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"Higiene do Trabalho - Agentes Químicos". Especialização: Engenharia de Segurança do Trabalho Sebastião de Paula Eiras, Prof. Dr. speiras@gmail.com As aulas: 30/11/2013 07/12/2013 14/12/2013 2 Ementa: 1)Conceituação, classificação e reconhecimento dos riscos químicos. 2)Limites de tolerância. 3)Técnicas de reconhecimento. 4)Contaminantes sólidos e líquidos: classificação e ocorrência, estratégia de amostragem, técnicas de avaliação. 5)Contaminantes gasosos: classificação e ocorrência, estratégia de amostragem, técnicas de avaliação. 6)Medidas de controle coletivo para agentes químicos. 7)Medidas e controle individual. 8)Estudos de casos específicos. 9)Laboratório de manuseio de equipamentos de avaliação de contaminantes sólidos e líquidos. 10)Laboratório de manuseio de equipamentos de avaliação de contaminantes gasosos. 11)Laboratório de aferição e determinação de vazão dos equipamentos de avaliação. 12)Trabalho prático de controle de agentes químicos. 13)Riscos relativos ao manuseio, armazenagem e transporte de substâncias agressivas. 14)Principais riscos de acidentes. Referências ANDRADE, João Carlos de; ABREU, Mônica Ferreira de (eds). Análise Química de Resíduos Sólidos para Monitoramento e Estudos Agroambientais. Campinas: IAC-Instituto Agronômico de Campinas, 2006. FREITAS, Nilton Bendito Branco; ARCURI, Arline Sydnéia Abel. Riscos Devido à Substâncias Químicas. São Paulo: Instituto Nacional de Saúde no Trabalho, 2000. GOLGHER, Marcos. Segurança em Laboratório. Belo Horizonte: CRQ-Conselho Regional de Química, 2008. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Substâncias Químicas Perigosas à Saúde e ao Ambiente. Trad. Janaina C. L. da Fonseca; Mary R. R. de Marchi; Jassyara C. L. da Fonseca. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2008. RIBEIRO, Marcela Gerardo; PEDREIRA FILHO, Walter dos Reis; RIEDERER, Elena Elisabeth. Avaliação Qualitativa de Riscos Químicos. São Paulo: FUNDACENTRO, 2011. ROCHA, Julio César; ROSA, André Henrique; CARDOSO, Arnaldo Alves. Introdução à Química Ambiental. Porto Alegre: Bookman, 2004. SESI. Técnicas de Avaliação de Agentes Ambientais: Manual SESI. Brasília: SESI/DN, 2007. SESI-SEBRAE. Dicas de Prevenção de Acidentes e Doenças no Trabalho. Brasília: SESI/DN, 2005. 3 Avaliação 4 Data Atividade Pontos 30/11 Ler o texto: Estudo de caso: Acidente em laboratório químico. Em grupo, responder e entregar as questões contidas no texto. 20,0 07/12 Atividades individual para ser entregues na aula do dia 07/12/2013. Responder as questões sobre conceitos básicos do modulo. b) Completar a tabela com fórmula química e emprego de alguns agentes químicos. 15,0 15,0 14/12 Atividade em grupo: apresentação de seminário -Ler o artigo (texto) escolhido. -Redigir uma síntese (resumo) do artigo (texto) e entregar uma cópia para os colegas de sala e professor. A síntese (resumo) deve conter no máximo 20 linhas. -Apresentar e discutir com o grupo o conteúdo do artigo (texto). OBS: cada grupo disporá de 10 min para apresentação e 5 min para discussão. 25,0 25,0 5 Artigos / Textos 01-Contaminação química: complexidade, vulnerabilidades, incertezas e o papel da ciência e dos saberes locais. 02-Acidentes químicos ampliados: uma proposta para implementação de mecanismos de controles a partir de requisitos legais. 03- Acidentes químicos ampliados: um desafio para a saúde pública. 04-Contaminação ambiental por compostos ornaestânicos. 05-Contaminação de extratantes fosfínicos por Aldoxinas em circuitos de extração por solvente de cobalto. 06-Contaminação humana e ambiental por chumbo em Andrianópolis. No Alto Vale do Ribeira, Paraná. 07-Contaminação industrial pelos resíduos sólidos perigosos. Relação com a saúde humana. 08-Contaminação por mercúrio e o caso da Amazônia. 09-Exposição profissional a agentes químicos: os indicadores biológicos na vigilância de saúde dos trabalhadores. 10-Os acidentes químicos na América Latina. 11-Situações de emergência em laboratórios químicos. 12-Tratamento de solos contaminados com compostos fenólicos usando reagentes de fenton. 6 O que são resíduos? Por definição, resíduo é tudo aquilo não aproveitado nas atividades humanas, proveniente das indústrias, comércios e residências. Acrescentamos aqui laboratórios de análises – química e biológicas. -Resíduos do dia-a-dia de residências, escritórios e indústrias:papel, papelão, embalagens de diversos tipos, vidros, etc. Esse tipo de lixo, em sua maioria, é reciclável, especialmente se feita a coleta seletiva , que separa papel, plástico, vidro e metal. -Resíduos públicos: são resíduos provenientes das atividades de varrição de ruas e praças e de outras formas de limpeza pública. Nessa categoria enquadra-se também o entulho. -Resíduos especiais: são todos os resíduos que necessitam de tratamento especial; não podem e não devem ser tratados como lixo normal, pois possuem uma grande capacidade de dano ao ambiente e/ou à população. Nessa categoria encontram-se pilhas, lixo hospitalar, remédios velhos, resíduos radioativos e alguns tipos de resíduos provenientes de indústrias e laboratórios, especialmente metais pesados. RESÍDUOS SÓLIDOS, são materiais não aproveitados que se encontram no estado sólido. Dentro dessa categoria encontram-se: 7 RESÍDUOS LÍQUIDOS são aqueles materiais não aproveitados que se encontram no estado líquido. Um dos principais tipos de resíduos líquidos é o proveniente da lixiviação dos materiais encontrados nos lixões e aterros sanitários, conhecido como chorume. A água, proveniente do próprio lixo ou da chuva, entra em contato com os diversos materiais do lixo e inicia-se um processo de reações químicas em cadeia. Ao final desse processo, várias substâncias tóxicas são formadas. Estas substâncias podem, por exemplo, se infiltrar no solo e contaminar o lençol freático, que é fonte de água de uma população próxima. Dentro de resíduos líquidos, também podemos encontrar resíduos especiais, como por exemplo o mercúrio, usado nos garimpos brasileiros durante um bom tempo e até hoje utilizado em alguns locais. O mercúrio é altamente tóxico, especialmente aos organismos que vivem na água e que bebem dela. RESÍDUOS GASOSOS resultam de reações químicas feitas pelas bactérias: fermentação aeróbia (com utilização de oxigênio) e anaeróbia (sem oxigênio). Entre seus principais produtos, encontram-se o dióxido e carbono (CO2) e o metano (CH4). Essas bactérias utilizam especialmente o lixo proveniente de fontes orgânicas como substrato para suas reações. 