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Resumo de anestesiologia veterinária - UAM

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Anestesiologia
Avaliação pré-anestésica e riscos anestésicos
• Anestesia
Termo grego anaisthaesia: "Insensibilidade"; 
- Analgesia; 
- Relaxamento muscular; 
- Inconsciência. 
• Sedação: 
- Relaxamento muscular; 
- Inconsciência. 
• Tranquilização: 
- Paciente acordado, mas menos responsivo. 
• Protocolo anestésico: 
- Conjunto de medicações que promovem analgesia, inconsciência e relaxamento muscular com o objetivo de gerar menor depressão cerebral e orgânica possível (sem depressão excessiva em rins, fígado, coração, cérebro e etc..). 
Fases da anestesia
1. Anamnese; 
2. Exame físico pré-anestésico; 
3. Exames complementares; 
4. Planejamento (materiais, medicações disponíveis..); 
5. MPA - preparo do paciente; 
6. Indução; 
7. Intubação; 
8. Manutenção anestésica; 
9. Monitoração; 
10. Recuperação anestésica. 
2. Avaliação pré-anestésica - Ficha anestésica 
• Identificação do animal: - Nome, espécie, raça (braquicefálicos - mais sensíveis à tranquilizantes; alterações comuns da raça), sexo, idade, peso. 
• Histórico: - Afecção principal ou procedimento cirúrgico; 
- Afecções concomitantes e antecedentes mórbidos (diabetes, teve leptospirose..);
- Sinais e sintomas (após consulta); 
- Medicação utilizada (metabolização, insulina, quimioterápicos); 
- Comportamento (agressivo.). 
3. Exame físico: 
- Estado geral/escore corporal (caquexia.); 
- Lesão ou afecções superficiais (piodermite); 
- Mucosas (pálidas, contestas, ictéricas, cianóticas); 
- Sinais e sintomas (dispneia, disúria, diarréia e êmese); 
- Auscultação cardíaca e pulmonar; - Pulso arterial (antes e durante anestesia); 
- Grau de desidratação. 
4. Perguntas chaves no dia da cirurgia: 
• Está de jejum? 
• Faz uso de medicação? Tomou hoje? 
• Surgiu algum sintoma novo após a consulta? 
5. • Exames complementares: 
-Exames laboratoriais (hemograma, bioquímico, urinálise); 
- Exame radiográfico; 
- Exame ultrassonográfico; 
- Eletrocardiograma; 
- Ecocardiograma; 
- Outros (microbiológico, fezes, tomografia, ressonância etc.) 
Exames pré-operatórios 
• Posso anestesiar um paciente sem exames complementares prévios a cirurgia? 
- Sim, animais jovens, sem sintomas clínicos e que farão cirurgias eletivas, porém por sua conta e risco, se for contestado no tribunal você pode perder o caso. 
Quais os critérios para a escolha dos exames? 
1. Sinais ou sintomas reportados em anamnese ou exame físico (sopro - eco..); 
2. Procedimento cirúrgico (exame de imagem); 
3. Fármacos que estão sendo ou serão utilizados (nefrotóxico - função renal..); 
4. Fatores predisponentes (raça, idade, sexo, antecedentes mórbidos, antecedentes familiares).
Risco anestésico 
ASA I - Animais sadios sem doença detectável ou sem repercussão sistêmica - cirurgia eletiva. ASA II - Doença sistêmica leve a moderada completamente controlada/sem sintoma (anemia discreta, diabético controlado, hipertenso controlado). ASA III - Doença sistêmica moderada a grave, porém não incapacitante/com sintoma (hipertenso, doente renal mas não insuficiente). ASA IV - Doença incapacitante que oferece risco constante a vida (insuficiência renal, cardiopata com edema ou congestão). 
ASA V - Associação de doenças incapacitantes, onde está certo o óbito sem cirurgia e tem pequenas chances com a cirurgia (piometra com choque séptico). E - Emergência, onde não é possível avaliar adequadamente o paciente, pois está correndo risco eminente de vida (atropelado com hemorragia grave). 
Esclarecimento dos proprietários: 
• Não existe procedimento anestésico sem risco (hipersensibilidade, idiossincrasia - resposta anormal à medicação, erro humano - imprudência, imperícia, negligência); 
• Alterações no preparo do paciente; 
• Alteração do procedimento cirúrgico; 
• Contra-indicação do procedimento cirúrgico
Preparo do paciente
Estabilização do paciente: não podemos anestesiar animais desidratados  
Mínimo de soro possível durante a cirurgia : sem sangramento Q= 2 x peso x tph = tempo de privação hídrica (tempo que ele ficou sem beber água antes da cirurgia + tempo que ele vai ficar sem beber água durante a cirurgia ) - exemplo remoção de verruga; oftalmo)
com sangramento : Q= 2x peso x tph = tempo de privação hídrica - (tempo que ele ficou sem beber água antes da cirurgia + tempo que ele vai ficar sem beber água durante a cirurgia) + 3x vol sangramento - exemplo orquiectomia
Exemplo 
Um animal de 8 kg que ficou 3 horas sem beber água, irá fazer uma cirurgia de 1 hora que sangra 5ml.
Qual a quantidade mínima de soro que ele irá tomar? 
Resposta:  Q = 2 x 8 x 4 + 3 x 5 = 79 ml 
 
(*soro especial = colóide e sangue não multiplica por 3)
Hidratação do paciente 
[2 ml/kg/ hora de jejum + volume de sangue perdido]
(colóide 1:L e cristalóide 3:L)
Reposição de eletrólitos: (cálcio; potássio)
Transfusão sanguínea
Jejum
Se o animal não estiver em jejum e mesmo assim o tutor quiser fazer e se responsabilizar, não podemos fazer 
-Porque sem jejum não pode entrar em cirurgia ? 
