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FISIOLOGIA – 19/05/2021 
Movimento voluntário 
ATO MOTOR VOLUNTÁRIO 
 O ser humano pode executar 3 tipos de ações 
motoras: 
1. Reflexa: executado de forma 
totalmente inconsciente 
 Indivíduo executa mas não 
houve processamento da 
informação de forma 
consciente 
 No reflexo, o circuito que vai 
gerar ação motora está 
presente desde o nascimento 
 Função protetora 
 Não se aprende, nasce com 
ele 
 Reflexos da medula e gerados 
pelo tronco encefálico ou 
telencéfalo 
 Embora as funções dos núcleos 
da base não seja gerar reflexo, 
alguns reflexos mais 
elaborados podem ser 
executados 
2. Automática: embora seja 
executado de forma inconsciente, o 
indivíduo aprende a executá-lo 
 Indivíduo não nasce com a 
capacidade de executar ações 
automáticas 
 Quando se está aprendendo a 
executar tais ações, é preciso 
que aja uma concentração no 
procedimento de 
aprendizado 
 Depois que se aprende, a 
ações passam a ser 
executadas de forma 
automática 
 Dançar ou aprender a dirigir 
um carro são exemplos de 
ações automáticas 
3. Voluntária: executado apenas na 
espécie humana 
 Executado de forma 
completamente consciente: 
na hora e na forma como o 
indivíduo queira  é 
contextual 
 Conforme há uma grande 
repetição da ação, passa-se a 
ter um movimento 
automatizado 
 
 
 
MOVIMENTO VOLUNTÁRIO 
 Para que o movimento voluntário ocorra, é 
necessária a participação de vários 
componentes neuronais (vários núcleos de 
neurônios) 
 Precisa de áreas corticais e subcorticais 
 Estruturas subcorticais funcionam de 
maneira inconsciente 
 Dividido em dois sistemas/conjuntos de 
estruturas nervosas: 
1. Sistema piramidal: funcionam de 
forma voluntária 
2. Sistema extrapiramidal: 
trabalham de forma inconsciente 
 Formado por dois componentes: 
1. Córtex cerebral: 
 Área terciária P.O.T: 
correspondente aos giros 
supramarginal e angular 
 Área motora secundária: 
pré-motora e área motora 
suplementar 
 Área motora primária 
2. Trato piramidal: 
 Trato córtico-espinhal 
 Trato córtico-nuclear 
 
CÓRTEX CEREBRAL 
 ÁREA TERCIÁRIA P.O.T: 
 Região onde os conceitos podem ser 
formados, entender a linguagem e se 
constrói o pensamento  gera a ideia 
do movimento 
 Área responsável pelo pensamento 
 Pensa mas não executa o movimento 
 Quando a área terciária gera a ideia 
do movimento, ela vai enviar a ideia 
para a área motora secundária 
 Encontra-se no lado esquerdo, mas 
pode enviar informações para o lado 
direito também 
 
 ÁREA MOTORA SECUNDÁRIA: 
 Localizada entre a área motora 
primária e a área terciária frontal 
 Sua função é planejar a execução do 
movimento voluntário 
 Exemplo: deseja-se realizar a 
abdução do braço direito  a ideia 
do que se deseja realizar vai ser 
 
enviada para a área motora 
secundária e vai haver o 
planejamento da ação  1ª etapa do 
plano: definir quais são os músculos 
necessários para que o ato motor 
ocorra; 2ª etapa: definir a sequência 
de contração; 3ª etapa: definir a 
intensidade de contração de cada 
músculo  para que o movimento 
ocorra de forma perfeita, alguns 
músculos contraem e, seus 
antagonistas, relaxam 
 Recebe muitas informações do 
cerebelo: mostra como o movimento 
ocorreu para que, se ele não tiver sido 
executado corretamente/como 
planejado, essa área pode fazer 
ajustes 
 Quando o plano está pronto essa área 
não começa a execução, ele deve ser 
enviado para uma área que comece 
a execução (área motora primária) 
 
