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Histórico Preservação de alimentos e bebidas através do fogo; Povos antigos – secagem ao sol, uso do sal; Conservação de alimentos por baixas temperaturas, utilizando o gelo; Século XVII - Leeuwenhoek "animálculos“; Geração espontânea - Spallanzani; Século XIX – Pasteur – pasteurização; Semmelweiss – utilização de hipoclorito de cálcio como antisséptico; Lister – cirurgia antisséptica – fenol; Filtros e autoclave – Chamberlain. Biossegurança “A lavagem das mãos é a melhor forma de impedir a transmissão de patógenos” A biossegurança é o conjunto de ações dirigidas para prevenir, minimizar ou eliminar os perigos inerentes às atividades de ensino, pesquisa, produção, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços com o objetivo de reduzir os riscos para a saúde do homem, animais, a preservação do meio ambiente e a qualidade dos resultados. Risco Biológico PORTARIA Nº 2.349, DE 14 DE SETEMBRO DE 2017 aprova a Classificação de Risco dos Agentes Biológicos elaborada em 2017, pela Comissão de Biossegurança em Saúde (CBS), do Ministério da Saúde. Exemlos de microrganismos de diferentes classes de risco: Classe 1: inclui os agentes biológicos conhecidos por não causarem doenças no homem ou nos animais adultos sadios. Exemplos: Lactobacillusspp. e Bacillus subtilis. Classe 2: inclui os agentes biológicos que provocam infecções no homem ou nos animais, cujo potencial de propagação na comunidade e de disseminação no meio ambiente é limitado, e para os quais existem medidas profiláticas e terapêuticas conhecidas eficazes.Exemplos: Schistosoma mansoni e Vírus da Rubéola. Classe 3: inclui os agentes biológicos que possuem capacidadede transmissão, em especial por via respiratória, e que causam doenças em humanos ou animais potencialmente letais, para as quais existem usualmente medidas profiláticas e terapêuticas. Representam risco se disseminados na comunidade e no meio ambiente, podendo se propagar de pessoa a pessoa. Exemplos: Bacillus anthracis e Vírusda Imunodeficiência Humana (HIV). Classe 4: inclui os agentes biológicos com grande poder de transmissibilidade,em especial por via respiratória, ou de transmissão desconhecida. Atéo momento não há nenhuma medida profilática ou terapêutica eficaz contra infecções ocasionadas por estes. Causam doenças humanas e animais de alta gravidade, com alta capacidade de disseminação nacomunidade e no meio ambiente. Esta classe inclui principalmente vírus. Exemplos: Vírus Ebola e Vírus da varíola. Bem estar da humanidade O bem estar da humanidade depende em grande parte da capacidade do homem em controlar a população dos microrganismos, visando: Prevenir a transmissão de doenças Evitar a decomposição de alimentos Evitar a contaminação da água e meio ambiente Visão Geral do Controle Microbiano Esterilização: processo de destruição ou remoção de todas as formas de vida microbiana, incluindo os endósporos. Para isso é utilizado esterilizantes. Desinfecção: destruição das formas vegetativas de microrganismos patogênicos em uma superfície ou material inanimado, não atingindo necessariamente os esporos. Antissepsia: destruição das formas vegetativas de microorganismos patogênicos relacionada a tecidos vivos (ex: pele, mucosa). Microbicida (morte do microrganismo) e microbiostático (inibição do crescimento): podem ser aplicados em vírus, bactérias e fungos. Ex: bactericida e bacteriostárico/fungicida e fungistático. Vale ressaltar que, como o vírus não é considerado uma partícula viva quando não está infectando uma célula, ao invés de “morte” é utilizado o termo inativação viral, ou seja, microbicida será uma substância que inativa o vírus. Antissepsia X Assepsia: Assepsia: Asséptico: livre de patógenos. Assepsia: ausência de contaminação significativa. Exemplos: cirurgias; transferência asséptica, quando é feita a manipulação de microrganismos próximo a chama do bico de Bunsen. Antissepsia: Ex: procedimento de aplicação de uma solução antisséptica em um braço, antes de fazer uma injeção. Tabela do Crescimento Bacteriano Exponencial Para o estudo desse assunto, é importante lembrar a base da tabela do crescimento microbiano e o significado de morte em microbiologia, que é a perda da capacidade de reprodução. Tabela Considerando o crescimento através de divisão binária, é possível fazer uma análise através da fórmula N = N0. 