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PROCESSAMENTO DE ANTÍGENOS + IMUNIDADE CELULAR

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RESPOSTA IMUNE ADAPTATIVA 
É específica e mediada por linfócitos T, que vão 
gerar a resposta efetora e a memória 
imunológica. 
Na figura abaixo, podemos ver a visão geral do 
processo de ativação dos linfócitos. 
 Célula T Naive: liberada no timo, é capaz de 
reconhecer os antígenos específicos, através 
do receptor TCR. 
 Sendo CD4+ ou CD8+, quando ocorre o 
reconhecimento, o linfócito se torna ativado. 
Esse reconhecimento acontece em órgãos 
linfoides secundários, como baço, linfonodo 
e tecidos linfoides associados à mucosa. 
 O linfócito ativo passa a expressar moléculas 
associadas à migração celular (importante 
para chegar no tecido periférico) e à 
produção de citocina (como IL-2), além de 
receptores de citocinas. 
 IL-2 tem efeito autócrino, promovendo 
proliferação dos linfócitos ativados 
(expansão clonal). Nesse processo, eles se 
diferenciam em células efetoras e células de 
memória, se direcionando para os tecidos 
periféricos. 
 TCD4+: garantem resposta contra 
patógenos que abrigam e infectam células 
como macrófagos. Vai ativar todo o sistema 
imunológico (macrófagos, mastócitos, 
linfócitos B), a partir da secreção de 
citocinas. 
 
 
 
 
 TCD8+: mata uma célula infectada por vírus 
(normalmente) ou dano que possa causar 
proliferação tumoral. É citotóxica. 
 
MAS COMO EXATAMENTE OS LINFÓCITOS 
SÃO ATIVADOS? 
Esse processo depende diretamente das células 
apresentadoras de antígeno, que tem como 
função capturar, processar e apresentar essas 
moléculas para os linfócitos T. 
Mas o que é antígeno? 
 É qualquer molécula capaz de ser 
reconhecida por um anticorpo (BCR, 
receptor em linfócitos B) ou um linfócito 
T (TCR). 
Os linfócitos T reconhecem principalmente 
antígenos que são peptídeos (proteínas). Ele é 
dependente da célula apresentadora de 
antígeno (APC)! 
 
 
 
Já os linfócitos B reconhecem como antígenos 
qualquer tipo de moléculas (carboidratos, 
lipídeos, hormônios, toxinas, fosfolipídeos, 
ácidos graxos e proteínas). Independem da APC, 
reconhecendo moléculas livres e solúveis que 
alcançam os órgãos linfoides tanto pela corrente 
sanguínea quanto pelos vasos linfáticos. 
E quem são as células apresentadoras de 
antígeno (APCs)? 
→ Células Dendríticas 
▪ Apresenta o antígeno para os linfócitos T 
naive. 
▪ É APC profissional, mais importante, por 
ser a única que consegue apresentar aos 
linfócitos T naive. 
▪ Assim, quando temos o primeiro contato 
na vida com determinado patógeno, 
quem consegue ativar a resposta imune 
Imunologia 
PROCESSAMENTO DE ANTÍGENOS 
 
é a célula dendrítica. Ela faz a conexão 
entre imunidade inata e adaptativa. 
→ Macrófagos 
▪ Apresentam o antígeno para os linfócitos 
T efetores, já ativados. 
→ Linfócitos B 
▪ Apresentam o antígeno para os linfócitos 
T efetores, já ativados. 
 
→ Mecanismo de ativação dos antígenos: 
1. As APCs, a partir do reconhecimento 
de antígeno (por um PAMP, por 
exemplo), se torna ativada. 
2. A ativação provoca a produção de 
moléculas de adesão, que vão fazer 
com que ela saia do órgão de origem 
e migre para o órgão linfoide 
secundário. Também vão começar a 
secreção de citocinas e quimiocinas 
na membrana celular, que são 
essenciais para ativar outras 
moléculas do sistema imune. 
3. A célula apresentadora vai então 
capturar o antígeno e processá-la em 
peptídeos, que serão associados a 
moléculas de MHC. 
4. A junção antígeno + peptídeo + MHC 
causa a expressão dessa molécula na 
membrana plasmática da célula 
apresentadora. 
5. Uma vez que a APC, expressando o 
antígeno via MHC, se encontra no 
baço, linfonodo ou tecido linfoide 
associado a mucosa, ela pode 
finalmente encontrar o linfócito T 
que contenha o receptor específico 
para aquele peptídeo. 
6. Acontecendo isso, o linfócito T é 
ativado e a célula apresentadora 
oferece sinais de coativação 
essenciais para garantir a ativação 
efetiva do linfócito T. 
 Esses sinais de coativação só se 
expressam quando a APC se ativa 
(quando reconhecem o patógeno). 
 
