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Introdução à Anestesiologia Veterinária Você vai encontrar: - Histórico - Conceitos - Avaliação Pré- anestésica - MPA Sa m illi La r a HISTÓRICO Século XIII– Illuminatus descobriu um fluido branco que o denominou Vitríolo doce (futuramente conhecido como éter). Século XV (1540) – Paracelsus aplicou uma solução aquecida de ácido sulfúrico mais álcool (parecida com fluido branco do século XII),produzindo analgesia em pombos. 1640 – Frobenius aplicou essa substancia branca em afecções do aparelho respiratório e denominou Éter. 1824 – Hickmanfez uso de óxido nitroso associado ao dióxido de carbono (50%)para gerar anestesia e inconsciência. 1844 – Horace Wells produziu a analgesia causada por óxido nitroso(gás hilariante). Fez teste ao público para retirada do dente de um humano, porém o humano teve uma reação com a anestesia onde as pessoas pensaram que ele estava sentindo dor, então o chamaram de louco, e mais tarde após sua morte foi reconhecido como o pai da anestesia. 1846 – Morton fez anestesia para extração dentária com Éter. 1847 – O clorofórmio (descoberto em 1831 por Liebig) foi utilizado por Flourens como anestesia geral, porém era muito inflamável, e se misturasse com oxigênio diretamente poderia causar explosões, necessitando assim de parelho de inalação especializado. 1847 – Foi descoberto o Hidrato de Coral e foi usado em 1875 por várias vias, sendo a mais usada a IV, porém o animal tinha uma recuperação muito conturbada. 1860 – A cocaína foi usada como anestesia local, porém ocorria muitos casos de overdose. 1920 – Foi utilizado barbitúricos como anestésicos gerais (principalmente Pentobarbital). 1960-1988 – Rojas e Massone difundiram a anestesiologia veterinária no Brasil. Sa m illi La r a Conceitos Anestesia – significa insensibilidade, onde tem o objetivo de abolir ou evitar a dor. Outros objetivos da anestesia – Imobilização química, captura de animais selvagens, transporte de animais, controle de convulsões, eutanásia ... Tipos de Anestesia - Anestesia Local – anestesia limitada a determinada área do corpo. - Anestesia Geral – gera perda de consciência, sensibilidade, hipnose, relaxamento muscular e analgesia. Anestésico – composto que deprime reversivelmente a função neuronal. Analgesia – perda da sensibilidade e da dor. Hipnose – sono induzido artificialmente, podendo ser despertado por estímulos. Narcose – estado de sonolência. Tranquilização – animal calmo, relaxado, indiferente com os estímulos do ambiente. Sedação – grau moderado de depressão do SNC. Anestesia dissociativa – causa analgesia (desligamento do paciente), sem perder seus reflexos protetores (assim se o animal receber muitos estímulos ele pode acordar da anestesia). Catalepsia – estado de rigidez dos membros. Período de Latência – período entre a administração do fármaco até o início de seus efeitos. Período hábil – período entre o início do efeito até o fim dos efeitos (quando bem tranquilizado pode aumentar o tempo hábil de anestésicos). Período de recuperação – período do início da consciência até a plenitude de seus reflexos (barbitúricos possuem efeito acumulativo, então pode demorar muito para o animal se recuperar). Sa m illi La r a Seleção dos Agentes Anestésicos Inerentes à Cirurgia Depende da natureza da cirurgia: > Eletiva ou programada. > Emergencial (onde existe mais problemas pois são poucos os fármacos de escolha, entre eles se destaca os inalatórios). Depende da localização da cirurgia: > Local sensível e isolado (anestesia local). > Problema