 Área motora secundária não tem 
força (energia) para mandar sozinha 
o plano para a área motora primária 
 deve ser energizada por um 
circuito do sistema extrapiramidal 
 
 Em relações as subdivisões dessa área: 
1. Pré-motora: planeja 
movimentos unilaterais 
2. Suplementar: planeja 
movimentos bilaterais 
 
 ÁREA MOTORA PRIMÁRIA: 
 Localizada no giro pré-central do lobo 
frontal 
 Ela dá início a execução do 
movimento: neurônios da área 
motora primária disparam potenciais 
de ação 
 O único neurônio que faz contato com 
o músculo estriado esquelético para 
promover a contração é o moto 
neurônio alfa 
 Neurônios dessa área são responsáveis 
pela estimulação do moto neurônio 
alfa  axônios descem e vão fazendo 
contato sináptico com os moto 
neurônios alfa e eles executem o 
movimento 
 
 Apresenta um mapa topográfico 
(homúnculo) que demonstra os 
neurônios responsáveis por ativarem 
os moto neurônios alfa dos músculos 
 se houver lesão em pontos 
específicos do mapa, indivíduo perde 
a motricidade da área específica 
 Córtex cerebral é irrigado por três 
grandes artérias: cerebral posterior, 
média e anterior  artéria cerebral 
média irriga a região da pelve e 
tronco, pés e pernas são irrigados pela 
artéria cerebral anterior 
 
 Se o indivíduo apresentar perda na 
cápsula interna (um lado inteiro, da 
cabeça aos pés), haverá perda total 
de motricidade 
 Problemas destruam a área motora 
cortical provoca paralisia no lado 
CONTRALATERAL 
 Hemisfério esquerdo controla, do 
ponto de vista motor, o lado direito e, 
o hemisfério direito, controla o lado 
esquerdo 
 
 
Lesões na área motora secundária provoca o 
aparecimento de APRAXIA 
 São, normalmente, provocadas por problemas 
na área motora secundária do hemisfério 
esquerdo 
 É uma impossibilidade ou dificuldade em 
realizar um movimento sob comando 
 De forma automática, o paciente até pode 
realizar o movimento  movimento 
automático é programado de forma 
subcortical, ou seja, os núcleos da base já 
possuem uma memória do movimento, 
possibilitando a execução 
 Em alguns tipos de apraxia o indivíduo nem 
consegue imaginar o movimento e, em outros, 
até há imaginação, mas o planejamento não 
ocorre 
Quando o indivíduo desenvolve esclerose lateral 
amiotrófica, de forma combinada, tanto os neurônios 
da área motora primária quanto os moto neurônios 
alfa vão morrendo 
 Em uma esclerose primária só os neurônios do 
córtex morrem 
 Na atrofia espinhal progressiva morrem 
somente os moto neurônios alfa 
 
 
 