→ Propriedades das APCs: 
▪ Todas expressam moléculas de MHC, 
que são de classe I e classe II (todas 
APCs possuem esses dois tipos); 
▪ Expressam moléculas co-
estimulatórias para os linfócitos T. 
▪ Podem capturar o antígeno por 
fagocitose, endocitose (células 
dendríticas e linfócitos B) ou ambas 
(macrófagos). 
 
→ Molécula Principal de 
Histocompatibilidade (MHC): 
▪ Função: conectar, pela região de 
ligação do peptídeo, a molécula que 
vai ser apresentada ao linfócito T(se 
liga ao MHC e ao peptídeo ao mesmo 
tempo). 
▪ Foi descoberta com o estudo de 
transplante, em modelos 
experimentais de enxerto de pele. Foi 
observada uma rejeição, e ao estudá-
la, viram que essa reação era 
direcionada ao MHC. 
▪ Depois foi descoberto que sua 
principal função mesmo era a 
apresentação de antígenos. 
▪ MHC de classe I é expressa em todas 
as células nucleadas (quase todas do 
corpo), e a MHC classe II só é 
expressa em células apresentadoras 
de antígeno. 
 Classe I: apresenta para TCD8+. 
 Classe II: apresenta para TCD4+. 
 
APRESENTAÇÃO DE ANTÍGENOS PARA 
LINFÓCITOS T 
Os locais onde as classes de MHC são expressas 
(vimos isso agorinha) interferem diretamente 
na função dos linfócitos. 
Linfócito T CD4+ (auxiliador ou “helper”): 
→ Reconhece apenas peptídeos associados 
ao MHC classe II. 
→ Isso está diretamente ligado à sua 
capacidade exclusiva de reconhecer 
antígenos extracelulares que são 
endocitados pelas APCs (e isso faz 
sentido, já que a gente viu que essas 
moléculas são especializadas em 
capturar os patógenos). 
Linfócito T CD8+ (citotóxicos): 
→ Reconhece apenas peptídeos associados 
ao MHC classe I. 
→ Esses peptídeos são intracelulares, 
derivados do citosol ou de proteínas 
citoplasmáticas. 
 
PROCESSAMENTO DOS ANTÍGENOS: VIA 
ENDOCÍTICA 
Endocítica = via de processamento de 
peptídeos endocitados, ou seja, ligados ao MHC 
classe II, e por isso apresentados ao linfócito T 
CD4+. 
Figura: 
→ Peptídeo sendo endocitado (vesícula 
endocítica); 
→ Imediatamente envolvido em uma 
endossoma, e, se ligando a lisossoma, vai 
sofrer lise dos peptídeos; 
→ Enquanto isso, no RE dessa célula está 
ocorrendo a síntese do MHC de classe II. 
Quando a porção α e a porção β estão 
prontas, ocorre também a síntese de uma 
cadeia invariante (LI), que ocupa 
exatamente a fenda de ligação do 
peptídeo. Isso é fundamental para 
impedir que qualquer outro peptídeo, se 
ligue ao MHC, e ele consiga se ligar ao 
linfócito. 
→ Agora essa molécula pronta (MHC) pode 
ser transferida para o Golgi, onde vai ser 
processada e então liberada em uma 
vesícula exocítica. 
→ Essa vesícula vai ser fundida com o 
endossoma, formando uma única 
vesícula. 
→ Nesta última, vai ocorrer a quebra da 
cadeia invariante e então a entrada de 
um dos peptídeos endocitados (possuem 
maior afinidade pela MHC que a LI). 
→ Assim, é formado o complexo peptídeo-
MHC, que vai ser expresso na membrana 
plasmática. 
→ OBS: o MHC é uma molécula polimórfica, 
ou seja, é diferente em cada indivíduo (e 
por isso pode haver incompatibilidade 
no transplante de órgãos). Isso também é 
responsável pela grande variação da 
resposta imune entre os seres humanos. 
→ OBS2: O MHC de classe II tem alguns 
tipos que são capazes de se ligar a 
peptídeos específicos. 
 
