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Resumo - Ricardo Alexandre - Competência e legislação Tributária

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-Competência tributária e legislação tributária- 
Resumo cap.III 
 
 
Competência para legislar sobre direito tributário e competência tributária 
➢ Competência para legislar sobre Direito tributário X Competência tributária 
➢ O primeiro é o poder atribuído para editar leis que versem sobre tributos, e o segundo é o 
poder atribuído de editar leis que instituam tributos. 
➢ Foi com a competência para legislar que a união editou a CTN 
Competência para legislar sobre Direito tributário 
➢ Repartição horizontal 
→ A união é privativa para legislar, podendo a própria união editar lei complementar 
autorizando os Estados e DF escreverem disposições especificas sobre a matéria. 
➢ Repartição Vertical 
→ É repartido entre união, estados e DF, com matérias de ordem obrigatória aos entes e 
especifica, segundo peculiaridades locais 
➢ IPVA, por não ter norma geral da união, cada Estado exerceu a competência legislativa plena. 
(STF) 
➢ Caso a união passe a editar norma sobre IPVA, as normas estaduais estarão suspensas. Se revogar 
a norma Federal, as estaduais recuperam a eficácia. NÃO HÁ REPRESTINAÇÃO, pois não foi 
revogada. 
 
1. O CTN como norma geral em matéria tributária – Teoria da recepção 
▪ Após a criação de nova constituição, cria-se um novo Estado, de modo que teoricamente, seriam 
revogadas todas as normas anteriores. Porém, para evitar o caos, foi criada a teoria da recepção, 
que dispõe que as normas compatíveis com a CF, seriam por esta recepcionadas, passando a 
ter mesmo status da espécie legislativa exigida pela Carta para disciplinar a matéria. 
▪ Assim, recepcionada uma lei ordinária que trata de uma matéria cuja disciplina o novo 
ordenamento atribui a lei complementar, a lei ordinária não deixa de ser ordinária, mas passa a 
ter status de complementar, somente podendo ser revogada ou alterada por essa espécie. 
▪ De modo que é errado afirmar que o CTN é lei complementar 
▪ Ressalta-se que não foi com a CF que a CTN passou a ter status de lei complementar, e sim 
com a CF/1967 
▪ Não pode a LEF (Lei de execução fiscal) alterar o CTN, pois essa já tinha status de lei 
complementar antes de 1980. 
 
2. A regulação das limitações constitucionais ao poder de tributar 
▪ Art. 146, II CF → Atribui à lei complementar a regulação das limitações constitucionais ao poder 
de tributar. 
 
 
▪ Por está previsto constitucionalmente já, não pode a lei complementar inovar nessa seara, criando 
novas limitações. Cabendo-lhe apenas ser veículo normativo utilizado para disciplinar as limitações 
 
3. Disposições sobre conflito de competência 
▪ Art. 146, I, dispõe também que cabe à lei complementar dispor sobre conflitos de competência 
em matéria tributária 
▪ Os conflitos podem ocorrer entre os entes homólogos e heterólogos. 
▪ Homólogo: Quando a múltipla exigência tributária parte de entes da mesma natureza federativa 
(ex. dois estados) 
▪ Heterólogos: Possuem estatura federativa diversa (ex. União e município) 
▪ Cabendo a lei complementar a ser editada pela união, para evitar esses conflitos. 
Competência tributária 
➢ Define-se competência tributária como o poder constitucional atribuído de editar leis que 
instituam tributos 
➢ LRF estimula a criação de tributos viáveis pelos entes, pois se não criar, acredita-se que não 
tem necessidade e se eventualmente solicitar repasse de recurso aos entes maiores, a 
negativa é válida. 
➢ Nenhum ente é obrigado a instituir o tributo 
➢ LRF → É requisito essencial da responsabilidade fiscal a instituição, previsão e efetiva 
arrecadação de TODOS os tributos de competência do ente federado 
➢ Outra característica da competência tributária é a indelegabilidade, não pode o ente editar 
norma que atribua a outro ente a competência para criar tributo que lhe foi outorgado pela 
CF. 
➢ A exceção à indelegabilidade prevista não se refere somente à capacidade tributária ativa 
(art. 7º CTN) 
➢ Dois institutos de competência: 
1) Em sentido estrito: 
✓ A competência é política e se refere a possibilidade de editar lei 
✓ A capacidade ativa decorre da competência tributária, mas possui natureza 
administrativa. (referindo-se às funções de arrecadar ou fiscalizar tributos ou 
executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas relativas ao tributo. 
2) Em sentido amplo: 
✓ Seria a soma de 4 atribuições: Instituir, arrecadar, fiscalizar e executar leis, 
serviços, atos, ou decisões adm. relativas ao tributo. 
➢ Utilizando o sentido amplo, a indelegabilidade seria referente a instituir, as demais funções são 
delegáveis (arrecadar, fiscalizar, executar) 
➢ Utilizando o sentido estrito, a competência tributária (política) é indelegável., já a capacidade 
ativa (adm.) é delegável, de uma pessoa jurídica de direito público a outra. 
➢ A competência tributária é SEMPRE INDELEGAVEL PARA CONCURSOS 
➢ A delegação pode ser revogada a qualquer tempo por ato unilateral da pessoa jurídica de 
direito público 
 
