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Neuroanatomia Thiago Lima Barretto – Fameb 2011.2 Cerebelo 1. O cerebelo se liga à ponte, ao mesencéfalo e ao bulbo pelos pedúnculos cerebelares superiores, médios e inferiores, respectivamente. 2. O córtex do cerebelo é constituído de substância cinzenta e o corpo medular por substância branca. 3. Os núcleos centrais do cerebelo são: denteado, intermédio e fastigial. 4. A primeira fissura que aparece no desenvolvimento do cerebelo é a fissura prima. 5. O paleocerebelo está relacionado à manutenção do tônus muscular e postura. 6. O arquicerebelo está relacionado ao controle de movimentos finos. 7. O lobo floculo-nodular forma o arquicerebelo. 8. A fissura prima divide o corpo do cerebelo em lobos anterior e posterior. 9. A divisão ontogenética do cerebelo o separa em: arquicerebelo, paleocerebelo e neocerebelo. 10. O córtex cerebelar possui de fora para dentro as seguintes camadas: camada molecular, camada das células de Purkinje e camada granular. 11. Os dendritos das células de Purkinje seguem para os núcleos centrais, enquanto seu axônio segue para a camada molecular. 12. As fibras musgosas do cerebelo fazem sinapses diretamente com as células de Purkinje. 13. As fibras eferentes do cerebelo saem exclusivamente dos núcleos centrais. 14. As fibras aferentes obedecem a divisão filogenética (transversal), enquanto as eferentes obedecem a divisão longitudinal. 15. Os axônios das células de Purkinje das zonas medial, intermédia e lateral projetam-se para os núcleos fastigial, interpósito e denteado, respectivamente. 16. A lesão de um hemisfério cerebelar resulta em sintomatologia do lado oposto. 17. Informações sobre a posição da cabeça chegam ao cerebelo por meio do fascículo vestíbulo-cerebelar atingindo o arquicerebelo. 18. No neocerebelo chegam os tratos espino-cerebelares anterior e posterior trazendo informações sobre propriocepção e grau de contração dos músculos. 19. Os sinais de propriocepção que chegam ao cerebelo diferem dos que chegam ao córtex cerebral por não se tornarem conscientes. 20. O trato espino-cerebelar anterior chega ao cerebelo pelo pedúnculo cerebelar inferior, enquanto o espino-cerebelar posterior chega ao cerebelo pelo pedúnculo cerebelar superior. 21. O núcleo fastigial emite fibras exclusivamente para os núcleos vestibulares, que através do trato vestíbulo-espinhal controlam o equilíbrio e a postura corporal. 22. Disdiadococinesia, dificuldade de realizar movimentos rápidos e alternados, é um sinal de lesão no paleocerebelo. 23. A via cortico-ponto-cerebelar leva informações do córtex cerebral para o neocerebelo. 24. As fibras trepadeiras são originadas do complexo olivar inferior e estão relacionadas ao aprendizado motor. 25. A manutenção do equilíbrio e da postura corporal se deve à ação conjunta do arquicerebelo e da zona medial. Milena Sá Nota 1. F. A união do cerebelo ao tronco encefálico se da pelos pedúnculos cerebelares superiores, médios e inferiores. O pedúnculo cerebelar superior une o cerebelo ao mesencéfalo, os médios unem o cerebelo à ponte e os inferiores unem o cerebelo ao bulbo. 2. V. 3. F. Os núcleos centrais do cerebelo são de medial para lateral: fastigial, interpósito e denteado. O núcleo interpósito é formado pelos núcleos emboliforme e globoso que por apresentarem semelhante função e estrutura são agrupados em um único núcleo. 4. F. A primeira fissura que aparece no desenvolvimento do cerebelo é a póstero-lateral, que divide o lobo floculo-nodular do corpo do cerebelo. A fissura prima surge posteriormente separando o corpo do cerebelo em lobos anterior e posterior. 5. V. 6. F. O arquicerebelo está relacionado ao equilíbrio. Quem participa do controle dos movimentos finos é o neocerebelo. 7. V. 8. V. 9. F. A divisão ontogenética leva em conta o desenvolvimento do cerebelo desde o estágio embrionário até a sua estrutura adulta, analisando o surgimento das primeiras fissuras e lobos. Por esses critérios o cerebelo é dividido em lobo floculo-nodular, lobo anterior e lobo posterior. Arquicerebelo, paleocerebelo e neocerebelo são divisões filogenéticas do cerebelo. Milena Sá Nota 10. V. 11. F. Os dendritos das células de Purkinje fazem conexão com a camada molecular onde são excitados pelas fibras paralelas que são prolongamentos das células granulares. O axônio das células de Purkinje segue para os núcleos centrais onde exercem atividade inibitória. 12. F. As fibras musgosas do cerebelo fazem sinapse primeiramente com os neurônios dos núcleos centrais por meio de prolongamentos colaterais e adiante fazem sinapse com inúmeras células granulares. As células granulares por sua vez apresentam axônios que atravessam a camada das células de Purkinje e atingem a camada molecular onde se bifurcam perpendicularmente formando as fibras paralelas, essas fibras excitam os dendritos das células de Purkinje presentes na camada molecular. As células de Purkinje por sua vez inibem os neurônios dos núcleos centrais, fechando assim o circuito do impulso trazido pelas fibras musgosas. As fibras que fazem sinapse diretamente com as células de Purkinje são as trepadeiras originadas do núcleo olivar inferior. 