Na figura abaixo podemos ver a relação íntima 
entre o MHC e o receptor da célula T. 
Observamos que os resíduos polimórficos da 
MHC interagem diretamente com o linfócito T, e 
isso causa o que chamamos de restrição ao 
MHC próprio. Ou seja, se ocorre essa ligação, 
isso quer dizer que o nosso MHC só apresenta 
antígenos para o nosso próprio linfócito T. 
 
 
 
 
 
 
PROCESSAMENTO DE ANTÍGENOS: VIA 
CITOSÓLICA 
Via de processamento de peptídeos citosólicos, 
ou seja, ligados ao MHC classe I e apresentados 
ao linfócito T CD8+.Figura (lado D): 
→ Vírus infecta a célula e vai produzir suas 
próprias proteínas. 
→ As proteínas virais são desdobradas e 
ubiquinadas para que seus peptídeos 
possam adentrar o RE, por via da TAP 
(molécula transportadora). 
→ Enquanto isso, no RE dessa célula, está 
ocorrendo a síntese do MHC classe I. Os 
peptídeos que entraram no retículo 
podem ser associados à molécula e 
formar o complexo peptídeo-MHC. 
→ Essa molécula vai para o Golgi, onde é 
processada e enviada para a membrana 
dentro de uma vesícula exocítica. 
 
→ OBS: aqui a ligação do peptídeo com o 
MHC já ocorre no RE, ou seja, não precisa 
da cadeia invariante, como o MHC classe 
II. 
→ OBS2: as células dendríticas conseguem 
fazer aqui apresentação cruzada: ela 
captura antígeno, processa ele via 
endocítica, e os peptídeos endocitados 
também podem entrar na via citosólica. 
→ Importância: as células dendríticas são 
fundamentais para ativar células naive. E 
como o TCD8+ só consegue processar 
antígenos intracelulares, ela precisa que 
os dendritos, ao endocitarem um 
patógeno, ative a sua via também. 
Figura (lado E): 
→ Mesmo vírus sendo endocitado. 
→ A célula dendrítica consegue, ao quebrar 
peptídeos desses vírus, transportar 
alguns deles para o citosol. 
→ Uma vez nesse local, ele insere esses 
peptídeos na via citosólica. 
 
→ OBS: como nem todos os vírus infectam 
as células dendríticas, elas precisam 
fazer essa captura para ativar linfócitos 
TCD8. 
 
APRESENTAÇÃO DE ANTÍGENOS PARA 
CÉLULAS T VIA TCR 
CD4+: TCR (vermelho) e CD4 (laranja) se 
ligam tanto ao peptídeo quanto ao MHC de 
classe II (ligação específica). 
CD8+: TCR (azul) e CD8+ (lilás) se ligam 
tanto ao peptídeo quanto ao MHC classe I 
(ligação específica). 
MOLÉCULAS COESTIMULATÓRIAS NA 
APRESENTAÇÃO DE ANTÍGENOS 
Nos linfócitos T: 
→ CD28; 
→ CD40L (ligante de CD40); 
→ LFA-1 (antígeno associado à função de 
linfócitos 1): moléculas de adesão. 
 
Nas APCs: 
→ B7-1 e B7-2 (na célula apresentadora): é 
aquela molécula de coestimulação!!! Essa 
é a célula que a APC precisa expressar 
para coestimular o linfócito T naive, e 
garantir que ele seja ativado. 
→ CD40: importante para a transdução de 
sinal; 
→ ICAM-1 (molécula de adesão 
intracelular-1). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESPOSTA IMUNE ADAPTATIVA 
É muito mais específica, feita a partir de 
antígenos (partes de proteínas específicas do 
patógeno). Além disso, consegue potencializar a 
resposta imune inata e ainda gerar memória 
imunológica. 
Pode ser dividida em: 
1. Resposta Imune Humoral 
→ Mediada por anticorpos produzidos 
pelos linfócitos B 
2. Resposta Imune Celular 
→ Mediada pelos linfócitos T CD4+ e 
CD8+. 
→ Também pode ser chamada de timo-
dependente, já que esses linfócitos 
são maturados nesse órgão. 
 
RESPOSTA IMUNE CELULAR 
Como a gente viu anteriormente, existem 
algumas particularidades no reconhecimento de 
antígenos pelos linfócitos T, como: 
→ Só reconhecem antígenos que são 
proteicos, pelos peptídeos. 
→ Precisam que os antígenos sejam 
apresentados pela APC, através da 
molécula de MHC de classe I (CD8+) ou 
de classe II (CD4+). 
 