TRATO PIRAMIDAL 
 Neurônios da área motora primária, 
neurônios da área secundária e neurônios da 
área somestésica primária emitem axônio que 
formam o trato piramidal 
 Neurônios da área secundária e área 
somestésia primária configuram 10% 
das fibras do trato 
 90% dos axônios do trato piramidal 
são da área 4 (área motora primária) 
 Área motora primária ativa os movimentos 
através dos potenciais de ação gerados pelos 
neurônios 
 Neurônios, de cada área motora, 
juntam-se e formam um trato 
 É chamado de trato piramidal por causa do 
tipo de neurônio que tem o axônio necessário 
para formar esse trato 
 Todos os neurônios que formam esse 
trato são do tipo piramidal 
 A divisão desse trato está relacionada com o 
destino, uma vez que todos começam no trato 
piramidal 
 Trato córtico-espinhal vai terminar na 
medula espinhal 
 Trato córtico-nuclear termina no 
tronco encefálico 
 TRATO CÓRTICO-ESPINHAL: 
 Formado por dois componentes: 
1. Trato córtico-espinhal 
cruzado: corresponde a 80% 
do trato piramidal  feixe é 
formado por fibras de axônios 
de neurônios da área motora 
secundária, área motora 
primária e somestésica 
2. Trato córtico-espinhal 
direto: corresponde a 15-20% 
do trato piramidal 
 Trato córtico-espinhal cruzado: 
neurônios descem, passando pela 
cápsula interna e, ao chegarem entre 
o bulbo e a medula, as fibras de um 
lado cruzam para o lado contralateral 
e vão inervar os músculos do lado 
CONTRALATERAL  é um 
cruzamento maciço e superficial, 
dessa forma, permite que se sinta a 
ondulação na superfície do sistema 
nervoso  DECUSSAÇÃO DAS 
PIRÂMIDES 
 Indivíduos com lesão no trato córtico-
espinhal cruzado podem ter perda 
total dos movimentos 
 Trato córtico-espinhal direto: as fibras 
não se cruzam, vão para a medula 
direto e, na medula, as fibras se 
distribuem igualmente para os dois 
lados Funções do trato córtico-espinhal 
direto: 
1. Realizar ajustes posturais para a 
manutenção do equilíbrio: 
ordem sai e faz com que os 
músculos dos dois lados do corpo 
façam ajustes para que o 
indivíduo não perca o equilíbrio 
2. Relaxar os músculos 
antagonistas aos que vão 
provocar o movimento 
Na ponte, do tronco encefálico, existem dois núcleos 
reticulares pontinos, os quais geram potenciais de ação 
espontaneamente 
 Potenciais ativam os moto neurônios gama, 
provocando contração das extremidades das 
células musculares intrafusáis, fazendo com a 
parte central do fuso estire 
 Quando a parte central do fuso estira gera 
potenciais de ação que são enviados para a 
medula através do neurônio aferente 
 Quando a informação chega na medula, há 
estímulo do moto neurônio alfa para contrair 
o músculo e gerar o tônus 
 Neurônios dos núcleos reticulares pontinos 
estão gerando tônus 
Quando se quer realizar um movimento voluntário 
como, por exemplo, chutar uma bola. Para que isso 
aconteça, a ordem deve ser enviada para contrair os 
músculos extensores e, para que eles sejam contraídos 
de forma adequada, os músculos flexores devem 
relaxar 
 As ordem que descem pelo trato córtico-
espinhal direto realizam o relaxamento dos 
músculos flexores 
 No momento em que a informação chega no 
bulbo, as fibras emitem axônios que vão 
estimular dos núcleos reticulares bulbares  
são neurônios inibitórios 
 Todas as vezes que esses neurônios são 
estimulados, eles inibem moto neurônios alfa 
 Bloqueio antagonista aos músculos que 
precisam executar o movimento 
 
 
 
 TRATO CÓRTICO-NUCLEAR: 
 Recebe esse nome porque, no tronco 
encefálico, existem vários núcleos de 
neurônios: sensoriais e motores (onde 
são encontrados os moto neurônios 
alfa) 
 Se tem moto neurônio alfa, tem 
também movimento voluntário 
 As fibras do trato córtico-nuclear 
começam na área motora primária e 
terminam nos núcleos motores dos 
nervos cranianos, dessa forma, 
consegue-se mover os músculos da 
face 
 Muitos desses núcleos emitem ordem 
não só para neurônios ipsilaterais, mas 
para os contralaterais também  no 
entanto, alguns desses núcleos só 
emitem ordem para os contralaterais 
 Parte superior da face é inervada 
bilateralmente: neurônios motores do 
lado direito inervam os músculos do 
lado esquerdo e direito e, os neurônios 
motores do lado esquerdo, inervam a 
parte superior dos dois lados também 
 A parte inferior é só contralateral, de 
forma que, se o indivíduo tiver uma 
síndrome vascular encefálica que 
atinja a área que tem os neurônios 
que controlam os músculos da face, o 
indivíduo tem paralisia apenas da 
metade inferior 
 Na periferia, é totalmente 
contralateral: paralisia do nervo 
facial, por exemplo, causa paralisia 
completa da face 
 
