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Problema 9 Referencias • https://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/saude-mental • https://www.saude.gov.br/component/content/article/851-saude- mental/41047-politica-nacional-de-saude-mental-alcool-e-outras- drogas • https://psychscenehub.com/psychinsights/neurobiology-of-binge- eating-disorder/ • Clínica psiquiátrica da USP, 2011 • Psicofarmacologia | Bases Neurocientíficas e Aplicações Práticas, 2014 • Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais, 2018 https://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/saude-mental https://www.saude.gov.br/component/content/article/851-saude-mental/41047-politica-nacional-de-saude-mental-alcool-e-outras-drogas https://psychscenehub.com/psychinsights/neurobiology-of-binge-eating-disorder/ 01- Rever os conceitos relacionados ao uso e abuso de substâncias. Conceitos • Uso experimental • Uso recreativo • Uso frequente • Abuso • Abstinência • Adição • Compulsão • Dependência • Impulsividade • Tolerância 02-Descrever os mecanismos de adicção. Impulsividade e Compulsividade • A impulsividade pode ser considerada a incapacidade de interromper a iniciação de ações. • A compulsão pode ser considerada a incapacidade de interromper ações em andamento. • O controle volitivo inibitório é exercido de cima para baixo por mecanismos corticais. Se houver um relaxamento desses mecanismos... • Envolve um circuito cerebral cujo centro está no estriado ventral, ligado ao tálamo, ao córtex pré-frontal ventromedial e ao córtex cingulado anterior. • A impulsividade, como ação- desfecho de um sistema de aprendizagem ventralmente dependente • Os circuitos cerebrais envolvidos são envolvendo o estriado dorsal, o tálamo e o córtex orbitofrontal. • A compulsividade então é entendida como sistema de hábito dorsal Impulsividade e Compulsão • O uso impulsivo de substancias inicia na alça ventral de recompensa e motivação. Se houver um uso repetido, o comportamento sofre migração dorsal, devido a uma série de neuroadaptações e neuroplasticidades. • Associado ao desejo de reduzir os sintomas incômodos da abstinência aumenta ainda mais o consumo. • Todas as substâncias que podem levar à adição aumentam a dopamina (DA) no estriado ventral, também denominado nucleus accumbens. A via mesolímbica vai da área tegmental ventral (VTA) ao nucleus accumbens. 03-Discutir o polinômio da cocaína, maconha, anfetamina, opióides e inalantes. Anfetamina Epidemiologia • Na maioria dos países da União Europeia, 0,5% a 6% dos adultos jovens entre 15 e 34 anos reportaram já ter usado ecstasy nos últimos doze meses. • Brasil: estudos escassos. • Os usuários são adultos jovens com boa formação escolar, inseridos no mercado de trabalho, pertencentes às classes sociais privilegiadas e poliusuários de drogas. Farmacologia • Inibidor competitivo do transportador de dopamina (DAT) e do transportador de noradrenalina (NAT) (diferente do metilfenidato que não é competitivo). • Também é um inibidor competitivo do VMAT (metilfenidato não faz isso) • Pode ser recaptada, armazenada em vesículas (no lugar da dopamina). Em grande quantidade inunda fenda sináptica de DA • Farmacocinética é tão importante quanto a farmacodinâmica • Se a ação for rápida, saturante e de ação curta “barato” Quadro clínico Tratamento • O tratamento da intoxicação aguda deve ser realizado visando aos potenciais focos de alterações clínicas. As principais alterações a serem tratadas: ansiedade e agitação intensas, convulsões, hiponatremia, hipertensão grave, hipertermia, síndrome serotoninérgica e falência múltipla de órgãos. • Não existem tratamentos específicos para o abuso/dependência de MDMA. Cocaína Epidemiologia • 2% dos adolescentes e adultos no Brasil relataram uso de cocaína no ano anterior ao da pesquisa. • 1% dos adultos e 0,2% dos adolescentes relataram uso de crack no mesmo período. • Diferença entre o pó e o crack Farmacologia • Inibe o transportador de dopamina - DAT • Também inibe o transportador de serotonina (SERT) • Anestésico local • Efeitos surgem imediatamente e desaparecem em poucos minutos • Via endovenosa e pulmonar imediato, duração de 5 a 10 min • Via nasal efeito lento, duração 15-30min Q u a d ro c lí n ic o Tratamento • Intervenções psicoterapêuticas, psicossociais e farmacológicas • Até o momento, não existem medicações aprovadas para o tratamento da dependência de cocaína. • Em estudo: • dissulfiram inibe α-hidroxilase, enzima que converte a dopamina em noradrenalina. • Topiramato melhora a adesão trata sintomas de abstinência da cocaína. • Modafinila e a N-acetilcisteína Maconha Epidemiologia • A maconha é a droga ilícita mais consumida no mundo • Estima-se que existam entre 129 e 190 milhões de usuários • Ela é também a droga ilícita mais consumida no Brasil. Estudos realizados apontam uso em 8,3% da população e dependência em 1,2%. Farmacologia • As ações da maconha e de seu gradiente ativo, o Δ9-tetraidro- canabinol (THC), sobre os circuitos de recompensa são exercidas nos receptores canabinoides. • Anandamida • As preparações de Cannabis são fumadas para liberar canabinoides interações com receptores deflagra a liberação de dopamina pelo sistema mesolímbico