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Biossegurança e Controle de Microrganismos - Agentes Físicos e Químicos

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Histórico 
 Preservação de alimentos e bebidas através do fogo; 
 Povos antigos – secagem ao sol, uso do sal; 
 Conservação de alimentos por baixas temperaturas, utilizando o gelo; 
 Século XVII - Leeuwenhoek "animálculos“; 
 Geração espontânea - Spallanzani; 
 Século XIX – Pasteur – pasteurização; 
 Semmelweiss – utilização de hipoclorito de cálcio como antisséptico; 
 Lister – cirurgia antisséptica – fenol; 
 Filtros e autoclave – Chamberlain. 
Biossegurança 
“A lavagem das mãos é a melhor forma de impedir a transmissão de patógenos” 
A biossegurança é o conjunto de ações dirigidas para prevenir, minimizar ou eliminar os perigos inerentes às 
atividades de ensino, pesquisa, produção, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços com o objetivo 
de reduzir os riscos para a saúde do homem, animais, a preservação do meio ambiente e a qualidade dos 
resultados. 
Risco Biológico 
PORTARIA Nº 2.349, DE 14 DE SETEMBRO DE 2017 aprova a Classificação de Risco dos Agentes 
Biológicos elaborada em 2017, pela Comissão de Biossegurança em Saúde (CBS), do Ministério da Saúde. 
Exemlos de microrganismos de diferentes classes de risco: 
 Classe 1: inclui os agentes biológicos conhecidos por não causarem doenças no homem ou nos animais 
adultos sadios. Exemplos: Lactobacillusspp. e Bacillus subtilis. 
 Classe 2: inclui os agentes biológicos que provocam infecções no homem ou nos animais, cujo 
potencial de propagação na comunidade e de disseminação no meio ambiente é limitado, e para os 
quais existem medidas profiláticas e terapêuticas conhecidas eficazes.Exemplos: Schistosoma mansoni 
e Vírus da Rubéola. 
 Classe 3: inclui os agentes biológicos que possuem capacidadede transmissão, em especial por via 
respiratória, e que causam doenças em humanos ou animais potencialmente letais, para as quais 
existem usualmente medidas profiláticas e terapêuticas. Representam risco se disseminados na 
 
comunidade e no meio ambiente, podendo se propagar de pessoa a pessoa. Exemplos: Bacillus 
anthracis e Vírusda Imunodeficiência Humana (HIV). 
 Classe 4: inclui os agentes biológicos com grande poder de transmissibilidade,em especial por via 
respiratória, ou de transmissão desconhecida. Atéo momento não há nenhuma medida profilática ou 
terapêutica eficaz contra infecções ocasionadas por estes. Causam doenças humanas e animais de alta 
gravidade, com alta capacidade de disseminação nacomunidade e no meio ambiente. Esta classe inclui 
principalmente vírus. Exemplos: Vírus Ebola e Vírus da varíola. 
 
