Buscar

Hematologia - Tipos de Leucemia e DIagnostico

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Trabalho de Hematologia 
Aluna: Luisa da Costa Neves Vasconcelos
Matricula: 2019101034
Leucemia
A leucemia é uma proliferação neoplásica generalizada ou acúmulo de células hematopoiéticas, com ou sem envolvimento de sangue periférico. Na maioria dos casos, as células leucêmicas extravasam para o sangue, onde podem ser vistas em grande número. Essas células também podem infiltrar o fígado, baço, linfonodos e outros tecido. 
Há 4 tipos principais de leucemias, sendo elas: leucemia mieloide aguda (LMA), leucemia mieloide crônica (LMC), leucemia linfoide aguda (LLA) e leucemia linfoide crônica (LLC). Nas leucemias agudas há proliferação clonal acompanhada de bloqueio maturativo variável, o que possibilita a existência de diferentes subtipos de leucemias.
A leucemia mieloide aguda (LMA) é uma doença clonal do tecido hematopoiético, que se caracteriza pela proliferação anormal de células progenitoras da linhagem mieloide, ocasionando produção insuficiente de células sanguíneas normais. Não se sabe ao certo o mecanismo que leva a célula progenitora da linhagem mieloide a perder o controle da proliferação celular, no entanto, a ativação de proto-oncogenes e mutações em genes supressores que regulam o ciclo celular estão envolvidos no processo patológico da LMA. Pode então ocorrer infiltração da medula, acompanhada de neutropenia, anemia e plaquetopenia. Além disso, corresponde a 20% das leucemias agudas em crianças. Na maioria dos casos não há evidencia de influência de fatores genéticos.
O diagnóstico da LMA inicia-se com a suspeita clínica, que incluiu palidez, hepatomegalia, esplenomegalia, linfadenopatia, febre em consequência de infecções, faringite, petéquias e outras manifestações hemorrágicas, dor óssea, hipertrofia gengival e infiltrações cutâneas. A análise laboratorial baseia-se na avaliação do sangue periférico e da medula óssea. A morfologia e colorações citoquímicas são de extrema importância para o diagnóstico, podendo ser aplicado tanto no sangue periférico quanto à medula óssea. As principais colorações em uso são fosfatase alcalina; mieloperoxidase (MPO); sudão negro B, naftol AS-D; cloroacetato esterase (CAE); esterases inespecíficas, como alfa-naftil acetato esterase (ANAE); reação do ácido para-aminossalicílico (ácido periódico de Schiff [PAS]) e fosfatase ácida. A citogenética e os estudos moleculares frequentemente detectam anormalidades dentro do clone leucêmico, podendo sugerir o diagnóstico e/ou o prognóstico.
A leucemia mieloide crônica (LMC) é uma doença clonal maligna, caracterizada por uma excessiva proliferação da linhagem mieloide, seguida por uma perda progressiva da diferenciação celular. A doença é associada a uma anormalidade citogenética específica, o Cromossoma Philadelphia, que resulta na translocação recíproca entre os braços longos dos cromossomos 9 e 22, levando a formação de um novo gene leucemia-específico, o BCR-ABL. A descoberta dessa alteração molecular não apenas aprimorou o diagnóstico da LMC, mas possibilitou o desenvolvimento de terapia dirigida contra esse defeito molecular e, posteriormente, de métodos de monitoração de doença residual mínima (DRM). A LMC corresponde a 15% das leucemias em adultos.
A doença evolui em três fases: crônica (FC), acelerada (FA) e crise blástica (CB). Na fase crônica ocorre proliferação clonal maciça das células granulocíticas, mantendo estas a capacidade de diferenciação, sendo a doença facilmente controlada. Posteriormente, num período de tempo variável, o clone leucêmico perde a capacidade de diferenciação e a doença passa a ser de difícil controle (FA) e progride para uma leucemia aguda ou uma crise blástica.
Na fase crônica cerca de 20 a 40% dos pacientes são assintomáticos, enquanto que os demais pacientes apresentam esplenomegalia volumosa, hepatomegalia e leucocitose com desvio à esquerda. Para realizar o diagnóstico é necessário analisar a hemoglobina, que a hemoglobina pode ser normal ou pode haver discreta anemia, e o número de plaquetas é geralmente normal ou elevado, havendo plaquetopenia ao diagnóstico em 5% dos casos. A medula óssea é intensamente hipercelular, com predomínio de granulócitos e relação grânulo-eritroblástica acima de 10:1. O número de megacariócitos pode ser normal ou aumentado, sendo geralmente de tamanho menor que o normal e hipolobulados. É necessário também a realização da biopsia da medula óssea para avaliar a presença de fibrose, que é pouco frequente nessa fase, mas pode surgir com a progressão da doença. A reticulina está aumentada em 40% dos pacientes ao diagnóstico e, geralmente, está relacionada à hiperplasia megacariocítica, acentuada esplenomegalia e maior intensidade de anemia.