1 motivo : Pneumonia aspirativa ( vomitar e aspirar)
2 motivo : Desconforto intestinal ( todo protocolo anestésico diminui o movimento do intestino e os alimentos começam a fermentar predispondo crescimento bacteriano, podendo desenvolver uma enterite - fora que quando fermenta produz gás predispondo deslocamento de alça ; timpanismo )
3 motivo : Alteração do fluxo sanguíneo intestinal (alta concentração de fármaco no intestino que depois irá atingir o SNC) 
explicação -- anestésicos procuram a gordura do corpo, quando é jogado anestésico no sangue o anestésico procura uma gordura para se ligar ( cérebro produz mais gordura porém é pequeno, comparado ao corpo todo ) = na prática se for um animal em jejum praticamente todo o anestésico irá para o cérebro , dormindo com uma quantidade pequena de anestésico.
Caso o animal não esteja em jejum (caso ele coma), muito sangue começa ir para o intestino para fazer a absorção e digestão e ai o fluxo sanguíneo intestinal fica muito alto , como no abdômen possui muita gordura, o anestésico se divide em abdômen e cérebro necessitando de uma dose maior para o paciente dormir. Podendo causar complicações e efeitos colaterais, fora que o anestésico volta um pouco para o sangue e quando o animal já era para estar acordando ele acaba dormindo novamente, podendo ter risco de vida. (método arriscado)
· Sem jejum apenas em emergência 
· Paciente com sobrepeso demora mais para acordar e necessita de uma quantidade de anestésico maior 
Jejum de cada espécie:
Cães de médio e grande porte: 8h-12h sólidos e 4h hídrico
Cães de pequeno porte e gatos: 6h sólidos e 4h hídrico
Filhotes: 4h sólidos 2h hídricos
Neonatos: não faz jejum
Equino adulto: 24h sólido 6h hídrico.
Potros: 8h-12h sólidos 4h hídrico
Bovinos: 48h sólidos e 6h-12h hídrico
Novilhos e pequenos ruminantes: 12h-18h sólidos e 4h-6h hídrico.
Filhotes hipoglicêmicos não podem ser anestesiados (não será anestesiado no dia pois quando o animal fica hipoglicemico, não consegue segurar água no sangue e a água acaba indo para o cérebro, sendo que a atividade cerebral fica prejudicada) administrando a glicose na veia causa uma oscilação de glicemia podendo lesar as células da glia, se anestesiar o paciente nesse estado, o paciente pode não se comportar adequadamente na anestesia - FATOR DE RISCO 
correto: administrar glicose e remarcar a cirurgia 
Adequação de doses
Sobredose absoluta: 
sabia a dose e fez errado = imprudência, não sabia a dose e fez errado= imperícia ou podia consultar e não fez =negligentes
Dose acima do recomendado para a espécie ou para o efeito desejado
Sobredose relativa: Saber a dose e aplicar errado = imprudência.
Não sabia a dose e fez errado = imperícia. 
Podia consultar e não fez = negligência ou fatalidade
Dentro das doses recomendadas na literatura, mas não para pacientes específicos 
(avaliação pré-anestésica ruim ou idiossincrasia)  
exemplo: cesariana reduz a dose de anestésico em cerca de 30%. 
Cálculo de dose (essencial)  
Quantidade = peso x dose/dividido pela concentração
Q (ml) = P (kg) x D(mg/kg) = 10 kg x 0,1 mg/kg = 1 ml
[ ] do fármaco (mg/ml)      	2 mg/ml
% = gramas / 100 ml
Ex:     0,2% = 0,2g/ 100 ml 
 0,2 g = 200 mg, portanto 200 mg/ 100 ml
200 mg ----------- 100 ml
  x  (mg) ---------  1 ml
X = 2 mg 
ou seja, 0,2% = 2 mg/ml 
Cálculo de doses
Qual o volume de diluição ao constituir uma solução a 2,5% com 1g de Tiopental sódico?
  Qual a quantidade de Eter gliceril guaiacol em 500 ml de uma solução a 5%? 
Casos clínicos
Caso 1
Cadela com cílios ectópicos provocando úlcera de córnea; 1 ano de idade e fez todos os exames pré-operatórios nada alterado na anamnese e no exame físico.  ASA I  
4 horas sem beber água; pesa 6 kg; duração de cirurgia 1 hra; não sangra = mínimo de soro 
q= 2x 6 x 5 = 60 ml
Caso 2
9 anos; prostatite; foi tratado com antibiótico e não possui sinais de infecção; porém será realizada a castração; sangramento estimado 5 ml; 
exames pré-operatórios: leucocitose- após o antibiótico ele não possui mais alteração e não possui febre
Asa II 
32 kg; 6 horas sem beber água; cirurgia de 1 h; sangrou 5 ml = mínimo de soro 
Q = 2 x 32 x 7 + 3.5 = 463 ml
Caso 3
foto 1 - coração está ótimo; rim está ótimo; fígado está ótimo; colesterol e triglicérides alterados (obesidade) 
ASA III
foto 2 - perda de peso; coração, rim e fígado estão ótimos; colesterol e triglicérides alterados 
(sequelas da obesidade)
ASA II 
Caso 4
Cachorro tomou um tiro; sangramento; pressão estável; frequência cardíaca estável; respiração estável;
ASA III E 
Caso 5
Piometra; ureia e creatinina aumentado - azotemia; lesão renal; bilirrubina aumentada; leucocitose; febre 
ASA IV 
Caso 6
tumor; todos os exames normais 
consegue fazer a reconstrução 
ASA II
Caso 7 
Exames totalmente alterado; desidratado; eutanásia 
ASA V 
Medicação pré-anestésica - MPA
Caracterização: É o ato que antecede a anestesia, ou seja, preparação do animal para o sono artificial - facilitar a anestesia 
Finalidades da Medicação Pré- Anestésica
- Facilitar a contenção animal
- Potencializar fármacos anestésicos (doses menores de anestésicos)
- Possibilita tranquilidade e segurança durante indução, manutenção e recuperação anestésica 
- Minimiza efeitos indesejáveis de outros fármacos
- Modula efeitos do sistema neurovegetativo (melhorar a FC; motilidade gastrointestinal; amplitude respiratória)
Grupos de fármacos pré- anestésicos
 1- Anticolinérgicos 
2- Tranquilizantes
3. Benzodiazepínicos 
4- a²- agonistas 
5- Opióides 
6- Miorrelaxante de ação central  
Anticolinérgicos - MPA
- Raramente usado
- Muito mais usado na clínica do que na anestesia 
- O uso de anticolinérgicos em anestesia geralmente é apenas em emergência - FC MUITO baixa (extremamente bradicárdico) apenas casos extremos
· Corta receptor colinérgico pelo receptor muscarínico e o sistema parassimpático para de funcionar. 
