Buscar

Trypanosoma: Taxonomia e Ciclo de Vida

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Trypanosoma 
TAXONOMIA
Reino (eucarioto unicelular): Protozoa
Filo (locomoção por psuodópodes e/ou flagelo):
Euglenozoa
Subfilo (apresenta um ou mais flagelos): Mastigophora
Ordem : Kinetoplastida
Família: Trypanosomatidae
Gênero: Trypanosoma
INTRODUÇÂO
° Possui um ou mais flagelos- presença da bolsa flagelar
° Mitocôndria percorrendo todo o corpo celular-
diferenciação mitocondrial
° Presença do cinetoplasto- região especializada da
mitocôndria constituída por moléculas de DNA circulares
concatenadas (condesado)
° Centenas de espécies em todo o mundo
° Grande variabilidade de hospedeiros vertebrados –
mamíferos, aves, répteis, peixes, anfíbios
° Grande variabilidade de hospedeiros invertebrados-
moscas, mosquitos, barbeiros (animais domésticos),
pulgas, carrapatos (estes geralmente estão relacionados
com animais silvestres)
° Dependendo da espécie, pode ser específica ou não em
relação ao hospedeiro
GÊNERO TRYPANOSOMA
° O gênero Typanosoma é muito amplo logo foi dividido
em duas secções:
 - Secção Stercoraria- com transmissão contaminativa-
através das fezes do barbeiro o parasita pode sair e
contaminar, por exemplo, as mucosas
 > Subgêneros:
 = Schizotrypanum (T. cruzi)- principal
 = Herpetosoma (T. lewisi)- em animais silvestres
 = Megatrypanum (T. theileri)- parasita de
ruminantes
 > CICLO:
 - Principais vetores são os barbeiros – desenvolvimento
de estação posterior-> multiplicação no sistema
digestório-> migração para o reto-> eliminação pelas
fezes-> transmitida por tabanídeos, melofagídeos (tsé-
tsé) e hemípteros reduvídeos-> T. theileri, T.
melophagium (ambos não patogênicos) e T. cruzi->
transmissão contaminativa
 - Quando o inseto contaminado defeca as formas
tripomastigotas metacíclica, essas formas irão adentrar
a pele do animal-> essa formas vão chegar na corrente
sanguínea e vão procurar células do sistema fagocitário
(principalmente macrófagos, neutrófilos)-> através da
emissão de pseudópodes, esses macrófagos vão
internalizar essas formas de tripomastigota dentro de
um vacúolo parasitóforo-> dentro do vacúolo, os
lisossomos vão secretar o seu conteúdo ácido com o
intuito de matar o parasita, mas isso irá favorecer a
mudança do tripomastigota-> com isso, irá se
transformar em forma amastigota (no HV), que irá se
multiplicar intensamente por fissão binária-> antes da
forma amastigota romper a célula, ela se transforma
em tripomastigota sanguínea (na Leishmania, a própria
tripomastigoa irá romper e infectar a célula)-> essa
forma irá infectar novos macrófagos-> quando um
barbeiro que não está infectado fizer o repasto, irá
adquirir essas formas, que vão se deslocar para o
intestino-> onde irão se transformar em epimastigota
(no HI)-> depois irá para a porção final do intestino e
sofrerá o processo de metaciclogênese, ou seja, se
transformará em tripomastigota metacíclica que sairá
pelas fezes.
