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PROVAS DE DIAGNÓSTICO OPERATÓRIO DE PIAGET 
 
 
 
As provas diagnósticas operatórias de Piaget trabalham com o raciocínio lógico, servem 
para avaliar o nível cognitivo da criança, saber como estão as funções lógicas da criança, e 
identificar alguma defasagem em relação à idade cronológica. 
 
Porém, não se deve levar em consideração se a criança não conseguir efetuar algumas das 
provas. Ela deve ser avaliada por um todo. Se a criança não apresenta o nível em que deveria 
estar em todas as provas, podemos considerar algum tipo de atraso cognitivo. 
 
Mas nem sempre estas provas são sinal de atraso cognitivo, precisamos observar também 
o meio em que a criança vive. Se ela é estimulada pela família e pela escola. Durante todo o 
processo de avaliação, é possível identificar algum tipo de atraso cognitivo, por isso a 
importância de vários testes, incluindo as provas operatórias. Enfim, a prova operatória, é um 
instrumento de apoio ao diagnóstico psicopedagógico, mas não deverá ser o único instrumento 
de avaliação, nem poderá ser feito o diagnóstico somente em cima dessas provas. 
 
Um ponto de extrema importância é que todo o comportamento, desenvolvimento, falas, 
respostas e atitudes durante as provas, sejam anotados para que haja fidelidade nos resultados. 
 
Outro fator a ser observado, segundo VISCA, citado por SAMPAIO é a importância do 
psicopedagogo saber como aplicar as provas e que o mesmo esteja seguro em relação às 
perguntas. Pois qualquer tipo de alteração na pergunta pode contaminar o resultado dos testes. 
Por isso, SAMPAIO orienta aos psicopedagogos iniciantes a criarem um questionário padrão 
para ser utilizado durante as provas, até que se sinta seguro na aplicação das mesmas. 
 
SAMPAIO também fala que se evite a aplicação de várias provas de conservação em 
apenas uma sessão. O melhor seria se fossem alternadas as provas de classificação, seriação e 
conservação. 
 
Referencias: Psicopedagogia Clínica – Uma Visão Diagnóstica dos Problemas de 
 
Aprendizagem Escolar. De Maria Lúcia Lemme Weiss e Manual Prático do Diagnóstico 
 
Clínico. De Simaia Sampaio. 
 
QUADRO DE RESUMO DAS PROVAS OPERATÓRIAS BASEADO EM UMA 
PROPOSTA DE VISCA 
 
 
Procedimentos e 1ª 2ª 3ª Nível Argumentos 
resultados modif. modif. modif. utilizados / 
 
Provas operação C NC C NC C NC 1, 2 
Observações 
Operatório concreto 
 
ou 3 
 
 
 
Conservação de Peq. Conj. 
Discreto 
 
Conservação de matéria 
 
Conservação de líquido 
 
Conservação de 
comprimento 
 
Conservação de superfície 
 
Conservação de peso 
 
Conservação de volume 
 
Demais provas operatório Descrever resultados: 
concreto 
 
Seriação 
 
Dicotomia 
 
Inclusão de Classes 
 
Intersecção de classes 
 
Provas de pensamento 
formal: 
 
Combinação de fichas 
 
 
 
 
 
 
C – Conserva NC – Não Conserva 
 
 
* Tabela elaborada por Simaia Sampaio – Psicopedagoga 
CONSERVAÇÃO DE PEQUENOS CONJUNTOS DISCRETOS DE ELEMENTOS 
 
Materiais: 
10 círculos pequenos azuis 
10 círculos pequenos vermelhas 
 
Desenvolvimento: 
 
Pedir para que a criança observe o material disposto na mesa e identifique-os 
 
1° Passo: Colocar os círculos na mesa e pedir que a criança escolha uma cor. Entregue os 
círculos da cor escolhida e alinhe os círculos da outra cor na mesa. 
 
Pedir para que a criança coloque os círculos que ela recebeu alinhadas e numericamente iguais 
as suas. 
 