Competição com acetilcolina pelo receptor colinérgico muscarínico - não deixando o parassimpático funcionar (causando: coração acelerado; respiração aumenta a amplitude;) 
Não possui indicação na maioria dos casos.
Efeitos sistêmicos dos anticolinérgicos
Efeitos cardiovasculares: taquicardia e aumento do débito cardíaco 
Efeitos respiratórios: broncodilatação ; diminuir secreções porém aumenta viscosidade 
Efeitos gastrintestinais:  redução da motilidade gastrintestinal e redução da secreção gl. salivares 
Anticolinérgicos:  ATROPINA E ESCOPOLAMINA
Uso clínico dos anticolinérgicos 
Indicações: 
· tratar ou inibir bradiarritmias (bradicardia sinusal ou BAVs)  
- apenas em emergência - FC MUITO baixa (extremamente bradicárdico)
- Motilidade visceral inibir efeitos deletérios de fármacos paras simpatomiméticos 
· Quando quiser relaxar, diminuir motilidade os anticolinérgicos pode ser uma indicação 
Contraindicações:
· animais que são taquiarritmias, hipomotilidade gastrintestinal (timpanismo e íleo paralítico) 
Secreções viscosas (respiratórias; ex: pneumonia, salivares, lacrimais)
Anticolinérgicos
diminuem ou bloqueiam receptores muscarínicos: receptores muscarínicos - cérebro M1 , coração M2 e abdômen M3, ou seja estão em lugares diferentes. 
Quando é feito atropina é bloqueado todos os receptores - atuando no corpo inteiro 
Escopolamina age forte no Abdômen (M3) e age fraco no M1 e M2 (apenas grande efeito abdominal) 
Anticolinérgico para pequenos: extra-abdominal: atropina; 
apenas abdominal: escopolamina  
· escopolamina para gatos não é indicado (tóxico)
Anticolinérgico para grandes animais:  sempre escopolamina 
Atropina
Alta biodisponibilidade 
50% de metabolização hepática
Excreção renal 
Evitar em animais de grande porte 
· atua no corpo inteiro, M1/M2/M3 atua no corpo inteiro e mais potente 
Escopolamina
Alta biodisponibilidade 
Na formulação de brometo não atravessa a barreira hematoencefálica 
50% de metabolização hepática 
Excreção renal 
Anticolinérgico de escolha para quadros abdominais em animais de pequeno porte 
Anticolinérgico utilizado em grandes animais 
· AGE FORTE NO M3 (GRANDE EFEITO ABDOMINAL) E FRACO NO M1 E M2 
Anticolinérgico para pequenos: se o efeito que eu desejo for extra-abdominal o mais indicado é ATROPINA // Se o efeito que desejo é abdominal o mais indicado é ESCOPOLAMINA
· só em pequenos quando o problema for extra-abdominal 
· se for abdominal escopolamina
· Escopolamina para gato é toxico  
Anticolinérgico em grandes animais: - SEMPRE ESCOPOLAMINA // Não se usa ATROPINA em grandes animais por causa da taquicardia que coloca o paciente em risco. 
Glicopirrolato
Não disponível no Brasil 
Mais seguro 
menos taquicardia 
Pergunta de prova:
1-) Qual mecanismo de ação dos Anticolinérgicos? Bloqueia receptores muscarínicos inibindo sistema parassimpático 
2-) Quais suas principais indicações clínicas? aumenta FC, diminui motilidade  
Tranquilizantes
- Também são conhecidos como neurolépticos 
- Alta biodisponibilidade (qualquer via)
- IV - efeitos colaterais mais potentes
- Rápida absorção por via oral 
- Metabolização hepática 
- Excreção urinária e biliar 
Mecanismos de ação e efeitos sistêmicos:
Inibidor dopaminérgico 
Tranquilização 
Antiemético 
Efeito extrapiramidal 
Hipotermia 
Inibidor serotoninérgico 
Tranquilização 
Inibidor de receptor H1
Tranquilização 
Antialérgico 
Inibidor de receptor a1 adrenérgico 
Hipotensão 
Redução de hematócrito 
Esplenomegalia 
Inibidor colinérgico 
Redução do limiar convulsivo
Reduz salivação e secreção
Principais efeitos desejáveis dos tranquilizantes
Tranquilização 
Antiemético 
Anti-histamínico (diminui a chance de uma alergia durante a cirurgia )
Principais efeitos indesejáveis 
· o que limita o uso dos tranquilizantes 
Hipotensão arterial - pressão baixa ou risco de hipotensão  
Hipotermia 
Reduz limiar convulsivo - epiléticos / trauma craniano 
Reduz hematócrito - hematócrito baixo= piorando anemia 
Esplenomegalia - pacientes que mexeram no baço pode dar esplenomegalia
Priapismo - ereção ( por horas )
Medicação Pré-anestésica
Tranquilizantes
-Também são conhecidos como neurolépticos 
-Alta biodisponibilidade: pode ser feito por qualquer via, via oral, intramuscular, subcutâneo.  
- Rápida absorção por via oral 
- Metabolização hepática 
- Excreção urinária e biliar: não sobrecarrega nenhum dos dois 
Mecanismos de ação e efeitos sistêmicos:
- Inibidor dopaminérgico 
- Tranquilização 
- Antiemético 
- Efeito extrapiramidal 
- Hipotermia 
- Inibidor serotoninérgico 
- Tranquilização 
- Inibidor de receptor H1 
- Tranquilização 
- Antialérgico 
Inibidor de receptor α1 adrenérgico
- Hipotensão 
- Redução de hematócrito
- Esplenomegalia 
- Inibidor colinérgico 
- Redução do limiar convulsivo 
-Reduz salivação e secreções 
Praticamente inibe todos os neurotransmissores. 
