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Anna Cecília Abreu Medicina Unit UCI-Aula 02 CONCEITO -A identificação é o perfil sociodemográfico do paciente que permite a interpretação de dados individuais e outros aspectos relacionados a ele, como por exemplo o grupo social que ele faz parte. -A identificação do paciente é o início da relação do médico com o paciente. -Para a confecção de fichários e arquivos, os dados da identificação são fundamentais e indispensáveis. -A data em que é feita a anamnese é sempre importante e, quando as condições clínicas do paciente modificam-se com rapidez, convém acrescentar a hora ELEMENTOS DA IDENTIFICAÇÃO: Nome: registra-se o nome completo do paciente, sem abreviações. Idade: registra-se a idade. Em caso de adulto e crianças a partir de 1 ano, idade em anos. Em caso de criança antes de 1 ano, idade em meses. Sexo/Gênero: registra-se feminino/masculino. Cor/Etnia: cor da pele. Embora não sejam coisas exatamente iguais, na prática elas se confundem. Em nosso país, onde existe uma intensa mistura de etnias, é preferível o registro da cor da pele usando a seguinte nomeclatura: Cor branca, Cor parda, Cor preta, Etnia indígena, Etnia asiática. Estado Civil: registram-se as opções: casado(a), solteiro(a), divorciado(a), viúvo(a) e outros. Os outros podem ser: separado(a) – sem homologação do divórcio ou companheiro(a) – pessoa que vive em união estável. Profissão: é a atividade exercida pelo paciente, de forma profissional, e habilitada por um órgão legal competente. Ocupação atual/Local de trabalho: refere-se à atividade produtiva a que o paciente exerce, ao trabalho do dia a dia, e suas atribuições. Ex: um profissional educador físico, que exerce, atualmente, a ocupação de personal trainer ou de preparador físico. Naturalidade: local onde a pessoa nasceu. Procedência: e refere-se à residência anterior do paciente. Ex: João mora em Goiânia (GO), mas anteriormente residiu em Belém (PA), deve-se registrar esta última localidade (Belém) como a procedência. Endereço/Residência: anota-se a residência atual (nesse local deve ser incluído o endereço do paciente) Nome da mãe: registrar o nome da mãe do paciente Nome do responsável/Cuidador e/ou Acompanhante: Religião: a religião à qual o paciente se filia. Filiação (planos de saúde): registra-se se tem ou não plano de saúde. Anna Cecília Abreu Medicina Unit UCI-Aula 02 Obs NOME: -Indicar o paciente pelo número do leito(“Paciente do leito 5”) ou pela diagnóstico (“Aquele caso de cirrose hepática da Enfermaria 7”) são expressões que jamais devem se usadas para caracterizar uma pessoa. Obs IDADE: -Cada grupo etário tem sua própria doença (há o fator idade no processo de adoecimento). Ex: quando se fala em “doenças próprias da infância”. -Além disso, vale ressaltar que, no contexto da anamnese, a relação médico-paciente apresenta peculiaridades de acordo com as diferentes faixas etárias. Obs SEXO/GÊNERO: -Há enfermeridades que só ocorrem em determinado sexo Ex: hemofilia que é transmitida pelas mulheres mas só aparece nos homens. Obs COR/ETNIA: -Uma nova maneira de conhecer as características étnicas do povo brasileiro é pelo exame do DNA de grupos populacionais. -Há a influência da etnia no processo do adoecimento Ex: anemia falciforme é uma alteração sanguínea específica dos negros, mas que, em virtude da miscigenação, pode ocorrer em pessoas de outra cor. Ex: hipertensão arterial é mais frequente em pacientes de cor preta Ex: Câncer de pele está mais frequente em pessoas de cor branca. Obs OCUPAÇÃO/LOCAL DE TRABALHO: -Em certas ocasiões, existe uma relação direta entre o local de trabalho do indivíduo e a doença que lhe acometeu. Enquadram-se nessa categoria as chamadas doenças ocupacionais e os acidentes de trabalho. Por exemplo, Ex: indivíduos que trabalham em pedreiras ou minas podem sofrer uma doença pulmonar determinada pela presença de substâncias inaladas ao exercerem sua profissão; chama- se pneumoconiose (doença ocupacional). Ex: o indivíduo que sofre uma fratura ao cair de um andaime é vítima de um acidente de trabalho. -Neste item também pode-se registrar casos especiais, em que o paciente não está exercendo suas atividades profissionais, devido a licença trabalhista ou aposentadoria. -Em outras situações, ainda que a ocupação não seja diretamente relacionada com a doença, o ambiente no qual o trabalho é executado poderá envolver fatores que agravam uma afecção preexistente. Assim, são os locais empoeirados ou enfumaçados que agravam os portadores de enfermidades broncopulmonares, como asma brônquica e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Obs PROCEDÊNCIA -Em casos de pacientes em trânsito (viagens de turismo, de negócios), a procedência confunde-se com a residência, dependendo do referencial. Ex: João reside em São Paulo (SP) e faz uma viagem de negócios para Recife (PE), caso seja atendido em um hospital em Recife, sua procedência será São Paulo. Caso procure assistência médica logo depois de seu retorno a São Paulo (SP), sua procedência será Recife (PE). -O princípio de territorialização do Sistema Único de Saúde (SUS) trouxe uma nova conotação para o item procedência. Uma vez que os municípios brasileiros Anna Cecília Abreu Medicina Unit UCI-Aula 02 são divididos em territórios, o registro da procedência territorial é importante para questões financeiras do SUS. Obs ENDEREÇO/RESIDÊNCIA - As doenças infecciosas e parasitárias se distribuem pelo mundo em função de vários fatores, como climáticos, hidrográficos e de altitude. Conhecer o local da residência é o primeiro passo nessa área. O conhecimento da distribuição geográfica dessas endemias é um elemento importante no diagnóstico Ex: doença de Chagas, a esquistossomose, a malária e a hidatidose -Os movimento migratórios influem de modo decisivo na epidemiologia de muitas doenças infecciosas e parasitárias. Obs NOME DA MÃE: -Anotar o nome da mãe do paciente é, hoje, uma regra bastante comum nos hospitais no sentido de diferenciar os pacientes homônimos. Obs: NOME DO RESPONSÁVEL - o registro do nome do responsável, faz-se necessário para que se firme a relação de corresponsabilidade ética no processo de tratamento do paciente. Obs RELIGIÃO -a religião à qual o paciente se filia tem relevância no processo saúdedoença. Ex: testemunhas de Jeová: proibição à hemotransfusão. Ex: o não uso de carnes pelos fiéis da Igreja Adventista, têm uma repercussão importante no planejamento terapêutico. - Dependendo do que o médico usa em sua fala científica, pode influenciar a relação médico-paciente, pois muitas vezes pode se contrapor à pauta religiosa pela qual o paciente compreende o mundo em que vive. Obs: FILIAÇÃO -Ter conhecimento desse fato facilita o encaminhamento para exames complementares, outros especialistas ou mesmo a hospitais, nos casos de internação. -O cuidado do médico em buscar alternativas dentro do plano de saúde do paciente é fator de suma importância para o tratamento.
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