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Sorologias na gravidez Sífilis DEFINIÇÃO Doença infecto-contagiosa Sexualmente transmissível Acometimento sistêmico e crônico, com períodos de reagudização intercalados com fases de latência AGENTE ETIOLÓGICO Treponema pallidum É uma bactéria espiroqueta Infecta o corpo humano sistemicamente, tendo em vista sua capacidade de acometer praticamente todos os tecidos Notificação compulsória TRANSMISSÃO Via sexual É a principal forma de transmissão Deve-se orientar o tratamento do paciente e dos parceiros Tranfusão sanguínea Transmissão vertical Sífilis congênita QUADRO CLÍNICO CONFORME FASE PRIMÁRIA SECUNDÁRIA LATENTE TERCIÁRIA Ocorre a formação de uma úlcera na região genital, mamas, lábios e língua Aparece no local em que houve contato com a bactéria Costuma ser indolor e se resolve espontaneamente Sobre a lesão característica Cancro duro: consiste em lesão única e indolor É altamente infecciosa Ocorre algumas semanas (4-8) após a manifestação primária Surgem lesões de pele, principalmente nas palmas das mãos e planta dos pés, pela disseminação hematogênica É de difícil diagnóstico Costumam desaparecer sem tratamento Pode estar acompanhada de febre, adenomegalia e alopécia Toda manifestação cutânea sem causa determinada deve ser investigada com teste para sífilis Ocorre após a fase secundária e o paciente não apresenta qualquer sintoma A doença ainda pode ser transmitida A duração é variável, gerando uma classificação Precoce: menos de 2 anos Tardia: mais de 2 anos Pode ser indeterminada O diagnóstico nesse estágio é apenas sorológico Ocorre o acometimento sistêmico, variando o quadro conforme o local acometido Podem ocorrer lesões de pele, cardíaca e cerebrais Ocorrem após 2 anos até décadas após 2ª fase DIAGNÓSTICO LABORATORIAL PROVAS DIRETAS PROVAS SOROLÓGICAS DEFINIÇÃO Demonstram a presença do treponema São definitivas, pois não estão sujeitas à falso- positivo INDICAÇÃO Fase inicial, quando os microorganismos estão em grandes concentrações Sífilis primária e secundária Positivam apenas quando há lesão EXAME DE CAMPO ESCURO É o padrão ouro de diagnóstico Consiste no exame direto da linfa da lesão Visualização do treponema vivo em microscópio Baixo custo Rápida execução Definitivo Sensibilidade de 74-94%, conforme experiência do avaliador PESQUISA COM MATERIAL CORADO De forma geral, é feita lâmina com materiala e corado com técnica específica Fontana-Tribondeau Método de Burri Giemsa Levaditi adição de prata tinta nanquim torna treponema pálido adição de prata em cortes histológicos IMUNOFLUORESCÊNCIA DIRETA É altamente específico, com sensibilidade >90% DEFINIÇÃO Pode ser classificado conforme o tipo de anticorpo detectado Testes não treponêmicos Testes treponêmicos Detecção as reaginas, anticorpos específicos para IgM e IgG contra cardiolipina Detectam anticorpos específicos contra a T.pallidum São úteis para rastreamento e evolução de tratamento São úteis para confirmação diagnóstica TESTES NÃO-TREPONÊMICOS TESTES TREPONÊMICOS VDRL Veneral Disease Research Laboratory Utiliza os antígenos Lecitina Colesterol Cardiolipina purificada A cardiolipina é constituinte da membrana plasmática de mamíferos É liberada após o dano celular da T.pallidum Detecta especialmente os anticorpos contra cardiolipina É um teste de título, ideal para acompanhamento Pode estar negativo na sífilis primária Baixa sensibilidade para formas tardias Alta sensibilidade para sifilis secundária Falso-positivo Transitórias Permanentes Negativam após 6 meses Mantém positivo após 6 meses Infecções Pós-vacinação Medicamentos Transfusão de hemoderivados Gravidez Idosos LES Síndrome antifosfolipídica ou coalgenoses Hepatite crônica Drogas ilícitas injetáveis Hanseníase Malária TESTES RÁPIDOS Utilizam punctura do quirodáctilo Dá resultado em 60 minutos