Efeitos que gostamos nos tranquilizantes, 1ª deixa os animais mais calmos, tranquiliza eles. 
Se tranquiliza, o animal dorme? Não dorme, continua acordado porém fica mais calmo.  
Tem efeito Antiemético, diminui a probabilidade do animal vomitar na anestesia.
Exemplo, morfina dá muito vomito e se associar tranquilizantejunto, a chance do animal vomitar é bem menor.  
Efeito Anti-histamínico é a mesma coisa que antialérgico nesse caso, ou seja, diminui a chance desse paciente ser alérgico a minha anestesia.  
Basicamente a leitura é, qual paciente seria bacana utilizar os tranquilizantes? Todos.  
Linha de raciocínio: Eu sempre quero, mas nem sempre posso em todos os pacientes.
Principais Efeitos Indesejáveis:  
- Hipotensão Arterial: A pressão arterial do animal vai cair a hora que for administrado um tranquilizante.  Ou seja, em cardiopatas não se faz administração de um tranquilizante. Se esse paciente é um animal que já necessita de tratamento significa que ele não tem uma reserva para combater uma queda de pressão.  
Agora se é feito a administração de tranquilizante em um animal sadio na hora que a pressão cai um pouco o animal taquicardiza e depois volta a melhorar o débito cardíaco e está tudo certo, se normaliza e a queda na pressão arterial vai ser pequena... 
Já em um animal mais idoso, ao aplicar um tranquilizante, a pressão cai e o animal fica com a pressão baixa a anestesia inteira, o débito cardíaco não normaliza e provavelmente vai trazer sequelas ou risco de vida para o paciente. Um paciente cardiopata grave é um exemplo de quem não pode ser administrado tranquilizantes. 
Um doente renal com pequenas quedas de hipotensão arterial já pode diminuir a infiltração glomerular e lesar ainda mais o rim, então doente renal não deve tomar tranquilizante, porque pequenas quedas de pressão arterial vão piorar o quadro dele.  Então aquele animal que tinha uma creatinina de 2,5/3, ao administrar tranquilizantes, no pós-operatório vai para 5/6 de creatinina porque diminuímos a perfusão renal, piorando as lesões.  
Hepatopata Grave - cirrose: Animais cirróticos não estabilizam bem a pressão arterial.  O cirrótico começa a cair as proteínas e a medida com que diminui as proteínas vai liquido de dentro do vaso para fora do vaso, então eles já são animais com tendência a hipotensão e se for aplicado tranquilizantes a pressão vai cair MUITO!! E é muito difícil reverter porque se for dado soro, vira edema.  
Neonatos: Não se pode usar tranquilizantes em neonatos porque os neonatos têm pouco musculo cardíaco e não consegue restabelecer seu débito cardíaco porque a pressão cai muito e como o coração tem pouco musculo, o coração não consegue restabelecer os batimentos cardíacos, o coração já nasce “acelerado” no máximo dele. Ou seja, neonatos e filhotes não sobrevivem a hipotensão causada por tranquilizantes.  
Animal Idoso: animal idoso tem dificuldade de fazer vasoconstrição.  
- Hipotermia: Quando a temperatura abaixa muito tem dificuldade de estabilização do paciente porque quando a temperatura abaixa muito perde desde contratilidade cardíaca, perde metabolismo, e começa a cair rendimento, surgem distúrbios de coagulação até chegar ao ponto de chocar. 
- Reduz Limiar convulsivo: Convulsiona mais fácil. Qualquer paciente que tem alterações neurológicas que pré-dispõem a convulsão, não deve tomar tranquilizantes. 
Ex: Epiléticos, trauma craniano, MEG, tumor, acidente vascular encefálico, hidrocefalia.  
- Reduz hematócrito: Pacientes anêmicos ou pacientes que estão perdendo muito sangue evitamos dar tranquilizante. 
Se o caso for de um paciente anêmico e administro tranquilizante, o hematócrito dele vai desabar, diminui de 20 a 30% do valor que está. 
Ex: se o animal com 30 de hematócrito em 15min ele abaixa para uns 24. 
∙ Esplenomegalia: Quando se usa tranquilizante ou vai dormir você tem uma esplenomegalia, seu baço aumenta de tamanho. O baço fica cheio de sangue e o hematócrito cai.  
∙ Priapismo: É quando o animal tem ereção e não perde a ereção, fica com o pênis ereto por horas. 
Para a maioria das espécies isso não é um problema  porque proporcionalmente o pênis é pequeno, mas para o cavalo não, pois o  pênis é grande e pesado e se ficar por horas com o pênis exposto a musculatura  que guarda o pênis acaba se rasgando e ai tem que amputar o pênis do cavalo,  ser feito uma penectomia (imagina se isso acontece com um garanhão de um  aras) – Então quando vai fazer procedimento em garanhão, evitamos usar  tranquilizantes neles (acontece na minoria, mas nunca se sabe que minoria é  essa) normalmente acontece em estação de monta por causa da alta atividade  reprodutiva.  
Quando for administrar tranquilizantes tem que avaliar se um desses 6 efeitos colaterais é ou não  é um problema para o paciente, se não, tudo certo  e pode ser aplicado. 
 
Existe dois grupos de Tranquilizantes o  
Fenotiazinicos (conhecido como aquele que  
importa) porque é o único grupo que usamos  
ainda, o outro grupo paramos de usar. Então os  
tranquilizantes QUE USAMOS HOJE SÃO OS  
FENOTIAZINICOS que se tem 3 medicamentos 
o ACEPROMAZINA; CLORPROMAZINA;  
LEVOMEPROMAZIA.  