Bem estar da humanidade 
O bem estar da humanidade depende em grande parte da capacidade do homem em controlar a população dos 
microrganismos, visando: 
 Prevenir a transmissão de doenças 
 Evitar a decomposição de alimentos 
 Evitar a contaminação da água e meio ambiente 
Visão Geral do Controle Microbiano 
Esterilização: processo de destruição ou remoção de todas as formas de vida microbiana, incluindo os 
endósporos. Para isso é utilizado esterilizantes. 
Desinfecção: destruição das formas vegetativas de microrganismos patogênicos em uma superfície ou material 
inanimado, não atingindo necessariamente os esporos. 
Antissepsia: destruição das formas vegetativas de microorganismos patogênicos relacionada a tecidos vivos 
(ex: pele, mucosa). 
Microbicida (morte do microrganismo) e microbiostático (inibição do crescimento): podem ser aplicados em 
vírus, bactérias e fungos. Ex: bactericida e bacteriostárico/fungicida e fungistático. Vale ressaltar que, como 
o vírus não é considerado uma partícula viva quando não está infectando uma célula, ao invés de “morte” é 
utilizado o termo inativação viral, ou seja, microbicida será uma substância que inativa o vírus. 
Antissepsia X Assepsia: 
 Assepsia: 
Asséptico: livre de patógenos. 
Assepsia: ausência de contaminação significativa. 
Exemplos: cirurgias; transferência asséptica, quando é feita a manipulação de microrganismos 
próximo a chama do bico de Bunsen. 
 Antissepsia: 
Ex: procedimento de aplicação de uma solução antisséptica em um braço, antes de fazer uma injeção. 
Tabela do Crescimento Bacteriano Exponencial 
Para o estudo desse assunto, é importante lembrar a base da tabela do crescimento microbiano e o significado 
de morte em microbiologia, que é a perda da capacidade de reprodução. 
Tabela 
Considerando o crescimento através de divisão binária, é possível fazer uma análise através da fórmula N = 
N0. 2
n (N – número total de microrganismos, N0 – número inicial, 
n – número de gerações, base 2 – pois está 
sendo levado em consideração a divisão binária onde através de uma célula gerará duas iguais). 
Exemplo: 
Em um tubo de ensaio, foi colocado inicialmente 3 células de E. coli. Essa E. coli está em uma condição 
ideal com um tempo de geração por volta de 30 minutos. Depois de 2 horas de incubação, quantas células 
serão obtidas? 
→ Tempo de geração = 30 minutos Horas de incubação = 2 Quantidades de gerações em 2 horas 
= se em 30 minutos tem 1 geração em 2 horas terá 4 gerações 
→ N0 = 3 
n = 4 
→ N = N0. 2
n N= 3. 24 N= 3.16 N=18. Assim, após duas horas de incubação, 48 células serão encontradas. 
 
Taxa de morte microbiana 
Fatores importantes: 
 A exposição de uma população microbiana a um agente letal reduz uma fração da mesma a intervalos 
constantes. 
 As populações bacterianas sujeitas ao calor ou a produtos químicos antimicrobianos normalmente 
morrem a uma taxa constante. 
 A curva de morte, quando representada graficamente de forma logarítmica, mostra esta taxa de morte 
constante como uma linha reta. 
 O tempo necessário para a morte de uma população microbiana é proporcional ao número de 
microrganismos. 
 As espécies microbianas e as fases do ciclo de vida (p. ex., endósporos) possuem diferentes 
suscetibilidades aos controles físico e químico. 
 A presença de matéria orgânica pode interferir nos tratamentos de calor e na utilização de agentes de 
controle químico. 
 Exposições prolongadas a menos calor podem produzir o mesmo efeito que um período mais curto sob 
calor mais intenso. 
 
Para cada minuto que o tratamento é aplicado, 90% da população restante é morta. Se representada 
logaritmicamente, a taxa de morte aparece constante. 
 
Fatores que influenciam a efetividade dos tratamentos antimicrobianos 
Tamanho da população e Espectro de ação (microrganismos 
sensíveis, resistentes): 
 Quanto maior a população de microrganismos da amostras, 
maior será o tempo necessário para mata-los; 
 O espectro de ação é um fator para detectar os 
microrganismos sensíveis a determinados agentes. 
Concentração da substância (agente químico): 
 Quanto maior a população, maior a concentração utilizada. 
Vale ressaltar que algumas substâncias possui um limite por 
conta da toxidade e do mecanismo de ação, por exemplo, o 
álcool necessita de água para atuar na célula. 
Tempo de exposição: 
 Quanto maior a população maior o tempo de exposição do 
material. 
Influência do ambiente: temperatura, material orgânico, pH; 
Toxicidade: 
 Quanto maior a concentração da substância, mais 
rapidamente terá enfeito contra o microrganismo até certo ponto. 
Carga populacional: 
 Quanto maior a população microbiana, maior o tempo de exposição 
 
Concentração do agente químico: 
 Quanto maior a concentração do agente, menor o tempo necessário para que a população de 
microrganismos morra 
 