cavitário (anestesia geral). Depende da duração da cirurgia: > Cirurgias longas (anestesia inalatória ou pentobarbital) Desaconselhável o uso de barbitúricos que possuem efeito curto e se fazer uso repetitivo vai provocar recuperação tardia. > Cirurgias curtas (pode fazer inalatória ou injetável que causa efeito rápido). Inerentes ao Paciente Depende do jejum – principalmente para diminuir o metabolismo basal e assim aumentar o tempo de anestesia pois vai diminuir a metabolização do fármaco. Depende da espécie e da raça – estas podem ser mais sensíveis ou mais tolerantes a certos fármacos. > Xilazina não possui efeito em suínos, mas a azaperona possui efeito nestes. oIdade > Até 8 semanas de idade certos animais não possuem ação enzimática (aconselhando assim anestesia inalatória que não envolve metabolização). > Idosos possuem metabolismo muito lento então deve usar doses mínimas, pois a metabolização total vai ser mais lenta. > Sexo – machos de reprodução e fêmeas no cio são de difícil sedação (sendo muito agitados). > Condição física – atletas possuem metabolismo acelerado, enquanto obesos possuem metabolismo mais lento. Sa m illi La r a > Condições clínicas - caquexia (menos proteínas plasmáticas, necessitam de uma dose menor); estresse (geralmente doses normais é o suficiente (tomar cuidado com doses altas se for aplicado). Inerentes ao Fármaco > Absorção – existindo muitas vias de administração e diferentes graus de absorção. > Distribuição – quantidade de ligações a proteínas plasmáticas (muitas PPTs mais demoraa anestesia) (poucasPPTs mais rápidoé o efeito). > Local de Biotransformação – por via plasmática, fígado... > Local de Excreção – renal (mais usado),biliar, pulmonar (inalação), leite. Sa m illi La r a Avaliação Pré-anestésica Deve ser feita antes de toda e qualquer anestesia. Objetivo – evitar a mortalidade e morbidade cirúrgica, sempre realizar a anestesia sobre consentimento do proprietário, determinar a condição física do paciente, escolher o protocolo mais adequado para cada paciente e procedimento cirúrgico. Exame pré-anestésico – identificação do animal, anamnese, exame físico. Identificação do animal > Espécie – braquicefálicos possuem palato mole prolongado (onde pode ocorrer riscos na respiração). > Raças – galgos (cães fisicamente magros necessitam de doses muito menores para promover efeitos terapêuticos). > Temperamento – animais agressivos liberam muitos mediadores do sistema nervoso, trazendo maior risco na anestesia (principalmente quando estes estão com FC alta e usam anestésicos que agrava ainda mais os batimentos). > Idade – jovens (a partir de 8 semanas)tem o metabolismo mais acelerado, e idosos tem o metabolismo mais lento. > Sexo – fêmea no cio (mais difícil realizar anestesia, e possui maior sangramento na cirurgia). > Gestantes – alteram a resposta anestésica. Anamnese - Conhecer o histórico do animal (alergias, reações adversas, outros problemas). Jejum alimentar e hídrico – objetivo de evitar vômitos, regurgitações e diminuir o metabolismo. Hídrico depende do clima, pois se for quente e ficar muito tempo sem água pode sofrer de trombo, circulação mais lenta e consequente metabolismo mais lento. > Cães e gatos 2h jejum hídrico e 12h alimentar. > Neonatos (menos de 6 semanas de vida) 2h de jejum. > Ruminantes 12h jejum hídrico e 24h alimentar. Sa m illi La r a Avaliar se há algum sistema com problemas: Respiratório – podem inviabilizar a anestesia inalatória. Endócrino – diabéticos (tomar cuidado com a glicemia e insulina). GTI – problema com vômitos e