Como escolher qual usar? Pelo efeito que você mais quer. Os três tem efeitos benéficos, os três tranquilizam, tem efeito antiemético e os três são anti-histamínico. Mas cada um tem uma qualidade.  
A Acepromazina é o melhor para deixar o animal calmo, mas também tem mais hipotensão, é o mais agressivo dos três.  
A Clorpromazina é a melhor para efeito antiemetico.  
A Levomepromazina é a melhor para efeito Anti-histamico.
O segundo grupo são os BUTIROFENONAS, na rotina de pequenos animais, equinos e ovinos, não usamos mais, é usado apenas para suínos e silvestres. Esse grupo é muito usado também em Hospital Psiquiátrico Humano, porque o tempo de duração dele no corpo é muito longo.  
 Agora vamos falar do 3º grupo de tranquilizantes que são os BENNZODIAZEPINICOS
- Rápida absorção: por qualquer via exceto via oral por causa do PH do estomago
-Alta biodisponibilidade por diversas vias de administração 
- Metabolização hepática 
- Presença de metabólitos ativos 
Diazepam e Zolazepam 
- Ausência de metabólitos ativos 
- Midazolam 
- Eliminação pela urina  
- Metabólitos inativos 
A metabolização do Diazepam ter que passar várias e várias vezes no fígado até ser metabolizado, isso tem um lado bom que é durar bastante tempo, porém ele é hepatóxico, difícil metabolização e eliminação e ele continua funcionando. Já o 
MIDAZOLAM passou uma vez no fígado, destruiu, então ele não tem metabolitos ativos, é muito mais fácil e rápido para o fígado metabolizar o midazolam, isso faz com que o midazolam não seja hepatotoxico, porém seu período de duração é menor 
Ambos são eliminados pela urina quando já estão inativados.  
Mecanismo de Ação Benzodiazepínico
Agonista de receptores  
Gabaérgicos. 
Estimulam um receptor chamado  
Gabaérgicos, esse receptor tem  
esse nome porque eles respondem  
a um neurotransmissor chamado  
GABA (GABA = inibidor do  
sistema nervoso central / principal  
neurotransmissor GABA  
inibitório) e ele faz isso através  
desses receptores. Então quando  
eu uso benzodiazepínico, ele  
também se liga nessa estrutura e  
simula uma inibição do sistema  
nervoso. Fazendo com que o  
animal se torne menos responsivo, diminuindo a atividade neuronal então basicamente o benzodiazepínico imita o GABA.  
O que o GABA faz? Na hora que o medicamento age nesse canal, esse receptor abre o  canal de Cloro, esse receptor é um canal de cloro. Toda vez que ligar o GABA ou o Benzodiazepínico começa a entrar cloro na célula. Esse é o mecanismo do GABA e dos Benzodiazepínico.  
Então os receptores Gabaérgicos que são os mesmos receptores benzodiazepínicos são canais de cloro, e quando estimulados se abrem e entra cloro na célula também  
Apliquei o Benzodiazepínico, o que ele faz? Coloca cloro para dentro da célula, cloro é uma molécula negativa e se entra uma negativa e uma positiva fica neutro e aí não atingindo o potencial de ação a informação não vai para o cérebro.  
Estímulos muito lento no cérebro não são registrados a longo prazo. 
Para efeito ANSIOLITICO são quando as pessoas tomam benzodiazepínicos para evitar surtos diminuir a intensidade de suas reações. (Calmante)  
Porém o que difere do efeito Ansiolítico para o efeito Sedativo é a dose, paraefeito ansiolítico é menos e sedativo é uma dose maior 
Na Veterinária usamos para sedar, com efeito sedativo na maioria das vezes e o paciente dorme.  
∙ Benefícios importantes: Relaxamento muscular (miorrelaxante), Anticonvulsivante (esses são os melhores efeitos do Benzodiazepínico)  
∙ Tem um “bônus”, mas nunca se usa um benzodiazepínico na veterinária pensando nesse efeito que é Antiemético.  
∙ Mínimas alterações hemodinâmicas: Não vai ter problemas com FC, Pressão arterial, débito cardíaco etc... Muito seguro do ponto de vista Cardiovascular.  
∙ Características e Efeitos indesejáveis: Efeito Paradoxal é quando ao  invés de você acalmar o paciente, deixa ele “doido”, falar igual doido, ser  agressivo (ruim na veterinária) ou melodramático. – o Benzodiazepínico na veterinária se faz junto com o anestésico de indução para evitar o efeito paradoxal.  
∙ Depressão respiratória: Em doses clinicas não tem problema, já em doses altas a depressão é significativa. Em filhotes isso pode causar parada respiratória... Em cesárea não pode por causar depressão respiratória nos filhotes 
– Benzodiazepínico em cesárea está relacionado ao aumento de mortalidade 
- Evitar em anestesia de neonatos e filhotes por causa do índice de mortalidade por depressão respiratória. 
Remédios que usamos do Benzodiazepínicos:  *não falaremos dos Zolazepam hoje.
Qual é a diferença de Diazepam e Midazolam? Diazepam  é melhor anticonvulsivante, mais hepatotoxico, dura mais tempo,  mais hipotensor e menos potente do que Midazolam. 
– CAI EM PROVA (ruim p cardiopatas e hapatopata) 
Midazolam relaxa a musculatura do que diazepam, mas relaxa por pouco tempo se quer por mais tempo tem que colocar Midazolam em infusão continua porque senão ele acaba porque não tem metabolitos ativo.  
Diazepam dura cerca de 40min 
Midazolam dura cerca de 15min (por causa desse tempo curto o diazepam é utilizado com mais frequência)  
Agora caso se você administrar fármaco de mais os Benzodiazepínico têm Antagonista.
∙ Flumazenil: Corta o efeito imediatamente dos Benzodiazepínicos.  
a2 – Agonistas 
- Rápida absorção: em menos de 10 min IM / SC
-Metabolização hepática 
- Excreção renal 
- Mecanismo de ação
- Sedativo 
- Relaxa a musculatura  
- Analgesia.  
- Esse medicamento é o que mais chega próximo de um anestésico.  