 
 
 
Repartição da competência tributária 
➢ Nos tributos vinculados: atribui competência ao ente que realiza a atividade, o que dá os 
contornos da definição de competência comum 
➢ Nos tributos não vinculados: Competência privativa, pois a falta de atividade estatal importou 
na necessidade de a constituição escolher o ente a quem seria deferida a competência 
➢ É a norma geral Federal que estabelece os fatos geradores, bases de cálculo e 
contribuintes., de modo que a liberdade legislativa dos entes só é ampla na estipulação das 
alíquotas, ainda não podendo agredir o princípio do não confisco. 
 
1. Competência tributária privativa 
→ Impostos tem competência privativa 
→ Privativa: pode ser delegada/ exclusiva: não pode ser delegada 
→ Art. 153 da CF/88 (competência da união) 
→ Art. 155, CF/88 (competência estados e DF) 
→ Art. 156, CF/88 (competência municípios e DF) 
→ No que concerne aos Estados, DF e municípios, as listas são absolutamente 
exaustivas, pois, ressalvada a possibilidade de emenda à CF, em nenhuma hipótese tais 
entes poderão instituir quaisquer impostos, ressalvados os que lhe foram 
expressamente deferidos. 
 
2. Competência tributária comum 
→ O ente que prestar o serviço público especifico e disponível ou exercer o poder 
de polícia, cobra a respectiva taxa; aquele responsável pela realização de obra pública 
da qual decorra valorização de imóvel pertencente a particular tem competência para 
instituir a contribuição de melhoria decorrente. 
→ Atribuição para instituir taxas e contribuições de melhoria é de competência comum 
→ Competência residual dos Estados-membros para instituição de taxas e 
contribuições de melhoria 
 
3. Competência tributária cumulativa 
→ Art. 147 CF 
→ Ao DF é vedado dividir-se em municípios, de modo que, tem competência para 
instituir 6 impostos (3 estatuais e 3 municipais) 
 
4. Bitributação e bis in idem 
→ Nos casos em que a mesma situação é definida em lei como fato gerador de mais 
de uma incidência tributária. 
a) Bis in idem 
▪ Duas vezes a mesma coisa 
▪ Quando o mesmo ente tributante edita diversas leis instituindo múltiplas 
exigências tributárias, decorrentes do mesmo fato gerador. 
 
 
▪ Não há na CF genérica vedação 
▪ União ao instituir COFINS e PIS 
▪ A CF, porém, que os novos impostos criados possuam fatos geradores e 
bases de cálculo diferentes dos discriminados na CF. 
 
b) Bitributação 
▪ Quando entes tributantes diversos exigem do mesmo sujeito passivo 
tributos decorrentes do mesmo fato gerador. 
▪ Proibida no brasil 
▪ Nos casos concretos configuram conflito aparente de competência 
▪ Existem 2 situações em que a bitributação é legitima: 
 União instituir em caso de iminência ou guerra externa, impostos 
extraordinários, compreendidos ou não em sua competência 
tributária. (art. 154, II, CF) 
 Casos envolvendo Estados – nações diversas, principalmente no 
que concerne à tributação de renda. 
PS: Bitributação Jurídica → bitributação 
 Bitributaçãoeconômica → Bis in idem. 
Legislação tributária 
➢ Art. 96 CTN 
➢ Legislação tributária compreende as leis, tratados e convenções internacionais, decretos e 
normas complementares que versem sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes. 
➢ Todo ato normativo que verse sobre matéria tributária integra a denominada “legislação 
tributária 
➢ Generalidade e abstração que diferenciam um ato normativo das demais regras de conduta 
impositivas. 
 