8 Classificam-se atualmente os resíduos em três classes, quanto à periculosidade: Classe 1 - Resíduos Perigosos São aqueles que apresentam riscos à saúde pública e ao meio ambiente, exigindo tratamento e disposição especiais, em função de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, etc. Ex: borra de tinta, latas de tinta, óleos minerais e lubrificantes, resíduos com thinner, serragem contaminadas com óleo, graxas ou produtos químicos. Classe 2 - Resíduos Não-inertes São os resíduos que não apresentam periculosidade, porém não são inertes; podem ter propriedades tais como: combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em água. Ex:materiais orgânicos da indústria alimentícia, limalha de ferro, poliuretano, fibras de vidro. Classe 3 - Resíduos Inertes São aqueles que, ao serem submetidos aos testes de solubilização, não têm nenhum de seus constituintes solubilizados em concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água. Isto significa que a água permanecerá potável quando em contato com o resíduo. Muitos destes resíduos são recicláveis. Estes resíduos não se degradam ou não se decompõem quando dispostos no solo (degradam-se muito lentamente). Estão nesta classificação, por exemplo, os entulhos de demolição, pedras e areias retirados de escavações. Ex: sucata de ferro e aço. 8 Higiene do Trabalho Higiene Ocupacional ou Higiene Industrial “Ciência que tem por objetivo a antecipação,o reconhecimento, a avaliação e o controle dos fatores ambientais, originados nos locais de trabalho, que podem provocar doenças, prejuízo à saúde e ineficiência nos trabalhadores ou entre as pessoas da comunidade” Os agentes ambientais que a higiene do trabalho tradicionalmente considera são os chamados agentes físicos, QUÍMICOS e biológicos. Essa consideração pode ser ampliada, levando em conta outros fatores de estresse ocupacional, como aqueles considerados na Ergonomia. 9 10 NORMAS REGULAMENTARES NR-01 Disposições gerais NR-02 Inspeção prévia NR-03 Embargo ou interdição NR-04 Serviços especializados em engenharia de segurança e em medicina do trabalho - SESMT NR-05 Comissão interna de prevenção de acidentes - CIPA NR-06 Equipamento de proteção individual -EPI NR-06 Programa de controle médico de saúde ocupacional - PCMSO NR-08 Edificações NR-09 Programa de prevenção de riscos ambientais - PPRA NR-10 Segurança em instalações e serviços em eletricidade NR-11 Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais NR-12 Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos NR-13 Caldeiras e vasos de pressão NR-14 Fornos NR-15 Atividades e operações insalubres NR-16 Atividades e operações perigosas NR-17 Ergonomia NR-18 Condições e meio ambiente de trabalho na industria da construção NR-19 Explosivos NR-20 Segurança e saúde no trabalho com inflamáveis e combustíveis NR-21 Trabalho a céu aberto NR-22 Segurança e saúde ocupacional na mineração NR-23 Proteção contra incêndios NR-24 Condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho NR-25 Resíduos industrias NR-26 Sinalização de segurança NR-27 Registro profissional do técnico de segurança do trabalho no Ministério do Trabalho NR-28 Fiscalização e penalidades NR-29 Norma regulamentadora de segurança e saúde no trabalho portuário NR-30 Segurança e saúde no trabalho aquaviário NR-31 Segurança e saúde no trabalho na agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura NR-32 Segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde NR-33 Segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados NR-34 Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção e reparação naval NR-35 Segurança e saúde no trabalho em altura NR-36 Segurança e saúde no trabalho em empresas de abate e procedimento de carnes e derivados Manuais de Legislação Atlas. Segurança e Medicina do Trabalho. São Paulo: Editora Atlas S.A., 2013 11 Qualquer elemento ou composto químico, só ou em misturas, quer se apresente no seu estado natural quer seja produzido, utilizado ou libertado, inclusivamente libertado como resíduo, por uma atividade laboral, quer seja ou não produzido intencionalmente ou comercializado. Agente Químico Qualquer agente químico que, devido às suas propriedades físico-químicas, químicas ou toxicológicas e à forma como é utilizado ou está presente no local de trabalho, apresentar riscos para a segurança e a saúde dos trabalhadores, incluindo qualquer agente químico que esteja sujeito a um valor-limite de exposição profissional. Agente Químico Perigoso 12 Possibilidade de que o potencial para provocar danos se realize nas condições de utilização e/ou exposição. Risco Perigo Propriedade intrínseca de um agente químico com potencial para provocar danos. Assim, tanto as propriedades intrínsecas do agente químico (propriedades toxicológicas e físico-químicas) como a forma em que é utilizado ou se encontra presente no local de trabalho constituem a perigosidade do agente químico quando tiverem potencial para provocar danos. Pode-se afirmar que perante a presença de ácido sulfúrico numa empresa, existirá sempre perigo. No entanto, pode falar-se de um nível de risco quase inexistente se o ácido sulfúrico se encontrar acondicionado em recipientes de segurança estanques, se o processo for fechado, etc. 13 Qualquer situação laboral em que se verifique a presença de um agente químico e em que este entre em contacto com um trabalhador. Exposição a agentes químicos Acontecimento anormal durante o trabalho que se apresenta de forma repentina e inesperada e que provoca uma exposição brusca dos trabalhadores a agentes químicos ou à energia por eles libertada. Acidentes com agentes químicos 14 Via Respiratória Absorção através do trato respiratório Via Cutânea Absorção através da pele Formas de acesso ao organismo 15 Via Digestiva Absorção através do trato digestivo Via parenteral Pode acontecer através de uma picada com agulha ou com objeto pontudo 16 Efeitos Tóxicos Agudo Absorção rápida da substância, sendo a exposição súbita e severa. Ex: monóxido de carbono ou cianeto Crônico ou Cumulativo Exposição prolongada ou repetida com uma duração medida em dias, meses ou anos. Os sintomas podem não ser aparentes imediatamente. Ex: chumbo, mercúrio ou pesticidas Reações provocadas por uma dose excessiva ou por acumulação anormal de agente químico no organismo Tipos 17 Local Refere-se ao lugar de ação de um agente químico e significa que a ação tem lugar no ponto ou área de contato. Ex: ácidos ou bases fortes Sistêmico A ação tóxica ocorre em lugar diferente daquele onde houve o contato, e pressupõe que tenha ocorrido absorção. Ex: material inalado (ou ingerido) que pode atuar no fígado (álcool) benzeno afeta a medula óssea Ação Combinada Sinergismo ou Efeito Potencializador Quando duas ou mais substâncias perigosas atuam simultaneamente , resultando em um efeito maior do que seria de se esperar pela ação de cada substância isoladamente. Ex: exposição ao álcool e aos solventes clorados 18 Estados Físicos das Substâncias Tóxicas Podem ser sólidos, líquidos ou gasosos, sob as formas de: Poeiras: os que apresentam-se sob a forma de poeira nocivas que podem provocar uma série de doenças nos pulmões. Sua origem pode ser mineral (poeira do jato de areia), vegetal (poeira do processamento do jato de algodão) ou animal (dos pêlos e do couro de animais). Fumos: aerossóis formados por condensação ou reação química. Para os higienistas, são os aerossóis metálicos; Fumaça: combustão incompleta de materiais orgânicos; Névoas: aerossóis resultante da condensação de vapores ou ocorrências como nebulização, borbulhamento, respingo. Neblinas: partículas líquidas produzidas pela condensação de vapores de substâncias que são líquidas à temperaturas normais. Gases: substâncias que em condições normais de temperatura e pressão estão no estado gasoso. Vapor: é a fase gasosa de uma substância, que em condições normais de temperatura e pressão é liquida ou sólida. Grupo 1 Verde Grupo2 Vermelho Grupo 3 Marrom Grupo 4 Amarelo Grupo5 Azul Riscos físicos Riscos químicos Riscos Biológicos Riscos ergonômicos Riscos de acidentes 19 Classificação dos efeitos Irritantes e/ou corrosivos: provocam alterações na pele ou mucosas (cimento, ácidos, bases); Sensibilizantes: produzem alergias (níquel, cromo, fibras sintéticas); Asfixiantes: impedem o organismo de obter ou utilizar o oxigênio do ar atmosférico (monóxido de carbono, cianetos); Narcóticos: produzem inconsciência (clorofórmio, éteres, alcoóis, acetonas); Neurotóxicos: produzem alterações no sistema nervoso (anilina, chumbo, mercúrio, benzeno, solventes em geral); Carcinogênicos: produzem tumores malignos (amianto, benzeno, cádmio, cromo); Mutagênicos: produzem problemas hereditários (chumbo, benzeno); Teratogênicos: produzem mal formações no feto (substâncias radioativas). 