Ex: “Coloque a mesma quantidade dos círculos... o mesmo número... nem mais nem menos”. 
 
Pergunte a criança se ela tem a mesma quantidade de círculos que você e por que ela acha isso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2ª Passo: Espace ou aproxime os círculos de sua coleção sempre mantendo a outra carreira de 
círculos que fica mais curta ou mais comprida: 
 
Pergunta: “Você acha que ficou igual... temos a mesma quantidade de círculos ou não? Onde 
tem mais? Onde tem menos? Como você sabe?” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contra-argumentação: Provoque uma reação da criança afirmando o contrário de sua 
 
resposta inicial. Se conservar a resposta, diga: “Veja, esta linha está mais comprida, terá mais 
fichas?”. 
 
Se não conservar: “Você se lembra, antes as duas fileiras tinham a mesma quantidade. O que 
você acha agora?”. 
 
Retorno empírico: retorne os círculos na posição inicial e pergunte o que ela acha que 
aconteceu agora. Quem tem mais círculos? E por quê? 
 
Pergunta de quantidade: “Conte as vermelhas que sobraram com você”, ao mesmo tempo em 
que esconde as próprias na mão. “Quantas eu tenho na minha mão? Responda sem contar. Como 
você sabe?” 
 
3ª Passo: Depois de reunir todas os círculos, o examinador colocará sete círculos azuis na 
posição de círculo, procedendo em diante como nas situações anteriores e fazendo o mesmo 
tipo de pergunta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Procedimentos avaliativos: 
 
Nível 1- Não conservativo (até aproximadamente 4 ou 5 anos): 
Responde bem ou não à pergunta de retorno empírico. 
Não responde corretamente à pergunta de quantidade. 
Não conserva em nenhuma das modificações. 
 
Nível 2 – Intermediário: 
Mantém igualdade inicial durante as modificações e contra-argumentação. 
Responde corretamente ao retorno empírico. 
 
Pode apresentar dúvidas em alguns momentos, em relação à conservação, pode conservar ou 
não. 
 
Nível 3 - Conservativo (a partir de aproximadamente 5 anos): 
A criança usa um ou mais argumentos (identidade, reversibilidade e compensação). 
Responde corretamente à pergunta de quantidade. 
Conserva sempre (a partir de 5 anos) 
 
* Identidade: “Tem a mesma coisa, você não tirou nem botou nada... você 
só apertou...você só afastou”. 
 
* Reversibilidade: “Se você botou as vermelhas do jeito do azul fica igual... se você 
 
encolher ou esticar de novo os azuis ficará igual novamente”. 
 
* Compensação: “Você fez mais comprido, mas as fichas estão mais longes umas 
das outras (ou estão mais perto)”. 
CONSERVAÇÃO DA SUPERFÍCIE 
 
Material: 
02 bases de e.v.a. verde 
12 quadrados de e.v.a. vermelho 
02 cavalos de plástico 
 
Desenvolvimento: 
 
Colocar as bases verdes sobre a mesa e pedir que a criança fale sobre o mesmo. 
 
Perguntar se os tamanhos são iguais. Mostrar os quadrados e também perguntar sobre sua 
igualdade e tamanho. Deixar a criança explorar o material. Inserir o lúdico na prova, pedindo 
que a criança faça de conta que cada base verde seja um campo de pasto onde a vaquinha vai 
comer sua grama. Perguntar se ela comeria a mesma quantidade ou se comeria mais em um 
pasto ou no outro. Os quadrados vermelhos seriam casinhas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Depois colocar um quadrado (casinha) em apenas um campo e perguntar a criança se a 
vaquinha continuará comendo mais, ou menos nos dois campos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A seguir, colocando outro quadrado no outro campo e continuar perguntando. Pela igualdade: 
“- E agora? A vaquinha comerá mais ou menos?” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Colocar até quatro quadrados em cada campo, sempre fazendo as perguntas para ver se a 
criança conserva. 
 
Retorno empírico: colocar os quadrados arrumados de maneira diferente de um campo e de 
outro e ver se a criança continua conservando. Questionar e pedir que a criança explique o por 
quê, caso ela responda que a vaquinha continuará comendo a mesma quantidade. 
 