diarreias. Sistema Nervoso Central – epilépticos pode associar anestesia com anticonvulsivantes. Cardiovascular – pode associar com fármacos que regularizem as anormalidades. Conhecer os fármacos que os pacientes usam Inibidores da enzima conversora de angiotensina (enalapril e captopril) – podem aumentar os níveis de potássio (hipercalemia). Bloqueadores do canal de Ca (verapamil, diltiazem) – diminuem a FC e o consumo de oxigênio. B-bloqueadores (propranolol, esmolol) – possui ação depressora cardiovascular. Digitálicos – associado a anestésicos arrítmicos pode agrava-los. Vasodilatadores (nitroglicerina, nitroprussiato) – diminuem fluxo sanguíneo e aumentam tempo de relaxamento muscular. Diuréticos – causam hipovolemia, hipocalcemia, hipotensão, podendo potencializar a IRA. Barbitúricos (fenobarbital) – são biotransformados no fígado, onde se usados continuamente possuem efeitos acumulativos e demora mais prarecuperação anestésica (também aumenta biotransformação de anti-inflamatórios e suas toxicidades). Antibióticos – potencializam ação de bloqueadores neuromusculares e barbitúricos. Antagonistas de receptor H2 (ranitidina e cimetidina) – interferem no metabolismo dos barbitúricos (como diminuir o metabolismo do tiopental). Aminofilina (usado em problemas brônquicos, asma) – associado ao halotano, aumenta as arritimias. Sa m illi La r a ·Exame físico Mucosas, TPC, FR, FC ... Temperatura – hipertermia (usar bolsas geladas nas axilas, antipiréticos como dipirona), ou hipotermia (usar soro aquecido IV, colchão quente...). Hidratação – obesos podem camuflar o tempo de prega da pele. Exames especiais (ultrassom, raio x, endoscopia, ECG...) Equilíbrio hidroeletrolítico – acidose (oferecer ringer lactato), alcalose (ringer). Classificação do Risco Anestésico (ASA) ASA I – paciente que não possuem doenças detectáveis. ASA II – pacientes com doença sistêmica leve (neonatos, idosos, obesos, gestantes). ASA III – paciente com doença sistêmica moderada limitante porém não incapacitante. ASA IV – paciente com doença incapacitante, com constante ameaça a vida. ASA V – paciente moribundo sem expectativa de vida nas próximas 24 horas (com ousem cirurgia) (possui falência múltipla dos órgãos, trauma encefálico ...). Emergência – quando não há tempo para exames detalhados (pode entrar em qualquer um dos ASA, dependendo do estado avaliado do animal). ·Os exameslaboratorias de importância anestésica devem considerar (em casos que necessitem de correção deve adiar a cirurgia) o Função renal (casos de piometra ou obstrução uretral) o Raio x (tumor de mama), o Hematócrito (quando alto representa desidratação e alta viscosidade do sangue) (quandobaixo representa anemia,hemorragia, e consequente menos troca de oxigênio). Sa m illi La r a ECG – principalmente para animais com mais de 6 anos de vida. Eletrólitos – saber qual a deficiência presente e administrar o soro correto. Pedido de exames de acordo com o ASA Animais com até 6 meses ASA I e II – hematócrito, proteína e glicemia. ASA III – hemograma, PPT, glicemia, creatinina e ureia, pH, hemogasometria (HCO3), urinálise. ASA IV e V – hemograma, ECG, glicemia, creatinina e ureia, FA e ALT, eletrólitos, pH, hemogasometria, urinálise. Animais de 6 meses a 6 anos ASA I e II– hematócrito, proteína e função renal. ASA III – hemograma, ECG, glicemia, creatinina e ureia, FA e ALT, pH, hemogasometria, urinálise. ASA IV e V – hemograma, ECG, glicemia, creatinina e ureia, FA e ALT, eletrólitos, pH, hemogasometria, urinálise. Animais com mais de 6 anos ASA I e II – hematócrito, proteína