20 Substâncias Tóxicas Efeito sobre o órgão atingido Sinais e sintomas Exemplo de produto químico Hepatotoxinas Causam danos ao fígado -Icterícia -Aumento do fígado -Clorofórmio -Toloueno -Sulfato de dimetila Nefrotoxinas Causam danos aos rins -Edema -Proteinuria -Hidrocarbonetos -Halogenados -Mercúrio -Sulfato de metila Neurotoxinas Afetam o sistema nervoso -Narcose -Mudanças comportamentais -Decréscimo da coordenação motora -Mercúrio -Dissulfeto de carbono -Benzeno -Tetracloreto de carbono-Nitrobenzeno Toxinas Hematopoiéticas Medula óssea -Cianose -Perda da consciência -Monóxido de carbono -Cianetos -Nitrobenzeno -Benzeno Toxinas Pulmonares Irritam ou danificam os pulmões -Tosse -Enrijecimento do tórax -Falta de ar -Sílica -Ozônio -Ácido sulfúrico -Cromo -Alcoóis Toxinas do sistema reprodutor Afetam o sistema reprodutor -Defeitos de nascença -Esterilidade -Chumbo dibromodicloro Nocivas à pele Afetam a derme -Remove a gordura da pele -Provoca erupções -Irritação da pele -Cetonas -Compostos clorados -Níquel -Fenol 21 22 Pictogramas 23 Reconhecimento Conhecendo os fatores ambientais de seus postos de trabalho, para os quais devemos estudar e conhecer produtos, processos, instalações e métodos de trabalho. Evolução Medição dos fatores ambientais e comparação de resultados com valores estabelecidos; Controle Medidas (atitudes) para eliminar ou reduzir os níveis de exposição a níveis aceitáveis. 24 25 Essa etiqueta também pode ser utilizada para identificação de soluções. Podemos notar nela alguns padrões diferenciados referentes à identificação química exata dos componentes do produto (produto principal, concentração e volume de água) e um diagrama, conhecido como Diagrama de Hommel, que expressa tipos de risco em graus que variam de 0 a 4, cada qual especificado por uma cor (branco, azul, amarelo e vermelho), que representam, respectivamente, riscos específicos, risco à saúde, reatividade e inflamabilidade. 26 Eliminação As vias de eliminação de que dispõe o organismo são: Via Renal: são as que expulsão a maioria dos tóxicos. Via Biliar: os tóxicos absorvidos por via digestiva sofrem com o fígado processos de transformação. Via pulmonar: através da exposição do ar inspirado, os produtos eliminados são geralmente gases ou líquido em fase de vapor. Existem outras vias de eliminação, tais como leite materno, suor e saliva. 27 Classificação de Toxicidade Baseada em Valores de DL50 Categoria DL50 oral para ratos (mg/kg peso corpóreo) Muito tóxico Menor que 25 Tóxico De 25 a 200 Nocivo De 200 a 2000 Substância DL50 (mg/kg)* Vitamina C 11.900 Cloreto de sódio 3.000 DDT (Dicloro-Difenil-Tricloroetano) 100 Nicotina 60 * Experimentos feitos com ratos. 28 Limite de Tolerância, LT Concentração da substância química presente no ambiente de trabalho, sob a qual os trabalhadores podem ficar expostos durante toda sua vida laboral, sem sofrer efeitos adversos à sua saúde. Essa concentração é expressa em partes por milhão (ppm) ou como miligramas por metro cúbico (mg/m3). Limite de Tolerância Média Ponderada pelo Tempo Concentração média ponderada, existente durante a jornada de trabalho, ou seja, pode-se ter valores acima do limite fixado, desde que, sejam compensados por valores abaixo deste, acarretando uma média ponderada igual ou inferior ao limite de tolerância Valor Teto Concentração máxima, permitida no ar, de uma substância tóxica, não podendo ser ultrapassada em nenhum momento da jornada de trabalho. 29 Monóxido de carbono 39 ppm 43 mg/m³ Monóxido de nitrogênio 20 ppm 23 mg/m³ Dióxido de nitrogênio 4 ppm 7 mg/m³ Dióxido de enxofre 4 ppm 10 mg/m³ Aldeído fórmico 1,6 ppm 2,3 mg/m³ Aldeído acético 78 ppm 140 mg/m³ Ozônio 0,08 ppm Material particulado 0,62 mg/m³ Chumbo 0,1 mg/m³ Valores do LT para alguns poluentes: Fator de Desvio para Substâncias que têm Limites de Tolerância – Valor Teto Limite de Tolerância Fator de Desvio 0 .......... 1 3 1 ..........10 2 10 ..........100 1,5 100 ..........1.000 1,25 Acima de 1.000 1,1 30 Contaminantes Sólidos e Líquidos Os metais são classificados em: 1.elementos essenciais: sódio, potássio, cálcio, ferro, zinco, cobre, níquel e magnésio; 2. micro-contaminantes ambientais: arsênico, chumbo, cádmio, mercúrio, alumínio, titânio, estanho e tungstênio; 3. elementos essenciais e simultaneamente micro-contaminantes: cromo, zinco, ferro, cobalto, manganês e níquel. Resíduos Classe I- Perigosos Resíduos Classe II- Não inertes Resíduos Classe III- Inertes Classificação dos contaminantes Metais pesados: muitas vezes eles já estão presentes na natureza, mas em concentrações elevadas apresentam riscos à saúde. Entre os metais mais nocivos estão o mercúrio, cromo, chumbo e cádmio. 31 A periculosidade é definida por algumas propriedades físicas, químicas e infecto-contagiosas que podem ser resumidas em sete características: Corrosividade: atacam materiais e organismos vivos devido a suas características ácidas ou básicas intensas; Reatividade: reagem com outras substâncias, podendo liberar calor e energia; Explosividade: em razão de sua reatividade muito intensa, podem liberar grande quantidade de energia; Toxicidade: agem sobre os organismos vivos, causando danos a suas estruturas biomoleculares; Inflamabilidade: podem entrar em combustão facilmente ou até de forma espontânea; Patogenicidade: apresentam características biológicas infecciosas, contendo microorganismos ou suas toxinas; Radiatividade: emitem radiações ionizantes 32 Os líquidos possuem uma tendência natural de passar à fase vapor, isto é, tendem a vaporizar e esse fenômeno está relacionado intimamente com a chamada pressão de vapor. Esta pode ser definida como aquela pressão de equilíbrio que as moléculas do líquido exercem quando escapam da superfície líquida e se transformam em vapor. Essa pressão depende de dois fatores: a) da natureza do líquido b) da temperatura Outro parâmetro importante na geração e dispersão de vapores é a velocidade na qual um líquido vaporiza, sendo que esta velocidade depende: • da área da superfície do líquido • da temperatura do líquido • da movimentação do ar 33 O que se entende por solvente e para que ele serve É uma substância química ou uma mistura de substâncias químicas capazes de dissolver outros materiais, tais como