Faça o retorno empírico, mudando sempre a posição dos quadrados do segundo campo, podendo 
colocar até oito quadrados em cada campo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Argumentos utilizados:( ) Identidade; 
( ) compensação; 
( ) reversibilidade; 
( ) nenhum. 
Procedimentos Avaliativos: 
 
Nível 1 - Não conservativo (até aproximadamente 5-6 anos): 
Estabelece igualdade inicial. 
Responde bem ou não ao retorno empírico. 
Não conserva nas transformações. 
 
Nível 2 – Intermediário: 
Estabelece igualdade inicial. 
Pode ou não responder bem ao retorno empírico. 
Ora conserva, ora não conserva. 
 
Nível 3 – Conservativo (aproximadamente a partir de 7 anos): 
 
É capaz de dar um ou vários argumentos (identidade, reversibilidade e compensação). 
Mantem o seu julgamento apesar da contra-argumentação. 
Conserva em todas as transformações. 
 
 
 
 
CONSERVAÇÃO DE QUANTIDADES DE LÍQUIDO 
 
Materiais: 
02 copos iguais (A1 e A2); 
01 copo estreito e alto (vidro B); 
01 copo largo e baixo (vidro C); 
04 copos iguais correspondentes (D1, D2, D3, D4); 
01 garrafa com água colorida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenvolvimento: 
 
1° Passo: Coloque os copos sobre a mesa e peça para a criança dizer sobre o que ela vê. 
 
Pergunta: Se A1, A2 são iguais. Despeje água em A1 e peça à criança que despeje a mesma 
quantidade de água em A2: “A mesma coisa, nem mais, nem menos...”. A seguir: “Caso eu 
beba o que está em A1 e você em A2, vamos beber a mesma quantidade? Beberemos a mesma 
coisa?” 
 
2°Passo: Primeira mudança. Despeje o líquido de A1 no vidro B. “E agora? Vamos beber a 
mesma quantidade? Um tem mais do que o outro? Um tem menos do que o outro? 
 
Peça uma explicação: Como é que você sabe? Como descobriu? Pode me mostrar?” 
Contra-argumentação: Provoque a criança afirmando o contrário da sua resposta. Se houver 
a conservação, chamar atenção para o nível do líquido nos dois copos: “Uma criança disse que 
tinha mais no B porque é mais alto, o que você acha?” Se não houver a conservação, relembre 
a igualdade inicial dos níveis: “Você lembra que antes A1 e A2 estavam iguais? 
 
Retorno Empírico: “Se eu colocar o que está em B, de volta no A1, Vamos ter a mesma 
quantidade de liquido para beber?” Se a criança não acertar, faça o retorno empírico, igualando 
A1 e A2. 
 
 
 
CONSERVAÇÃO DE QUANTIDADE DE MATÉRIA 
 
Material: 
02 barras de massa de modelar com cores diferentes 
 
Desenvolvimento: 
 
Peça a criança para fazer duas bolas que tenham a mesma quantidade. Como dois docinhos de 
festa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1ª Transformação: Transforme uma das bolas em uma “salsicha”. “Será que agora tem a 
mesma quantidade de massa no docinho e na salsicha ou tem mais no docinho ou mais na 
salsicha? Como você sabe? Você pode me explicar? Você pode me mostrar?”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contra-argumentação: Provoque a reação da criança, afirmando sempre o contrário do que 
 
ela respondeu. Caso conserve, diga: “Veja a salsicha é mais comprida que a bola, será que não 
tem mais massa?” 
 
Caso não conserve: “Você se lembra, antes as duas bolas tinham a mesma quantidade. O que 
você acha agora?” 
 
Retorno Empírico: Perguntar a criança “Se dessa salsicha eu refaço o docinho, será que vai 
ter a mesma quantidade, ou não?”. Se a criança não resolver esse problema de “retorno 
empírico”, igualam-se novamente as bolas até que ela as julgue com quantidades iguais. 
 