 
 
 Apesar de ser um componente inconsciente, é 
de fundamental importância para o 
movimento do corpo 
 Caso esse sistema não funcione de forma 
adequada a área motora secundária não vai 
ter condições de mandar o plano para a área 
primária e o movimento seja executado 
 Formada por 5 componentes: 
1. Córtex cerebral: área terciária 
frontal 
 Uma das funções dessa área é 
a motivação 
 Motivação: é como se fosse 
uma energia que ajuda o 
indivíduo a realizar os 
movimentos planejados 
2. Núcleos da base: núcleo caudado, 
putamen, globo pálido, núcleo 
subtalâmico (diencéfalo) e substância 
negra (mesencéfalo) 
 Telencéfalo, correspondente 
aos hemisférios, é formado por 
dois componentes: córtex 
cerebral (formado por 
substância cinzenta) e 
substância branca (encontra-
Quando o indivíduo desenvolve depressão existem três 
sinais bem evidentes, do ponto de vista clínico: tristeza 
intensa, sentimento de negativismo com ele mesmo e 
esgotamento motor 
 A medida que a depressão evolui, pode fazer 
com que o indivíduo fique imóvel, não há 
energia para executar os movimentos 
 Para que a área terciária frontal funcione de 
forma adequada, ela tem que receber uma 
estimulação intensa dos neurônios 
serotonérgicos 
 
se dentro do telencéfalo, 
formada por vários 
grupamentos de neurônios) 
 Agrupamentos de neurônios 
em conjunto são chamados de 
núcleo da base  alguns 
podem estar relacionados 
com ações motoras 
 Núcleo caudado, putamen e 
globo pálido são exemplos de 
núcleo da base 
 No entanto, núcleo 
subtalâmico e substância 
negra, apesar de não serem 
núcleos da base, são 
importantes para o circuito 
da motivação 
3. Tálamo: maior grupamento de 
neurônios dentro do diencéfalo 
4. Cerebelo: não faz parte do circuito 
da motivação 
5. Tratos: rubro-espinhal, tecto 
espinhal, vestíbulo-espinhal e retículo-
espinhal  não faz parte do circuito 
da motivação 
 Somente 3 componentes fazem parte do 
circuito da motivação: córtex cerebral, núcleos 
da base e tálamo 
 
 
Relação entre os componentes: 
 
CIRCUITO DA MOTIVAÇÃO 
Setas vermelhas: ação excitatória; neurônio libera 
neurotransmissor excitatório 
Setas roxas: ação inibitória; neurônio libera 
neurotransmissor inibitório (GABA) 
 Setas mais escuras: inibição mais forte 
 Setas mais clarinhas: inibição mais leve 
 
Início da seta: onde está o corpo do neurônio / Ponta da seta: 
onde está a sinapse 
 É na área terciária frontal que o circuito 
começa 
 Os neurônios talâmicos geram potenciais de 
ação espontaneamente e continuamente 
 Não precisam ser ativados 
 Fazem contato com os neurônios da 
área motora secundária, ou seja, com 
os neurônios que geraram movimento 
 Em condições naturais, o tálamo está 
o tempo todo energizando a área 
motora secundária, para que planos 
sejam mandados para a área motora 
primária 
 Neurônios do globo pálido interno geram 
potenciais de ação espontaneamente e 
continuamente 
 Em condições normais, estão o tempo 
todo inibindo os neurônios talâmicos 
(para que não haja estímulo da área 
motora secundária)  obriga o 
indivíduo a ficar parado, sem realizar 
nenhum movimento 
 Neurônios do globo pálido externo ficam 
bloqueando os neurônios do globo pálido 
interno 
 
 Havendo esse bloqueio, os neurônios 
do globo pálido interno não vão 
bloquear os neurônios talâmicos 
 Indivíduos conseguem realizar 
movimentos 
 Em uma condição normal, mesmo 
que o globo pálido externo tente 
bloquear o globo pálido interno, ele 
não consegue  se o indivíduo está 
parado, não consegue bloquear 
 É como se, indiretamente, o globo 
pálido externo estivesse ativando o 
tálamo 
 