1. Leis 
a) Leis em sentido estrito 
▪ Art. 150 CF → veda entes de exigir ou aumentar tributos sem lei que o estabeleça 
▪ Teoricamente o parlamento tem representantes do povo, logo o povo só precisa 
pagar os tributos que aceitaram. 
▪ Não está sujeita a legalidade, podendo ser disciplinada por ato infralegal (decreto) 
a atualização do valor monetário e a fixação do prazo para o recolhimento. 
 
b) Resoluções do senado federal 
▪ Em matéria tributária, as resoluções mais importantes são as elaboradas pelo 
Senado federal 
▪ Para evitar a guerra fiscal entre os estados, o estabelecimento de alíquotas 
máximas e mínimas ou interestadual ficou a cargo do Senado Federal 
 
 
 
No que concerne ao ICMS, a competência do Senado pode ser assim resumida: 
Alíquotas internas dos Estados – membros (fixação facultativa) 
 Iniciativa Aprovação 
Alíquota mínima 1/3 Maioria absoluta 
Alíquota máxima Maioria absoluta 2/3 
 
Alíquotas interestaduais e de exportação (fixação obrigatória) 
 Iniciativa Aprovação 
Alíquotas Presidente ou 1/3 do Senado Maioria absoluta 
 
 
c) Decretos legislativos 
▪ Editados pelo Congresso Nacional, no uso da competência exclusiva 
▪ Não se sujeita a sanção e veto 
▪ Os mais importantes são os que aprovam tratados internacionais 
 
d) Decretos-leis 
▪ Não foi prevista pela CF/88 por ser substituída pela medida provisória 
▪ Existem ainda vários em vigor no Brasil, por causa da teoria da receptação 
 
2. Tratados e convenções internacionais 
➢ Tratados internacionais e convenções internacionais são sinônimos 
➢ Art. 84, VIII, CF → Privativo do presidente da república firmar tratados, convenções e 
atos internacionais. 
➢ Aprovação parlamentar é manifestada por meio de decreto legislativo. 
➢ STF → Fases necessárias para efeito de execução, no plano interno, das regras de 
tratados: 
a) Aprovação no Congresso Nacional, mediante decreto; 
b) Ratificação pelo presidente, mediante deposito do respectivo instrumento 
c) Promulgação do presidente, mediante decreto. 
 
➢ Os tratados e convenções internacionais revogam ou modificam a legislação tributária 
interna. 
 
1) Impacto do tratado internacional sobre o direito interno 
→ Com EC 45/2004 tratados internacionais que são aprovados como emenda 
Constitucional, são equivalentes a essas. (art. 5º, §3º) 
→ Os tratados que versão sobre tributação normalmente são acordos a evitar 
bitributação internacional e regras de cooperação (a regra da emenda deve 
ser aplicada apenas aos direitos humanos) 
 
 
→ A interpretação correta é que os diplomas internacionais prevalecem sobre a 
legislação tributária interna sem, no entanto, revoga-la. (apenas suspende a 
eficácia) 
→ CONCURSO: CONSIDERAR CORRETA AS OPÇÕES QUE REPRODUZEM A 
LITERALIDADE DOS TEXTOS. 
→ Doutrina → Não seria possível revogar ou alterar as regras do tratado 
incorporados ao direito interno (art. 98 CTN) 
→ STF → Após incorporação ao direito interno, o tratado internacional adquire 
posição de lei ordinária, não podendo disciplinar matéria reservada a lei 
complementar, mas possibilitando que lei ordinária modifique ou revogue 
 
2) Tratados normativos e contratuais e a legislação tributária superveniente (STJ) 
→ Os tratados Internacionais podem ser: 
a) Normativos 
▪ Generalidade 
▪ Entre Estados que possuem vontades coincidentes 
 
b) Contratuais 
▪ Obrigações reciprocas 
▪ Exaure com seu cumprimento 
→ STJ entende que o Art. 98, refere-se a revogação por meio do tratados-
contratos 
 
3) Acordo geral sobre Tarifas e Comércio (GATT) 
→ Tratado internacional multilateral do qual o Brasil faz parte 
→ Equivalência de tratamento quando o produto importado ingressa no território 
nacional e o produto nacional. (tem vedação também no art. 152 CF) 
→ STF (súm. 575) – “À mercadoria importada de país signatário do GATT, ou 
membro da ALALC, estende-se a isenção do imposto de circulação de 
mercadorias concedida a similar nacional” 
 
3. Decretos 
➢ Art. 84, IV, CF 
➢ Entendia não haver no direito brasileiro decreto ou regulamento autônomo 
➢ Art. 99 CTN → Restringe o alcance dos decretos aos das leis 
➢ A EC 32/2001 permitiu decretos autônomos, mas em matéria tributária a utilização continua 
VEDADA. 
 