borrachas, resinas, tintas, vernizes etc. São usados também como desengraxantes, para limpeza de peças e de ambientes muito sujos. A maioria dos solventes usados em diversos processos e atividades são de natureza orgânica e possuem certo número de propriedades comuns. Podemos destacar algumas delas: • são líquidos voláteis de elevada pressão de vapor; • trata-se de uma mistura de vários componentes, às vezes bastante complexa quando se trata de componentes derivados de petróleo; • geralmente são substâncias inflamáveis, que podem formar misturas explosivas; • geralmente são substâncias pouco polares e pouco solúveis em água. 34 Natureza química é variada e eles são classificados em vários grupos, de acordo com suas propriedades químicas; abaixo exemplificaremos os mais utilizados. a) Hidrocarbonetos alifáticos (cadeia aberta): pentano, hexano, cortes leves de destilados do petróleo usados nas gasolinas e querosene. b) Hidrocarbonetos cíclicos (cadeia fechada): ciclohexano, meticiclohexano, alfa-pireno. c) Hidrocarbonetos aromáticos (que contêm o anel benzênico): benzeno, tolueno, xileno, etilbenzeno, estireno, para-xileno,orto-xileno. d) Hidrocarbonetos halogenados (contêm substâncias desse grupo ligadas, ou seja, flúor, cloro, bromo ou iodo): tetracloreto de carbono, diclorometano, 1,1,1 tricloroetano, ercloroetileno, clorofórmio, tricloroetileno, freons. e) Álcoois: metanol, etanol, álcool isopropílico, butanol. f) Glicóis: etileno glico, dietilenoglicol. g) Éteres: éter etílico, éter isopropílico. h) Ésteres: acetado de etila, acetato de amila, acetato de metíla, metacrilato de metila. i) Cetonas: acetona, metil etil cetona, metil isopropil cetona35 35 Contaminantes Gasosos Os gases e vapores são classificados segundo a sua ação sobre o organismo humano em três grupos importantes: • Irritantes • Anestésicos • Asfixiantes -Não quer dizer que, se uma substância é classificada em um dos grupos citados, isso não implicará que possa ter características dos outros grupos. -Essa classificação baseia-se no efeito mais importante, isto é, mais significativo sobre o organismo. Por exemplo, sabemos que a maioria dos solventes está classificada como anestésica; no entanto, qualquer pessoa que já esteve exposta a um solvente do tipo (álcool, thinner, acetona) percebeu que essas substâncias também têm como propriedade irritar as vias respiratórias superiores. 36 FICHA DE SEGURANÇA ÁCIDO CLORÍDRICO FS PQI 42 Pag.1/6 Ed.02 Data:Out/03 1. IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO E DA EMPRESA 1.1 Identificação da substância: Nome do Produto: Ácido Clorídrico ou Ácido Muriático Nome Químico: Ácido Clorídrico 1.2 Utilização da substância Principais aplicações: Indústria química, metalúrgica, farmacêutica, têxtil, vidro, cerâmica, tratamento de metais, tratamento de águas, agente de regulação de pH. 1.3 Identificação da Empresa Fornecedor: Quimitécnica.Com- Comércio e Indústria Química SA Endereço: Rua 35, nº 27A- Parque Empresarial do Barreiro Caixa Postal 5106 2831-904 Barreiro Telefone: 21 206 9100 Fax: 21 206 9196 E.mail: quimitecnica.com@quimitecnica.pt 1.4 Número de telefone de emergência: QuimiTécnica.com: 21 206 91 00 Telefone do Centro de Informação Anti-Venenos: 808 250 143 INEM: 112 37 2. COMPOSIÇÃO / INFORMAÇÃO SOBRE OS COMPONENTES Substância Nome Químico: Ácido Clorídrico Formula Química: HCl ( solução aquosa ) Número CAS:7647-01-0 ( cloreto de hidrogênio gasoso) Número CE: 231-595-7 Número ID (Anexo I): 017-002-01-X Classificação de perigo: C - Corrosivo Frases de Risco: R34-37 (provoca queimaduras – irritante para as vias respiratórias) 3. IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS 3.1 Principais perigos: Corrosivo. Reage violentamente com bases fortes. Em contacto com metais liberta hidrogênio, podendo formar misturas explosivas com o ar. 3.2 Sintomas e efeitos para a saúde humana Provoca queimaduras graves e dolorosas em contacto com a pele, olhos e mucosas. A inalação dos vapores provoca tosse, sufocação, irritação do trato respiratório, edema pulmonar e colapso cardiovascular. A ingestão provoca queimaduras dolorosas (boca, garganta, esôfago e estômago), vômitos, diarreia e estado de choque com risco de perfuração do trato gastrointestinal e colapso cardiovascular. 38 4. PRIMEIROS SOCORROS 4.l. Inalação Remover o sinistrado para zona arejada. Avisar imediatamente o médico. Se o paciente respira normalmente, conserva-lo apenas quente em descanso e em posição confortável. Administrar oxigênio se a respiração se efetuar com dificuldade. Efetuar respiração artificial se o paciente não respira e aplicar oxigênio após a sua recuperação. Na irritação da garganta, a administração de leite pode aliviar o desconforto. Na tosse persistente dá bons resultados a administração de um estimulante suave como chá ou café. 4.2. Contacto com a pele Retirar vestuário contaminado debaixo de um chuveiro de emergência. Lavar imediata e abundantemente a pele exposta com água. Não utilizar neutralizantes. Secar com toalha sem esfregar. Evitar o resfriamento do sinistrado, cobrindo-o com roupa macia. Consultar um médico. 4.3. Contacto com os olhos Com as pálpebras abertas, lavar imediata e abundantemente com água (mínimo 10 minutos). Consultar imediatamente um médico. 4.4. Ingestão Providenciar urgentemente o seu transporte para o hospital. Lavar a boca com água abundante. Não provocar o vomito. Se o sinistrado estiver perfeitamente consciente dar de beber grande quantidade de água ou leite, sempre em quantidade para não provocar o vomito. 39 5. MEDIDAS DE COMBATE A INCÊNDIOS 5.1. Meios adequados de extinção Produto incombustível. Utilizar os meios adequados às matérias em combustão. Utilizar água pulverizada para arrefecimento dos reservatórios expostos ao fogo. 5.2. Riscos especiais Rebentamento de recipientes estanques em caso de aquecimento. No caso de decomposição por ação do fogo ou em contacto com a maioria dos metais comuns liberta hidrogênio gasoso o qual pode formar misturas explosivas com o ar. 5.3. Equipamento de proteção para combate ao incêndio O pessoal de combate ao incêndio deve utilizar equipamento autônomo de respiração de pressão positiva e vestuário de proteção de combate a incêndios (capacete, casaco, calças, luvas e botas). Evitar o contacto com este material durante as operações de combate a incêndio. 5.4. Outras informações Manter as pessoas estranhas afastadas do local. O pessoal de intervenção deve manter-se sempre com o vento pelas costas e afastado das zonas baixas. Caso seja possível, remover os recipientes da área do incêndio. 40 6. MEDIDAS A TOMAR EM CASO DE FUGA ACIDENTAL 6.1. Precauções pessoais Para equipamento de proteção ver EPIs Intervir sempre com o vento pelas costas 6.2. Precauções ambientais Controlar o derrame de forma a evitar a sua entrada nos esgotos ou nas águas de superfície. Evitar a contaminação da água do subsolo . 