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celulite
Introdução
Inflamação aguda da derme e do tecido celular subcutâneo, circunscrita ou difusa, sem formação de abscesso. Frequentemente é causada por estreptococos, porém o processo inflamatório é mais profundo que na erisipela.
Os principais achados histopatológicos são alterações inflamatórias e infiltração da derme por neutrófilos (Figura 54.1).
Figura 54.1 Celulite em dorso nasal.
Causas
•Streptococcus beta-hemolíticos do grupo A, S. pyogenes, S. pneumoniae 
•Haemophilus influenzae
•Staphylococcus aureus)
•Clostridium perfringens, C. septicum, C. ramosum
•Pseudômonas (P. aeruginosa)
•Flora aeróbica-anaeróbica mista (celulite necrosante)
•Em pacientes imunocomprometidos: bactérias (Serratia, Proteus e outras Enterobacteriaceae)
•Micobactérias atípicas, fungos (Cryptococcus neoformans).
Fatores de risco
•Traumatismo prévio e lesão cutânea subjacente
•Linfedema de membro inferior
•Mastectomia
•Diabetes
•Queimaduras
•Uso de drogas ilícitas intravenosas.
Manifestações clínicas
•Mal-estar, febre e calafrios
•Placa avermelhada sensível ou dolorosa na região comprometida, com bordas elevadas, sem demarcação nítida da pele circunjacente
•Linfadenopatia regional
Formas clínicas
•Celulite recorrente da perna após retirada da safena (dor, eritema e edema que surgem meses ou logo após a cirurgia)
•Celulite dissecante do couro cabeludo: secreção purulenta originada em abscessos subcutâneos interligados
•Celulite facial em adultos:
■Inicia com faringite
■Edema e eritema na face e região anterior do pescoço
■Mal-estar, anorexia, vômitos
■Edema na região anterior do pescoço
■Disfagia em alguns pacientes
•Celulite periorbitária (a causa mais frequente é a sinusite paranasal):
■Edema, dor e sensibilidade palpebral e periorbital
■Hiperemia conjuntival
■Ptose palpebral
■Limitação da movimentação ocular
■Aumento da pressão intraocular
■Comprometimento da sensibilidade corneana
■Congestão das veias retinianas
■Estrias coriorretinianas
■Gangrena da pálpebra
■Cefaleia, rinorreia
•Celulite perianal (mais frequente em crianças):
■Eritema perianal que se estende da borda do ânus à região perianal
■Dor à defecação, fezes com rajas de sangue
■Prurido perianal
•Celulite vulvar: inflamação difusa do tecido conjuntivo da vulva que, em geral, decorre de procedimentos obstétricos ou ginecológicos. Caracteriza-se por edema, eritema e dor perivulvar.
Tríade diagnóstica
•Eritema, edema e dor no local.
Diagnóstico diferencial
•Fasciite/miosite/linfangite
•Tromboflebite/trombose de veia profunda
•Osteomielite.
Exames complementares
•Hemograma: leucocitose com desvio para a esquerda
•Hemocultura: patógenos são isolados em apenas 25% dos pacientes
•Cultura de secreção da lesão em casos especiais
•Radiografia e TC da face (celulite periorbitária).
Comprovação diagnóstica
•Dados clínicos
•Isolamento do agente etiológico em cultura de secreção ou biopsia de pele em casos especiais.
Complicações
•Bacteriemia/septicemia
•Abscessos locais
•Linfangite, tromboflebite
•Celulite facial em crianças: meningite
•Celulite com formação de gás: gangrena.
Tratamento
•Imobilização e elevação da extremidade afetada, nos casos de celulite de membros inferiores
•Aplicação de calor úmido
•Desbridamento cirúrgico da lesão se houver formação de gás e/ou coleções purulentas nos casos de celulite por Clostridium (ver Capítulo 55, Infecções de Partes Moles).
 Tratamento medicamentoso
•Etiologia estreptocócica (suspeitar precocemente): benzilpenicilina aquosa, IM, 1.200.000 unidades, seguida por penicilina procaína, IM, 400.000 unidades, 12/12 h, durante 10 dias (ver Capítulo, Estreptococcias)
•Etiologia estafilocócica ou sem indício do germe responsável: oxacilina, VO, 0,5 a 1,0 g, 6/6 h, durante 10 dias (ver Capítulo, Estafilococcias)
•Bacilos gram-negativos como possível etiologia: gentamicina, IV, 3 mg/kg/divididos em 3 doses (8/8 h), por 10 dias
•Mordedura humana como causadora de celulite: amoxicilina + ácido clavulânico, VO, 875 mg/125 mg, 12/12 h, por 10 dias
•Pacientes diabéticos (até que o resultado da cultura esteja disponível): cefalexina, VO, 500 mg, 6/6 h
•Pacientes imunocomprometidos: clindamicina, IV, 600 mg 8/8 h, por 10 dias o gentamicina, IV, 3 mg/kg/dia, 8/8 h, por 10 dias
•Pacientes queimados: vancomicina, IV, 1 g, 12/12 h, por 10 dias, ou gentamicina 3 mg/kg/dias, 8/8 h, por 10 dias
•Infecção grave de causa não definida ou resistente à penicilina: nafcilina, 1,0 a 1,5 g. IV, 4/4 h, durante 7 dias
•Celulite com formação de gás: metronidazol, 500 mg, IV, 6/6 h, durante 10 dias; ou clindamicina, 600 mg, IV, 8/8 h, durante 10 dias; ou cefalotina, IV, 1 a 2 g, 6/6 h durante 10 dias.
Atenção 
•Embora seja fácil diferenciar celulite de trombose venosa profunda (TVP), quando há edema dos membros inferiores pode haver alguma confusão:
■Celulite: pele quente e vermelha
■TVP: pele fria ou com temperatura normal, de coloração normal ou cianótica.
FONTE: Clínica médica na Prática diária. Porto.

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