e funçãorenal, ECG, urinálise. ASA III – hemograma, ECG, glicemia, creatinina e ureia, FA e ALT, eletrólitos, pH, hemogasometria, urinálise. ASA IV e V – hemograma, ECG, glicemia, creatinina e ureia, FA e ALT, eletrólitos, pH, hemogasometria, urinálise. Soluções Cristalóides – Ringer (para controlar alcalose), Ringer lactato (para controlar acidose), solução fisiológica (NaCl 0,9%), solução salina 0,45%, Glicose (para hipertensos). Para pacientes diabéticos e hipertensos (ringer lactato lento junto de diuréticos). Soluções Colóides – sangue, plasma, albumina concentrada. Sa m illi La r a Sugestões de Protocolos para cada ASA o ASA I e II MPA – pode usar quase tudo (fenotiazínicos, benzodiazepínicos, alfa2-agonistas, opióides). Indução – barbitúricos, dissociativos, propofol, etomidato. Manutenção – halogenado, propofol, dissociativo. ASA III e IV MPA– semelhante ao ASA I e II, porém usa 1/3 ou ½ da dose. Indução – dissociativos (+ benzodiazepínicos), propofol, etomidato. Manutenção – halotano, isoflurano. ASA V e Emergência MPA – nenhuma ou opióide ou benzodiazepínico. Indução – isoflurano (máscara), opióide + benzodiazepínico. Manutenção – isoflurano, sevoflurano. Sa m illi La r a Medicação Pré-Anestésica É o ato que antecede a anestesia e prepara o animal para o sono artificial. Objetivo – auxiliana contenção dos pacientes, reduz o estresse e as reações adversas dos anestésicos, promove analgesia e miorrelaxante, potencializa indutores da anestesia, permite indução e recuperação mais suaves, adjuvante da anestesia local, diminui secreção das vias aéreas e da salivação. Tranquilizantes maiores (fenotiazínicos e butirofenonas), e os menores (benzodiazepínicos). Anticolinérgicos > São fármacos antagonistas competitivos da Ach (revertem as ações do sistema para simpático). > Os mais utilizados são a atropina e a escopolamina. Atropina > Produz – taquicardia, midríase, broncodilatação, hipomotilidade (podendo levar a cólica ou timpanismo). > Aumenta viscosidade das secreções e diminui sua produção > Relaxa a pupila/midríase (muitas vezes o olho fica abertopor muito tempo, ressecando e gerando futura cegueira) > Previne – bradicardia, hipotensão e sialorreia. > Não bloqueia a bradicardia por manipulação visceral (quandopromove pressão nos nervos). > Dose – cães e gatos (0,03-0,044 mg/kg), equinos (0,01-0,1 mg/kg). Tempo hábil – 60-90 minutos. Administração – SC ou IM com período de latência de 15 minutos (IV só em emergências). Sa m illi La r a Escopolamina > Produz – bradicardia, menor bloqueio vagal (reduzindo o tônus vagal), e outros efeitos semelhantes ao da atropina, porém mais rápidos. > Quando usada em pacientes com glaucoma, ela piora a enfermidade. > Dose – Cães (0,01-0,02 mg/kg/SC) Latência de 15 minutos. Doses maiores produz emese, alucinações e ataxia (não sendo recomendada para idosos). Glicopirrolato > Produz – ação antisialogoga (inibe a sialorreia) 5x maior que a atropina, produz depressão do SNC (sonolência). > Não ultrapassa a barreira hematoencefálica e a placentária, sendo recomendado para gestantes. Dose – 0,01-0,02 mg/kg/SC ou IM. Tempo hábil – 2-4 horas. Tranquilizantes Produzem tranquilização, sedação e acentuada depressão do SNC, além de uma leve analgesia. Fenotiazínicos > Ação – psicodepressora, simpaticolítica (hipotensora), anti-histamínico, anti-arrítimica, termolítica (sudorese em equinos), antisialogoga, antiemética, ação potencializadora, priapismo (prolapso do pênis em equinos). > Pode provocar efeito paradoxal (excitação). Classificados: 1º série – Prometazina (anti-histamínico). 