6.3. Métodos de limpeza Conter o derrame recolhendo o produto derramado para contentor apropriado. Utilizar pedra calcária, cal ou carbonato sódico para neutralizar. A neutralização deve ser feita com cuidado uma vez que podem ser libertadas grandes quantidades de calor e vapor. Limitar o produto derramado com terra ou areia e recolher os resíduos em recipientes adequados. Lavar a parte residual abundantemente com água. Se a quantidade derramada for elevada e em local fechado, mantê-lo arejado, pois o ambiente pode ficar concentrado de vapores de ácido clorídrico. Se o derrame ocorrer na via pública, sinalizar e participar às Autoridades e Bombeiros. 41 7.2. Armazenagem Condições de armazenagem Os locais de armazenagem devem ser amplos, bem ventilados e ao abrigo da incidência direta da luz. A área envolvente à armazenagem e equipamentos deve dispor de bacia de retenção. Manter os recipientes bem fechados e afastados de fontes susceptíveis de provocar calor, e de matérias incompatíveis. Os depósitos e sistemas de ligação para descarga devem estar ligados a dispositivos de absorção de vapores de ácido clorídrico ou a colunas de neutralização. Os locais de descarga, armazenagem ou utilização devem estar equipados com chuveiro e lava olhos de emergência e sinalização de segurança; Incompatibilidades Evitar contacto com metais, bases fortes, agentes oxidantes, carbonetos, sulfuretos, hipoclorito. Materiais recomendados Poliéster reforçado, polietileno, polipropileno, PVC, aço ebonitado. 42 8. CONTROLO DA EXPOSIÇÃO/PROTECÇÃO INDIVIDUAL Limite de exposição: Valor Limite de Exposição ( 8 horas / dia - média ponderada ): 8mg/m3 (5 ppm) Valor Limite de Exposição ( curto prazo - 15 minutos ): 15mg/m3 (10 ppm) Conforme Decreto-Lei 290/2001 de 16 de Novembro Valor Limite de Exposição (concentração máxima: 5 ppm) conforme NP 1796 2004 Proteção respiratória Em ambiente de neblina / fumos, quando os limites de exposição ocupacional são ultrapassados, utilizar máscara de proteção com filtro tipo E-P2. Em caso de emanações importantes e em ambientes confinados não suficientemente ventilados, utilizar equipamento de respiração autônomo. Proteção das mãos Utilizar luvas de neoprene, PVC, ou borracha. Proteção dos olhos Utilizar óculos ou viseira de proteção. Proteção da pele Avental ou fato de neoprene ou PVC impermeável. Equipamento de emergência coletivo Lava olhos e chuveiros de emergência localizados nas proximidades da área de trabalho. Medidas de Higiene Não comer, beber ou fumar durante a utilização. Tomar sempre banho após o trabalho. Proteção Ambiental Respeitar a regulamentação sobre efluentes aquosos ( Decreto – Lei 236/98) VLE ( valores limites de emissão): pH a 20º C: 6,0 a 9,0 43 9. PROPRIEDADE FÍSICAS E QUÍMICAS Aspecto: Líquido fumante Cor: Incolor ou levementeamarelado Odor: Acre Temperatura de ebulição: 75ºC Temperatura de solidificação: -40ºC Temperatura de inflamação: Não inflamável Tensão de vapor a 25ºC: 60 hPa Massa volumica a 20ºC: 1,16 g/cm3 Solubilidade: Em Água, Etanol e Éter PH: < 1 Estas propriedades são referentes a uma solução com concentração = 33% HCl 10. ESTABILIDADE E REACTIVIDADE Estabilidade: O produto é estável à temperatura ambiente. A temperaturas elevadas liberta-se HCl gasoso, baixando a concentração da solução até se atingir a concentração azeotrópica (20,2% HCl). A partir desta concentração a temperatura de ebulição mantém-se constante (109 ºC) e a concentração mantém-se inalterada Condições a evitar: Fontes de calor e luz solar direta Materiais a evitar: Bases fortes e agentes oxidantes (reação violenta) Metais ( provoca libertação de hidrogênio) Hipoclorito ( provoca libertação de cloro) 44 11. INFORMAÇÃO TOXICOLÓGICA DL dose letal Toxicidade aguda: CL concentração letal Via oral DL50 (Coelho)= 900 mg /kg CE concentração efetiva Inalação CL50 (Ratazana)= 3124 ppm/1hr Efeitos para a saúde: Contacto com os olhos: Provoca irritação intensa, lacrimejo, inflamação do tecido conjuntivo, queimaduras. Risco de lesões graves e permanentes. Risco de perda de visão. Contacto com a pele: Provoca irritação dolorosa, queimaduras profundas. Risco de estado de choque Ingestão: Provoca queimaduras dolorosas (boca, garganta, esôfago e estômago), vômitos, diarréia e estado de choque com risco de perfuração do trato gastrointestinal e colapso cardiovascular. Inalação de vapores: Provoca tosse, sufocação, irritação do trato respiratório, edema pulmonar e colapso cardiovascular. 12. INFORMAÇÃO ECOLÓGICA Ecotoxicidade CL50 (peixes: Lepomis macrochirus) / 96 horas = 20 mg/litro CL100 (peixes: Lepomis macrochirus) / 24 horas = 36,5 mg/litro CE50 /(Daphnia) / 24 horas = 56 mg/litro O efeito da toxicidade é devido ao pH. O produto neutralizado não tem efeitos adversos nos organismos aquáticos. Mobilidade Absorção/dessorção: Infiltra-se rapidamente no solo. Elevada solubilidade em água. Elevada volatilidade Persistência e degrabilidade Ioniza-se imediatamente em meio aquático seguido de neutralização natural. Potencial de bioacumulação Não aplicável ( produto inorgânico) 45 13. QUESTÕES RELATIVAS À ELIMINAÇÃO Tratamento de resíduos Tratar os resíduos de acordo com a regulamentação local e nacional. Neutralizar com uma base (calcário, cal, carbonato de sódio) 14. INFORMAÇÕES RELATIVAS AO TRANSPORTE Este produto é abrangido pelos regulamentos aplicáveis ao transporte de mercadorias perigosas. Nº ONU : 1789 Nº de Perigo : 80 Classificação ADR: Classe 8, Grupo de embalagem II, Etiqueta nº 8 Designação para transporte: 1789 Ácido Clorídrico, 8, II ADR 46 15. INFORMAÇÃO SOBRE REGULAMENTAÇÃO Rotulagem: DL330 A/98 e DL 195-A/2000 Classificação: C – Corrosivo ( para concentrações superiores a 25% HCl) Frases Risco: R34- provoca queimaduras R37- irritante para as vias respiratórias Frases Segurança: S(1/2)- Guardar fechado à chave e fora do alcance das Crianças. S26-Em caso de contacto com os olhos, lavar imediata e abundantemente com água e consultar um especialista. S45-Em caso de acidente ou indisposição, consultar imediatamente o médico (se possível mostrar-lhe o rótulo). 16. OUTRAS INFORMAÇÕES Motivo da atualização: Revisão geral Ficha de Segurança conforme a Diretiva 2001/58/CE Todas as informações constantes desta ficha estão baseadas nos conhecimentos atuais. A Quimitécnica não aceita qualquer responsabilidade pelo uso que possa ser feito destas informações. Parque Empresarial do Barreiro, Rua 35 n.º 27Caixa Postal 5106 – 2831-904 BARREIRO Telefone: 212 069 100 – FAX: 212 069 196 47 CETESB, Companhia Ambiental do Estado de São Pulo Medidas de controle As formas e táticas de ação para controle de um acidentes no transporte rodoviário de produtos perigosos podem variar bastante, de acordo com o cenário da ocorrência, as características físicas e químicas dos produtos envolvidos e a quantidade vazada. A segurança e eficiência das medidas de controle serão diretamente proporcionais à existência de um planejamento prévio, que tenha definido um conjunto de procedimentos para atuar nestas circunstâncias. A avaria, colisão ou tombamento de um veículo podem ocasionar vazamentos de pequeno ou grande porte de produtos químicos líquidos, sólidos e gasosos, em consequência do rompimento de embalagens, seccionamento de válvulas, furos em costados de tanques, rompimento de tambores, entre outros. Neste sentido, se faz necessária a adoção de medidas específicas para controle da ocorrência, pela equipe em campo, no sentido de limitar suas consequências e minimizar possíveis