2 n (N – número total de microrganismos, N0 – número inicial, n – número de gerações, base 2 – pois está sendo levado em consideração a divisão binária onde através de uma célula gerará duas iguais). Exemplo: Em um tubo de ensaio, foi colocado inicialmente 3 células de E. coli. Essa E. coli está em uma condição ideal com um tempo de geração por volta de 30 minutos. Depois de 2 horas de incubação, quantas células serão obtidas? → Tempo de geração = 30 minutos Horas de incubação = 2 Quantidades de gerações em 2 horas = se em 30 minutos tem 1 geração em 2 horas terá 4 gerações → N0 = 3 n = 4 → N = N0. 2 n N= 3. 24 N= 3.16 N=18. Assim, após duas horas de incubação, 48 células serão encontradas. Taxa de morte microbiana Fatores importantes: A exposição de uma população microbiana a um agente letal reduz uma fração da mesma a intervalos constantes. As populações bacterianas sujeitas ao calor ou a produtos químicos antimicrobianos normalmente morrem a uma taxa constante. A curva de morte, quando representada graficamente de forma logarítmica, mostra esta taxa de morte constante como uma linha reta. O tempo necessário para a morte de uma população microbiana é proporcional ao número de microrganismos. As espécies microbianas e as fases do ciclo de vida (p. ex., endósporos) possuem diferentes suscetibilidades aos controles físico e químico. A presença de matéria orgânica pode interferir nos tratamentos de calor e na utilização de agentes de controle químico. Exposições prolongadas a menos calor podem produzir o mesmo efeito que um período mais curto sob calor mais intenso. Para cada minuto que o tratamento é aplicado, 90% da população restante é morta. Se representada logaritmicamente, a taxa de morte aparece constante. Fatores que influenciam a efetividade dos tratamentos antimicrobianos Tamanho da população e Espectro de ação (microrganismos sensíveis, resistentes): Quanto maior a população de microrganismos da amostras, maior será o tempo necessário para mata-los; O espectro de ação é um fator para detectar os microrganismos sensíveis a determinados agentes. Concentração da substância (agente químico): Quanto maior a população, maior a concentração utilizada. Vale ressaltar que algumas substâncias possui um limite por conta da toxidade e do mecanismo de ação, por exemplo, o álcool necessita de água para atuar na célula. Tempo de exposição: Quanto maior a população maior o tempo de exposição do material. Influência do ambiente: temperatura, material orgânico, pH; Toxicidade: Quanto maior a concentração da substância, mais rapidamente terá enfeito contra o microrganismo até certo ponto. Carga populacional: Quanto maior a população microbiana, maior o tempo de exposição Concentração do agente químico: Quanto maior a concentração do agente, menor o tempo necessário para que a população de microrganismos morra Mecanismos de ação dos agentes microbianos Rompimento da parede celular Alteração da permeabilidade da membrana Danos às proteínas e ácidos nucléicos Métodos Físicos de Controle Calor: Calor seco Calor úmido Radiações Ionizantes Não-ionizantes Filtração Parâmetros de morte térmica Parâmetros: Ponto de morte térmica (PMT) Tempo de morte térmica (TMT) Tempo de redução decimal (TRD) Ponto de morte térmica: Relacionado a temperatura É a menor temperatura em que todos os microrganismos serão destruídos no tempo de 10 minutos Tempo de morte térmica Relacionado ao tempo É o meno tempo em que todos os microrganismos da amostra serão destruídos a uma determinada temperatura Tempo de redução decimal Relacionado ao tempo É o tempo em minutos em que 90% de uma população sera destruída, em uma temperatura determinada Esterilização – Calor Seco Estufa (estufa de esterilização) Mecanismo de ação: oxidação de proteínas. Ou seja, é um processo lento, assim, se o procedimento não for bem feito, possa ser que a esterilização do material não fique adequada. Ex: em salões de beleza e consultórios odontológicos é mais utilizado a autoclave pois ela não é aberta no meio do ciclo, já a estufa pode ser aberta e isso pode interferir