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Tripanossomíase Americana (Doença de Chagas)


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Parasitologia João Vitor P. Gama – MED 103 UV 
_______________________________________________________________________________________ 
 
TRIPANOSSOMÍASE AMERICANA (DOENÇA DE CHAGAS) 
Trypanosoma cruzi 
Uma das principais causas de morte súbita em pessoas em fase produtiva 
Zoonose 
Grave problema médico-social 
 
Morfologia 
▪ Hospedeiro vertebrado 
o Formas infectantes: 
▪ Amastigota: intracelular, divisão binária 
▪ Tripomastigota sanguínea: circulante, com flagelo. Formas delgadas (fase aguda) e 
largas (tropismo por células musculares, mais resistentes aos anticorpos) 
▪ Hospedeiro invertebrado (barbeiro) 
o Triatomínio se infecta com tripomastigotas sanguíneas: 
▪ Esferomastigotas: estômago e início do intestino 
▪ Epimastigotas: todo o intestino 
▪ Tripomastigota metacíclica: reto (eliminada nas fezes do barbeiro), infectante do 
hospedeiro vertebrado 
 
Transmissão 
▪ Vetor, transfusão sanguínea, transmissão congênita, acidentes laboratoriais, transmissão oral 
(amamentação, ingestão de triatomínios infectados, alimentos contaminados, canibalismo), 
transplante de órgãos, caçadores com mãos feridas, relação sexual. 
 
Patogenia e Sintomas 
▪ Fase aguda assintomática: 90-98% dos casos 
o Infecção local: Chagoma, Sinal de Romaña (sinal de porta de entrada) 
o Infecção disseminada: células de Kupffer, macrófagos. Febre, astenia, cefaleia, mialgia, 
adenite, morte em 10% 
▪ Fase crônica assintomática ou indeterminada: 50-69% dos casos 
o Forma latente: 10 a 30 anos assintomático, com positividade nos exames. ECG normal, 
radiografia de esôfago/coração/cólon normal, miocardite discreta, denervação do 
SNAutônomo 
▪ Fase crônica sintomática 
o Forma cardíaca: cardiopatia chagásica crônica (13%). ICC, tromboembolia cardíaca e de veias 
dos membros inferiores 
o Forma digestiva: megesôfago e megacólon, disfagia, dor retroesternal, regurgitação, soluço, 
tosse, sialose e pirose, obstrução intestinal e perfurações, denervação do SNAParassimpático, 
hepatomegalia 
o Forma nervosa: alterações psicológicas e comportamentais 
Parasitologia João Vitor P. Gama – MED 103 UV 
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o DC transfusional: todos os quadros associados, menos os sinais de porta de entrada 
o DC congênita: abortamento, prematuros, natimortos, alterações na placenta, bebês 
assintomáticos, com baixo peso, hepatoesplenomegalia, abdome distendido, sinais de ICC 
o DC em imunossuprimidos: reativação, encefalite multifocal, forma tumoral, diagnóstico 
diferencial com toxoplasmose 
 
Diagnóstico 
▪ Clínico: Chagoma/Sinal de Romaña 
▪ Laboratorial: 
o Na fase aguda, pesquisa direta ou indireta e PCR. 
o Na fase crônica, xenodiagnóstico (usa os percevejos em laboratório), pesquisa indireta ou 
sorologia 
Tratamento: só existe tratamento medicamentoso na fase aguda 
▪ Benznidazol 
▪ Na fase crônica, o tratamento é sintomático. 
▪ Megaesôfago e megacólon tratados cirurgicamente.