2ª Transformação: Transforme a mesma bola em uma pizza como na primeira transformação 
quanto à contra-argumentação, terminando sempre pela questão de retorno empírico. 
 
3ª Transformação: Dividir a bola inicial em quatro bolinhas menores, procedendo como nas 
outras transformações. 
 
Procedimentos avaliativos: 
 
Nível 1 - Não conservativo (até aproximadamente 5-6 anos): 
Não conserva nenhuma das modificações. 
 
Ante as contra-argumentações a criança não mantém a opinião, ora conserva, ora não conserva. 
O retorno empírico pode ser respondido corretamente ou não. 
 
Nível 2 – Intermediário: 
Estabelece igualdade inicial. 
Responde corretamente ao retorno empírico. 
Os julgamentos oscilam entre conservação e não conservação. 
 
Nível 3 – Conservativo (aproximadamente a partir de 7 anos) 
Conserva em todas as transformações. 
 
A criança é capaz de dar um ou mais argumentos – de identidade: “É a mesma coisa”; 
Compensação: “Aqui a pizza é maior, mas é mais fina que o docinho, então, é a mesma coisa”. 
A criança mantém o julgamento de conservação, apesar da contra-argumentação do 
examinador. 
 
 
 
CONSERVAÇÃO DE PESO 
 
Material: 
 
02 bolas de massinha de cores diferentes 
Balança 
 
Desenvolvimento: 
 
Verifique se a criança conhece as relações de peso indicadas pela balança, usando objetos 
diversos (pedra, apontador, bolas de massa, etc.). Peça que a criança faça duas bolas com a 
massinha que tenham o mesmo peso, para isso usando a balança. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1ª Transformação: Transforme uma das bolas de massinha em salsicha e finja que irá pesá- 
 
las, falando: “Você acha que a salsicha pesa a mesma coisa que a bola ou será que uma pesa 
mais que a outra? Como é que você sabe?”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Retorno Empírico: Volte as duas bolas ao mesmo formato e pergunte à criança se continua a 
mesma quantidade ou não. 
 
2ª Transformação: Transforme a mesma bola em uma mini pizza e faça como na primeira 
transformação, quanto à contra-argumentação e ao retorno empírico. 
 
3ª Transformação: Divida a mesma bola em oito a dez pedaços e faça como nas outras 
transformações, em relação a contra-argumentação e o retorno empírico. 
 
Procedimentos avaliativos: 
 
Nível 1 - Não conservativo (até aproximadamente 6-7 anos): 
 
Consegue estabelecer igualdade inicial, porém, pode ou não responder corretamente ao retorno 
empírico e nas contra-argumentações. 
Não conserva. 
 
Nível 2 – Intermediário: 
Às vezes conserva, às vezes não. 
Estabelece igualdade inicial. 
Consegue responder corretamente ao retorno empírico. 
 
 
 
Nível 3 – Conservativo (aproximadamente a partir de 7 anos): 
Conserva em todas as modificações. 
É capaz de dar um ou vários argumentos (identidade, reversibilidade e compensação). 
 
 
 
CONSERVAÇÃO DO VOLUME 
 
Material: 
02 copos iguais com líquido no mesmo nível 
02 bolas de massinha de modelar de cores diferentes 
Desenvolvimento: 
 
Leve a criança a constatar a igualdade no nível do líquido nos dois copos. Peça que faça duas 
bolas iguais. “Com a mesma quantidade...”; “Como você pode fazer que fiquem com a mesma 
quantidade?”. 
 
Pergunta: “Se eu colocar esta bola dentro do copo, o que acontecerá com o líquido que está 
dentro?”. “Por que você acha isso?”. 
 
“E se eu colocar a outra bolinha no outro copo será que o líquido vai subir o mesmo que 
neste? Subirá mais ou menos?”. 
 
Faça a comprovação empírica, apenas quando for absolutamente necessário para que a criança 
compreenda. 
 