2º série – Acepromazina e Clorpromazina (anticolinérgica). 3º série – Promazina (adrenolítica). 4º série – Levomepromazina (anti-histamínica e adrenolítica). Sa m illi La r a Clorpromazina > Antiemético, diminui metabolismo, ataxia (cambaleamento), hipotensão, vasodilatação periférica, bradicardia, bradipnéia, Dose – cão e gato (1-2 mg/kg), equino (0,5-1 mg/kg), ruminantes (0,2-0,5 mg/kg). Via IM e IV nas emergências. Acepromazina > Ação semelhante da clorpromazina, possuirisco de excitação em doses elevadas, relaxamento peniano nos equinos. Dose – cão e gato (0,05-0,2 mg/kg), equino e ruminantes (0,1 mg/kg/IM). Latência – 10-30 minutos. Tempo hábil – 2-4 horas. Levomepromazina > Antiarritímico, anti-histamínico, antiemética (menor que da clorpromazina). Dose – cão e gato (1-2 mg/kg), equino (0,5-1 mg/kg), ruminantes (0,2-0,5 mg/kg). Prometazina > Pouca função anestésica, sendo mais anti-histamínico. Dose – 0,1 mg/kg. Butirofenonas > Ação – miorrelaxante, antiemético, entre outrasações semelhantes aos fenotiazínicos, e produz boa associação com morfina. Azaperone > Ação – produz ambiente silencioso por 20 minutos, pouco efeito no sistema respiratório. > Indicado para suínos. Dose – Suíno (1-4 mg/kg/IM) e equino (0,8 mg/kg/IM). Sa m illi La r a Via intravenosa não indicada para equinos pois produz excitação e sudorese. Droperidol > Ação – maior atividade motora e irritabilidade, hipotensão (quando aplicado IV), antiemético. > Potencializa os barbitúricos. Dose – Cães e Gatos (1-2 mg/kg IV ou IM). Benzodiazepínicos > Conhecidos como tranquilizantes menores. > Causam sedação dose-dependente (quanto mais aplica,mais dura os efeitos), não podem ser usados unicamente. > Ação – ótimos anticonvulsivantes, são miorrelaxantes, deprimeo sistema límbico (emoções), sedativo. > Indicado para cardiopatas e idosos pois tem pouca interferência no sistema cardiovascular. Diazepam > Melhor anticonvulsivante (principalmente para gatos). > Ação quando administrado rapidamente IV – hipotensão, bradicardia e depressão respiratória. > Emergência – convulsões graves é aplicado via retal (VR). Dose – cão e gato (0,2-0,5mg/kg), equino (0,1-0,2mg/kg), convulsões (1-8 mg/kg). Doses menores – estimula o apetite. Latência – 5-10 minutos. Tempo hábil – 6 horas. O animal excreta (urina) metabólitos ativos quando usado doses repetidas. Sa m illi La r a Midazolan > Possui meia vida mais curta que o diazepan, possui mínimas alterações cardiovasculares e respiratórias, não é termolítico. > Efeito paradoxal, quando usado isoladamente. Dose – cão e gato (0,2-0,5 mg/kg0,) Equino e Bovino (0,1- 0,2 mg/kg). Zolazepan – ele sempre vem associado com Tiletamina, sendo assim muito caro e quando usado é pra diagnóstico por imagem e captura de animais selvagens. Ação– potencializa indutores, promove amnésia, meia-vida longa. Flunitrazepan – não é indicado seu uso pois no Brasil só possui a forma de comprimido com meia-vida longa. Dose – 0,01-0,03 mg/kg. Flumazenil - Antagonista dos Benzodiazepínicos § Não deve ser usado em animais predispostos a convulsões. §Dose – 0,05-0,07 µg/kg (IV a cada 2-3 minutos, repetindo máximo de 3 vezes). Alfa 2 Agonistas > Ação – emese, hipomotilidade, hipotermia, miorrelaxamento, analgesia visceral de curta duração, sedativo, bradicardia, bradipnéia, hipotensão, efeitos arritmogênicos. > Contraindicado para Diabéticos – pois estimulam adrenorreceptores pancreáticos que diminuem a insulina e ocasionam hiperglicemia. > Podem ser associados a analgésicos – morfina, butorfanol, oximorfona ou