Denominado teste de reagina plasmática rápido FTA-abs MHA-TP TPPA TESTES MOLECULARES Padrão ouro dos treponêmicos EXAME Pode ser feito a partir de análise de soro ou plasma Técnica empregada: imunofluorescência indireta INDICAÇÃO Confirmação de reatividade após testes não- treponêmicos positivos Diagnóstico de sífilis tardia Não-treponêmicos possuem baixa sensibilidade, nesses casos É o primeiro a positivar após a infecção Mantém positivo por anos ou toda a vida TESTES RÁPIDOS Testes de imunocromatografia Teste por hematoaglutinação Aglutinação de partículas Reação de amplificação do DNA por PCR Positivam após 10 dias do aparecimento do cancro Útil na sífilis congênita e neurossífilis detecta IgM, IgG e IgA Resultado em 20 minutos Caso negativo, não exclui o diagnóstico EXAME DE LIQUOR INDICAÇÃO Diagnóstico de sífilis cm sintomas neurais Reações sorológicas com títulos elevados após tratamento correto Recomenda-se também se Sífilis latente tardia Pacientes com HIV-positivo Neurossifilis não ocorre apenas na sífilis terciária DIAGNÓSTICO Combina positividade sorológica, aumento da celularidade e proteína LCR aumentada Prova sorológica mais comum é o VRDL, mas pode ser FTA-abs SÍFILIS CONGÊNITA DIAGNÓSTICO A partir da observação por provas diretas anaisar lesões, líquidos corporais ou tecidos Pode ser realizado teste do sangue periférico do RN ou do cordão umbilical RN Recebe os anticorpos IgG da mãe, porém não o IgM Sorologia quantitativa periódica FTA-abs-IgM Diminui em 6 meses VDRL Indicando carga viral igual ou maior que da mãe (4x) RESULTADOS Pode indicar cicatriz sorológica Persistência de títulos baixos em pacientes tratados corretamente Pode permanecer por anos Para o controle de cura é solicitado após 30 dias do término do tratamento Cura sorológica Queda dos títulos de uma das duas formas Duas diluições Diminuição de quatro vezes o título Toxoplasmose EPIDEMIOLOGIA É uma infecção muito comum com apresentação clínicas mais rara Casos crônicos possuem estimativa de 10-75% na população (mundial) Notificação compulsória AGENTE ETIOLÓGICO Toxoplasma gondii Protozoário com 3 formas durante o ciclo de vida, sendo as três infectantes Taquizoítos Bradizoíto Ocorre na fase aguda ou de reagudização Atravessa placenta e infecta o feto Esporozoíto Se encontra nos oocistos, formados exclusivamente pelos felinos Tem tropismo por tecido nervoso e muscular Se encontra nos tecidos dos seres humanas e demais animais infectados TRANSMISSÃO Via oral e congênita, principalmente Pode haver transmissão por inalação de aerossóis, inoculação acidental, transfusão e transplante A causa mais comum em humanos é o consumo de carne contaminada mal passada QUADRO CLÍNICO Maioria assintomático Podem ocorrer sintomas inespecíficos A doença pode reativar em casos de imunocomprometimento especialmente mulheres grávidas FASES DE INFECÇÃO AGUDA CRÔNICA Os oocistos são degenerados pelo suco gástrico, liberando os esporozoítos Transformam-se nos taquizoítos São flagelados Os parasitas que resistiram ao sistema imune formam bradizoítos, que são cistos RASTREIO GESTANTES MS Recomenda triagem sorológica na primeira consulta e no último trimestre Solicitar IgM e IgG e, caso positivo, avidez Confere pré-natal de alto risco TOXOPLASMOSE CONGÊNITA 85% dos RN com toxoplasmose congênita não possuem sintomas Quanto menor IG maior o dano Quanto maior IG maior o risco de infecção Ocorre apenas se gestante estiver em fase aguda ou reagudização Não contraindica amamentação Primeiro TRI Comumente lei do tudo ou nada Pode evoluir com RCIU, prematuridade, anormalidade liquórica e cicatriz retinocoroidite Em caso de não tratamentos, sequelas tardias são muito frequentes DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Pode ser solicitada a identificção do parasita Imunofluorescência indiretaDetecção sorológica de