Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
O que é o Belo? • Para Hípias, o belo era ter posses e ter muitos amigos; os gregos cultuavam muito a questão da virtude; • Oraculo de Delfos: “o justo é o mais belo...” • O belo, é o bem, é a justiça, é a verdade, é a perfeição. • Para Platão existe o mundo verdadeiro, o mundo das ideias, onde tudo é perfeito e pleno, e existe o mundo falso que é o mundo em que nós vivemos; • Sócrates debate que existem outras coisas belas (como um cavalo formoso). • Para Aristóteles o mundo verdadeiro é o mundo sensível, no qual a gente entra em contato através dos nossos 5 sentidos, para ele a arte possibilita que o ser humano pense para além do presente; O homem pode imitar e até “completar” a natureza, garantindo a proporção, ordem, simetria e justa medida tornando-a bela. Mimeses representação do universo perceptível; imitação da verdadeira natureza; • A mimese é uma imitação, apenas Deus poderia retratar o interior da própria criação dele que é o ser humano. Por meio da imitação das ações (mimese) que o homem aprende as suas primeiras noções de mundo. ▪ Deus, o artesão e o artista Deus – primeira realidade Artesão: segunda realidade, cópia da criação de Deus, traz a imitação do ser humano mais aproximada daquilo criado por Deus Artista – terceira realidade cópia do que o artesão fez; e afastamento da realidade • O homem se diferencia de todos os seres vivos por ser mais inclinado a imitação, imitar é o instinto da natureza comum desde à infância; • Os meios comuns da mimese são o ritmo, a linguagem e a harmonia. As 3 diferenças que distingue a mimeses: • forma narrativa: e nesse caso pode assumir personalidades diversas; • em primeira pessoa permanecendo o mesmo sem nenhuma transposição; • forma dramática são os atores que representam diretamente a ação inteira como se fossem eles mesmo vivos e operantes; • A tragédia é a mimese de uma ação seria e completa, com certa extensão, em linguagem embelezadora por várias espécies de ornamentos, de forma dramática e não narrativa, a composição e a evolução dos versos são elementos da mimese. ▪ O mito é primordial para a alma da tragédia, em segundo lugar vêm os caracteres, também na pintura: se alguém borrasse a tela mesmo com as cores mais belas, mas sem um desenho preestabelecido não agradaria do mesmo modo de se desenhasse em branco só os contornos de uma figura, o pensamento capacidade de exprimir sobre um dado argumento tudo o que lhe é inerente e que convém. Como a tragédia é mimese de pessoas superiores ao nível comum, será bom que os poetas sigam os exemplos dos bons pintores de retratos, os quais, reproduzindo as feições peculiares de um indivíduo desenham retrato que sem diminuir a semelhança, é com tudo, mais belo que o original. ▪ Até o ápice da civilização grega com Péricles, os gregos não tinham conseguido ter uma teoria da beleza e da estética; • Platão – beleza na harmonia, ele vivia em um mundo ideal e a beleza através das formas geométricas, daí que se origina o termo sólidos platônicos. • Razão e a beleza O BARROCO trabalha com a preservação para convencer os cidadãos do poder da monarquia ou convencer no caso a igreja a assumir a fé, trabalha com as emoções. trabalha com espetáculos, infinito para convencer o poder. DIALÉTICA DA BELEZA – representada no século XVIII, como um século racional, coerente, um pouco frio e distante, mas esta imagem, ligada ao modo como gosto daquela época entende a pintura e a música, é definida. Um filme de drama BARRY LYNDON dirigido pelo STANLEY KUBRICK, mostra com esperteza como o século das luzes agitavam-se paixões desenfreadas e arrebatadores, homens e mulheres tão elegantes e cruéis • Jean- Honoré Fragonard - Sua Obra mais conhecida O BALANÇO (1767) • Nela ele antecipa técnicas e conceitos fundamentais aos impressionistas. • Um século a frente das inovações trazidas por Monet, Manet e Renoir, já podemos ver tentativas de capturar (o momento fugidio); • o momento breve da moça que se diverte, a suprema alegria e jovialidade, aliada à ternura e à sensação de acolhimento, que brotam com toda força do quadro; as pinceladas vivas e libertas do rigor acadêmico; • os jogos de luz e de cores apenas possíveis ao ar livre, em contato com a natureza. • O BELO EM AÇÃO (JEAN-JACQUES ROUSSEAU) A NOVA HELOISA, 1761 Ele acredita, que o bom é o belo em ação. Um ligado ao outo como uma nascente da natureza. Dessa ideia segue-se que o gosto se aperfeiçoa com os mesmos meios que a sabedoria. O pintor fica em êxtase quando se depara diante de uma bela paisagem ou de um belo quadro, algo que um espectador comum não notaria. Quantas coisas só são percebidas graças ao sentimento e não é possível dar uma razão aquilo? Quantos desses “não sei quê”, dos quais só o gosto pode fornecer juízo, não se reapresentam sempre! O gosto é de certo modo uma pequena lente do juízo, e é necessário que se cultive e exercite para ver como para ouvir, para julgar o belo sobre investigações e o bom por sentimento. • A arquitetura e paisagismo barroco contam com excessos e abundancias, linhas recurvas, e é considerada