 Área terciária P.O.T gera a ideia do 
movimento e, dessa forma, esperasse obter a 
execução do movimento 
 Para que haja movimento, área 
terciária P.O.T envia o plano/ideia 
para a área motora secundária 
 Ao mesmo tempo, a informação desse 
movimento é enviada para a área 
terciária frontal para ativar os 
neurônios dessa área 
 É a própria área terciária P.O.T que 
ativa os neurônios frontais do circuito 
 Quando o neurônio frontal é ativado, ele vai 
estimular os neurônios do putamen, através 
de uma ordem ativadora 
 Neurônios do putamen vão manter o circuito 
por dois caminhos: 
1. Via direta: inibem os neurônios do 
globo pálido interno e eles não inibem 
mais os neurônios talâmicos 
 Neurônios talâmicos voltam a 
ficar ativos, logo, dão energia 
para a área motora 
secundária e ela possa enviar 
o plano para a área motora 
primária  movimento será 
executado 
 Neurônios do putamen são 
gabaérgicos, ou seja, 
inibitórios 
2. Via indireta: quando os neurônios 
da área frontal estimulam os 
neurônios do putamen da via direta e 
indireta 
 Ao estimular os neurônios da 
via indireta, eles inibem os 
neurônios do globo pálido 
externo 
 Naturalmente, os neurônios 
do globo pálido externo 
inibem os neurônios do globo 
pálido interno, deixando-os 
ativos novamente  bloqueia 
o neurônio talâmico e, 
consequentemente, há 
bloqueio do movimento 
 Bloqueia a repetição do 
movimento 
 Núcleo subtalâmico e substâncianegra 
apresentam uma participação tônica 
 Tônus do indivíduo não depende só 
dos neurônios dos núcleos reticulares 
pontinos  depende do equilíbrio 
entre as áreas que estimulam e inibem 
 Se uma área que estimula for 
destruída, o tônus vai diminuir e, se 
uma área que inibe for destruída, o 
tônus vai aumentar 
 Núcleo subtalâmico e substância 
negra atuam no circuito de forma 
equilibrada 
 NÚCLEO SUBTALÂMICO: faz uma 
inervação excitatória sobre os neurônios do 
globo pálido interno 
 Deixa os neurônios cada vez mais 
ativos  bloqueiam os neurônios 
talâmicos 
 Inibição do movimento 
 Se o núcleo subtalâmico for destruído, 
o indivíduo vai começar a realizar 
movimentos anormais, mesmo que 
parado  movimentos do tipo 
balismo (movimento mais amplo e 
violento dos membros superiores ou 
inferiores), tiques nervosos, atetose 
(movimentos contínuos da 
extremidade) e coreias (movimentos 
intermediários dos membros 
superiores ou inferiores) 
 SUBSTÃNCIA NEGRA: neurônios dessa 
região apresentam como neurotransmissor a 
DOPAMINA, mas podem agir em receptores 
diferentes 
 Dopamina tem dois tipos de 
receptores: 
1. D1: estimula o neurônio 
2. D2: inibe o neurônio 
 As informações vindas da substância 
negra agem em receptores D1, 
estimulando o putamen  via direta 
(ajuda a executar o movimento) 
 Enquanto que outros feixes agem em 
receptores D2, inibindo a via indireta 
(bloqueia a execução do movimento) 
 Resumindo: substância negra estimula 
a via direita e inibe a via indireta 
 Papel dessa área é estimular o 
movimento, de forma que, se houver 
lesão, o indivíduo vai ter uma 
dificuldade em executar o movimento 
Síndrome de Parkinson: tem como saber o que 
provocou, logo, “tirando os sintomas” não se tem mais 
evolução da síndrome 
Doença de Parkinson: não se consegue saber o que 
causou e continua evoluindo, podendo levar o 
indivíduo a óbito 
 Para que o indivíduo desenvolva os sinais e 
sintomas de Parkinson, é preciso que 80% dos 
 
