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Ativação de Linfócitos T

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Redação – Ativação de Linfócitos T 
Tariane Lima,142771.
Os Linfócitos T vão do timo para a circulação sanguínea por meio dos vasos sanguíneos e linfáticos, em seguida, vão para os órgãos linfóides secundários, que são o linfonodo e o baço, local onde as células serão ativadas. Para os linfócitos T migrarem para os linfonodos é necessário que as moléculas de adesão como CD62-L e glycam interajam entre si.
 Para ativação do antígeno ocorrer é necessário que aconteça a ativação do antígeno, sinais mediados por moléculas co-estimuladoras e mediadores solúveis que induzem a especialização dos Linfócitos T. Somente as células dendríticas, os macrófagos e os Linfócitos B são capazes de gerar esses três sinais para ativação dos linfócitos T. O primeiro sinal acontece da interação do TCR com MHC + peptídeo, essa interação recebe a ajuda das moléculas de adesão que fazem o contato do linfócito T durar o tempo certo para que o Linfócito T monitore os complexos MHC + peptídeo . A ligação do complexo MHC-peptídeo gera sinapses. 
 As moléculas ativadoras de antígeno profissional expressam várias moléculas co-estimuladoras, enquanto algumas delas são ativadoras, outras são desativadoras. Se o linfócito T se encaixar no MHC+peptídeo na falta de molécula co-estimuladora ele não é ativado, além de se tornar anérgico, isto é, ele se torna refratário às próximas ativações. No entanto, se ele encontra o complexo MHC+ peptídeo numa molécula apresentadora de antígeno que expressam moléculas co-estimuladoras, da família B7 -1 e B7-2 e se encaixam na co-receptora CD28 vai estimular a expressão de um receptor de alta afinidade para a citocina IL-2 que estimula a proliferação dessa célula.
 O receptor expresso em repouso possui a cadeia gama e cadeia beta, quando acontece a ligação do B7 com o CD28, o linfócito T começa a expressar a cadeia alfa, e, assim se torna capaz de captar a citocina IL-2 com maior qualidade. Há um linfócito T específico para o MHC+ peptídeo que ele foi capaz de reconhecer, acontece a proliferação e ele se torna um clone. Para o linfócito T CD8 seja ativado, ainda, é necessário a ajuda do linfócito T CD4, assim,como também precisa do terceiro sinal. 
 O terceiro sinal vem quando as APCs entram em ação, elas são ativadas por patógenos diferentes. Os fatores solúveis produzidos por APCs determinam a diferenciação final dos Linfócitos T. . Uma célula dendrítica que reconhece um microrganismo, a célula passa a produzir IL- 12 e com a sua presença os Linfócitos T se diferenciam para o perfil Th1 que produz a citocina interferon gama, que é a principal citocina ativadoras de macrófagos. A interferon gama estimula mecanismos microbicidas nas células que matam o patógeno. 
 Já na ausência de IL-12 a célula produz IL4 que irá controlar a ativação dos Linfócitos T para o TH2, no entanto ele não produz interferon gama para fagocitar os microrganismos microbicidas, então essas células produzem IL-4,IL-5 e IL-13 que fazem exocitose, produzindo grânulos tóxicos que ajudam a controlar a infecção de patógenos grandes. Essa mesma célula também pode ser ativada pela citocina TGF-beta, com isso, o linfócito T vai ser induzido a produzir uma resposta reguladora, se tornando um linfócito Treg que pode ser ativada pelos órgãos linfóides secundários e irá produzir a citocina TGF-beta, também existe a célula Treg central que é produzida no timo no processo de desenvolvimento dos Linfócitos. 
 Caso a célula dendrítica esteja produzindo TGF beta, mas, ainda sim, encontra-se a presença de citocinas inflamatórias isso significa que a resposta ainda não foi definida, dessa forma, o linfócito T não entra em contato com as APCs. Mas se tiver produzindo IL-6 e IL-1 junto ao TGF-beta o Linfócito T se torna Th17 que irá produzir IL-17 que é imprescindível para controlar infecções. Posteriormente, o Linfócito T é especializado em diferentes perfis, Th1 que controla microorganismos pequenos intracelulares, Th2 que controla patógenos maiores extracelulares, Th17 que lida controla microrganismos pequenos extracelulares ou Treg que regula a homeostase. Também existe a possibilidade de acontecer uma plasticidade entre elas. 
 Alguns desses linfócitos se tornam células de memória , com longa duração e vivem na circulação em órgãos linfoides, depois retornam ao sangue por meio do ducto toráxico. 
 As células T produzem respostas antivirais e nesse cenário atual da COVID 19 são elas que agem para proteger o indivíduo infectado pelo vírus, elas fazem isso produzindo citocinas e matando células infectadas. Estudos divulgados pela fundação Oswaldo Cruz revelam que os Linfócitos T CD4+ e T CD8+ conseguem reconhecer proteínas do SARS-CoV-2, assim que reconhecem os peptídeos, as células T são ativadas e liberam citocinas

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