 - Secção Salivaria- com transmissão inoculativa-
através da saliva, no momento da picada, onde o
parasita vai ser inoculado (pelas moscas) no momento
do repasto sanguíneo
> Subgênero:
 = Duttonella (T. vivax)- Importante no Brasil, em
ruminantes
 = Pycnomonas (T. suis)
 =Trypanozoon (T. brucei, T. evansi, T. equiperdum)
 = Nannomonas (T. congolense)
 T.brucei e T. congolense (presentes no continente
africano)- causa a doença do sono nos seres
humanos; são transmitidos pela mosca tsé-tsé T. evansi e T. equiperdum- acometem equinos,
causa o “mal das cadeiras”
 > Multiplicação no sistema digestório e probóscide->
mosca tsé-tsé-> T. congolense, T. vivax e T. brucei->
transmissão inoculativa
 > CICLO:
 Ciclo simples- mosca infectada terá tripomastigota
metacíclica na sua probóscide (forma infectante)- no
momento do repasto sanguíneo, essa forma é
transmitida para o hospedeiro pela saliva-> a forma
tripomastigota metacíclica vai ficar na corrente
sanguínea e não vai entrar na célula-> fica o tempo todo
fora da célula-> outra mosca que não está infectada vai
adquirir a forma tripomastigota metacíclica no
momento do repasto sanguíneo-> quando essa forma
chegar ao intestino da mosca, irá se transformar em
epimastigota, forma em que pode se multiplicar; essa
forma possui o flagelo perto do cinetoplasto, sai
posterior ao núcleo, é um pouco menor-> quando a
epimastigota se multiplica no intestino do inseto, ela irá
para a região da probóscide, onde irá se diferenciar em
tripomastigota metacíclica-> no momento do repasto
sanguíneo, a mosca vai ingerir essa forma e infectar o
próximo mamífero-> reinicia o ciclo
 = Possui 3 formas principais: a tripomastigota
sanguínea/ sanguícola (no mamífero); Epimastigota
(única forma que consegue se multiplicar, somente no
inseto); e a Tripomastigota metacíclica (forma
infectante)- formas cíclicas (ciclo completo quando
acontece dentro da mosca)
 *No Brasil só há a forma tripomastigota sanguínea
(transmitida por manejo inadequado)- forma acíclica (T.
vivax)
 * Ciclo biológico da T. brucei e T. congolensis
 - Glossina sp. (mosca)-> injeta tripomastigota
metacíclica-> pode ir para o sistema linfático e corrente
sanguínea -> lá irá se transformar em tripomastigota
sanguícolas-> essa forma fica o tempo todo na corrente
sanguínea formando um quadro de parasitemia (animal
altamente parasitado)-> devido a a movimentação no
sistema circulatório, o parasita pode ir para outros locais
do corpo, como: fluidos (linfa e líquido cerebroespinhal)->
se multiplicando por fissão binária-> ciclo inteiro é feito
por estágios extracelulares.
 - A infecção da mosca tsé-tsé se dá no momento do
repasto sanguíneo
 - Se transformam em epimastigota,atingem a
glândula salivar (se for T. brucei) ou para a probóscide
(se for T. congolense), e multiplicam por fissão binária->
se transformam em tripomastigota metacíclica (ciclo no
inseto: 3 semanas)-> reinicia o ciclo = ciclo biológico cíclico
TIPOS DE TRANSMISSÃO
° Transmissão cíclica: HI artrópode (moscas ou barbeiros)
° Transmissão acíclica: vetor mecânico- probóscide suja
que irá infectar outros animais, sem ciclo dentro da
mosca
° Transmissão venéria: no momento do coito são
transmitidas as formas tripomastigotas sanguíneas; T.
equiperdum (em equinos)
° Transmissão oral: por carnivorismo (em animais)-
carcaça fresca ou órgão de animais mortos; em
humanos- pelo açaí, caldo de cana. 
TRYPANOSOMA CRUZI
 O PARASITA
° Parasita heteróxeno
° Desenvolve-se no tubo digestivo de triatomíneos
(hemípteros hematófagos (HI)- barbeiros), no sangue e
nos tecidos de diferentes mamíferos (HV)
° Multiplicam-se por fissão binária (assexuada)- tanto
no interior do inseto quanto no HV
° Antigamente era restrito ao ambiente silvestre.