1ª Transformação: Transforme a segunda bola em salsicha e pergunte: “Se eu colocar neste 
copo, o líquido subirá no mesmo nível? Subirá mais ou menos que no copo que está a bola?”. 
Contra-argumentação: Provoque uma reação afirmando sempre o contrário da resposta da 
criança. 
 
Retorno Empírico: Proceda como nas provas anteriores. 
 
2ª Transformação: Transforme a bola numa mini-pizza e aja do mesmo modo que na 
primeira transformação, até o retorno empírico. 
 
3ª Transformação: Corte a pizza em oito ou dez pedacinhos e finja que irá colocar todos no 
segundo copo, faça como nas outras transformações, até o retorno empírico. 
 
 
 
Procedimentos avaliativos: 
 
Nível 1 - Não conservativo (até aproximadamente 8-9 anos): 
Estabelece igualdade inicial, porém, não conserva em nenhuma modificação. 
Pode ou não acertar o retorno empírico. 
 
Nível 2 – Intermediário: 
Estabelece igualdade inicial, porém varia entre a conservação e a não conservação nas 
modificações e contra-argumentações. 
Acerta a pergunta de retorno empírico. 
 
Nível 3 – Conservativo (aproximadamente a partir de 11-12 anos): 
Conserva em todas as transformações e contra-argumentações.Utiliza mais de um argumento (identidade, reversibilidade e compensação). 
 
 
 
 
CONSERVAÇÃO DO COMPRIMENTO 
 
Material: 
 
01 corrente de 15 cm de comprimento (A). 
01 corrente de 10 cm de comprimento (B). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenvolvimento: 
 
Pedir para a criança que diga se A é maior que B. Aguardar a confirmação. 
 
Brincar com a criança dizendo que seriam como duas estradas, assim: “Nesta estrada (A) a 
gente tem que andar a mesma coisa que nesta (B) ou tem que andar mais? Este caminho (A) é 
do mesmo comprimento do que este (B), mais comprido ou menos comprido que (B)?”. 
 
1ª Transformação: Aproxime a corrente maior (A) fazendo que fique do tamanho da corrente 
B. “Estes carrinhos, um em cada estrada, será que os dois vão andar a mesma coisa, o 
comprimento da estrada será o mesmo?”. 
 
Proceder como nas provas anteriores quanto à contra-argumentação e ao retorno empírico. 
 
2ª Transformação: Faça curvas na corrente (A), de modo que fique uma diferença entre uma 
das extremidades das duas correntes (B). Faça como na 1ª transformação uma comparação dos 
comprimentos A e B. Proceder como na transformação anterior, a contra-argumentação e o 
retorno empírico. 
 
Procedimentos Avaliativos: 
 
Nível 1 - Não conservativo (até aproximadamente 6-7 anos): 
Estabelece igualdade inicial. 
Responde bem ou não ao retorno empírico. 
Não conserva nas transformações. 
 
Nível 2 – Intermediário: 
Estabelece igualdade inicial. 
Responde bem ao retorno empírico. 
Ora conserva, ora não conserva nas transformações. 
Nível 3 – Conservativo (aproximadamente a partir de 7 anos): 
 
É capaz de dar um ou vários argumentos (identidade, reversibilidade e compensação), 
Mantendo o seu julgamento apesar da contra-argumentação. 
Conserva em todas as transformações. 
 
 
 
MUDANÇA DE CRITÉRIO (DICOTOMIA) 
 
Material: 
05 círculos pequenos vermelhos; 
05 círculos pequenos azuis; 
05 círculos grandes vermelhos; 
05 círculos grandes azuis; 
05 quadrados grandes vermelhos; 
05 quadrados grandes azuis; 
05 quadrados pequenos vermelhos; 
05 quadrados pequenos azuis; 
01 caixa 
 
Desenvolvimento: 
 
Coloque as fichas em desordem sobre a mesa e peça a criança que descreva o material. 
Classificação espontânea: “Você pode juntar todas as fichas que combinam”, “Junte as que são 
iguais..., “ Junte as que se parecem muito”. Após a criança terminar: “Você pode me explicar 
por que colocou assim?”. 
 