Mecanismos de ação dos agentes microbianos 
Rompimento da parede celular 
Alteração da permeabilidade da membrana 
Danos às proteínas e ácidos nucléicos 
Métodos Físicos de Controle 
Calor: 
 Calor seco 
 Calor úmido 
Radiações 
 Ionizantes 
 Não-ionizantes 
Filtração 
Parâmetros de morte térmica 
Parâmetros: 
 Ponto de morte térmica (PMT) 
 Tempo de morte térmica (TMT) 
 Tempo de redução decimal (TRD) 
Ponto de morte térmica: 
 Relacionado a temperatura É a menor temperatura em que todos os microrganismos serão destruídos no tempo de 10 minutos 
Tempo de morte térmica 
 Relacionado ao tempo 
 É o meno tempo em que todos os microrganismos da amostra serão destruídos a uma determinada 
temperatura 
Tempo de redução decimal 
 Relacionado ao tempo 
 É o tempo em minutos em que 90% de uma população sera destruída, em uma temperatura 
determinada 
Esterilização – Calor Seco 
Estufa (estufa de esterilização) 
Mecanismo de ação: oxidação de proteínas. Ou seja, é um processo lento, assim, se o procedimento não for 
bem feito, possa ser que a esterilização do material não fique adequada. 
 Ex: em salões de beleza e consultórios odontológicos é mais utilizado a autoclave pois ela não é 
aberta no meio do ciclo, já a estufa pode ser aberta e isso pode interferir no procedimento de 
esterilização. 
Material a ser submetido: instrumentais metálicos, vidrarias, materiais que não possam ser esterilizados em 
autoclaves, material que o vapor não pode penetrar. Por exemplo, um meio de cultura não suportaria uma 
alta temperatura por um tempo prolongado. 
Ciclo de tempo e temperatura: 160°C – 120 min e 170°C – 90 min 
Incineração 
Utilizada para eliminar carcaças de animais infectados, objetos que não podem ser reutilizados e lixo 
hospitalar 
Potencial de poluição de ar (geração de fumaça) 
Flambagem 
Com o o bico de Bunsen ou com o cone de aquecimento elétrico. No cone, não vai haver a geração de 
aerosóis, por ele ser elétrico, ele vai superaquecer até chegar na temperatura de 850°C (mesma temperatura 
atingida com o bico de Bunsen), porém para utilizá-lo é necessário uma cabine biológica 
 
Esterilização – calor úmido 
Autoclave 
Autoclave é um equipamento que vai combinar a temperatura elevada, o aumento da pressão e a umidade, é 
chamado vapor sob pressão 
Mecanismo de ação: 
 Coagulação de proteínas. É um procedimento mais rápido em comparação com a estufa de 
esterilização. 
Características: 
 Todo ar residual da câmara deve ser substituído por vapor d´água; 
 A temperatura que mata os microrganismos, como a utilizada é 121°C é necessário o aumento da 
pressão para alcançar esse valor; 
Materiais: 
 Tecidos, meios de cultura, vidrarias, instrumentos, etc. 
Vantagens: 
 Maior segurança (já que não é permitido abrir o equipamento durante o processo) 
 Menor dano aos materiais (processo é mais rápido) 
 Menor tempo (comparando com estufa) 
Desvantagens: 
 Não apropriada para materiais termosensíveis 
 Não apropriado para materiais que não permitem a penetração de umidade (ex: papel alumínio) 
 Custo (equipamento caro, carga alta de energia) 
Monitoramento da Esterilização: 
 Físico: leitura da temperatura, da pressão, controle do tempo; 
 Químico: indicadores ativados com o aquecimento; 
 Biológioco: utilizado uma cultura do bacillus stearothermophilus que é uma bactéria capaz de 
esporular. Assim, a cultura é colocada na autoclave e depois tenta cultiva-la. Se o microrganismo 
crescer é porque o processo de autoclavação não está sendo eficiente. 
 