4. Normas complementares 
➢ Art. 100 CTN enumera as leis complementares: 
a) Atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas 
→ Apesar de os atos normativos objeto de analise não revogarem a lei, sua 
observância, nos termos do paragrafo único, impede a exigência de qualquer 
acréscimo legal 
 
 
→ Autoridade seria por exemplo: Presidente da República, ministro da fazenda, 
secretário da receita federal 
 
b) Decisões dos órgãos coletivos e singulares de jurisdição administrativa a que a lei 
atribua eficácia normativa 
→ Contraditório e ampla defesa tanto em processo judicial, quanto administrativo. 
→ É obrigatório para os entes administrativos a criação de um órgão 
administrativo para que os contribuintes possam direcionar suas impugnações. 
→ Esses órgãos realizam mero controle de legalidade dos atos 
a) Coletivos: quando compostos por mais de um julgador 
b) Singular: quando composto por apenas uma autoridade julgadora 
→ A regra é que as decisões proferidas pelos “órgãos de jurisdição 
administrativa” não integram a legislação tributária, pois NÃO SÃO GERAIS. 
→ Mas é possível que o ente político (União, Estados, DF, Municípios) decida 
atribuir, por lei, eficácia normativa às decisões proferidas por órgão de 
jurisdição administrativa. (devendo a adm. observar a aplicação em casos 
semelhantes) 
c) Práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas 
→ A legalidade no D. tributário é muito rígida, devendo interpretar restritamente 
o art. 100, III, do CTN. 
→ O legislador abriu espaço para utilização de usos e costumes como normas 
complementares. 
→ Consiste na impossibilidade de punição de todos os contribuintes que, 
seguindo praticas administrativas, cometeram atos que configurariam 
descumprimento da legislação tributária. 
 
d) Convênios que entre si são acordos de vontade firmados entre as pessoas políticas 
de direito público interno para a consecução de objetivos comuns 
→ Convênio são acordos de vontade firmados entre as pessoas políticas de 
direito público interno para a consecução de objetivos comuns. 
Vigência e aplicação da legislação tributária 
1. Validade, vigência e eficácia 
▪ Para elaboração de uma lei, o legislador exige: 
a) Propositura por um dos órgãos legitimados (fase de iniciativa) 
b) Discussão e votação no Parlamento (deliberação parlamentar) 
c) Manifestação de aquiescência (sanção) ou discordância (veto) do Chefe do Poder 
Executivo (deliberação executiva) 
d) No caso de veto, a deliberação e rejeição do veto pelo Parlamento 
▪ Após, o Presidente promulga a lei, atestando sua existência e determina a publicação. 
→ VÁLIDA: A lei é constitucional (formal e materialmente) 
→ VIGENTE: A lei terminou o ciclo de produção, foi publicada e atingiu a vacatio 
legis, e não tenha sido revogada. 
→ EFICAZ: está apta a gerar efeitos. 
 
 
2. Vigência da legislação tributária no CTN 
▪ A LINDB é aplicável ao Direito Tributário, salvo a existência de disposição legal específica 
deste ramo. 
▪ Critério de solução de conflito aparente de normas é o da especialidade. 
 
3. Vigência espacial 
▪ Territorialidade → As normas expedidas por um ente só têm vigência dentro do seu 
respectivo território 
▪ As normas expedidas pela união têm vigênciaem todo território nacional 
▪ Duas exceções previstas no art. 102 CTN: 
a) A extraterritoriedade prevista em convênio de cooperação 
→ É admitida nos limites em que reconhecida nos convênios de que 
participem os Municípios, Estados e DF 
→ Necessário expressa aquiescência → não agride o pacto federativo 
 
b) A extraterritoriedade prevista em norma geral nacional 
→ Nos limites do que disponham o próprio código ou outras normas 
gerais expedidas pela União 
→ A união por meio de lei complementar nacional, tem autorização para 
que o congresso nacional, estipule casos em que a norma expedida 
por um ente terá vigência também no território de outros 
→ Só em caso em que a extraterritorialidade é a única solução viável, 
sob pena de inconstitucionalidade, por agressão ao pacto federativo. 
→ (Art. 120 CTN → Caso de extraterritorialidade é desmembramento 
territorial para criação de novo ente, o qual pode aplicar a legislação 
da que desmembrou até a entrada em vigor da sua – salvo disposição 
em contrário) 
 