Dicotomia: “Agora faça apenas dois grupos em montinhos e os coloque nas duas repartições 
da caixa”. Após o término: “Por que você colocou todas essas fichas juntas? E aquelas? Como 
a gente poderia chamar esse monte aqui? E aquele outro?”. 
 
1ª Mudança de critério: “Você pode arrumar de uma forma diferente da anterior, dois grupos 
 
(montes), as fichas que se parecem?”. Se a criança repetir o primeiro critério: “Você já separou 
desse modo. Você pode descobrir outra forma (critério) de separar em dois grupos?”. Se for 
preciso, inicie uma nova classificação e peça à criança para continuar. Faça as mesmas 
perguntas após o término: “Por que você colocou todas essas fichas juntas? E aquelas? Como a 
gente poderia chamar esse monte aqui? E aquele outro?”. 
 
2ª Segunda mudança de critério: “Será que você poderia separar de outra maneira fazendo 
dois grupos novos?”. Faça como nas últimas mudanças. 
 
Procedimentos avaliativos: 
 
Nível 1 - Coleções figurais (desde 4-5 anos): 
A criança arruma as fichas, estruturando figuras de trens, casas, bonecos etc. 
Podem também arrumar as fichas que tenham alguma semelhança. 
Pode conseguir classificar por critério de coleções não figurais 
. 
Nível 2 - Início de classificação (aproximadamente 5-6 anos): 
 
A criança consegue fazer pequenos grupos não-figurais, seguindo diferentes critérios, mas são 
coleções justapostas, sem ligação entre si: “É o monte das bolas vermelhas grandes, das bolas 
pequenas vermelhas, dos quadrinhos vermelhos” etc. Em um nível maior a criança pode 
conseguir um começo de reagrupamento dos subgrupos em classes gerais, sem conseguir uma 
antecipação de critérios. 
 
Nível 3 - Dicotomia segundo os 3 critérios: 
 
A criança inicia a tarefa já antecipando as possibilidades, consegue fazer e recapitular 
corretamente duas dicotomias sucessivas, seguindo dois critérios, o terceiro critério, sendo 
apenas descoberto como incitação do examinador. Num desenvolvimento maior, os três 
critérios são antecipados e utilizados espontaneamente. 
INCLUSÃO DE CLASSES 
 
Material: 
 
Dez margaridas; 
 
Três tulipas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenvolvimento: 
 
Veja se a criança conhece o nome das flores e se conhece o termo genérico “flores”; “Você 
conhece o nome de outras flores? Quais?”. 
 
 
Perguntas: 
 
1ª Pergunta: “Tem mais margaridas ou mais flores?”. 
 
Após a resposta: “Como você sabe? Você pode me mostrar?”. 
 
2ª Pergunta: “Conheço duas meninas que querem fazer raminhos. Uma faz um ramo com as 
margaridas. Depois ela desmancha e me devolve as margaridas. A outra criança, faz seu ramo 
com as flores. Qual foi o ramo maior?”. 
 
3ª Pergunta: “Se eu dou para você as margaridas, o que fica no ramo?”. 
 
Após a resposta: “Se eu dou para você as flores, o que sobra no ramo?”. 
 
4ª Pergunta: “Eu vou fazer um ramo com todas as margaridas, e você vai fazer um ramo com 
todas as flores. Quem vai fazer o ramo maior? Como é que você sabe?”. 
 
 
Procedimentos avaliativos: 
 
Nível 1 - Ausência de quantificação inclusa (até aproximadamente 5-6 anos): 
 
A criança responde que há mais margaridas do que flores. 
Erra na subtração de subclasses. 
 
 
Nível 2 - Condutas intermediárias: 
 
Acerta algumas perguntas e outras não. 
 
Às vezes responde: “É a mesma coisa”. 
 
Pode responder bem às questões de subtração de subclasses que não 
necessitem reversibilidade. 
 
 
Nível 3 - Presença da quantificação inclusiva (aproximadamente a partir de 7-8 anos): 
 
A criança responde corretamente a todas as perguntas. 
 