Água Fervente 
Existem processos de controle, relacionados a calor úmido, diferentes da autoclave porém não são chamados 
de esterilização. 
A água fervente é um procedimento muito utilizado no âmbito doméstico no intuito de matar as células 
vegetativas. 
Pasteurização 
Procedimento também não esterilizante, no qual vai matar as células vegetativas 
 Pasteurização do leite – 62,8ºC por 30 minutos; 
 Existem processos derivados da pasteurização, tais como a utilização de alta temperatura e curto 
tempo (HTST) que é o escoamento do leite por esteira quente – 72ºC por 15 seg; 
 Outro procedimento é o UHT (Temperatura ultra elevada) no qual o leite será submetido em 135 a 
150ºC por 2 seg. 
Esterilização - Radiação 
A radiação pode ser não-ionizante ou ionizante. 
Os procedimentos utilizados são microondas, raio UV e raios gama. Quanto menor o comprimento de onda, 
menor a excitação dos elétrons. 
A radiação pode ser ou não esterilizante. Entre os três citados anteriormente o único esterilizante é a utilização 
de raios gama, o microondas e o ultravioleta podem ser considerados desinfecção. 
 Microondas: agitação das moléculas de água (Calor). Muito utilizado para o aquecimento de alimentos; 
 Ultravioleta: quebra DNA, forma dímeros de timina 
 Radiações gama – ionizantes: formação de radicais oxidantes livres 
Luz UV 
Não penetrante, assimos microrganismos devem ser diretamente expostos; 
Formação de dímeros de timina – inibe a replicação correta do DNA; 
Controle de microrganismos do ar em salas de hospitais, enfermarias, salas de cirurgias, filmes de água, etc. 
Raios Gama 
Boa penetração; 
Provoca ionização de moléculas; 
Radicais livres – destroem compostos celulares como DNA e proteínas; 
Alimentos, produtos farmacêuticos e suprimentos médicos e dentários. 
Filtração 
A filtração é utilizada quando não é possível submeter o material ao calor. Para isso, é utilizado membranas 
filtrantes tipo “Milipore”, “Nucleopore” com 0.2 micrômetros, no qual possuem a capacidade de reter 
bactérias. 
Esse processo de filtração precisa está acoplado a um kitasato para que o líquido passe mais rapidamente e 
esse kitasato vai está ligado a uma bomba de vácuo. 
 
Resumo métodos físicos 
 
 
Métodos Químicos de Controle 
Agentes desinfetantes: utilizados em superfícies e materiais inertes 
Agentes antissépticos: compostos usados em pele e mucosas 
Agentes esterilizantes: material (jamais pele e mucosa) que possa ser submetido ao processo escolhido 
 Desinfetantes 
Eliminam as formas vegetativas de microrganismos patogênicos em superfícies inanimadas, sem atingir, 
necessariamente, os esporos. Aplicados em objetos, pisos, paredes, equipamentos. 
Fenol e Compostos Fenólicos 
O fenol ou ácido carbólico foi utilizado inicialmente por Joseph Lister em 1860 para fazer o controle de 
infecções cirúrgicas na sala de operações. 
Mecanismo de ação: ruptura da membrana citoplasmática e desnaturação protéica. 
Ação antimicrobiana: ativo contra bactérias (incluindo as micobactérias) e fungos. 
Não são considerados esterilizantes (esporos resistentes). 
O fenol é tóxico, irrita a pele e tem odor desagradável. Assim, são utilizados os derivados fenólicos, tais 
como o antisséptico Triclosan que é muito encontrado em sabonetes antissépticos e em pastas de dente. 
Halogênios – cloro: 
O cloro é mais utilizado como desinfetante e o iodo é mais utilizado como antisséptico. 
Cloro e compostos clorados: 
 Hipoclorito de sódio (solução, possível fazer a partir da água sanitária), Hipoclorito de cálcio (pó, 
muito utilizado em piscinas) 
Diluições de Hipoclorito de Sódio: 
 1% - 10.000 ppm 
 0,5% - 5.000 ppm (partes iguais da solução a 1% e água) 
 0,05% - 500 ppm (1 parte da solução a 1% + 19 partes de água) 
Mecanismo de ação: oxidação dos constituintes celulares e desnaturação de proteínas. 
Ação antimicrobiana: bactericida, fungicida, inativação viral e esporicida mas não é considerado agente 
esterilizante (alguns esporos são resistentes). 
OBS: o frasco de água sanitária não deve ser utilizado para alimento, ele é apropriado para superfícies. 
 