Mas a noradrenalina aumenta com FC, pressão aumenta e se anestesia com isso ele fica hipotenso. 
- É um medicamento muito bom, porém de alto risco.  
∙ Junto com isso ele altera 3 ouras coisas muito importante: 
1º Diminui a ADH - provoca poliúria e isso aumenta a desidratação dos pacientes que não foram submetidos a uma fluido terapia correta.  
2ª Hiperglicemia: Glicemia produzida no pâncreas pelas células Beta. Para liberar insulina precisa ter noradrenalina ligando na célula beta e quando eu inibo a noradrenalina não libera insulina porque não tem noradrenalina ligando na célula beta. Sem insulina a Glicemia sobe. 
3º Aumento e redução da motilidade intestinal: Bifásico
  
Na prática: 
Cachorro/ Gato: Xilazina e 
Dexmedetomidina 
Cavalo: Xilazina ou Detomidina  
 Vaca: Xilazina 
Xilazina é o único fármaco declaradamente que aumenta a mortalidade em anestesia.  Mesmo que ele seja um ASA 1.  
Detomidina é muito mais seletiva. Se liga menos no a1 e pressão sobe menos. Seda melhor, melhor analgesia e menores riscos. 
Dexmedetomidina é a mais seletiva de todas, sobe bem menos a pressão. Específica para o receptor que mantem a vasoconstrição não faz a vasodilatação mesmo na falta de noradrenalina. Tem analgesia próxima a alguns opioides. (Alto custo)  
A mais segura dos três é a DEXMEDETOMIDINA!! 
Mas qual o grande problema da Dexmedetomidina? Ela faz vasoconstrição para manter a pressão. E para isso preciso ter um coração bom, porque se o vaso sanguíneo este pequeno preciso de um coração forte para empurrar sangue para esse vaso e se ele estiver fraco ele não consegue e pode parar.  
Então Dexmedetomidina é bom usar em animais saudáveis  
Antagonistas a2 – Agonistas 
Quando eu faço Xilazina e o animal reage mal eu posso aplicar IOIMBINA? Sim, ela reverte parte dos efeitos.  
Se eu fizer Dexametomidina ou Detomidina e usar IOIMBINA o efeito antagonista é muito  fraco, o ideal seria usar ATIPAMAZOLE (mais caro)  
Então quando vamos usar o2 – Agonista? Quando for fazer anestesias dissociativas para procedimentos cirúrgicos.
Anestesia geral intravenosa
Introdução
Usado em procedimentos ambulatoriais rápidos (raio-x, sondagem, sutura, avaliação da cavidade oral, limpeza de bicheira..), associado à medicação pré anestésica. Anestesias de curta duração. 
Indução anestésica, utilizado para entubar o animal e manutenção (manter animal dormindo). Substituição da anestesia inalatória por meio de infusão contínua (propofol). 
Em silvestres (aves e pequenos roedores) geralmente induzem animais na máscara, pois o acesso venoso é difícil.
Depressão generalizada do sistema nervoso central (SNC) capaz de produzir hipnose, relaxamento muscular e analgesia de forma reversível. 
Fármacos obrigatoriamente feitos em via intravenosa, não pode ser feito intramuscular.  Cuidado com animais muito agitados e agressivos, principalmente em gatos, na hora de pegar o acesso. 
Classificação
• Barbitúricos: 
- Tiopental (fármaco antigo, pouco utilizado) - Potencializa a ação de Gaba. 
• Não barbitúricos: 
- Propofol (alquil.-fenóis); 
- Etomidato (imidazólicos); 
- Alfaxalone (não existente no Brasil). 
Tiopental
• Via de administração somente
intravenosa:  
- Nunca fazer subcutâneo ou intramuscular; 
- Acidentes perivasculares: 
↳ Dor, flebite e necrose; 
↳ Volumes grandes geram área de necrose extensa, gangrena ou necrose do nervo da pata tendo que fazer amputação do membro do animal. 
• Velocidade de administração: 
- Mais veloz: maior concentração cerebral:
↳ Curta duração, lipossolúvel, vai rapidamente para o cérebro. 
- Mais lento: mais rápida indução e recuperação: 
↳ Estágio excitatório. 
- Aplicação bifásica: 
↳ Fazer metade da dose rápida no início e metade lento no final 
· Alta lipossolubilidade:
- Dose única: rápida absorção e recuperação; 
-Taxa de metabolização hepática: 5% /hora, cerca de 20 horas para metabolização completa; 
- No primeiro momento o cérebro recebe muito por receber cerca de 60% do débito cardíaco; 
- Depois ocorre redistribuição do anestésico, tenta igualar a quantidade do anestésico pelo total de gordura no corpo; 
- Saí do cérebro para outras gorduras corporais e quando há essa divisão a quantidade que fica no cérebro é pouca fazendo o animal acordar; 
- Reaplicações: efeito acumulativo; 
- Ao reaplicar volta a ir maior quantidade para o cérebro e a redistribuição é menor por já haver quantidade do anestésico em outras gorduras corporais; 
- Extremamente hepatotóxico (não fazer em hepatopatas); 
- Excreção renal (fração excretada de forma ativa maior, não fazer em nefropatas); - Não fazer em infusão continua devido ao efeito acumulativo. 
	Tecidos e orgãos 
	% Massa Corporal 
	% DC
	Cérebro, coração, rins e fígado 
	10 
	70
	Músculo estriado e pele 
	50 
	25
	Tecido adiposo 
	20 
	4
	Ossos, cartilagens e tendões 
	20 
	1
• Mecanismo de ação: 
- Estimulação de receptores GABA: 
↳ Hiperpolarização da membrana. 
- Alterações dos canais de K+, Ca2+, Na+: 
↳ Redução generalizada da atividade cerebral; 
↳ Anestésico mais potente, alta capacidade de deprimir a função cerebral, efeito neuroprotetor, aumenta a capacidade de regeneração cerebral (coma barbitúrico); 
- Redução da ligação da acetilcolina nos receptores colinérgicos nicotínicos da musculatura: 
↳ Relaxamento muscular; 
↳ Muito utilizado para eutanásia por dar sensação de sofrimento zero para os tutores (sem tremores musculares). 