Quando o homem invadiu esses ecótopos e se fez incluir
no ciclo epidemiológico da doença
° Ciclo silvestre: animal (reservatório) fica com o
parasita na corrente sanguínea, depois o barbeiro se
alimenta e se infecta- gambá, tatu, roedores, tamanduá,
preguiça, morcegos, macacos, etc
° Ciclo paradoméstico: animais domésticos- cão, gato,
porcos
° Ciclo doméstico: homem-homem (triatomíneo
domiciliado)
 FORMA TRYPOMASTIGOTA
° Tanto a sanguínea quanto a metacíclica são formas
extracelulares
° Extremidades afiladas
° Flagelo na extremidade anterior- conduz o movimento,
surge próximo ao cinetoplasto
° Bolsa flagelar e cinetoplasto na extremidade posterior
° Possui membrana ondulante
° Núcleo na porção central
° Não se reproduz
 FORMA EPIMASTIGOTA
° Forma alongada e levemente achatada
° Cinetoplasto localizado na extremidade posterior do
corpo
° Flagelo emerge de uma bolsa flagelar e se adere ao
longo da extensão do corpo celular
° O flagelo torna-se livre na região anterior
° Se reproduzem
 FORMA AMASTIGOTA
° São intracelulares
° Flagelo internalizado dentro da bolsa flagelar
° Mitocôndria alongada
° Formato arredondadoe ovóide
° Capazes de se multiplicarpor divisão binária simples
° Não há flagelo livre
>>> No hospedeiro invertebrado serão encontradas as
formas tripomastigota metacíclico e epimastigota.
>>> No hospedeiro vertebrado serão encontradas as
formas amastigota e tripomastigota
ANIMAIS RESERVATÓRIOS
° No âmbito silvestre, mais de 100 espécies foram
descritas entre marsupiais, xenartos, morcegos
carnívoros, lagomorfos, roedores e primatas não-
humanos= conseguem albergar o parasita, mas não
adoecem
° O gambá, um dos reservatórios silvestres mais
importantes; desempenha um papel relevante na
epidemiologia da doença de Chagas, uma vez que este
marsupial circula no ambiente silvestre, peridoméstico e
doméstico em busca de alimento.
° Cães e gatos mantem o ciclo doméstico da infecção
° Ratos domésticos, camundongos e cobaias, além de
porcos e caprinos também podem ser infectados pelo T.
cruzi.
PRINCIPAIS VETORES
° Os principais vetores são os barbeiros hematófagos: 
 - Panstrongylus sp.
 - Triatoma sp.
 - Rhodnius sp.
° Todos os estágios do inseto são hematófagos e
transmissores
MECANISMOS DE TRANSMISSÃO
° Vetorial: pela picada, de maior importância
epidemiológica. Forma infectiva: tripomastigota
metacíclico
° Transfusional: importante nas áreas urbanas. Forma
infectiva: tripomastigota sanguínea
° Acidental: inoculação por agulha ou contato da mucosa
de material contendo tripomastigotas
° Congênita: importância relativa. Forma infectiva:
tripomastigotas diferenciados a partir de ninhos de
amastigotas na placenta- passa para o feto
° Ingestão: leite materno, açaí, alimentos contaminados
por fezes de triatomíneos, canibalismo. Forma infectiva:
tripomastigotas
° Transplante de órgãos: pode resultar em doença aguda
grave. Forma infectiva: amastigotas
CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA (em humanos)
° Forma cardíaca
° Forma digestiva: megaesôfago e megacólon
° Forma assintomática ou indeterminada
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
° Xenodiagnóstico
° Gota espessa
° Histopatologia
° isolamento do parasita em cultura
° RIFI
° Diagnóstico molecular
° Cultura axênica
CONTROLE
° Por meio de informação, educação e comunicação
° Tratamento etiológico
° Cuidados médicos
° Construções de casas adequadas 
° Controle do vetor com inseticidas, repelentes
° Evitar acúmulo de lixo
° Diagnóstico adequado
° Intensificação da vigilância sanitária e inspeção na
produção de alimento

Continue navegando