Álcoois (Etílico e Isopropílico) 
Mecanismo de ação: desnaturação de proteínas e dissolução de lipídeos (ação sobre a membrana). 
Ação antimicrobiana: bactericida, fungicida e atua sobre vírus envelopados, desde que o material esteja livre 
de exsudato purulento. 
Não podem ser considerados esterilizantes, assim, os endósporos de Bacillus anthracis podem sobreviver no 
álcool por até 20 anos. 
Álcool etílico a 70%: 
 É usado como antisséptico e na desinfecção de bancada. Além disso, é utilizado na desinfecção de 
artigos não críticos (aquele que não têm contato com a mucosa). 
 Extremamente inflamável, deve ser guardado em áreas ventiladas. 
Álcool isopropílico – 65 a 95%: 
 Tóxico para a pele, utilizadoem equipamentos. 
Concentração do etanol: 
 
Detergentes Catiónicos (Compostos de quaternários de amônio - QUATS) 
Mecanismo de ação: altera a permeabilidade da membrana plasmática e desnatura proteínas. 
Ação antimicrobiana: bactericida contra bactérias Gram positivas e pouco menos ativo contra Gram 
negativos. 
Não são ativos contra Pseudomonas, Micobactérias e nem esporos (não são muito eficazes contra bactérias 
mais resistentes) 
Exemplos de QUATS: Cloreto de benzalcônio e Cloreto de cetilpiridínio (antissépticos bucais) 
Peroxigênios 
Peroxigênios são compostos que apresentam ligação química direta entre dois átomos de oxigênio. Peróxido 
de hidrogênio, ácido peracético e ozônio. 
Peróxido de hidrogênio: 
 Mecanismo de ação: produzir radicais hidroxila livres. 
 Usado na concentração de 3 a 6% para desinfecção. 
 Usado como antisséptico a 3%. 
 Recomendado na concentração de 6 a 25% para esterilização. 
Gel plasma: 
 Plasma esterilizante de peróxido de hidrogênio. 
 O plasma é composto por nuvens de elétrons, íons e moléculas neutras. 
Ácido peracético (esterilizante): 
 Atividade oxidante, mais potente que o peróxido de hidrogênio, vantagem de permanecer ativo na 
presença de material orgânico. 
Ozônio: 
 Forma altamente reativa do oxigênio, que é gerada passando o oxigênio através de descargas 
elétricas de alta voltagem. 
Antissépticos 
Agente químico usado no controle de microrganismos na superfície de seres vivos (pele ou mucosas). 
 
Biguanidas 
Mecanismo de ação: lesão na membrana citoplasmática. 
Ação antimicrobiana: efetivo contra a maioria das bactérias vegetativas, fungos e alguns vírus envelopados. 
Não são ativos contra esporos. 
Clorexidina – antisséptico 
 Muito utilizada para controle químico da placa dental (1%) 
 Antissepsia de pele no pré-operatório (2 a 4% de clorexidina e 4% de álcool etílico) pH 5,0 a 6,5. 
 
Iodo e Compostos iodados 
I2 , tintura de iodo (solução alcoólica), e iodóforos. 
Mecanismo de ação: forte agente oxidante (destrói metabólitos essenciais) e inativa proteínas. 
Ação antimicrobiana: bactericida, fungicida, atua sobre alguns vírus e muitos endósporos, mas não é 
considerado agente esterilizante. 
Usado como antisséptico em soluções alcoólicas a 70% com 2% de iodo e 4% de NaI (iodeto de sódio) 
Usado em associações com carreadores de iodo (iodóforos) que liberam o iodo mais lentamente, evitando 
seus efeitos tóxicos e irritantes, otimizando o poder germicida. 
Iodo-Polivinilpirrolidona (PVP-I) a 10%. 
 Ex: Polvidine (10% iodopovidona que equivale a 1% de iodo ativo) 
Comparação da Efetividade de antissépticos 
A água e sabão elimina muitos microrganismos, mas ao comparar com outras substâncias químicas, seria o 
método menos eficaz. 
 