 
 Doença de Parkinson: se não tem mais 
informação saindo da substância negra, a via 
direta desaparece e a via indireta fica muito 
mais ativa  ativação do neurônio do globo 
pálido interno bloqueando, de forma intensa, 
o neurônio talâmico 
 Coreia de Sydenham: aparece em 
pacientes com febre reumática (doença 
autoimune), nesse caso, haverá destruição dos 
neurônios da via indireta  neurônios do 
globo pálido externo não serão mais inibidos e 
vão inibir, de forma intensa, os neurônios do 
globo pálido interno deixam de inibir os 
neurônios talâmicos e o indivíduo apresentará 
movimentos anormais (do tipo coreia) 
 Coreia de Huntington: há uma destruição 
(genética) dos neurônios da via indireta, é 
como se os neurônios morressem por apoptose 
 destrói neurônios da via indireta e 
neurônios corticais; apresenta coreia e uma 
evolução para a demência 
 Hemibalismo: destruição dos neurônios da 
via direta, os quais deixam de ativar os 
neurônios do globo pálido interno, diminuindo 
atividade e deixando os neurônios talâmicos 
livres, provocando os movimentos de balismo 
 Síndrome de Tourette: criança apresenta 
tiques muito intensos, movimentos anormais 
por todo o corpo  movimentos são 
acompanhados de vocalizações 
 
 Outro componente do sistema 
extrapiramidal, muito importante para a 
execução do movimento 
 Dentro do cerebelo existem agrupamentos de 
neurônios: núcleo denteado, núcleo 
emboliforme, núcleo globoso e núcleo fastigial 
 
 
 
 Do ponto de vista macroscópico, é formado 
por: 
1. Lobo floculo-nodular: corresponde 
ao vestíbulo do cerebelo na correlação 
anatômica 
 Vestíbulo-cerebelo liga o 
cerebelo ao núcleos 
vestibulares (importantes 
para o equilíbrio) 
2. Vermis: corresponde, juntamente 
com a parte inicial dos hemisférios, ao 
espinocerebelo 
 Liga o cerebelo à medula 
espinhal 
 Importante para controlar a 
execução dos movimentos 
3. Hemisférios cerebelares: 
corresponde ao cérebro-cerebelo 
 Conecta o cerebelo ao cérebro 
 Importante para o 
aprendizado motor 
 
 
 
neurônios da substância negra sejam destruídos 
 Medicamentos que antigamente causavam os 
sinais e sintomas da síndrome: reserpina e 
cinarizina 
 Sinais e sintomas comuns da doença/síndrome: 
tremor de repouso, hipertonia (rigidez), 
bradicinesia, hipocinesia podendo evoluir para 
uma acinesia, flexão generalizada e perda de 
reflexos posturais 
Dentro da substância negra existe um pigmento 
chamado de neuromelanina 
 Pigmento importante para proteger os 
neurônios dopaminérgicos da oxidação e 
consequente morte 
 