no procedimento de esterilização. Material a ser submetido: instrumentais metálicos, vidrarias, materiais que não possam ser esterilizados em autoclaves, material que o vapor não pode penetrar. Por exemplo, um meio de cultura não suportaria uma alta temperatura por um tempo prolongado. Ciclo de tempo e temperatura: 160°C – 120 min e 170°C – 90 min Incineração Utilizada para eliminar carcaças de animais infectados, objetos que não podem ser reutilizados e lixo hospitalar Potencial de poluição de ar (geração de fumaça) Flambagem Com o o bico de Bunsen ou com o cone de aquecimento elétrico. No cone, não vai haver a geração de aerosóis, por ele ser elétrico, ele vai superaquecer até chegar na temperatura de 850°C (mesma temperatura atingida com o bico de Bunsen), porém para utilizá-lo é necessário uma cabine biológica Esterilização – calor úmido Autoclave Autoclave é um equipamento que vai combinar a temperatura elevada, o aumento da pressão e a umidade, é chamado vapor sob pressão Mecanismo de ação: Coagulação de proteínas. É um procedimento mais rápido em comparação com a estufa de esterilização. Características: Todo ar residual da câmara deve ser substituído por vapor d´água; A temperatura que mata os microrganismos, como a utilizada é 121°C é necessário o aumento da pressão para alcançar esse valor; Materiais: Tecidos, meios de cultura, vidrarias, instrumentos, etc. Vantagens: Maior segurança (já que não é permitido abrir o equipamento durante o processo) Menor dano aos materiais (processo é mais rápido) Menor tempo (comparando com estufa) Desvantagens: Não apropriada para materiais termosensíveis Não apropriado para materiais que não permitem a penetração de umidade (ex: papel alumínio) Custo (equipamento caro, carga alta de energia) Monitoramento da Esterilização: Físico: leitura da temperatura, da pressão, controle do tempo; Químico: indicadores ativados com o aquecimento; Biológioco: utilizado uma cultura do bacillus stearothermophilus que é uma bactéria capaz de esporular. Assim, a cultura é colocada na autoclave e depois tenta cultiva-la. Se o microrganismo crescer é porque o processo de autoclavação não está sendo eficiente. Água Fervente Existem processos de controle, relacionados a calor úmido, diferentes da autoclave porém não são chamados de esterilização. A água fervente é um procedimento muito utilizado no âmbito doméstico no intuito de matar as células vegetativas. Pasteurização Procedimento também não esterilizante, no qual vai matar as células vegetativas Pasteurização do leite – 62,8ºC por 30 minutos; Existem processos derivados da pasteurização, tais como a utilização de alta temperatura e curto tempo (HTST) que é o escoamento do leite por esteira quente – 72ºC por 15 seg; Outro procedimento é o UHT (Temperatura ultra elevada) no qual o leite será submetido em 135 a 150ºC por 2 seg. Esterilização - Radiação A radiação pode ser não-ionizante ou ionizante. Os procedimentos utilizados são microondas, raio UV e raios gama. Quanto menor o comprimento de onda, menor a excitação dos elétrons. A radiação pode ser ou não esterilizante. Entre os três citados anteriormente o único esterilizante é a utilização de raios gama, o microondas e o ultravioleta podem ser considerados desinfecção. Microondas: agitação das moléculas de água (Calor). Muito utilizado para o aquecimento de alimentos; Ultravioleta: quebra DNA, forma dímeros de timina Radiações gama – ionizantes: formação de radicais oxidantes livres Luz UV Não penetrante, assimos microrganismos devem ser diretamente expostos; Formação de dímeros de timina – inibe a replicação correta do DNA; Controle de microrganismos do ar em salas de hospitais, enfermarias, salas de cirurgias, filmes de água, etc. Raios Gama Boa penetração; Provoca ionização de moléculas; Radicais livres – destroem compostos celulares como DNA e proteínas; Alimentos, produtos farmacêuticos e suprimentos médicos e dentários. Filtração A filtração é utilizada quando não é possível submeter o material ao calor. Para isso, é utilizado membranas filtrantes tipo “Milipore”, “Nucleopore” com 0.2 micrômetros, no qual possuem a capacidade de reter bactérias. Esse processo de filtração precisa está acoplado a um kitasato para que o