Esterilizantes químicos 
Destroem todas as formas de vida microscópicas. 
 
Agentes alquilantes 
Aldeídos – formaldeído e glutaraldeído 
Formaldeído: 
 Mecanismo de ação: oxidante, alquilação e desnaturação de proteínas. 
 Ação antimicrobiana: bactericida, fungicida, inativação viral e esporicida. 
 Desinfetante – 30 min / Esterilizante – 18h 
 Poder irritante nas mucosas e potencial carcinogênico, por isso não é muito utilizado 
Glutaraldeído a 2%: 
 Mecanismo de ação: altera o DNA e o RNA, altera a síntese de proteínas dos micro-organismos. 
 Ação antimicrobiana: bactericida, fungicida, inativação viral e esporicida. OBS: Mycobacterium 
chelonae resistente ao glutaraldeído já foi encontrado em ambientes hospitalares. 
 Desinfetante – 30 min / Esterilizante – 10h 
 Menos irritante e mais efetivo 
 Provoca reações alérgicas 
 Era bastante utilizado para fazer a esterilização por imersão de alguns instrumenstais odontológicos, 
mas deixou de ser recomendado pois surgiu a Mycobacterium chelonae. 
Peroxigênio – Ácido Peracético 
Consiste de água, ácido acético e peróxido de hidrogênio. 
Oxida enzimas essenciais para a reprodução dos microrganismos. 
Ação esporicida em temperaturas baixas e mesmo em presença de matéria orgânica. 
Pode ser aplicado a artigos termo-sensíveis (que não podem ser submetidos a esterilização em autoclave). 
Não deve ser usado em metais. 
Plasma de peróxido de hidrogênio 
Mecanismo de ação: liberação de radicais livres → hidroxilas (OH), oxigênio nascente (O) e prótons (H), 
além de moléculas ativas de peróxido de hidrogênio (H2O2). 
Ação antimicrobiana: bactericida, fungicida, inativação viral e esporicida. 
O peróxido é convertido em plasma (molécula é excitada e se desdobra em seus radicais). 
Procedimento não tão utilizado, pois o equipamento é muito caro. 
Esterilizante gasoso – Óxido de etileno 
Considerado agente físico-químico 
Mecanismo de ação: alquilação (substituição de H lábeis das proteínas : -SH, -COOH ou –OH por grupo 
alquila – CH2CH2OH) e desnaturação de proteínas. 
Ação antimicrobiana: bactericida, fungicida, inativação viral e esporicida. 
Características: 
 Bom poder de penetração 
 Inflamável (mistura com co2 ou nitrogênio) 
 Necessita de 4 a 18 horas de exposição 
 Necessita aeração para remoção após ação 
Utilização - Materiais que não resistem à autoclavação: 
 Preparo de medicamentos 
 Materiais plásticos de uso descartável (seringas, luvas e cateteres) 
 Materiais e equipamentos usados em terapia respiratória e hemodiálise e materiais cirúrgicos 
(marcapassos, suturas e válvulas). 
Uso restrito a indústrias e hospitais bem equipados por necessitar de salas especiais. 
Classificação para Artigos Médico-Odontológicos 
Artigos Críticos: entram em contato com tecido estéril ou sistema vascular: fórceps, bisturis, agulhas, etc. 
Devem ser esterilizados. 
Artigos Semi-críticos: entram em contato com mucosas e pele não intacta: espelhos, moldeiras, etc. Devem 
ser esterilizados ou submetidos a desinfecção de alto nível. 
Artigos não-críticos: entram em contato com a pele íntegra: cone de raio X, braço da cadeira. Devem ser 
submetidos a desinfecção de nível intermediário. 
Procedimentos odontológicos 
Procedimentos semi-críticos – envolvem contato com saliva. 
Procedimentos críticos – envolvem contato com sangue (invasão dos tecidos). 
Resolução 
A resolução de diretoria colegiada – RDC n° 35, de 16 de agosto de 2010, dispõe sobre o regulamento 
técnico para produtos com ação antimicrobiana utilizados em artigos críticos e semicríticos. 
Área crítica: Área na qual existe risco aumentado para desenvolvimento de infecções relacionadas à 
assistência à saúde, seja pela execução de processos envolvendo artigos críticos ou material biológico, para a 