- Sistema cardiovascular: 
↳ Extremamente depressor do sistema cardiovascular; 
↳ Pacientes debilitados ou hipovolêmicos gera ao aumento da mortalidade; 
↳ Arritmias ventriculares; 
↳ Redução do retorno venoso; 
↳ Redução do débito cardíaco; 
↳ Hipotensão. 
- Sistema respiratório↳ Depressão dose-dependente; 
↳ Reduz a taquipnéia compensatória. 
- SNC 
↳ Neuroproteção; 
↳ Reduz ou não afeta a PIC; 
↳ Reduz metabolismo cerebral. 
• Uso terapêutico: 
- Indução anestésica: 
↳ Latência: 10 a 20 seg. 
- Anestesia de curta duração: 
↳ Desprovido de efeito analgésico; 
↳ Efeito durante 10 a 15 min. 
- Anticonvulsivante: 
↳ Crises convulsivas refratárias ao diazepam e propofol (raro).
• Exemplos de protocolos: 
- Protocolo A - sem MPA (evitar sempre): 
↳ Tiopental isolado 25 mg/kg IV. 
- Protocolo B - com MPA: 
↳ Acepromazina 0,1 mg/kg IM; 
↳ Petidina 2 mg/kg IM; 
↳ Tiopental 12,5 mg/kg IV. 
- Protocolo C - MPA + benzodiazepínico na indução: 
↳ Acepromazina 0,1 mg/kg IM; 
↳ Tramadol 2 mg/kg IM; 
↳ Tiopental 6,25 mg/kg IV; 
↳ Diazepam 0,2 mg/kg ou Midazolam  0,5 mg/kg IV. Propofol 
• Formulação: 
- 1% de princípio ativo; 
- 10% óleo de soja; 
- 2,25% de glicerol; 
- 1,2% de fosfolipídeo de ovo purificado; - Água – qsp.; 
- Solução de fácil contaminação; 
- Abriu tem que usar, recomendação do fabricante é uma ampola por paciente; - Frasco, recomendação do fabricante é um frasco por dia; 
- Se for guardar, colocar em seringa na geladeira, mas é proibido. 
• Via de administração: 
- Exclusivamente por via intravenosa; - Acidente extravascular gera dor no momento apenas. 
• Farmacocinética: 
- Ligação alta a proteína: 
↳ 97 a 98%; 
↳ Fármaco ligado a proteína não tem ação; 
↳ Depende do valor da proteína no paciente; 
↳ Imprevisível enquanto a dose. 
- Rápida distribuição e depuração: 
↳ Indução e recuperação anestésica curta; 
↳ Distribuição na musculatura e em seguida a metabolização e excreção é rápida. 
· Metabolização 
↳ Hepática; 
↳ Renal; 
↳ Pulmonar; 
↳ Intestinal; 
↳ Proteínas plasmáticas. 
↳ Sobrecarga hepática muito menor do que em outros anestésicos. 
· Excreção: 
↳ Renal; 
↳ Pequena excreção biliar (reciclagem entero-hepática, intestino reabsorve joga na circulação e acaba sendo excretado pelo rim - sem lesão).
· Espécie felina: 
↳ Doses repetidas ou infusão contínua prolongada geram dificuldade metabólica; 
↳ Lesão oxidativa nas hemácias; 
↳ Recuperação prolongada; 
↳ Dificuldade de conjugar fenóis. 
• Mecanismo de ação: 
- Agonista gabaérgico (tremor muscular); 
- Agonista glicinérgico (não comprovado). 
• Efeitos sistêmicos: 
- Sistema cardiovascular: 
↳ Mínima alteração na FC; 
↳ Depressão do miocárdio, coração bate  mais fraco gerando hipotensão arterial. Não indicado em cardiopatas graves. 
Classificação de evolução de doenças valvares: Classe A - predisposição genética; 
Classe B1 - não tem remodelamento, sopro pequeno; 
B2 - sopro a partir de grau 3 com  
remodelamento atrial; 
C - Responsivo a tratamento; 
D – Não responsivo a tratamento. 
Arritmia, Insuficiência congestiva, animais em tratamento, não indicado.
· Sistema respiratório: 
↳ Depressão generalizada; 
↳ Dose dependente; 
↳ Velocidade dependente (fazer lento, facilmente revertido com intubação e oxigenação/ventilação). 
- Hepatotoxicidade e nefrotoxicidade reduzida em cães; 
- Hepatotoxicidade moderada em gatos, dependente do numero de reaplicações. 
• Uso terapêutico: 
- Indução anestésica: 
↳ Mais empregado em humanos e pequenos animais. 
- Anestesia de curta duração: 
↳ Desprovido de efeito analgésico; 
↳ Procedimentos ambulatoriais. 
- Anestesia intravenosa total (TIVA): 
↳ Infusão contínua; 
↳ Não possui efeito acumulativo; 
↳ Cara, mas tecnicamente muito boa, necessário mais treinamento; 
↳ Mais utilizada em casos de doenças pulmonares graves (não há inflamação pulmonar como na anestesia inalatória) ou em casos de traumas crânio encefálicos. 
- Retorno mais tranquilo. 
• Exemplos de protocolos: 
- Protocolo A - com MPA: 
↳ Acepromazina 0,1 mg/kg IM; 
↳ Petidina 2 mg/kg IM; 
↳ Propofol 5 a 8 mg/kg IV. 
- Protocolo B - com MPA + quetamina:
↳ Acepromazina 0,1 mg/kg IM; 
↳ Tramadol 2 mg/kg IM; 
↳ Propofol 2 mg/kg IV; 
↳ Quetamina 2 mg/kg IV (ajuda na analgesia e sobe pressão arterial). 
Etomidato 
• Via de administração: 
- Exclusivamente por via intravenosa; - Dor a aplicação (nunca fazer sem opióid na MPA); 
- Contraindicado em cavalos (animal fica imprevisível pela dor). 