hidromorfona. Sa m illi La r a Xilazina > É recomendado para MPA de bovinos (podendo ser utilizada em várias espécies). > Não deve ser utilizada em suínos (causa agitação). Dose – bovino (0,1-0,2 mg/kg/IM), equino (0,5-1 mg/kg/IV), pequenos ruminantes (0,01-0,02 mg/kg/IM), cão e gato (0,2-1 mg/kg/IM ou SC). Detomidina > Utilizado principalmente para equinos > Ação – analgesia, sedação, animal em estação, ataxia. Dose – equino (20-40 µg/kg/IV) Latência – 3-5 minutos. Tempo hábil – 50-60 minutos. Medetomidina > Indicado para cães e gatos (porém é muito caro). > Ação – emese e consequente aumento da pressão intra- ocular (não recomendado para pacientes com essas afecções), aumento da pressão intra-cranial (não recomendado para pacientes com problemas craniais), Hipomotilidade, Hipotermia, analgesia e miorrelaxamento. > Produz bradicardia com bloqueio átrio ventricular (devendo associar com atropina). Dose – Cão (10-20 µg/kg/IM ou 2-4 µg/kg/IV) e Gato (20- 40 µg/mg/IM ou 4-8 µg/kg/SC). Usar atropina 0,04 mg/kg/SC 10 minutos antes (prevenir bradicardia). Equino causa ataxia acentuada (5-10 µg/kg/IV). Dexmedetomidina > Possui ação semelhante ao da detomidina > Dose – 0,5-3 µg/kg/IV. Romifidina > Não tem no Brasil. Sa m illi La r a > Recomendado para equinos por gerar menor ataxia. Dose – 40-80 µg/kg/IV (associado com butorfanol). Tempo hábil – 40-80 minutos. Atipamazole (antagonista seletivo da medetomidina) Dose – 2-4x a dose da medetomidina. Cão (0,05 mg/kg/IM) e Equino (0,05-1 mg/kg/IV). Ioimbina (antagonista seletivo da xilazina) Dose – cão (0,11-0,4 mg/kg/IV), Gato (0,25-0,5 mg/kg/IV), Equino (0,075-0,15 mg/kg/IV com efeito de 2-5 minutos), Bovino (0,25 mg/kg/IV). Tolazolina (antagonista não seletivo dos α2) Dose – 10:1 (10 partes de antagonista para cada 1 parte aplicada do agonista). Hipnoanalgésicos > Agem nos receptores Mi (causa depressão respiratória, euforia), Kappa (não causa euforia), Sigma (excitação, alucinações) e Delta (pouco conhecidos). > Analgésicos narcóticos – causam sedação profunda > Inibe as vias sensitivas, a atividade central de forma branda, deprime o centro respiratório. > São dose e droga dependente (efeito depende da dose aplicada). > Quando se usa um hipnoanalgésico, consequente a dose da anestesia é menor. > Opiáceos - Morfina > Opióides – meperidina, fentanil, metadona, butorfanol (caroe seguro pois se liga ao kappa), buprenorfina, oximorfina ... Sa m illi La r a Opióides > Ação – analgesia, sedação, euforia, disforia (equinos e felinos mais sensíveis para excitação), diminui atividade do TGI, promove alterações inotrópicas (força do batimento cardíaco) e respiratórias, induz ao vômito. > Pode ser usado em anestesia balanceada e medular. Antagonistas > Naloxona (antagonista específico) – 0,005-0,02 mg/IV. Nalorfina (antagonista parcial) – 1mg para 1mg de morfina, ou 1mg para 20mg de meperidina. Neuroleptoanalgesia (NLA) > Ação – potente tranquilização e analgesia, sem perda de consciência, não pode ser usado como anestesia. Indicações > Processos inflamatórios com dor leve a moderada (otite, gengivite, queimadura, lacerações ...) > Exames complementares como raio-x, ultra-som, colheita de sangue. > Sugestões de associações (sempre usar fármaco contrário do outro para que ambos se equilibre) > Acepromazina + Oximorfona ou Acepromazina + fentanil ou Acepromazina + buprenorfina ou Acperomazina + butorfanol ou Fentanila + droperidol ou Midazolam + morfina ou Acepromazina + morfina ou Acepromazina + meperidina. Sa m illi La r a
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