 
 
 
INTERSECÇÃO DE CLASSES 
 
Material: 
 
05 círculos vermelhos; 
 
05 círculos azuis; 
 
05 quadrados vermelhos; 
 
01 folha com 2 círculos desenhados (preto e amarelo) que se entrecruzam delimitando 3 partes. 
 
 
 
Desenvolvimento: 
 
Disponha as fichas nos círculos em intersecção, sendo as redondas vermelhas e os quadrados 
vermelhos, nas partes exteriores e as redondas azuis nas partes comuns. Peça que a criança 
observe a disposição, descreva as fichas e pergunte: “Por que você acha que eu coloquei os 
círculos redondos azuis no meio?”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pergunta: “Há mais fichas vermelhas ou mais fichas azuis?” 
“Há mais quadrados ou mais fichas redondas?” 
 
“Há mais ou menos fichas redondas do que fichas azuis?”. 
 
Pergunta de intersecção: “Há mais ou menos fichas redondas do que azuis?”. 
 
Pergunta de inclusão: “Há a mesma quantidade, mais ou mesmo quadrados vermelhos?” 
 
Pergunte: “Como você sabe? Você pode me mostrar?”. 
 
Caso a criança não responda às perguntas principais, faça perguntas suplementares: “O que é 
que tem no círculo preto? Mostre. E no amarelo?” etc. 
 
 
Procedimentos avaliativos (aproximadamente desde 4-5 anos): 
 
 
Nível 1 – Ausência da intersecção: 
 
As perguntas feitas sobre classes separadas são correspondidas com acerto. 
 
As de inclusão e intersecção não são compreendidas nessa faixa de idade. 
 
As perguntas suplementares também revelam erros. 
 
 
Nível 2 – Intermediário: 
 
A partir de 6 anos a criança faz acertos nas perguntas suplementares, mas hesita nas respostas 
de inclusão e intersecção, faz repetições e pode dar algumas respostas corretas. 
 
Nível 3 – Êxito: 
 
Crianças a partir de 7-8 anos dão repostas corretas desde a primeira vez. 
 
 
 
SERIAÇÃO DE PALITOS 
 
Material: 
 
Uma série de 10 palitos formando uma sequência; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenvolvimento: 
 
1º Passo: Dê à criançaos 10 palitos em desordem para que tome conhecimento do material. 
 
2ª Passo: Seriação a descoberto: “Faça uma escadinha, colocando-os em ordem do menor 
para o maior”. Se a criança não conseguir, o examinador pode, eventualmente, iniciar 
demonstrando com três palitos na sequência. É importante registrar a ordem em que a criança 
 
escolhe cada palito, como faz cada escolha e a configuração final; anotar o processo de 
realização. 
 
3º Passo: Verificação da exclusão: Se o sujeito acertar a seriação a descoberto: 
 
Peça que feche os olhos; 
 
Retire um palito; 
 
Peça que a criança abra os olhos e descubra o local em que estava o palito retirado da 
“escadinha”. 
 
4º Passo: Seriação oculta atrás do anteparo: Se a criança acertou a seriação, pode-se fazer 
 
também de outra forma: “Agora sou eu que vou fazer a escadinha e você me entregará os palitos 
para a sequência” Registra-se a maneira de escolher e a ordem que ele deu ao examinador. 
 
 
Procedimentos avaliativos: 
 
Nível 1 - Ausência de seriação (3-4anos): a criança não entende a proposta e coloca 
os palitos em qualquer ordem; 
Esboço de séries (4-5anos): a criança faz tentativas diversas; pares (grades e pequeno), séries 
de três ou quatro palitos, mas não coordena as diferentes series entre si, ou não consegue 
intercalar os outros; 
 
Faz uma escada sem considerar o tamanho dos bastões. 
 
 
Nível 2 – Intermediário (aproximadamente 5-6 anos): 
 
Compara cada bastão com todos os demais até achar o que serve. É uma seriação intuitiva. 
 
Nível 3 - Êxito (aproximadamente 6-7 anos): 
 
Realiza a seriação. 
 