líquido passe mais rapidamente e esse kitasato vai está ligado a uma bomba de vácuo. Resumo métodos físicos Métodos Químicos de Controle Agentes desinfetantes: utilizados em superfícies e materiais inertes Agentes antissépticos: compostos usados em pele e mucosas Agentes esterilizantes: material (jamais pele e mucosa) que possa ser submetido ao processo escolhido Desinfetantes Eliminam as formas vegetativas de microrganismos patogênicos em superfícies inanimadas, sem atingir, necessariamente, os esporos. Aplicados em objetos, pisos, paredes, equipamentos. Fenol e Compostos Fenólicos O fenol ou ácido carbólico foi utilizado inicialmente por Joseph Lister em 1860 para fazer o controle de infecções cirúrgicas na sala de operações. Mecanismo de ação: ruptura da membrana citoplasmática e desnaturação protéica. Ação antimicrobiana: ativo contra bactérias (incluindo as micobactérias) e fungos. Não são considerados esterilizantes (esporos resistentes). O fenol é tóxico, irrita a pele e tem odor desagradável. Assim, são utilizados os derivados fenólicos, tais como o antisséptico Triclosan que é muito encontrado em sabonetes antissépticos e em pastas de dente. Halogênios – cloro: O cloro é mais utilizado como desinfetante e o iodo é mais utilizado como antisséptico. Cloro e compostos clorados: Hipoclorito de sódio (solução, possível fazer a partir da água sanitária), Hipoclorito de cálcio (pó, muito utilizado em piscinas) Diluições de Hipoclorito de Sódio: 1% - 10.000 ppm 0,5% - 5.000 ppm (partes iguais da solução a 1% e água) 0,05% - 500 ppm (1 parte da solução a 1% + 19 partes de água) Mecanismo de ação: oxidação dos constituintes celulares e desnaturação de proteínas. Ação antimicrobiana: bactericida, fungicida, inativação viral e esporicida mas não é considerado agente esterilizante (alguns esporos são resistentes). OBS: o frasco de água sanitária não deve ser utilizado para alimento, ele é apropriado para superfícies. Álcoois (Etílico e Isopropílico) Mecanismo de ação: desnaturação de proteínas e dissolução de lipídeos (ação sobre a membrana). Ação antimicrobiana: bactericida, fungicida e atua sobre vírus envelopados, desde que o material esteja livre de exsudato purulento. Não podem ser considerados esterilizantes, assim, os endósporos de Bacillus anthracis podem sobreviver no álcool por até 20 anos. Álcool etílico a 70%: É usado como antisséptico e na desinfecção de bancada. Além disso, é utilizado na desinfecção de artigos não críticos (aquele que não têm contato com a mucosa). Extremamente inflamável, deve ser guardado em áreas ventiladas. Álcool isopropílico – 65 a 95%: Tóxico para a pele, utilizadoem equipamentos. Concentração do etanol: Detergentes Catiónicos (Compostos de quaternários de amônio - QUATS) Mecanismo de ação: altera a permeabilidade da membrana plasmática e desnatura proteínas. Ação antimicrobiana: bactericida contra bactérias Gram positivas e pouco menos ativo contra Gram negativos. Não são ativos contra Pseudomonas, Micobactérias e nem esporos (não são muito eficazes contra bactérias mais resistentes) Exemplos de QUATS: Cloreto de benzalcônio e Cloreto de cetilpiridínio (antissépticos bucais) Peroxigênios Peroxigênios são compostos que apresentam ligação química direta entre dois átomos de oxigênio. Peróxido de hidrogênio, ácido peracético e ozônio. Peróxido de hidrogênio: Mecanismo de ação: produzir radicais hidroxila livres. Usado na concentração de 3 a 6% para desinfecção. Usado como antisséptico a 3%. Recomendado na concentração de 6 a 25% para esterilização. Gel plasma: Plasma esterilizante de peróxido de hidrogênio. O plasma é composto por nuvens de elétrons, íons e moléculas neutras. Ácido peracético (esterilizante): Atividade oxidante, mais potente que o peróxido de hidrogênio, vantagem de permanecer ativo na presença de material orgânico. Ozônio: Forma altamente reativa do oxigênio, que é gerada passando o oxigênio através de descargas elétricas de alta voltagem. Antissépticos Agente químico usado no controle de microrganismos na superfície de seres vivos (pele ou mucosas). Biguanidas Mecanismo de ação: lesão na membrana citoplasmática. Ação antimicrobiana: efetivo contra a maioria das bactérias vegetativas, fungos e alguns vírus