PARA FIXAR: 
ATIVAÇÃO DOS LINFÓCITOS T NAIVE 
Precisam receber 2 sinais para serem 
ativados: 
1. Peptídeo + MHC sendo apresentado ao 
TCR, levando ao reconhecimento e 
ativação; 
2. Coestimuladores: B7-1/B7-2 
(molécula coestimuladora) e CD28 
(receptor de coestimulação). 
 
IMUNIDADE CELULAR 
Lembrando: ativação dos linfócitos T 
→ O primeiro contato com um determinado 
patógeno é de responsabilidade das 
células dentríticas. 
→ Elas ficam patrulhando os tecidos e 
quando encontram um patógeno elas se 
ativam e fagocitam o antígeno desse 
patógeno. 
→ Nesse momento elas mudam seu perfil: 
deixam de ser células de patrulha para 
serem células apresentadoras. 
→ Passam a expressar mais MHC, mais 
moléculas coativadoras, mais moléculas 
de adesão, além de mais receptores de 
quimiocinas e citocinas (permitem que 
ela migre para a região parafolicular do 
linfonodo regional – área com maior 
probabilidade de encontrar o linfócito T 
específico para aquele antígeno, para 
ativar a resposta imune celular). 
→ Seleção clonal: quando as células 
dendríticas encontram o linfócito T 
específico. 
→ Agora elas precisam dar sinais para 
ativar o linfócito T: 
1. Reconhecimento do antígeno, via 
MHC pelo TCR do linfócito. 
2. Coestimulação, pela CD28 (linfócito 
T) e B7 (dendrito). 
→ Uma vez ativados, eles precisam se 
proliferar, para que a resposta imune 
realmente consiga acontecer, certo? Essa 
expansão clonal vai ser estimulada pela 
interleucina 2 (IL-2), produzida pelo 
próprio linfócito, que também vai 
expressar seu receptor (atuação 
parácrina e autócrina). 
→ Esse processo dá origem às células T 
efetoras, e migram para os sítios de 
infecção para atuarem (devido à 
expressão de moléculas de adesão e 
receptores de quimiocinas e citocinas). 
Elas possuem tempo de vida curto e, após 
a eliminação do patógeno, sofrem 
apoptose ou são inibidas por 
mecanismos regulatórios. 
→ Esse processo também dá origem às 
células T de memória. Elas conseguem 
sobreviver por anos, para que o corpo 
consiga responder rapidamente à uma 
possível reexposição ao mesmo 
patógeno, sem precisar ativar 
novamente um linfócito T naive 
(processo que demora entre 5 e 7 dias). 
 
MECANISMOS EFETORES DAS CÉLULAS 
TCD8+ NA ELIMINAÇÃO DE PATÓGENOS 
OU CÉLULAS TUMORAIS 
O linfócito TCD8+ reconhece o antígeno (via 
MHC de classe I das células infectadas ou 
tumorais), e vai exercer sua função citotóxica de 
duas formas: 
A. Se liga ao antígeno, formando uma 
sinapse imunológica com a célula, 
liberando seus grânulos contendo 
perforinas e granzimas. 
→ Perforinas: estimulam a célula-alvo a 
capturar granzimas; 
→ Granzimas: ativam vias de apoptose que 
levam à morte das células infectadas ou 
tumorais (caspases). 
 
 
B. Se liga à célula alvo pelo receptor de 
morte Fas. Como o CD8+ tem um FasL, 
quando ele interage com o Fas da célula 
alvo, também leva à apoptose pelas 
mesmas vias induzidas pelas granzimas. 
 
 
 
 
MECANISMOS EFETORES DAS CÉLULAS 
TCD4+ NA ELIMINAÇÃO DE PATÓGENOS 
OU CÉLULAS TUMORAIS 
Atuam principalmente pela produção de 
citocinas, auxiliando células da resposta imune 
a eliminar os patógenos. Por isso recebem o 
nome de T helper/auxiliadora. 
 