impactos à comunidade e ao meio ambiente. Dentre as inúmeras medidas de controle em uma ocorrência, as empregadas rotineiramente nestes episódios são: 48 Estancamento do vazamento Face a constatação do vazamento em andamento, é uma operação que visa paralisar a saída do produto do sistema contenedor (tanque, tambor), através da aplicação de dispositivos específicos para estancar vazamentos de substâncias químicas tais como batoques, cunhas, massas de vedação e outros. Estancando vazamento de ácido clorídrico em costado de tanque com aplicação de massa de vedação e batoque 49 Contenção do produto vazado As técnicas para contenção dependem do cenário específico de cada acidente. Considera especialmente como e para onde o produto esta vazando, ou seja, para a atmosfera, solo, sistema de drenagem, galerias subterrâneas, corpos d´água, charcos, áreas naturais vegetadas, regiões habitadas, etc. Dependendo das características físicas do produto e do tipo de cenário onde se desenvolve a ocorrência, existem técnicas apropriadas para ações de contenção, que podem ser desde a aplicação de uma neblina de água, para a dispersão de uma nuvem de vapor ou gás no ar, até a construção de desvios e diques, para interceptar o fluxo do produto líquido numa depressão do terreno como vala, bacia ou tanque, ou ainda sua retenção através da construção de barreira física de areia ou terra, para impedir a sua movimentação no solo. As ações de contenção realizadas em corpo d´água, irão depender de algumas características e propriedades do produto envolvido, tais como solubilidade, densidade e viscosidade, bem como das condições intrínsecas do ambiente receptor (dimensões, profundidade, vazão, sensibilidade ambiental). Barreiras flutuantes confeccionadas de material absorvente são frequentemente utilizadas para conter e absorver produtos oleosos. 50 Recolhimento e contenção com barreiras 51 Neutralização Um dos métodos que pode ser aplicado em campo para a redução dos riscos é a neutralização do produto derramado. Esta técnica consiste na adição de um produto químico, de modo a levar o pH da área contaminada pelo produto a valores próximos ao natural, especialmente para acidentes com vazamento de substâncias corrosivas (ácidos ou bases). Para substâncias ácidas, os produtos comumente utilizados para a neutralização são a barrilha e a cal hidratada, ambas com características alcalinas. A utilização da cal virgem não é recomendada, uma vez que sua reação com ácidos é extremamente vigorosa. Soluções fracas e diluídas, alcalinas ou ácidas, também podem ser utilizadas na neutralização. Especial atenção deve ser dada para se evitar o lançamento de água nestas ocasiões, uma vez que a diluição é frequentemente ineficiente e acaba-se por ampliar ainda mais a contaminação. O lançamento de água pode ainda carrear o produto para galerias de drenagem e corpos d'água, ambientalmente sensíveis (vide utilização de água no combate a fogo e vazamentos). 52 Ações de neutralização Antes que a neutralização seja efetuada, deverá ser recolhida a maior quantidadepossível do produto derramado, de modo a evitar o excessivo consumo de produto neutralizante e, consequentemente, a geração de grande quantidade de resíduos. Cabe destacar que, para o emprego deste método, deve haver acompanhamento de um especialista da área ambiental, já que a sua aplicação inadequada poderá gerar consequências danosas ao meio ambiente, além de riscos para as pessoas envolvidas. 53 Atendimento emergencial Em um acidente rodoviário, envolvendo uma substância corrosiva, as equipes de resposta frequentemente utilizam duas técnicas de combate: diluição e neutralização. Diluir ou Neutralizar 54 Diluição Consiste na adição de água ao produto derramado com a finalidade de deixar o pH próximo da neutralidade. Mas quanta água deve ser adicionada a um derrame de ácido sulfúrico para que ele não seja mais agressivo ao homem e ao meio ambiente? A utilização da técnica da diluição não é recomendada, como única forma de controlar a emergência. Para diluirmos uma substância corrosiva a níveis seguros, será necessário utilizarmos sempre um grande volume de água, na ordem de 10000 litros de água para cada litro do produto derramado, o que é inviável do ponto de vista operacional e ambiental. A técnica de diluição somente deverá ser utilizada nos casos em que não houver possibilidade de contenção do produto derramado e seu volume for bastante reduzido. Além disso, se o volume de água adicionado ao produto não for suficiente para diluí-lo a níveis seguros, ocorrerá o agravamento da situação, devido ao aumento do volume da mistura e aumento da área (solo) contaminada, a qual deverá ser removida para posterior tratamento. 55 Neutralização Consiste na adição de um produto químico com pH contrário ao do produto derramado, de modo a levar o pH próximo ao natural. No caso de substâncias ácidas, os produtos comumente utilizados para a neutralização são a barrilha e a cal hidratada, ambas com característica alcalina. Para neutralizar 10 kg de ácido sulfúrico a 98% de concentração são necessários, pela química, 8 kg de cal hidratada. Mas como não se tem a certeza do volume vazado de ácido vazado. 56 EPI Acompanhamento Vapores Resíduos 57 A diluição e a neutralização são duas das técnicas que podem ser utilizadas para a redução dos riscos nas ocorrências com corrosivos. No entanto deve-se inicialmente priorizar a remoção do produto vazado, por meio de mantas absorventes ou bombas de sucção, pois permitirá que pequena quantidade de agente neutralizante seja utilizado assim como de água para uma eventual lavagem de pista ao final dos trabalhos. Isso acarretará na agilização dos trabalhos de campo, na geração de resíduos e na redução dos riscos. A seleção do método mais adequado a ser utilizado deve sempre levar em consideração os aspectos de segurança e proteção ambiental. 58 Etapas de uma Análise Química Amostragem Preparação da amostra analítica Dissolução da amostra Remoção de interferentes Medidas na amostra e controle de fatores ambientais Resultado(s) Apresentação dos resultados Sólido Líquido Medida de volume Gás ou Vapor 59 Amostragem Amostragem é a primeira tarefa para a análise química, normalmente a mais difícil, porém tão importante (ou mais) que outra qualquer etapa do procedimento analítico Regulamento e Legislação O objetivo da análise é monitorar substâncias no ambiente industrial ou meio ambiente em geral. Níveis de tolerância foram estabelecidos e o analista deve obervar esses valore. Estabelece até mesmo a maneira de coletar e analisar as amostras. 60 Segundo a ABNT (NBR) 10007 – Amostragem 1. Amostra representativa Parcela dos resíduos a ser estudado, que é obtida através de um processo de amostragem, e que, quando analisada, apresenta as mesmas características e propriedades da massa total do resíduo. 2. Amostra simples Parcela do resíduo a ser estudado, que é obtida através de um processo de amostragem e de um único ponto ou profundidade. 3. Amostra composta Soma das parcelas individuais do resíduo a ser estudado, obtidas em pontos, profundidade e/ou instantes diferentes, através dos processos de amostragem. Estas parcelas devem ser misturadas de forma a se obter uma amostra homogênea. 