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AMOR POR CONTRATO - Resenha

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Resenha do Filme “Amor Por Contrato”
A “família” Jones chega na nova vizinhança causando um verdadeiro impacto com seus artigos luxuosos. Os vizinhos ficam encantados com a aparência da família digna de comercial de margarina, entretanto, na verdade os Jones fazem parte de uma estratégia de marketing criada por uma empresa cujo objetivo é inserir falsas famílias ricas em comunidades prósperas de modo a dar vida aos seus produtos de luxo.
 De forma planejada, cada integrante da família possui a missão de influenciar seu grupo social, os filhos Jenn e Mick eram responsáveis por vender produtos para o público adolescente na escola e nas festas onde frequentavam. Kate e Steve por sua vez, tinham como meta vender os produtos para os donos das casas vizinhas, influenciando-os durante os jogos de golfe e as idas ao salão de beleza, lugares onde os moradores geralmente estavam sempre presentes.
Vender os produtos e influenciar os vizinhos era o maior propósito da família. Os Jones sempre estavam em busca de manter o status luxuoso e criar laços afetivos para amostrar seus pertences. Para alcançar o objetivo, produziam festas e pequenas reuniões, ou demonstravam publicamente seu novo produto sempre que possível.
O plano da família vai muito bem até que as aparências se desfazem e a família se desestrutura. O filho se revela gay, a filha tem um caso com um homem casado e mais velho, e o casal se envolve em um romance que se opõe ao objetivo da empresa. A trama desaba realmente quando um dos vizinhos comete suicídio após se endividar tentando se adequar ao padrão da família. Steve percebe que seu trabalho foi o culpado de ocasionar o triste final de seu vizinho e revela a todos sua real identidade, por fim, ele e Kate finalmente ficaram juntos terminando o filme com um clima romântico, apesar da tragédia.
A ideia do filme lançado há mais de dez anos está totalmente presente em nossa sociedade. Nos dias atuais é extremamente comum escutar a palavra “influencer” e ver pessoas do mundo inteiro conectados em redes sociais e sendo influenciados por blogueiras e criadores de conteúdo vendendo suas vidas perfeitas e luxuosas. 
Essa Utopia de vida perfeita, de fama e realização nos lembra outro clássico do cinema “O Show de Truman”, onde é exibido a vida de um vendedor de seguros representado por Jim Carrey, com o marketing presente em todos os cenários, desde os alimentos consumidos até o vestuário do protagonista. 
Atitudes como essa, que marca uma forte presença principalmente em redes sociais, são formas de transmitir marcas e serviços “naturalmente”, ou seja, os “Jones da vida real” utilizam os produtos no seu dia a dia e fazem aquilo não parecer uma estratégia de marketing. Dessa forma, as marcas expõem seus produtos de forma invisível e o público consome sem mesmo notar. 
No filme, as personagens tentam vender os produtos da forma mais natural possível e o que eles têm passa a valer mais do que quem eles são. Todos os artigos de luxo presentes na vida família, desde a comida congelada servida nas festas até o vaso sanitário importado do Japão transformam a aparência da família em uma família feliz e realizada. Isso nos faz pensar que consumir pode ser visto como uma nova noção de felicidade. 
Fica cada vez mais difícil escapar da pressão que é imposta pelo sistema, seja por um estilo de vida, seja por afirmação social. “A moda, o luxo, e o consumo são a versão materialista da felicidade como se ela fosse proporcionada pelo mercado. (Gilles Lipovetsky).
Em suma, com base nos filmes citados, nota-se uma crítica à sociedade contemporânea e uma possível reflexão trazida da ficção para a nossa realidade, onde nossa sociedade está em constante busca pelo prazer por meio do consumo. No filme “Amor Por Contrato” o trabalho da família Jones não é apenas vender os produtos, é perceptível a forma como eles atua na geração de prazer e bem-estar por meio dos seus bens, como o Steve em suas partidas de Golfe e Mick com seus artigos de videogame e seu novo conversível. Por fim, o filme consegue demonstrar mediante algumas situações, o quão nocivo pode ser o consumo desequilibrado e que o Marketing precisa ser uma estratégia que ande em conjunto com a ética, alcançando os seus objetivos, mas sem nocividade ao público.
MOUSINHO, André. Rock Content- Marketing invisível: conheça o potencial oculto de sucesso da sua empresa. Disponível em: https://abre.ai/cM2I. Acesso em 28 de mai. 2021.
LIPOVETSKY, Gilles Apud. DANTAS, Robert Henrique Sousa. Consumismo como busca pela felicidade e sua problemática. Disponível em: https://domtotal.com/noticia/1361947/2019/06/consumismo-como-busca-pela-felicidade-e-sua-problematica/. Acesso em 28 de mai. 2021.

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