artificiosa; o grande modelo paisagístico desse período é o jardim do Palácio de Versalhes* em que é amplamente ligado a um modelo negativo de jardim. O Neoclassicismo do século XVIII transmite sobriedade e bom gosto, se distancia dos excessos do período barroco. A aristocracia desse período voltava-se para as regras de arquitetura clássica, principalmente aquela do Palladio. Palácio de Versalhes, exemplo negativo de jardim • CLASSICISMO E NEOCLASSICISMO - NEOCLASSICISMO; Classicismo e neoclassicismo: No neoclassicismo encontram-se duas exigências distintas, mas convergentes, próprias do espírito burguês: rigor individualista e paixão arqueológica. ▪ Ambiente cultural e filosófico: o Iluminismo (Século das luzes): - o Valorização da razão; o Abandono de preconceitos; o Respeito à liberdade de pensamento; o Crença no progresso das atividades humanas; ▪ A beleza clássica é vista como vazia e “desprovida de alma” dessa forma, os maneiristas opõem uma espiritualização para fugir do vazio – as figuras então se movem para o espaço irracional e deixam emergir em surreal; • O NOVO CLASSICISMO: se impõe como uma nova regra de beleza “realmente” clássica; este aspecto se casa com o chamado “neoclassicismo arqueológico” – expressão do crescente interesse setecentista pela arqueologia. • Arqueologia é uma moda na segunda metade do século, nela se manifesta a paixão pelas viagens a terras distantes, em busca de uma beleza exótica fora dos padrões europeus, mas apenas escavações a descoberta da ruína não bastam para explicar o fenômeno. O que acontece depois, É UMA AUTÊNTICA FEBRE PELO ANTIGO E PELO ORIGINARIO. ▪ Subjetivismo: David Hume: “A Beleza não é uma qualidade das próprias coisas; existe apenas no espírito de quem as contempla e cada um percebe uma beleza diversa.” ▪ Immanuel Kant - o belo "é o que agrada universalmente, sem relação com qualquer conceito". ▪ Johann Joachim Winckelmann: A teoria estética do neoclassicismo foi desenvolvida por Winckelmann, em 1764, na sua História da Arte da Antiguidade, e teve Roma como centro de divulgação HEROIS, CORPOS E RUINAS - Também a estética das ruinas que se desenvolve na segunda metade do século XVIII exprime o equívoco da beleza neoclássica. Que as ruinas da história possam ser percebidas como belas é uma novidade que encontra suas razões na intolerância para com os objetos tradicionais e na consequente busca de temas novos, fora do estilo das normas estabelecidas. Não seria imprudente comparar o olhar racional e ao mesmo tempo melancólico de Diderot ou Winckelmann diante dos restos de um edifício antigo ao olhar de David diante do corpo apunhalado de Marat, que nenhum pintorda geração anterior teria pintado na banheira. A beleza dos antigos monumentos convida a não esquecer as devastações do tempo e o silencio que reina sobre as nações, mas reforça também a fé na possibilidade de reconstruir com fidelidade absoluta uma origem que no passado se acreditava irrecuperável e a qual se preferia, erroneamente a beleza natural. ▪ A beleza cruel e tenebrosa: Lado obscuro da razão: planejamento racional do mal; escrito nas próprias conclusões de Kant: a independência da razão em relação à natureza e a necessidade de uma fé imotivada em uma Natureza boa. ▪ APOLO VATICANO ▪ Os gregos conseguem criar estas imagens porque tinham constate oportunidade de observar o belo da natureza, por isso nome daquela ou desta divindade, a perturbação ou alteração não era exposto nas imagens, pois era impróprio para a natureza ou divindade. ▪ No rosto de APOLO VATICANO deveria expressar raiva, mas o sábio escultor querendo formar o mais belo dos deuses, mostrou raiva lá onde os poetas dizem que existe, isto é, no nariz (inflamadas), desprezo nas narinas inflamadas puxada para cima realçando o queixo, ora, não são essas as reações capazes de alterar a beleza? NÃO, pois o olhar continua sereno e sua fronte é toda placide • Proporção e harmonia Luz e cor Para Pitágoras o princípio de todas as coisas são os números; Pitágoras relacionava números e beleza: todas as coisas existem porque refletem uma ordem e são ordenadas porque nelas se realizam leis matemáticas que são ao mesmo tempo condição de existência e beleza; • A proporção arquitetônica O triangulo equilátero é divisível infinitamente; os vértices dos triângulos são dez e de um a dez é possível gerar todos os outros números • Luca Pacioli - escreveu o livro Divina Proporção - A Divina Proporção é a relação áurea.; inventou a contabilidade moderna. • Leonardo da Vinci via no homem vitruviano havia relação do corpo humano e as figuras geométricas perfeitas: o círculo e o quadrado. • Andrea Palladio, nos Quatro Livros de Arquitetura, sugeriu sete conjuntos de proporções mais belas e harmoniosas para serem usados nas dimensões de ambientes, ele escolheu formas e medidas que refletem as consonâncias musicais: Círculo, Quadrado, Diagonal do Quadrado - 1:1,414, Quadrado acrescido de um terço - 3:4, Quadrado mais metade - 2:3; Quadrado mais dois terços - 3:5; Duplo quadrado - 1:2 a1cca60c6359ae8d54e982cfeaa678733f21e1f846f7a6e2aadbf3c111f993d4.pdf
Compartilhar