4. Amostra homogênea Amostra obtida pela melhor mistura possível das alíquotas de resíduos. Esta mistura deve ser feita de modo que a amostra resultante apresente características semelhantes em todos os seus pontos. Para resíduos no estado sólido, esta homogeneização deve ser obtida por quarteamento. 5. Quarteamento Processo de mistura pelo qual uma amostra é dividida em quatro partes iguais, sendo tomadas duas partes opostas entre si para constituir uma nova amostra e descartadas as partes restantes. As partes não descartadas são misturadas totalmente e o processo de quarteamento é repetido até que se obtenha o volume desejado. 61 Amostra Sólida 62 63 Quarteamento 64 Amostra Líquida 65 Amostra Gasosa 66 Volume – Partindo-se de uma solução com volume conhecido e fazendo-se a leitura do volume final, após a amostragem, determina-se o volume do contaminante, pela diferença entre o volume inicial e o final; Titulação – Partindo-se de uma solução com pH conhecido e fazendo-se a leitura após a amostragem determina-se a massa ou volume do contaminante, pela alteração no valor do pH e comparação com a curva de calibração do medidor; Gravimetria – Pesa-se o amostrador antes e depois da amostragem e compara-se os valores de massa, sendo a diferença entre as pesagens a massa de contaminante; Precipitação – Provoca-se a separação de fases em uma solução e determina-se o volume do contaminante contido na solução; Extração – Extrai-se de um meio sólido ou líquido, através da adição de um solvente, e determina-se o volume ou a massa do contaminante extraído; Avaliação do Contaminante 67 Propriedades Características Alguns Métodos Instrumentais Emissão da radição Espectroscopia de emisão (raios X, UV, visível, fluorescência, fosforescência e luminescência) Absorção da radiação Espectrofotometria e fotometria (raios X, UV, visível, IR) Espalhamento da radiação Turbidimetria, nefalometria Refração da radiação Refratometria Difração da radiação Difração de raios X Rotação da radiação Polarimetria Potencial elétrico Potenciomentria (pH) Carga elétrica Coulometria Corrente elétrica Condutimetria Resistência elétrica Polarografia, Amperometria Massa Gravimetria Relação massa/carga Espectrometria de massa Velocidade da reação Métodos cinéticos Características térmicas Análise térmica diferencial, condutimetria térmica Radioatividade Métodos de ativação e diluição de isótopos 68 69 70 71 72 73 74 75 Medidas de proteção coletiva: >> a eliminação dos agentes nocivos ou substituição da sua forma de apresentação; >> o enclausuramento total ou parcial do processo de produção; >> a automatização de operações geradoras de contaminação do homem; >> isolamento das áreas de riscos; >> ventilação localizada ou geral; >> exaustão localizada ou geral; >> medidas de higiene pessoal e coletiva (lava-olhos, lavatórios, chuveiros, vestiários, sanitários); >> medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho (alterações do processo produtivo, introdução de pausas ou rodízios, redução da jornada de trabalho, mudanças do layout, entre outros). 76 Medidas de proteção individual Quando comprovado pelo empregador a inviabilidade técnica da adoção de medidas de proteção coletiva ou quando estas não forem suficientes, deverão ser utilizados os EPIs - Equipamentos de Proteção Individual, tais como protetores respiratórios, luvas, mangas, aventais, roupas especiais, botas, pomadas protetoras, entre outros. 77 Controle médico Para todos os trabalhadores expostos a agentes químicos, nos exames médicos ocupacionais (adimessional– periódico – demissional) devem ser realizados os exames clínicos e toxicológicos, nos moldes previstos na Norma Regulamentadora nº 7 da Portaria 3214/78. O exame clínico dever ser realizado pelo menos anualmente enquanto os exames toxicológicos devem ter uma periodicidade no mínimo semestral. 78 79 80 81 Método Analítico Há duas categorias de Métodos Analíticos: Método Normalizado (Padrão) É aquele desenvolvido por um organismo de normalização ou outras organizações, cujos métodos são aceitos pelo setor técnico em questão (dentre outras: ABNT, ASTM, ANSI, APHA). O procedimento é validado antes de tornar público. Método Não Normalizado É aquele desenvolvido pelo próprio laboratório ou outras parte, ou adaptado a partir de método normalizado. Ex.: método publicado em revistas técnicas, métodos de fabricante de equipamento, métodos utilizados em “kits” de ensaios e instrumentos portáteis. Associação Brasileira de Normas Técnicas American Society of Testing and Materials American National Standards Institute American Public Health Association 82 Calibração de Instrumentos O que é calibração de instrumentos de medição? Calibração é um conjunto de operações que estabelecem, sob condições especificadas, a relação ente valores indicados por um instrumento de medição e os valores correspondentes aos padrões utilizados. Porque a calibração é necessária ? A calibração dos instrumentos de medição é importantíssima para a garantia da qualidade da fabricação de um determinado produto. Ela assegura que os instrumentos usados para controlar o seu produto estão dentro de um critério aceitável e que não vão prejudicar a qualidade final do produto. Qual é a freqüência um instrumento de medição deve ser calibrado? A freqüência ideal de calibração de um instrumento de medição pode variar de acordo com o instrumento a ser calibrado e a freqüência de utilização do mesmo. Por exemplo: Um instrumento pode ter uma freqüência de calibração de 1 ano e ser usado raramente. Outro instrumento que já é usado mais freqüentemente deve ter uma freqüência menor, por exemplo, 6 meses. Não é uma regra, existem diversos estudos para se saber a freqüência ideal de calibração de um instrumento, mas é sempre importante analisar aonde e como o instrumento é usado antes de se estipular um período. Que instrumentos devem ser calibrados? Qualquer instrumento que tenha influência direta no resultado do seu produto final, não importando em qual etapa essa instrumento seja usado. 83 Normas ISO 9001: 2008 (International Organization for Standardization); Normas ABNT/ISO / IEC 17025 (Comissão Eletrotécnica Internacional); Norma TS 16949 (Technical Specification) Portaria INMETRO nº 29, de 10 de março de 1995 (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) A calibração de Instrumentos deve atender: 84 Riscos no manuseio, armazenagem e transporte de substâncias agressivas. Classe 1: Explosivos Subclasse 1.1 – substâncias e artigos com risco de explosão em massa; Subclasse 1.2 – substâncias e artigos com risco de projeção, mas sem risco de explosão em massa; Subclasse 1.3 – substâncias e artigos com risco de fogo e com pequeno risco de explosão ou de projeção, ou ambos, mas sem risco de explosão em massa; Subclasse 1.4 – substâncias e artigos que não apresentam risco significativo; Subclasse 1.5 – substâncias muito insensíveis, com risco de explosão em massa; Subclasse 1.6 – artigos extremamente insensíveis, com risco de explosão em massa. Classe 2: Gases Subclasse 2.1 – gases inflamáveis; Subclasse 2.2 – gases não-inflamáveis, não tóxicos; Subclasse 2.3 – gases tóxicos. 