realização de procedimentos invasivos ou pela presença de pacientes com susceptibilidade aumentada aos 
agentes infecciosos ou portadores de microrganismos de importância epidemiológica. 
Artigo crítico: Aquele utilizado em procedimentos de alto risco, que penetra tecidos ou órgãos. Requer 
esterilização para seu uso. 
Área semicrítica: Área na qual existe risco moderado a risco baixo para o desenvolvimento de infecções 
relacionadas à assistência à saúde, seja pela execução de processos envolvendo artigos semicríticos ou pela 
realização de atividades assistenciais não invasivas em pacientes não-críticos e que não apresentem infecção 
ou colonização por microrganismos de importância epidemiológica. 
Artigo semicrítico: Aquele que entra em contato com a pele não íntegra ou com a mucosa do paciente. 
Requer desinfecção de alto nível ou esterilização para seu uso. 
Controle de infecções cruzadas em odontologia 
Características: 
 Infecção exógena, ou seja, não é uma infecção ocasionada por microrganismos que estão no próprio 
indivíduo 
 São infecções que ocorrem quando o agente infeccioso é transmitido pelo profissional/pessoal 
auxiliar ao paciente (viceversa)/paciente para paciente. 
 Transmissão – mãos ou instrumentais contaminados com secreções orgânicas. 
Controle: 
 Reduzir ao máximo o número de patógenos (limpeza/desinfecção/esterilização) Identificar falhas na assepsia e modificar procedimentos quando necessário 
 Tratar cada paciente como se tivesse uma doença infecciosa (precauções-padrão) 
Desinfecção em pecuária 
Rodolúvio: é utilizado na entrada das granjas para desinfecção dos pneus de veículos que adentram a 
propriedade, evitando-se a veiculação de agentes infecciosos de uma propriedade rural para outra. 
Pedilúvio: tapete com uma solução desinfentante para evitar microrganismos da área externa. 
Imersão: mergulham-se os objetos ou pele/tecido, na solução desinfentante ou antisséptica. 
Pulverização: é obtida pulverizando-se o desinfetante, por meio de bombas costais ou sob a forma de spray. 
Aspersão: espalha-se o desinfetante sobre o material a ser desinfectado. Difere da pulverização, pois na 
aspersão, as partículas são menores. 
Fumigação: aproveitam-se as emanação antissépticas obtidas de certas substâncias, por meio de gás. É 
obtida, por exemplo, com a queima de pastilhas e pó, de diversas composições. Geralmente é utilizado 
formol e permanganato de potássio. 
Avaliação do poder antimicrobiano dos desinfetantes e antissépticos 
As substâncias utilizadas no controle do crescimento de microrganismos devem ser registradas e autorizadas 
pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Avisa). 
A eficácia dos químicos é comprovada por metodologias padronizadas que permitam a comparação com 
substâncias já conhecidas 
Métodos utilizados: 
1. Técnica da diluição de uso: na maioria das vezes são usadas cepas (Salmonella choleraesuis, 
Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa aderidos a cilindros metálicos), Mycobacterium bovis 
(cilindros de porcelana). 
2. Técnica do papel de filtro 
Diluição de uso 
Diluição aceitável, a que pode ser utilizada contra o microrganismo, é a que mata 90% dos tubos (só pode 
crescer em um) 
 
Papel de filtro - Discofusão 
É utilizado três bactérias (mais resistentes). Cada microrganismo será semeado em uma placa e após isso será 
colocado um disco impregnado com desinfetante e assim, são incubados e ficam em observação. Após a 
incubação, foi perceptível observar que a staphylococcus aureus foi a mais sensível ao cloro e a pseudomonas 
aureginosa em bora seja um pouco sensível o halo foi menor. Além disso, foi notórios que a pseudomonas foi 
completamente resistente as outras substâncias.

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