IgM e IgG Hemaglutinação Pode ser indireta ou direta ELISA Capturam IgM e IgG Teste de avidez IgG Utilizado para discriminar infecção aguda e crônica Anticorpos de fase aguda apresentam baixa afinidade, portanto, baixa avidez Alta avidez indica infecção há mais de 3 meses <30% >60% Resultado intermediário (30-60%) Não permite esclarecer período da infecção PCR Mais utilizado em pacientes imunocomprometidos PCR negativo não exclui doença PERFIL ANTICORPOS I II III Presença de IgM e IgG de baixa avidez IgM: Aparece as duas primeiras semanas Pico em 4-8 semanas IgG: pico em 1 a 2 meses Período de transição Níveis elevados de IgG, com aumento da avidez Níveis reduzidos de IgM Infecção latente ou crônica Apresenta apenas IgG de alta avidez geralmente em baixos titulos CONDUÇÃO GRÁVIDA IgM e IgG positivos Iniciar o tratamento Solicitar avidez de IgG Apenas IgM positivo Pode ser infecção aguda ou falso-positivo Iniciar tratamento DIAGNÓSTICO POR AMNIOCENTESE É realizada apenas da 16-20 semanas PCR do líquido aminótico Rubéola Hepatite B HISTÓRICO Em abril de 2015 a Organização Pan-Americana da Saúde declarou américa livre da rubéola e síndrome da rubéola congênita AGENTE ETIOLÓGICO Rubivirus Família Togaviridae É altamente contagioso e causa doença aguda QUADRO CLÍNICO Pode ocorrer aborto ou natimorto RN apresentam tríade de malformação Surdez Malformação cardíaca Catarata Na gestante Febre baixa Exantema maculopapular cranio-caudal Poliartralfia, conjutivite, coriza e tosse Imunidade nos adultos é conferida por IgG e IgA Contágio mãe-feto Apenas em primeira infecção Maior risco de infecção e alteração até a 8ª semana Após a 12ª o risco diminui Apresenta secreção respiratória e urinária do vírus por anos EXAMES LABORATORIAIS Titulação IgM e IgG O IgG é transferido pela placenta, conferindo proteção por 3-6 meses Podem ser feitos diferentes tipos de teste Fixação de complemento Inibição de hemaglutinação Radioimunoensaio ELISA ANTICORPOS IgM IgG Sua presença indica infecção recente Não positiva em reinfecção São detectados até 28 dias após o exantema São detectados após o desaparecimento do exantema Permanecem detectáveis por toda a vida INTERPRETAÇÃO DOS EXAMES GESTANTE Pós-natal Gestante sintomática Gestante assintomática IgM + IgM - Inconclusivo Coletar segunda amostra de sangue Descartar caso Coletar segunda amostra de sangue 1º ao 4º dia IgM + Confirmar caso IgM - Solicitar IgG IgG + Descartar caso IgG - Colher segunda amostra após 7-21 dias Verificar se houve soroconversão 5º ao 28º IgM + IgM - Confirmar caso e acompanhar Descartar caso Até 27 dias IgM + IgM - Acompanhar caso Solicitar IgG IgG + IgG - Não suscetível Colher segunda amostra IgM + IgM - Acompanhar Descartar e vacinar após o parto 28 a 42 dias IgM + Acompanhar caso IgM - Solicitar IgG INTERPRETAÇÃO EXAMES RN Colher amostra logo após o nascimetno ou suspeita Notificar e vacinar IgM + IgM e IgG - IgM - e IgG + Confirmar Descartar Coletar segunda amostra após 3 meses IgG manteve ou aumentou IgG diminuiu Confirmar Descartar VACINAÇÃO Antígeno recombinante de superfícia: AgHBs Via intramuscular Esquema: 0- 30 dias - 6 meses (entre 1ª e 3ª) Aplicar no RM nas primeiras 24h Gestantes não vacinadas devem receber as 3 doses Caso de esquema incompleto: completar e não reiniciar AGENTE ETIOLÓGICO Vírus da família Hepadnaviridae Material genético: DNA de dupla fita parcial Composição Envelope lipoproteico com antígeno de superfície AntiHBs Capsídeo composto por AntiHBc e AntiHBe composto por 3 tipos de proteína CICLO O HBV infecta primariamente os hepatócitos São internalizados por endocitose, ocorrendo a fusão do envelope à membrana O vírus adentra pelo poro nuclear e libera o genoma O DNA viral é integrado e inicia-se a produção de proteínas virais Os novos vírus podem retornar para núcleo ou serem liberados como vesícula (compelxo de golgi) TRANSMISSÃO Via parenteral Via sexual Solução de continuidade Transmissão vertical agulha, seringa, secreção vaginal e leite materno QUADRO CLÍNICO Pacientes anictéricos em fase aguda A cronificação é definida pela presença do vírus por mais de 6 meses Mais comum se adquirido por infecção vertical Pode evoluir para cirrose e hepatocarcinoma É de notificação compulsória HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA AGUDA CRÔNICA Início Aumento das aminotransferases Sintomas de infecção viral inespecífica Leves alterações do TGI Forma ictérica Ocorre com a evolução da doença Após isso segue para covalescença, com melhora progressiva do quadro Detecção viral O DNA viral pode ser detectado após um mês Por seis semanas os níveis costumam ser baixos RESPOSTA HUMORAL Anticorpos Anti-HBcAg-IgM surgem precocemente Mais tardiament surgem Anti-HBcAg-IgG Persiste por toda a vida do paciente DEFINIÇÃO Presença de HBsAg no soro por seis meses ou mais Confirmado também pela ausência de AntiHBs EPIDEMIOLOGIA Evolução mais comum em caso de infecção vertical ou durante a infância A transmissão vertical depende do estado imune e carga viral da mãe INFECÇÃO OCULTA Em pacientes negativos para HBsAg Mais comum em usuários de drogas injetáveis, imunodeprimidos e pacientes em hemodiálise FASES IMUNOTOLERÂNCIA IMUNORREAÇÃO PORTADOR INATIVO REATIVAÇÃO Elevada replicação viral O sistema imune mantém em estado de tolerância Não há evidência de dano celular Transaminases normais ou limítrofes Há esgotamento da tolerância imune Ocorre agressão aos hepatócitos e consequente aumento das transaminases Níveis baixos ou indetectáveis de replicação viral Normalização das transaminases Sorocorversão para anti-HBe Inicia novamente a replicação viral ANTICORPOS IgM IgM-anti-HBc Marcadores de início da infecção IgM-antiHBe e anti-HBs Indicam uma resolução favorável para a infecção são sinais de que a imunidade a longo prazo está sendo desenvolvida Anti-HBs Realizam a imunização São estimulados pela vacinação Laboratorial HBeAg + Elevados índices de HBV-DNA sérico Costuma ser mais longa em caso de infecção vertical Anti-HBe marca a finalização dessa fase Laboratorial HBeAg - Anti-HBe + Menores índices de HBV-DNA sérico Laboratorial Níveis baixos ou indetectáveis de HBV-DNA sérico Essa fase indica bom prognóstico Ocorrem pela mutação da região do capsídeo ou do promotor HBsAG É produzido em grandes quantidades e pode ser detectado após de 30 dias da infecção A cronificação da hepatite é definida pela persistência após 6 meses HBcAg Aparecem após 45 dias da positivação do HBs Primeiro a aparecer, cerca de 2-8 semanas antes da icterícia Ácido nucleico viral Detectado por PCR em tempo real Principal marcador de infecção vigente Deve-se pesquisar bimestralmente Anti-HBc Indicam contato prévio com o agente, visto que o anticorpo c não é estimulado pela vacina Não é pesquisado laboratorialmente É o primeiro anticorpo formado IgM: 4 semanas antes de icterícia Não confere imunidade Também se mantém por mais de seis meses na infecção crônica HBeAg Indica replicação viral e está em alta produção quando há alta transmissibilidade Anti-HBeAg Raramente produzido em caso de hepatite crônica, sendo produzido tardiamente nesses casos Anti-HBsAg Detectado após semanas ou meses da queda do HBsAg Indica cura e imunidade definitiva NUNCA detectados simultaneamente TRATAMENTO Objetiva prevenis cirrose, hepatocarcinoma e óbito Consiste na supressão da replicação viral PRÉ-NATAL 1ª cosulta 3º trimestre Maternidade Sorologia HB, Sífilis e HIV Sorologia HBV e HIV teste rápido HIV, HBV, e VDRL TRANSMISSÃO VERTICAL Únicos que ultrapassam placentaAnti-HBcAg HBeAg Não produz imunidade e não causa infecção Essa exposição precoce leva à fase de imunotolerância
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