85 Classe 3: Líquidos inflamáveis Classe 4: Sólidos inflamáveis; substâncias sujeitas a combustão espontânea; substâncias que, em contato com água, emitem gases inflamáveis Subclasse 4.1 – sólidos inflamáveis, substâncias auto-reagentes e explosivos sólidos insensibilizados; Subclasse 4.2 – substâncias sujeitas a combustão espontânea; Subclasse 4.3 – substâncias que, em contato com água, emitem gases inflamáveis. Classe 5: Substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos Subclasse 5.1 – substâncias oxidantes; Subclasse 5.2 – peróxidos orgânicos. 86 Classe 7: Material radioativo Classe 8: Substâncias corrosivas Classe 9: Substâncias e artigos perigosos diversos Classe 6: Substâncias tóxicas e substâncias infectantes Subclasse 6.1 – substâncias tóxicas; Subclasse 6.2 – substâncias infectantes. 87 Classe 1: Explosivos ex.: TNT.. Classe 2: Gases ex.: GLP, oxigênio.. Classe 3: Líquidos inflamáveis Ex.: Gasolina, diesel... Classe 4: Sólidos inflamáveis Ex.: Carvão vegetal... Classe 5: Oxidantes e Peróxidos Ex: Peróxido de Hidrogênio, Nitrato de amônia Classe 6: Substâncias tóxicas e substâncias infectantes: Ex.Cloreto de Chumbo Classe 7: Material radioativo: Ex. refil para raio x Classe 8: Substâncias corrosivas Ex. Ácido Sulfúrico, Soda Caustica Classe 9: Substâncias perigosos diversos Ex. CAP – Cimento Asfáltico de Petróleo Identificação da Carga Química 88 FATORES QUE DEVEM SER OBSERVADOS: - INCOMPATIBILIDADE - PONTOS DE POSSÍVEIS CONTAMINAÇÕES - VENTOS NO LOCAL - RECURSOS CERTOS PARA A OPERAÇÃO - EQUIPE TREINADA - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO SENDO CORRETAMENTE USADO - IDÉIAS MÁGICAS - SEGURANÇA DE TODA A OPERAÇÃO 89 Classe 4 - Esta classe se subdivide em: Subclasse 4.1 - Sólidos inflamáveis; Subclasse 4.2 - Substâncias sujeitas a combustão espontânea; Subclasse 4.3 - Substâncias que, em contato com a água, emitem gases inflamáveis. Classe 6 - Esta classe se subdivide em: Subclasse 6.1 - Substâncias tóxicas (venenosas); Subclasse 6.2 - Substâncias infecta 90 91 92 CUIDADOS NO MANUSEIO Encontramos produtos químicos em todos os lugares, em várias concentrações e tipos. Existem vários produtos e o que torna mais perigoso em casos é a reação com um outro produto, formando um terceiro produto. 93 COMO MANUSEAR PRODUTOS QUÍMICOS COM SEGURANÇA Ler Atentamente as instruções do rótulo dos produtos químicos na compra e durante sua utilização. Nunca armazenar os produtos químicos líquidos em cima dos sólidos. Guardar os produtos químicos em recipientes bem fechados e em local fresco, seco, bem ventilado e fora do alcance das crianças e animais. Somente Pessoas que tenham recebido orientação devem ter acesso ao mesmo. Fechar as embalagens após o seu uso. Se houver vazamento de produto no local limpe imediatamente. Manusear os produtos químicos com cuidado. Evitar condições e atos inseguros no manuseio de produtos químicos. Os recipientes usados para armazenar ácidos e o agente de desinfecção devem ser de boa qualidade, evitando-se o uso de frascos em más condições. Não usar embalagens usadas para guardar produtos químicos. Sempre usar a dose recomendada nas embalagens. Usar luvas plásticas, máscaras e óculos de proteção ao manusear os produtos. Nunca usar algicida a base de sulfato de cobre no mesmo dia em que aplicar o cloro granulado em sua piscina, pode causar manchas. Evitar misturar produtos químicos sem indicação segura a respeito. Evitar armazenar produtos junto ao filtro. Podem emitir fumos corrosivos. Nunca fumar durante o manuseio e próximo ao local de estocagem dos produtos químicos. Nunca agitar a mistura em recipientes fechados, risco de explosão. Adicionar o produto químico em um balde cheio de água e misturar antes de jogar na água. Lavar as mãos com água e sabão após manusear os produtos químicos. 94 Informações sobre primeiros socorros Pele: Lavar com água em abundância por 20 minutos as partes atingidas Olhos: Lavar com água corrente durante 15 minutos. Persistindo a irritação procurar um médico, levando a embalagem ou rótulo do produto. Ingestão: Não Provoque vômitos. Procurar o centro de intoxicações ou o hospital mais próximo, levando a embalagem ou rótulo do produto. Inalação: Remover a pessoa para um local arejado. Se necessário, procurar o hospital maispróximo levando a embalagem ou rótulo do produto. 95 SEM EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO 96 Formas de carregamento e o armazenamento devem ser consultado o fabricante. 97 Conjunto de equipamentos para situações de emergência do veículo A bolsa do kit de emergência, de acordo com a NBR 9735 de 2004/2005 deverá conter os seguintes itens: 1 capacete de segurança; 1 óculos de segurança com ampla visão; 1 avental de PVC forrado; 1 bota de borracha altura sete léguas; 1 par de luvas de PVC punho 26; 1 máscara semifacial com filtro vo; 2 calços de madeira tipo cunha; 4 placas “Perigo! Afaste-se!”; 4 cones flexíveis laranja / branco refletivo 75 cm (nbr 15071); 6 cones de PVC zebrados preto/amarelo 50cm; 1 pá ou enxada antifaiscante; 2 mantas de contenção; 2 batoques de madeira; 1 martelo de 10 tirantes de amarração; 1 fita zebrada de 100mts; 1 lanterna emborrachada; 2 pilhas para lanterna; 1 lona plástica 3x4; 1 kit de ferramentas: alicate universal, chave de boca 13, chave de fenda ou philips; 1 bolsa de lona impermeável. 98 O Plano de Emergência tem por finalidade orientar sobre os cuidados básicos necessários sempre que ocorrer acidente com o veículo, causando vazamento do produto, ou na movimentação dos mesmos. SE OCORRER FAÇA ISTO: Vazamento e/ou derrame - Leve o veículo, se possível, para área de menor movimento; - Use o kit de sinalização, isole e sinalize o local, afastando os curiosos; - Não fume e evite fontes de ignição na área de risco; - Use os EPIs recomendados: botas, óculos de proteção, luvas de PVC, mascará com filtro apropriado e capacete; - Avise ao supervisor e ao Técnico em Segurança do Trabalho, informando a natureza da emergência e a sua localização; - Nas emergências em rodovias estaduais e federais, avise a autoridade de trânsito mais próxima; - Estanque os vazamentos dos tanques e/ou das embalagens; - Absorva o líquido derramado com terra ou outro material absorvente inerte (usando pá ou enxada); - Faça a raspagem em caso de vazamento de produtos inflamáveis (com cuidado para não produzir centelhas) e recolha o material contaminado em recipientes apropriados (tambores). Depois, destine-os a um aterro industrial. Fogo - Se o fogo no vazamento for pequeno, use extintor de pó químico seco; - Em incêndio de maiores proporções, acione o Corpo de Bombeiros; - Evite aspirar a fumaça e vapores provenientes da combustão; - Avise imediatamente ao supervisor e ao Técnico em Segurança do Trabalho, que farão contatos com órgãos municipais, estaduais e federais. Poluição - Havendo contaminação de recursos hídricos, alerte as pessoas residentes próximas ao local para que não façam uso da água até a liberação da área; - Informe imediatamente ao setor de segurança do trabalho para providenciar equipamento específico para contenção. 99 100 101 102 MUITO OBRIGADO PELA ATENÇÃO!!!!!! Sucesso a todos
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