de recompensa. Quadro clínico • Intoxicação (“doses habituais”) • sensação de bem-estar, relaxamento, sensação de amistosidade, perda da consciência temporal, como confusão entre passado e presente, alentecimento dos processos de pensamento, comprometimento da memória a curto prazo e sensação de ter insights especiais. • Doses altas • pânico, delírio tóxico e, raramente, psicose. • Síndrome amotivacional • Diminuição da motivação e da ambição • Prejuízo social e ocupacional • Redução da amplitude de atenção; • Comprometimento do julgamento; • distração fácil; • Comprometimento das habilidades de comunicação; • Introversão; • Hábitos pessoais deteriorados • Despersonalização • Em indivíduos vulneráveis precipitar ou exacerbar esquizofrenia. Tratamento • Não há medicações aprovadas em nenhum país para o tratamento da dependência da maconha. • N-acetilcisteína, Carbolitium e Dronabinol • Intervenções psicoterapêuticas Opioides Epidemiologia • Heroína, ópio e opióides • Abuso • Usuários de heroína nos EUA • 600mil-800mil • 3mi usaram alguma vez na vida • Em 2010, estima-se que 140 mil pessoas usaram heroína pela primeira vez nos 12 meses anteriores. • A média de idade do primeiro uso entre usuários recém-iniciados era de 21,3 anos em 2010. • Segundo dados do CEBRID de 2005, 0,23% dos 7.939 brasileiros entrevistados relataram uso de opioides nos últimos 12 meses que antecederam a pesquisa. • No Brasil, quadros de dependência de opioides prescritos (analgésicos) são os mais comuns. Farmacologia • μ : subtipo 1 (euforia, analgesia e depressão respiratória) e subtipo 2 (gastrointestinal); • κ : analgesia, sedação, miose, sintomas psicomiméticos, desrealização, despersonalização; • δ : analgesia; • ε : sedação; • σ: ação antitussígena, alteração de humor e quadros alucinógenos. • Opioides endógenos • Liberados pelos neurônios do núcleo arqueado para o VTA e Nucleus accumbens, exerce um papel na mediação do reforço e do prazer nos circuitos de recompensa • Os opioides exógenos atuam nos receptores de opióides μ, δ e κ particularmente nos sítios μ. Quadro clínico • Intoxicação • Analgesia, euforia ou disforia, calor, rubor facial, coceira na face, boca seca, miose, constipação, sonolência, depressão respiratória, arreflexia, hipotensão e taquicardia. • Tolerância e dependência ocorrem rapidamente • Abstinência • perda de apetite, ansiedade, fissura, disforia, lacrimejamento, dores de cabeça, rinorreia, midríase, piloereção, dores abdominais, aumento da pressão arterial, aumento da frequência cardíaca, náuseas e vômitos, e espasmos musculares. Tratamento Agudo • Suporte ventilatório • Corrigir hipotensão • Manejodo edema pulmonar sem diuréticos • Naloxona IV • Se houver febre foco infeccioso? • Controle de convulsão • naloxona reverte, se induzida por meperidina Dependência/Sindrome de abstinência • Metadona • Agonista opioide: suprimem melhor a fissura e os sintomas de abstinência. • Naltrexona • Antagonista opioide: impedem o usuário de experimentar o efeito prazeroso e reforçador do uso de opioide. • Clonidina • alfa-2 agonista, que objetiva aliviar os sintomas adrenérgicos da síndrome de abstinência. Inalantes Epidemiologia • Segundo dados do Levantamento Nacional Domiciliar do CEBRID de 2005, o total de usuários de solventes foi maior para o sexo masculino (10,3% contra 3,3% para o feminino). • Menos de 1% da amostra apresentou dependência de solventes. • Fatores de risco para o uso entre adolescentes Farmacologia • Os efeitos da exposição ao tolueno são sugestivos de alterações no funcionamento dos receptores NMDA e GABAA • Acredita-se que os inalantes, como o tolueno, provoquem liberação direta de dopamina no nucleus accumbens. Quadro clínico • Semelhantes a intoxicação por álcool • Excitação inicial, seguida de sonolência, desinibição, vertigens e agitação. • Efeito de anestesia e rebaixamento do nível de consciência altas doses • Dependendo da substancia química: agressividade, apatia, julgamento prejudicado e comprometimento do funcionamento no trabalho ou em situações sociais. • Doses elevadas: confusão e delirium • Tontura, sonolência, fala arrastada, letargia, reflexos deprimidos, fraqueza muscular generalizada e estupor. • Exposição a longo prazo... Psicoterapia – Aspectos Gerais • Construção de vínculo • Avaliar motivação do paciente • Identificar em qual estágio de mudança o paciente está • Entrevista motivacional • Prevenção de recaídas • Terapia cognitiva-comportamental 04-Discutir as políticas públicas para o combate as drogas. Política Nacional de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas • Ação do governo, coordenada pelo MS • Estratégias e diretrizes para organizar a assistência às pessoas com necessidade de tratamento e cuidados específicos em saúde mental. • Abrange transtornos psiquiátricos e uso nocivo/dependência de substancias psicoativas • Estrutura de atendimento • CAPS; Serviço de urgência e emergência: SAMU, UPA, PS; Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT); Unidades de Acolhimento (UA); Comunidades terapêuticas; Enfermarias Especializadas em Hospital Geral; Hospital-Dia • É alinhado com a Política Nacional sobre Drogas FIM
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