A leucemia linfoide aguda (LLA) é uma neoplasia maligna, resultado de uma proliferação clonal e acúmulo de células que exibem marcadores celulares associados aos estágios precoces de maturação linfoide. Os blastos se acumulam na medula óssea e substituem a sua população normal. É o tipo mais comum de câncer infantil, constituindo cerca de um terço de todas as neoplasias malignas da criança, apresentando 30% dos casos. A doença ocorre normalmente em crianças dos dois aos cinco anos de idade sendo mais frequentes em meninos e em pessoas de cor branca.
Os sintomas retratados na LLA são exaustão, desanimo, perda de massa, pirexia, artrite, mucosite oral. O diagnostico é realizado através de hemograma acompanhado da distensão sanguínea para avaliar o índice de leucometria no sangue. Além disso, é realizado o mielograma, que analisará a medula óssea, normalmente retirado do osso esterno ou ilíaco, sendo contado um número maior ou equivalente a 20% das células imaturas. Através do exame de imunofenotipagem é possível distinguir e classificar a LLA, sendo classificado em linhagem B ou T, de acordo com os traços imunofenotípicos dos linfoblastos.
O tratamento utilizado é a quimioterapia, tendo atenção à condição clínica, imunológica e citogenética do paciente e o comprometimento ou abrangência de outros órgãos. A quimioterapia é dividida em três etapas: indução, consolidação e manutenção. 
Uma das principais drogas utilizadas é o metotrexato, que atua inativando a disseminação das células malignas, administrado em altas concentrações na fase de consolidação.
A leucemia linfoide crônica (LLC) é uma síndrome linfoproliferativa crônica que se manifesta pelo acúmulo progressivo no sangue periférico, medula óssea, linfonodos, baço e outros tecidos, de linfócitos morfologicamente maduros. É o tipo mais comum entre indivíduos caucasianos e acima de 50 anos.
Aproximadamente 50% dos pacientes com LLC são assintomáticos e apresentam linfocitose absoluta isolada no sangue periférico, sem causa determinada, sendo diagnosticados quase que por acaso quando realiza um hemograma de rotina ou devido a uma doença trivial. Os achados físicos mais comuns são linfadenopatia, seguida de esplenomegalia e hepatomegalia, 
Morfologicamente, a LLC apresenta uma população monoclonal de pequenos linfócitos e cerca de 10% de grandes linfócitos, prolinfócitos ou células atípicas no sangue periférico ou na medula óssea.
Os exames laboratoriais mais utilizados são hemograma, tempo de duplicação linfocitária, padrão de infiltração histológica em biopsias óssea, marcadores séricos, imunofenotipagem, análise citogenética para detecção de aberrações cromossômicas e avaliação do estado de mutação de genes da cadeia pesada da região variante de imunoglobulina IgVH, através de marcadores específicos.
Em muitos pacientes as células leucêmicas tem a aparência de linfócitos normais, de pequeno a médio porte, com cromatina condensada e uma fina camada citoplasmática. Pode haver variações morfológicas, como células com formas de pró-linfocitos, outras com citoplasmas abundantes e algumas com forma plasmocitóide ou clivada.
Referencias
BARTOLHEIRO, T.C., CHIATTONE, C.S. Leucemia mieloide crônica: história natural e classificação. Rev. bras. hematol. Hemoter, v.30, p.3-7, 2008. Disponível: https://www.scielo.br/j/rbhh/a/JmqbBTkmz936bZPV8ncdZjN/?lang=pt&format=pdfAcesso em: 23 jul. 2021
CAVALCANTE, M.S., ROSA, I.S.S., TORRES, F. Leucemia linfoide aguida e seus principais conceitos. Rev. Cient. da Faculdade de Educação e Meio Ambiente.Ariquemes: FAEMA, v. 8, n. 2, jul.-dez., 2017.ISSN: 2179-4200. Disponível em: http://www.faema.edu.br/revistas/index.php/Revista-FAEMA/article/view/578/464 Acesso em: 23 jul. 2021
CUSTÓDIO, R.K.A. Perfil clínico e laboratorial dos pacientes com leucemia linfoide crônica atendidos no serviço de hematologia e hemoterapia do HUWC-HEMOCE. Tese de dissertação de mestrado, Universidade Federal do Ceará, UFC, 2009.
MARTINS, S.LR.; FALCÃO, R.P. Importancia da imunofenotipagem na Leucemia Mielóide Aguda. Rev. Assoc. Med. Bras, ed.6, mar. 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ramb/a/3jpsbjcpSbDSYBVk6tg7ftS/?lang=pt Acesso em: 23 jul. 2021.
SILVA, G.C. et al. Diagnostico laboratorial das leucemias mieloides agudas. Bras Patol Med Lab, v. 42, n. 2, p. 77-84, abr. 2006. Disponível em: https://www.scielo.br/j/jbpml/a/C6NQ7KQYbZNsdpp7TGW7vpk/?lang=pt&format=pdf Acesso em: 23 jul. 2021.

Continue navegando