantitativa busca a validação das hipóteses a partir da utilização de dados 
numéricos e estatísticos, possibilitando quantificar os dados e aplicá-los em alguma for-
ma da análise estatística. Na pesquisa quantitativa, a determinação da composição e 
do tamanho da amostra é um processo, no qual a estatística tornou-se o meio principal. 
Por outro lado, a pesquisa qualitativa aceita que o ambiente natural é fonte direta para 
coleta de dados, interpretação de fenômenos e atribuição de significados (PRODANOV; 
FREITAS, 2013).
A abordagem de cunho qualitativo trabalha os dados, buscando seu significado, tendo 
como base a percepção do fenômeno dentro do seu contexto, captando a essência 
deste dado e suas origens, relações e mudanças, e tentando intuir as consequências.
Gil (1999) afirma que o uso dessa abordagem propicia o aprofundamento da investiga-
ção das questões relacionadas ao fenômeno em estudo e das suas relações, mediante 
a máxima valorização do contato direto com a situação estudada, buscando o que era 
comum, mas permanecendo, entretanto, aberta para perceber a individualidade e os 
significados múltiplos.
Bogdan e Biklen (2003) afirmam que a pesquisa qualitativa envolve cinco características: 
ambiente natural, dados descritivos, preocupação com o processo, preocupação com o 
significado e processo de análise indutivo.
61
Unidade II - As Etapas de uma Pesquisa Científica
Neste caso, os dados coletados são predominantemente descritivos, visto que o material 
obtido nessas pesquisas é importante por serem ricos em descrições de pessoas, situ-
ações, acontecimentos, fotografias, desenhos, documentos, etc. 
Assim, a preocupação com o processo é muito maior que com o produto. O interesse do 
pesquisador ao estudar um determinado problema é verificar como ele se manifesta nas 
atividades, nos procedimentos e nas interações cotidianas.
Alguns pesquisadores consideram ainda a existência de pesquisas com abordagem 
quantiqualitativa, cujo objetivo é estabelecer um diálogo e triangulação dos dados em 
ambas as vertentes. Isso se deve, principalmente, pela dificuldade em definir os limites 
entre os estudos ditos qualitativos e quantitativos nas pesquisas, afastando a ideia de que 
somente o que é mensurável teria validade científica.
Contudo, para Moreira (2002), a diferença entre a pesquisa quantitativa e a qualitativa vai 
além da simples escolha das técnicas de pesquisa e dos procedimentos de coleta de 
dados, representando, na verdade, posições epistemológicas antagônicas.
O Quadro 2 apresenta uma comparação entre os principais elementos de cada 
abordagem. 
62
Unidade II - As Etapas de uma Pesquisa Científica
QUADRO 2 – COMPARATIVO ENTRE AS ABORDAGENS QUANTITATIVA E QUALITATIVA
Pesquisa quantitativa Pesquisa qualitativa
Focaliza uma quantidade pequena de 
conceitos.
Tenta compreender a totalidade 
do fenômeno, além de focalizar 
conceitos específicos.
Inicia com ideia preconcebida do 
modo pelo qual os conceitos estão 
relacionados.
Possui pouca ideia preconcebida 
e salienta a importância das 
interpretações dos eventos mais do 
que a interpretação do pesquisador.
Utiliza procedimentos estruturados e 
instrumentos formais para coleta de 
dados.
Coleta dados sem instrumentos 
formais e estruturados.
Coleta os dados mediante condições 
de controle.
Não tenta controlar o contexto da 
pesquisa, e, sim, captar o contexto na 
totalidade.
Enfatiza a objetividade, na coleta e 
análise dos dados.
Enfatiza o subjetivo como meio 
de compreender e interpretar as 
experiências.
Analisa os dados numéricos através 
de procedimentos estatísticos.
Analisa as informações narradas de 
uma forma organizada, mas intuitiva.
Fonte: Polit et. al. (2004)
4. Procedimento técnico-metodológico
Em relação aos procedimentos técnicos adotados em pesquisas, serão apresentadas 
uma breve descrição de nove tipos. 
- Pesquisa bibliográfica
Esta pesquisa é desenvolvida a partir de material já publicado, como livros, artigos, 
63
Unidade II - As Etapas de uma Pesquisa Científica
periódicos, Internet e outros. Habitualmente, está relacionada às investigações sobre 
ideologias ou aquelas que se propõem à análise das diversas posições acerca de um 
problema. 
Fonseca (2002) descreve a pesquisa bibliográfica como aquela elaborada mediante o 
levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e 
eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas de websites. Para o autor, 
[...] Qualquer trabalho científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao 
pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o assunto. Existem, porém, pesquisas 
científicas que se baseiam unicamente na pesquisa bibliográfica, procurando referências 
teóricas publicadas com o objetivo de recolher informações ou conhecimentos prévios 
sobre o problema a respeito do qual se procura a resposta (FONSECA, 2002, p. 32).
Para Gil (2007, p. 44), os exemplos mais característicos desse tipo de pesquisa são 
investigações sobre ideologias ou aquelas que se propõem à análise das diversas posi-
ções acerca de um problema.
- Pesquisa documental
A pesquisa documental se assemelha muito à pesquisa bibliográfica, não sendo fácil, em 
algumas situações, distingui-las. Frequentemente, a pesquisa documental recorre a fon-
tes mais diversificadas e dispersas, sem tratamento analítico, tais como: tabelas estatís-
ticas, jornais, revistas, relatórios, documentos oficiais, cartas, filmes, fotografias, pinturas, 
64
Unidade II - As Etapas de uma Pesquisa Científica
tapeçarias, relatórios de empresas, vídeos de programas de televisão, etc. (FONSECA, 
2002).
Este tipo de procedimento pode ser utilizado em registros, anais, circulares e outros 
materiais. 
- Pesquisa experimental
As etapas da pesquisa experimental exigem um planejamento rigoroso, as quais incluem 
desde a formulação inicial exata do problema e das hipóteses, sendo estas limitantes 
para as variáveis precisas e controladas que atuam no fenômeno estudado. 
Para Gil (2007), a pesquisa experimental pode determinar um objeto de estudo, bem 
como selecionar as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo e definir as formas de 
controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto.
Contudo, Fonseca (2002) afirma que a pesquisa experimental, por selecionar grupos se-
melhantes e expô-los às situações diferentes, possibilita uma verificação das suas variá-
veis, tais como as relações causa e efeito, necessárias para a elaboração de explicações 
para as conflitantes descobertas recém adquiridas. 
Sendo assim, inicialmente, sugere-se a testagem dos instrumentos de coleta de dados, 
com o intuito de assegurar sua eficácia para aquilo que se pretende medir.
65
Unidade II - As Etapas de uma Pesquisa Científica
Neste sentido, a pesquisa experimental pode ser desenvolvida em laboratório (onde o 
meio ambiente criado é artificial) ou em campo (com condições de manipulação dos 
sujeitos nas

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