Antecipando com facilidade a escada, fazendo metodicamente a sua construção, colocando do 
menor para o maior. 
 
Faz a descoberta, atrás do anteparo, exclui ou inclui os palitos e constrói espontaneamente a 
linha de base. 
 
 
COMBINAÇÃO DE FICHAS DUPLAS PARA PENSAMENTO FORMAL 
 
 
Material: 
 
06 fichas coloridas 
Desenvolvimento: 
 
Peça a criança para fazer a maior quantidade possível de pares com as seis fichas. O total a ser 
formado são 30 pares. Observar se a criança compreendeu, podendo até fazer uma combinação 
para que a criança entenda. 
 
Procedimentos avaliativos: 
 
Nível 1 – Ausência da capacidade combinatória: 
 
Não conseguiu descobrir as diversas combinações. 
 
Não tem critério, faz tentativas aleatórias com um número reduzido de pares. 
 
 
Nível 2 – Intermediário: 
 
Faz combinações incompletas, consegue fazer os pares sem ordem estabelecida, não 
consegue chegar à quantidade total de pares. 
 
Nível 3 – Condutas operatórias com capacidade combinatória: 
 
Antecipa a capacidade combinatória, completamente e metodicamente. 
 
Conseguindo descobrir as 30 duplas. 
 
Deixando evidente o critério estabelecido. 
 
 
 
 
PERMUTAÇÃO DE FICHAS 
 
Material: 
 
04 fichas de cores diferentes 
 
 
Pergunta: 
 
Gostaria que você me mostrasse todas a s combinações que seja capaz de formar com estas fichas. 
 
Você deverá utilizar todas as fichas. 
 
Se a criança não entender, você poderá fazer a demonstração inicial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nível 1 – Faz tentativas aleatórias e não consegue perceber as possibilidades de permuta. 
 
Nível 2 – Realiza permutas incompletas sem capacidade de generalizações mesmo conseguindo 
um número razoável de permutações e não se lembra do que fez, por falta de método. 
 
Nível 3 – Consegue fazer as permutações por meio de sistema metódico e ordenado (a partir de 12 
anos). A permutação de quatro elementos é igual ao fatorial de 4, isto , 4x3x2x1=24. Observar se 
a criança pede lápis e papel para registrar o seu raciocínio. Isto deve ser permitido. 
 
 
 
 
PREDIÇÃO 
 
Material 
 
16 círculos verdes 
 
10 círculos amarelos 
 
06 círculos lilases 
 
01 círculo branco 
 
01 saquinho de TNT 
 
 
Coloque os círculos sobre a mesa e peça para a criança que observe por algum tempo. Depois, 
guarde-as em um saquinho (TNT). Peça para a criança retirar apenas um círculo. Quando ele 
colocar sua mão no saquinho de TNT, deverá segurar sua mão ainda dentro do saquinho de 
TNT e perguntar-lhe que cor acha que irá sair e por quê. Depois, permita olha o círculo. Guarde 
novamente o círculo e repita umas quatro ou cinco vezes. 
 
 
Nível 1 – Não consegue prever s probabilidade de sair a cor verde por ter maior quantidade. 
 
Pode dizer: “Vai sair roxo porque gosto de roxo”. 
 
Nível 2 – Usa justificativa baseada na predição. Consegue prever que irá sair a cor verde 
porque é a que existe em maior quantidade. 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
 
Informações Retiradas em Parte ou na Íntegra dos livros 
 
 
 
 
ANDION, Teresa Messeder. Jogo de Areia. Intervenção psicopedagógica à luz da 
teoria piagetiana na caixa de areia. 
 
 
SAMPAIO, Simaia. Manual Prático do Diagnóstico Clínico. 2ª Ed. WAK Editora. 
Rio de Janeiro. 2010. 
 
 
WEISS, Maria Lúcia Lemme. Psicopedagogia Clínica – Uma Visão 
Diagnóstica dos Problemas de Aprendizagem Escolar. 13ª Ed. Lamparina. R.J. 
2008.

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