4. Vigência Temporal 
▪ A data de vigência deve ser indicada de forma expressa no texto legal, porém em sua 
ausência o prazo é de 45 dias em território nacional e 3 meses em estrangeiro 
▪ Porém há exceção quanto as normas complementares (art. 103): 
a) Atos normativos expedido por autoridades administrativas 
→ Data da sua publicação, salvo disposição em contrário 
→ Portaria, instruções normativas, atos declaratórios 
 
b) As decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa 
→ Entra em vigor, salvo disposição em contrário 30 dias após a 
publicação 
→ Quando há eficácia normativa nesses órgãos, há 2 efeitos: 
1) Atinge apenas a parte no processo 
 
 
2) Eficácia normativa conferida por lei, de forma que a tese adotada 
na decisão passa a integrar a legislação tributária, vinculando os 
servidores da respectiva adm. 
→ CABE A LEI QUE TRATA DO PROCESSO ADM. DO ENTE 
ESTABELECER O PRAZO PARA ENTRAR EM VIGOS, CASO DE 
AUSÊNCIA É EM 30 DIAS 
 
c) Os convênios entram em vigor na data neles prevista 
→ Alguns seguem a LINDB 
→ Outros acham que não deveria entrar em vigor 
Concurso Público 
 
 
Início da vigência no tempo 
Atos normativos adm. Na data da publicação, salvo 
disposição contrária 
Decisões de jurisdição adm. 
caso atribua eficácia normativa 
30 dias, salvo disposição em 
contrario 
Convênios Datas neles previstas/ ausência 
45 dias 
 
5. O art. 104 CTN e princípio da anterioridade 
▪ O princípio da anterioridade impede, salvo exceções, que se cobrem tributos no 
mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou 
aumentou. 
▪ O art. 104 CTN traz regras semelhantes, porém referenciadas à vigência, mas como 
visto antes, a anterioridade é relativa a eficácia. 
▪ Inciso III, há divergência entre decisões do STF. 
▪ OBS: Lei que concede isenção entra em vigor imediatamente 
 
Aplicação da legislação tributária 
1. Princípio da irretroatividade no CTN 
▪ Art. 105 CTN 
▪ Impossibilidade de aplicação da legislação tributária para o passado 
▪ A legislação se aplica aos fatos futuros e pendentes (cuja ocorrência já tenha iniciado, 
mas não concluído) 
▪ Fatos geradores: 
a) Instantâneo: Ocorrem em determinado momento no tempo (ex. Imposto de 
importação) 
b) Periódico: Base em situações que se protraem com o tempo (ex. IPTU, IR) 
▪ STJ → entende pela existência dos fatos geradores periódicos. 
 
 
 
 
Aplicação da legislação 
tributária 
Fatos geradores não 
consumados 
Imediata 
Fatos geradores pendentes Imediata 
Fatos geradores consumados Não se aplica 
 
2. Exceções legais ao princípio da irretroatividade 
▪ O princípio da irretroatividade (art.150, III,a, CF) não possui qualquer exceção. 
▪ No CTN dá ensejo ao surgimento de exceções. (art. 106 CTN) 
 
a) Lei expressamente interpretativa 
→ É na interpretação autêntica (emana do órgão responsável pela elaboração da 
norma interpretada) que surgem as leis expressamente interpretativa. 
→ Quando o dispositivo interpretado faz parte da própria lei que interpreta, não se 
configura a retroatividade (ex. IPTU) 
→ Quando o dispositivo de interpretação se encontra em outra lei, por exemplo lei 
posterior, essa não revoga a outra, apenas aclara seu conteúdo, podendo a 
segunda lei retroagir a data da primeira. 
→ STF expressamente admite a existência de leis interpretativas. 
→ Se a lei interpretativa trouxer efetivas modificações de institutos jurídicos, ela terá 
caráter normativo e não interpretativo, sendo IMPEDIDA DE RETROAGIR 
→ CTN admite a retroatividade da lei expressamente interpretativa, mas ressalva 
excluindo a possibilidade de aplicação de penalidade à infração dos dispositivos 
interpretados. 
 
b) Lei mais benéfica de infrações e penalidades 
→ Influência do direito penal 
→ No caso de Direito tributário penal, que punem infrações de natureza tributário-
administrativa, a lei mais benéfica retroage, MAS não alcança os atos 
definitivamente julgados. 
→ Encerrada a esfera adm. enquanto não realizada a arrematação, adjudicação ou 
remição, ainda não há julgamento definitivo, sendo possível aplicação de nova 
legislação benéfica. 
→ O art. 106, II, a, b, c, CTN → Trata exclusivamente de infrações, não havendo 
retroatividade de lei que verse sobre tributo, seja lei benéfica ou prejudicial. 
→

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