13. V. 14. V. 15. V. 16. F. Todas as vias aferentes e eferentes do cerebelo quando não são homolaterais sofrem duplo cruzamento fazendo com que um hemisfério cerebelar responda sempre ao hemicorpo de seu mesmo lado. 17. V. 18. F. Os tratos espino-cerebelares anterior e posterior trazem informações sobre propriocepção e grau de contração muscular para o paleocerebelo. No neocerebelo chegam as fibras da via cortico-ponto-cerebelar que trazem informações sobre a intenção dos movimentos. 19. V. 20. F. O trato espino-cerebelar posterior chega ao cerebelo por meio do pedúnculo cerebelar inferior e constitui uma via direta em toda a sua extensão, já o trato espino-cerebelar anterior constitui uma via duplamente cruzada, que cruza primeiramente na comissura branca da medula e descruza na decussação do pedúnculo cerebelar superior por onde chega ao cerebelo. Milena Sá Nota 21. F. o núcleo fastigial através do trato fastigiobulbar emite fibras para os núcleos vestibulares (fibras fastígio-vestibulares) e para a formação reticular (fibras fastígio-reticulares). Dos núcleos vestibulares se origina o trato vestíbulo-espinhal , enquanto da formação reticular origina-se o trato reticulo-espinhal, ambos inervam a musculatura axial e proximal dos membros tendo como função a manutenção do equilíbrio e da postura corporal. 22. F. A Disdiadococinesia é um sinal de lesão do neocerebelo, lesões do neocerebelo podem também ocasionar outros quadros, como: * dismetria – incapacidade de fazer movimentos precisos como colocar o dedo na ponta do nariz; * decomposição – incapacidade de fazer simultaneamente movimentos que envolvem varias articulações, recorrendo a movimentação em etapas de cada articulação, o que torna o movimento decomposto; * rechaço – incapacidade de corrigir movimentos, evidenciada, por exemplo, quando se pede para o paciente flexionar o antebraço contra resistência e ao retirar a resistência, repentinamente o paciente não consegue parar a flexão a tempo e acaba dando um tapa no próprio rosto. * tremor característico ao final de certos movimentos. * nistagmo – movimento oscilatório dos olhos. Lesões do paleocerebelo repercutem com perda de equilíbrio. 23. V. 24. V. 25. V. Neuroanatomia Thiago Lima Barretto – Fameb 2011.2 26. Da zona lateral do cerebelo partem as vias dento-rubro-espinhal e dento- tálamo-cortical que controlam a musculatura distal dos membros por meio dos tratos rubro-espinhal e cortico-espinhal, respectivamente. 27. A zona lateral do cerebelo é responsável por elaborar o planejamento do movimento, enquanto a zona intermédia corrige o movimento já em andamento. Gabarito 1. F. A união do cerebelo ao tronco encefálico se da pelos pedúnculos cerebelares superiores, médios e inferiores. O pedúnculo cerebelarsuperior une o cerebelo ao mesencéfalo, os médios unem o cerebelo à ponte e os inferiores unem o cerebelo ao bulbo. 2. V. 3. F. Os núcleos centrais do cerebelo são de medial para lateral: fastigial, interpósito e denteado. O núcleo interpósito é formado pelos núcleos emboliforme e globoso que por apresentarem semelhante função e estrutura são agrupados em um único núcleo. 4. F. A primeira fissura que aparece no desenvolvimento do cerebelo é a póstero- lateral, que divide o lobo floculo-nodular do corpo do cerebelo. A fissura prima surge posteriormente separando o corpo do cerebelo em lobos anterior e posterior. 5. V. 6. F. O arquicerebelo está relacionado ao equilíbrio. Quem participa do controle dos movimentos finos é o neocerebelo. 7. V. 8. V. 9. F. A divisão ontogenética leva em conta o desenvolvimento do cerebelo desde o estágio embrionário até a sua estrutura adulta, analisando o surgimento das primeiras fissuras e lobos. Por esses critérios o cerebelo é dividido em lobo floculo-nodular, lobo anterior e lobo posterior. Arquicerebelo, paleocerebelo e neocerebelo são divisões filogenéticas do cerebelo. 10. V. 11. F. Os dendritos das células de Purkinje fazem conexão com a camada molecular onde são excitados pelas fibras paralelas que são prolongamentos das células granulares. O axônio das células de Purkinje segue para os núcleos centrais onde exercem atividade inibitória. 