DIFERENCIAÇÃO DAS CÉLULAS TCD4+ (Th) E 
MECANISMO EFETOR 
Existem diferentes tipos de TCD4+, que 
produzem diferentes tipos de citocinas (por isso 
a resposta imune em cada pessoa é diferente). 
Vamos ver os subtipos principais de TCD4+: 
1. Th1 
→ Resposta se inicia quando um 
macrófago fagocita um micro-
organismo e se ativa, devido aos 
PAMPs. 
→ O macrófago vai produzir diversas 
citocinas, inclusive a IL-12, principal 
citocina responsável por transformar 
o linfócito TCD4+ em Th1. 
→ O Th1 vai produzir interferon gama 
(IFN-Υ), principal citocina ativadora 
de macrófago. 
→ Sua ação nesse fagócito faz com que 
ele produza mais radicais livres e 
mais enzimas lisossômicas, tentando 
destruir o micro-organismo que foi 
fagocitado. 
→ O macrófago ativado também vai 
produzir proteínas pró-
inflamatórias, como IL-1, IL-6, e 
principalmente TNF (fator de 
necrose tumoral), estimulando assim 
a resposta inflamatória. 
 
→ OBS1: o INF- Υ também estimula 
ainda mais a conversão de células 
TCD4+ em Th1. 
→ OBS2: as células NK também são 
grandes fontes de INF- Υ. 
→ OBS3: essa resposta é muito 
importante para combater 
microrganismos intracelulares, mas 
também está associada à inflamação 
granulomatosa (como tuberculose), e 
ainda está envolvida em algumas 
doenças autoiumunes, como a DM1. 
 
2. Th2 
→ Resposta imune para organismos que 
são grandes demais para serem 
fagocitados, como helmintos. 
→ A célula dendrítica apresenta o 
antígeno em um ambienteonde a 
principal citocina seja a IL-4, que vai 
transformar a TCD4+ em Th2. 
→ O Th2 produz mais IL-4 (principal 
fonte produtora desta), junto com IL-
5 e IL-13. 
→ IL-4 + IL-13: vão induzir a produção 
de anticorpos pelas células B (IgE → 
capazes de reconhecer e se ligar ao 
tegumento dos helmintos). 
→ IL-5: principal citocina ativadora de 
eosinófilos. Recruta e ativa eles no 
sítio inflamatório, para que sejam 
capazes de reconhecer o verme 
através do IgE ligado na sua 
superfície, e então o eosinófilo vai 
degranular, liberando substância 
tóxicas no tegumento do helminto. 
 
→ OBS1: essa resposta também está 
associada com as alergias. 
 
3. Treg (regulatório) 
→ Não elimina microrganismos, mas 
regula a resposta imune, sendo muito 
importante para evitar danos 
teciduais e respostas exacerbadas 
que causam doenças. 
→ Surgem no ambiente rico em TGF-β e 
IL-10 (citocinas regulatórias), e 
também são criadas no timo, por 
mecanismos específicos. 
→ As células regulatórias também 
produzem TGF-β e IL-10. Elas têm a 
capacidade de desativar as células do 
sistema imune. 
→ Fundamental para o controle da 
homeostase. 
 
→ OBS1: alguns patógenos evoluíram 
para fazer com que as células Treg 
desativem as células do sistema 
imune, para que consigam sobreviver 
no hospedeiro. O Schistosoma 
mansoni faz isso muito bem na fase 
ativa da doença. 
 
 
 
 
 
 
 
4. Th17 
→ Geralmente surge no ambiente muito 
inflamatório, induzido, normalmente, 
por bactérias extracelulares que 
expressam PAMPs capazes de ativar 
muito a resposta imune inata. 
→ Esse ambiente contém citocinas pró-
inflamatórias, como IL-1β, IL-6,IL-23 
e TGF- β. 
→ É nele que a TCD4+ vai se diferenciar 
em Th17. 
→ A Th17 produz principalmente IL-17, 
que atua induzindo a inflamação 
neutrofílica, atraindo e ativando 
neutrófilos para o local da infecção. 
Eles vão fagocitar bactérias e fungos 
extracelulares, para eliminar esses 
patógenos. 
→ IL-17 + IL-22: ativam nossa 
imunidade de barreira, fazendo com 
que células endoteliais, células 
epiteliais e fibroblastos produzam 
citocinas pró-inflamatórias (IL-1, IL-
6, IL-8 e TNF) que vão amplificar a 
resposta do Th17. 
 Também induzem as células 
epiteliais a produzir 
peptídeos antimicrobianos 
(antibióticos naturais). 
 
→ OBS: é muito importante para combater 
bactérias extracelulares; para a 
imunidade das mucosas; para combater 
fungos extracelulares (especialmente do 
gênero cândida); e está envolvida com 
doenças autoimunes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EVASÃO DA RESPOSTA IMUNE 
QUADRO RESUMO:

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