envelopados. Não são ativos contra esporos. Clorexidina – antisséptico Muito utilizada para controle químico da placa dental (1%) Antissepsia de pele no pré-operatório (2 a 4% de clorexidina e 4% de álcool etílico) pH 5,0 a 6,5. Iodo e Compostos iodados I2 , tintura de iodo (solução alcoólica), e iodóforos. Mecanismo de ação: forte agente oxidante (destrói metabólitos essenciais) e inativa proteínas. Ação antimicrobiana: bactericida, fungicida, atua sobre alguns vírus e muitos endósporos, mas não é considerado agente esterilizante. Usado como antisséptico em soluções alcoólicas a 70% com 2% de iodo e 4% de NaI (iodeto de sódio) Usado em associações com carreadores de iodo (iodóforos) que liberam o iodo mais lentamente, evitando seus efeitos tóxicos e irritantes, otimizando o poder germicida. Iodo-Polivinilpirrolidona (PVP-I) a 10%. Ex: Polvidine (10% iodopovidona que equivale a 1% de iodo ativo) Comparação da Efetividade de antissépticos A água e sabão elimina muitos microrganismos, mas ao comparar com outras substâncias químicas, seria o método menos eficaz. Esterilizantes químicos Destroem todas as formas de vida microscópicas. Agentes alquilantes Aldeídos – formaldeído e glutaraldeído Formaldeído: Mecanismo de ação: oxidante, alquilação e desnaturação de proteínas. Ação antimicrobiana: bactericida, fungicida, inativação viral e esporicida. Desinfetante – 30 min / Esterilizante – 18h Poder irritante nas mucosas e potencial carcinogênico, por isso não é muito utilizado Glutaraldeído a 2%: Mecanismo de ação: altera o DNA e o RNA, altera a síntese de proteínas dos micro-organismos. Ação antimicrobiana: bactericida, fungicida, inativação viral e esporicida. OBS: Mycobacterium chelonae resistente ao glutaraldeído já foi encontrado em ambientes hospitalares. Desinfetante – 30 min / Esterilizante – 10h Menos irritante e mais efetivo Provoca reações alérgicas Era bastante utilizado para fazer a esterilização por imersão de alguns instrumenstais odontológicos, mas deixou de ser recomendado pois surgiu a Mycobacterium chelonae. Peroxigênio – Ácido Peracético Consiste de água, ácido acético e peróxido de hidrogênio. Oxida enzimas essenciais para a reprodução dos microrganismos. Ação esporicida em temperaturas baixas e mesmo em presença de matéria orgânica. Pode ser aplicado a artigos termo-sensíveis (que não podem ser submetidos a esterilização em autoclave). Não deve ser usado em metais. Plasma de peróxido de hidrogênio Mecanismo de ação: liberação de radicais livres → hidroxilas (OH), oxigênio nascente (O) e prótons (H), além de moléculas ativas de peróxido de hidrogênio (H2O2). Ação antimicrobiana: bactericida, fungicida, inativação viral e esporicida. O peróxido é convertido em plasma (molécula é excitada e se desdobra em seus radicais). Procedimento não tão utilizado, pois o equipamento é muito caro. Esterilizante gasoso – Óxido de etileno Considerado agente físico-químico Mecanismo de ação: alquilação (substituição de H lábeis das proteínas : -SH, -COOH ou –OH por grupo alquila – CH2CH2OH) e desnaturação de proteínas. Ação antimicrobiana: bactericida, fungicida, inativação viral e esporicida. Características: Bom poder de penetração Inflamável (mistura com co2 ou nitrogênio) Necessita de 4 a 18 horas de exposição Necessita aeração para remoção após ação Utilização - Materiais que não resistem à autoclavação: Preparo de medicamentos Materiais plásticos de uso descartável (seringas, luvas e cateteres) Materiais e equipamentos usados em terapia respiratória e hemodiálise e materiais cirúrgicos (marcapassos, suturas e válvulas). Uso restrito a indústrias e hospitais bem equipados por necessitar de salas especiais. Classificação para Artigos Médico-Odontológicos Artigos Críticos: entram em contato com tecido estéril ou sistema vascular: fórceps, bisturis, agulhas, etc. Devem ser esterilizados. Artigos Semi-críticos: entram em contato com mucosas e pele não intacta: espelhos, moldeiras, etc. Devem ser esterilizados ou submetidos a desinfecção de alto nível. Artigos não-críticos: entram em contato com a pele íntegra: cone de raio X, braço da cadeira. Devem ser submetidos a desinfecção de nível intermediário. Procedimentos odontológicos Procedimentos semi-críticos – envolvem contato com saliva. Procedimentos críticos – envolvem contato com sangue (invasão dos tecidos). Resolução A resolução de diretoria colegiada – RDC n° 35, de 16 de agosto de 2010, dispõe sobre o regulamento técnico para produtos com ação antimicrobiana utilizados em artigos críticos e semicríticos. Área crítica: Área na qual existe risco aumentado para desenvolvimento de infecções relacionadas à assistência à saúde, seja pela execução de processos envolvendo artigos críticos ou material biológico, para a realização de procedimentos invasivos ou pela presença de pacientes com susceptibilidade aumentada aos agentes infecciosos ou portadores de microrganismos de importância epidemiológica. Artigo crítico: Aquele utilizado em procedimentos de alto risco, que penetra tecidos ou órgãos. Requer esterilização para seu uso. Área semicrítica: Área na qual existe risco moderado a risco baixo para o desenvolvimento de infecções relacionadas à assistência à saúde, seja pela execução de processos envolvendo artigos semicríticos ou pela realização de atividades assistenciais não invasivas em pacientes não-críticos e que não apresentem infecção ou colonização por microrganismos de importância epidemiológica. Artigo semicrítico: Aquele que entra em contato com a pele não íntegra ou com a mucosa do paciente. Requer desinfecção de alto nível ou esterilização para seu uso. Controle de infecções cruzadas em odontologia Características: Infecção exógena, ou seja, não é uma infecção ocasionada por microrganismos que estão no próprio indivíduo São infecções que ocorrem quando o agente infeccioso é transmitido pelo profissional/pessoal auxiliar ao paciente (viceversa)/paciente para paciente. Transmissão – mãos ou instrumentais contaminados com secreções orgânicas. Controle: Reduzir ao máximo o número de patógenos (limpeza/desinfecção/esterilização) Identificar falhas na assepsia e modificar procedimentos quando necessário Tratar cada paciente como se tivesse uma doença infecciosa (precauções-padrão) Desinfecção em pecuária Rodolúvio: é utilizado na entrada das granjas para desinfecção dos pneus de veículos que adentram a propriedade, evitando-se a veiculação de agentes infecciosos de uma propriedade rural para outra. Pedilúvio: tapete com uma solução desinfentante para evitar microrganismos da área externa. Imersão: mergulham-se os objetos ou pele/tecido, na solução desinfentante ou antisséptica. Pulverização: é obtida pulverizando-se o desinfetante, por meio de bombas costais ou sob a forma de spray. Aspersão: espalha-se o desinfetante sobre o material a ser desinfectado. Difere da pulverização, pois na aspersão, as partículas são menores. Fumigação: aproveitam-se as emanação antissépticas obtidas de certas substâncias, por meio de gás. É obtida, por exemplo, com a queima de pastilhas e pó, de diversas composições. Geralmente é utilizado formol e permanganato de potássio. Avaliação do poder antimicrobiano dos desinfetantes e antissépticos As substâncias utilizadas no controle do crescimento de microrganismos devem ser registradas e autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Avisa). A eficácia dos químicos é comprovada por metodologias padronizadas que permitam a comparação com substâncias já conhecidas Métodos utilizados: 1. Técnica da diluição de uso: na maioria das vezes são usadas cepas (Salmonella choleraesuis, Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa aderidos a cilindros metálicos), Mycobacterium bovis (cilindros de porcelana). 2. Técnica do papel de filtro Diluição de uso Diluição aceitável, a que pode ser utilizada contra o microrganismo, é a que mata 90% dos tubos (só pode crescer em um) Papel de filtro - Discofusão É utilizado três bactérias (mais resistentes). Cada microrganismo será semeado em uma placa e após isso será colocado um disco impregnado com desinfetante e assim, são incubados e ficam em observação. Após a incubação, foi perceptível observar que a staphylococcus aureus foi a mais sensível ao cloro e a pseudomonas aureginosa em bora seja um pouco sensível o halo foi menor. Além disso, foi notórios que a pseudomonas foi completamente resistente as outras substâncias.
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