12. F. As fibras musgosas do cerebelo fazem sinapse primeiramente com os neurônios dos núcleos centrais por meio de prolongamentos colaterais e adiante fazem sinapse com inúmeras células granulares. As células granulares por sua vez apresentam axônios que atravessam a camada das células de Purkinje e atingem a camada molecular onde se bifurcam perpendicularmente formando as fibras paralelas, essas fibras excitam os dendritos das células de Purkinje presentes na camada molecular. As células de Purkinje por sua vez inibem os neurônios dos núcleos centrais, fechando assim o circuito do impulso trazido pelas fibras musgosas. As fibras que fazem sinapse diretamente com as células de Purkinje são as trepadeiras originadas do núcleo olivar inferior. Milena Sá Nota 26. F. Não existe via dento-rubro-espinhal, o trato rubro-espinhal faz parte da via interpósito-rubro-espinhal e tem realmente função de controlar a musculatura distal dos membros. Da zona intermédia do cerebelo parte também a via interpósito-tálamo-cortical que através do trato cortico-espinhal controla a musculatura distal dos membros. A diferença funcional entre as vias dento-tálamo-cortical e interpósito-tálamo-cortical é que a primeira é responsável pelo planejamento do movimento a ser executado, portanto é ativada antes, enquanto a segunda é ativada posteriormente atuando na correção do movimento já em andamento. Para o planejamento do movimento é essencial a chegada no núcleo denteado de informações sobre a intenção dos movimentos, oriundas da área pré-motora do córtex cerebral, pela via cortico-ponto-cerebelar. Para a correção dos movimentos já em andamento é essencial a chegada no núcleo interpósito de informações sobre a posição dos membros e grau de contração muscular através dos tratos espino-cerebelares anterior e posterior. 27. V. Neuroanatomia Thiago Lima Barretto – Fameb 2011.2 13. V. 14. V. 15. V. 16. F. Todas as vias aferentes e eferentes do cerebelo quando não são homolaterais sofrem duplo cruzamento fazendo com que um hemisfério cerebelar responda sempre ao hemicorpo de seu mesmo lado. 17. V. 18. F. Os tratos espino-cerebelares anterior e posterior trazem informações sobre propriocepção e grau de contração muscular para o paleocerebelo. No neocerebelo chegam as fibras da via cortiço-ponto-cerebelar que trazem informações sobre a intenção dos movimentos. 19. V. 20. F. O trato espino-cerebelar posterior chega ao cerebelo por meio do pedúnculo cerebelar inferior e constitui uma via direta em toda a sua extensão, já o trato espino-cerebelar anterior constitui uma via duplamente cruzada, que cruza primeiramente na comissura branca da medula e descruza na decussação do pedúnculo cerebelar superior por onde chega ao cerebelo. 21. F. o núcleo fastigial através do trato fastigiobulbar emite fibras para os núcleos vestibulares (fibras fastígio-vestibulares) e para a formação reticular (fibras fastígio-reticulares). Dos núcleos vestibulares se origina o trato vestíbulo- espinhal , enquanto da formação reticular origina-se o trato reticulo-espinhal, ambos inervam a musculatura axial e proximal dos membros tendo como função a manutenção do equilíbrio e da postura corporal. 22. F. A Disdiadococinesia é um sinal de lesão do neocerebelo, lesões do neocerebelo podem também ocasionar outros quadros, como: * dismetria – incapacidade de fazer movimentos precisos como colocar o dedo na ponta do nariz; * decomposição – incapacidade de fazer simultaneamente movimentos que envolvem varias articulações, recorrendo a movimentação em etapas de cada articulação, o que torna o movimento decomposto; * rechaço – incapacidade de corrigir movimentos, evidenciada, por exemplo, quando se pede para o paciente flexionar o antebraço contra resistência e ao retirar a resistência, repentinamente o paciente não consegue parar a flexão a tempo e acaba dando um tapa no próprio rosto. * tremor característico ao final de certos movimentos. * nistagmo – movimento oscilatório dos olhos. Lesões do paleocerebelo repercutem com perda de equilíbrio. 23. V. 24. V. 25. V. 26. F. Não existe via dento-rubro-espinhal, o trato rubro-espinhal faz parte da via interpósito-rubro-espinhal e tem realmente função de controlar a musculatura distal dos membros. Da zona intermédia do cerebelo parte também a via interpósito-tálamo-cortical que através do trato cortico-espinhal controla a musculatura distal dos membros. A diferença funcional entre as vias dento- tálamo-cortical e interpósito-tálamo-cortical é que a primeira é responsável pelo planejamento do movimento a ser executado, portanto é ativada antes, enquanto a segunda é ativada posteriormente atuando na correção do Neuroanatomia Thiago Lima Barretto – Fameb 2011.2 movimento já em andamento. Para o planejamento do movimento é essencial a chegada no núcleo denteado de informações sobre a intenção dos movimentos, oriundas da área pré-motora do córtex cerebral, pela via cortico- ponto-cerebelar. Para a correção dos movimentos já em andamento é essencial a chegada no núcleo interpósito de informações sobre a posição dos membros e grau de contração muscular através dos tratos espino-cerebelares anterior e posterior. 27. V.
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