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL 
 As classificações são: 
1. Vestíbulo-cerebelo: ligação com os 
órgãos vestibulares 
 Receptores que auxiliam no 
equilíbrio 
 Sistema formado pelo lobo 
floculo-nodular e os núcleos 
vestibulares 
 Função: manter o indivíduo 
equilibrado 
 Recebe informações do 
aparelho vestibular, fazendo 
contato com o núcleo fastigial 
e com o lobo floculo-nodular 
 haverá emissão de 
projeções para os neurônios 
da formação reticular (para 
ajustar o tônus e execução dos 
reflexos do equilíbrio) 
 Problema no lobo floculo-
nodular do cerebelo fará com 
que o paciente apresente 
problemas no equilíbrio 
2. Espinocerebelo: formado pelo 
vermis e a parte medial do hemisfério 
cerebelar 
 Parte medial do hemisfério 
faz conexões com os núcleos 
interpostos e o núcleo fastigial 
 Funções: manter o indivíduo 
com tônus adequado e 
ordenar a execução dos 
movimentos 
 Lesão nessa região acarreta 
perda na coordenação da 
execução dos movimentos 
 Recebe informações, a todo 
tempo, dos receptores 
localizados nas articulações, 
tendões e músculos  sobem 
pela medula através dos 
tratos espinocerebelares 
chegando, principalmente, 
nos núcleos interpostos e o 
cerebelo interpreta a 
informação fazendo, em 
tempo real, ajustes do 
movimento 
 A área motora secundária 
planeja o movimento e, além 
de mandá-lo para a área 
primária para executar, 
manda informações para o 
vermis cerebelar e parte 
medial do hemisfério 
 Essa parte do cerebelo 
acompanha a execução do 
movimento: pode comparar 
com o plano  se houver 
desacordo entre o plano e a 
execução, ela pode corrigir 
durante o movimento 
 Área motora secundária 
manda o plano para o 
cerebelo e começa a execução 
do movimento  quando 
começa a execução, os tratos 
espinocerebelares estão 
mandando informações para 
os núcleos interpostos e área 
medial (intermediária) do 
cerebelo  manda 
informações de como está o 
movimento, dessa forma, caso 
o cerebelo perceba, ele 
manda informações para o 
núcleo rubro (ativa o moto 
neurônio alfa para que as 
correções sejam feitas) 
3. Cérebro-cerebelo: tem uma relação 
estreita com o córtex, com a área 
motora secundária 
 Função: aprendizagem, 
melhorar a execução do ato 
motor 
 Depende da parte lateral dos 
hemisférios cerebelares 
 A informação do plano chega 
até o cerebelo  como essa 
área sabe se teve defeito ou 
não, encaminha a informação 
até o tálamo e, depois, vai 
para o córtex da área motora 
dizendo como foi o detalhe da 
execução do plano 
 Informa a área motora 
secundária como foi feito o 
plano, para que, ao ser 
realizado posteriormente o 
movimento, seja executado 
com maestria 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRATOS EXTRAPIRAMIDAIS 
 Localizados no tronco encefálico, ou seja, os 
núcleos originam os tratos descendentes para 
a medula 
 TRATO RUBRO-ESPINHAL: começa no 
núcleo rubro e termina no neurônio da 
medula 
 Projeção CONTRALATERAL 
 Faz ajustes dos movimentos 
 Importante na coordenação motora: 
é estimulado pelos neurônios do 
cerebelo para poder fazer correções 
do movimento 
 Controla os músculos distais dos 
membros, sob o comando de 
influências corticais 
 
 
 
 TRATO TECTO-ESPINHAL: permite que o 
indivíduo realize movimentos da cabeça e do 
corpo em direção a novos estímulos 
 Projeção IPSILATERAL 
 São estímulos, reflexosde orientação, 
que podem ser perigosos ao indivíduo 
 Responsável, também, pela 
orientação reflexa da cabeça e 
manutenção da focalização visual aos 
estímulos visuais 
 Origem no colículo superior do 
mesencéfalo 
 TRATO VESTÍBULO-ESPINHAL: sai dos 
núcleos vestibulares para realizar os ajustes 
posturais 
 Projeção IPSILATERAL 
 Via excitatória 
 Tonicamente estimulados pelos 
núcleos vestibulares e pelos núcleos 
profundos do cerebelo 
 Origem nos núcleos vestibulares do 
bulbo 
 TRATO RETÍCULO-ESPINHAL: pontinho 
ou bulbar 
 PONTINO: origem na formação 
reticular pontinha, aumenta reflexos 
antigravitacionais da medula e 
auxilia na manutenção da postura 
ereta via músculos extensores dos 
membros inferiores 
 BULBAR: origem na formação 
reticular bulbar, libera músculos 
antigravitacionais do controle reflexo 
e atividade de ambos os tratos 
retículo-espinhais é controlada por 
sinais descendentes corticais

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