• Farmacocinética: 
- Ligação a proteína 
↳ 75%; 
↳ Dose muda pouco em relação a quantidade de proteína no animal; 
↳ Dose mais previsível. 
• Metabolização: 
- Hepática; 
- Proteínas plasmática; 
- Mais dependente da metabolização hepática do que o propofol. 
• Excreção: 
- Renal: 
↳ 84% Metabolizado; 
↳ 3% Inalterado; 
↳ Baixa nefrotoxicidade. 
- Biliar: 
↳ 13%. 
- Não possui efeito acumulativo 
• Mecanismo de ação: 
- Ainda não está completamente esclarecido; - Aumenta o número de receptores GABA disponíveis, potencializa o efeito inibitório; 
- Provavelmente desloca inibidores endógenos. 
• Efeitos sistêmicos: 
- Sistemas cardiovasculares 
- Não altera Frequência Cardíaca, Pressão Arterial, Resistência vascular periférica, Débito Cardíaco, Contratilidade cardíaca 
- Não sensibiliza o miocárdio a catecolaminas (adrenalina e noradrenalina). Mais seguro contra arritmias; 
- Mais cardioestável. 
• Sistema respiratório: 
- Mínima depressão respiratória; 
- Dose terapêutica: taquipnéia e redução do volume corrente; 
- Aumenta a frequência e diminui o volume corrente, respira mais vezes num volume menor; 
- Volume minuto (número de ml de ar por minuto) muito próximo do normal, garante uma respiração de qualidade. 
• Sistema Nervoso Central: 
- Reduz o metabolismo em 50%; 
- Reduz pressão intracraniana (melhora oxigenação do cérebro); 
- Reduz fluxo sanguíneo cerebral; 
- Usado em alguns quadros de hemorragia cerebral (AVC). 
• Sistema endócrino 
- Reduz a cortisolemia por até 6 horas. Inibe a síntese de cortisol com uso prolongado (hipoadrenocorticismo iatrogênico), não fazer infusão contínua ou em animais com hipoadreno; 
- Mioclonia (contração muscular) e vômito, sinais da redução da cortisolemia (aplicar corticoide);
- Alta mortalidade em pacientes sedados por 5 dias; 
- Nunca fazer infusão continua ou em cirurgias muito demoradas. 
• Uso terapêutico: 
- 10 a 15 min; 
 - Indução anestésica de escolha em animais cardiopatas ou em pacientes com comprometimento hemodinâmico (hemorragia importante, histórico de PA baixa); 
- Muito tremor muscular (desconfortável, animal dorme e acorda agitado); 
- Pobre miorrelaxamento (fazer midazolam); - Dificuldade na intubação. 
• Exemplos de protocolos: 
- Protocolo sem grandes variações, muda somente o opióide: 
↳ Tramadol 2 mg/kg IM; 
↳ Etomidato 1 a 2 mg/kg IV; 
↳ Midazolam 0,5 mg/kg IV. 
O midazolam é MPA mas é empregado IV antes do etomidato pra diminuir a excitação e gerar miorrelaxamento para intubação.
Exercício protocolos anestésicos 
• Caso 1: 
Gato com obstrução uretral, creatinina 5, ureia 200, apático, sem outros exames pré-operatórios. 
MPA: 
- Anticolinérgicos: sem bradiarritmia e não pode usar escopolamina. 
- Tranquilizantes: Acepromazina - pode ser usado em dose baixa pois a azotemia é pós renal, porém se caquexia, pelo opaco, é indicativo de hepatopatia prévia e não só pós renal. 
- Benzodiazepínicos: pode ser usado pois  não é gestante ou neonato, precisa ser  usado para efeito anticonvulsivante ou relaxante muscular (anestésicos que não  relaxam a musculatura como etomidato e quetamina), para efeito sedativo para diluir dose de sedativo mas é de escolha do  anestesista. Pode ou não ser usado. 
- Alfa 2 agonista: evitar em pacientes que não tem ecocardiograma pré-operatório, provoca oscilação de pressão arterial (xilazina) ou hipertensão por vasoconstrição (dexmedetomidina) 
- Opióides: sempre usado, se for fazer no ambulatório sem oxigenar o paciente fazer opióide fraco (petidina, tramadol e butorfanol), não fazer butorfanol por ser antagonista Mi e não pode fazer outro opióide mais forte depois, pode haver complicações na passagem de sonda e ter que ir pro centro cirúrgico. Petidina e tramadol podem ser usados sem grandes problemas, petidina seda melhor. 
- Miorrelaxante de ação central: só para equinos. 
- Petidina ou dose baixa de acepromazina,  pode usar midazolamse quiser. 
Indução: 
- Propofol. 
• Caso 2
Fratura de fêmur importante, precisa alinhar a fratura e imobilizar e fará a cirurgia no outro dia, sem exames. 
MPA: Anticolinérgicos: sem espasmo de víscera abdominal e bradicardia. 
Tranquilizantes: pode ter tido grande perda de sangue, propenso a hipotensão, pode ter tido TCE, predispõe a convulsão. 
Benzodiazepínicos: pode ser usado para relaxamento muscular, midazolam mais seguro pois é menos hipotensor e gera maior relaxamento. Alfa 2 agonista: evitar em pacientes que  não tem ecocardiograma pré-operatório,  provoca oscilação de pressão arterial  (xilazina) ou hipertensão por vasoconstrição  (dexmedetomidina)
Opióides: sempre usado, muita dor, fazer  opióide forte, deixar máscara de oxigênio  para a depressão respiratória, morfina ou  metadona, faria morfina se não tiver histórico de histamina, fazer devagar para diminuir chance de vomito, geralmente dor  extrema não gera vomito com morfina, ação mais rápida e deixaria a metadona  para resgate analgésico. Miorrelaxante de ação central: só se for equino 
- Morfina e midazolam. 
Indução: 
- Propofol; se tiver hipotenso fazer etomidato.

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