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Exame ortopédico Funções do sistemA LOCOMOTOR - Sustentação; - Movimento; - Hematopoiese; - Homeostase de minerais; - Matriz óssea acumula cálcio, mas o cálcio é primariamente utilizado para neurotransmissão e contração muscular; - Depois, formam a matriz óssea > em uma carência de cálcio, ossos doam cálcio para circulação sistêmica para poder prover cálcio para neurotransmissão e contração muscular > causa dano à matriz óssea. Planos, posições e direções relativas Nomina Anatômica Esqueleto axial: - Sustentação; - Pouco envolvido com o movimento; Esqueleto apendicular: - Membros locomotores torácicos ou pélvicos. Esqueleto visceral ou esplâncnico: - Osso peniano > regrediu em alguns mamíferos, mas em alguns deles, permanece. Componentes - Esqueleto ósseo é conectado por tecido mole > interconexão não é apenas anatômica, mas também funcional; - As vezes lesão não atingiu ainda a parte óssea, mas sim ao tecido mole > também leva a sinais de problemas ortopédicos. Tendões: - Tecido conjuntivo fibroso; - Ligam os músculos aos ossos; - Musculatura termina de forma afunilada no tecido fibroso > tecido fibroso faz uma inserção normalmente em alguma protuberância/concavidade óssea = tendão; - Investigar quando houver lesão muscular. Ligamentos: - Fibras de colágenos; - Conexão entre ossos > ex.: joelho – tíbia e fêmur; - Investigar quando houver lesão em extremidades distais ou proximais. Articulações sinoviais: - Cápsula articular e líquido (sinóvia) > faz a lubrificação e a manutenção da saúde da cartilagem sinóvia; - Associação entre todas as outras estruturas; - Permitem a movimentação do esqueleto; - Investigar quando houver lesão articular. Atendendo ao paciente com claudicação - Claudicação = mancando; - As vezes o problema pode ser neuronal e não ortopédico > as vezes pode ser os dois; - Para o animal se locomover normalmente, precisa estar com tudo funcionando bem > articulações, músculos, ligamentos, tendões, nervos; - Queixas de claudicação > pode haver lesão ortopédica (tecido ósseo ou tecido mole) ou neurológica (sistema nervoso que permite o movimento) ou uma lesão combinada (ortopédica + neurológica). Prioridade no atendimento - Animal com fratura exposta x animal inconsciente > atende o inconsciente primeiro; - Avalia-se o nível de consciência do animal para estabelecer a prioridade; - TPR; - Nível de consciência; - Anamnese simplificada > CAPUM. Estado geral: - Avaliação do estado nutricional; - Avaliação das mucosas; - Avaliação dos linfonodos. Exame clínico ortopédico Afecções locomotoras: - Importância: prevalência em cães e gatos, machos e fêmeas > em machos é mais frequente, por conta da característica comportamental do gênero de serem mais errantes; - Emergências > precisa de intervenção terapêutica imediata; - Urgências > pode aguardar até o estado de estabilização; - Emergência ortopédica é diferente de emergência geral > fraturas expostas consideráveis. - Fratura exposta antes era classificada como uma solução de continuidade entre o osso e o ambiente; - Classificação mudou. Emergência ortopédica (urgência). Exame clínico: Objetivo: - Localizar a doença: · Óssea; · Articular; · Em tecidos moles. Cuidado com trauma: - Ortopédico vs. Neurológico; - Ortopédico + neurológico. Assinalamento: - Espécie > caninos mais acometidos; - Raça > displasia coxofemoral > pastor alemão, rottweiler; - Idade > doença de Legg-Calvé-Perthes ou necrose asséptica da cabeça do fêmur > acomete mais animais de raça Toy, em animais que estão crescendo, abaixo de 1 ano de idade. Anamnese: - Queixa principal; - História clínica: · Data ou idade de início; · Tempo de evolução; · Recorrência de episódios; · Possibilidade de traumatismos; · Identificação de membro locomotor acometido; · Ocorrência em outros animais da casa ou ninhada. Exame físico: - Inspeção > técnica que menos incomoda o paciente; - Palpação; - Testes de amplitude e movimento; - Métodos auxiliares. Inspeção – animal em movimento: - Observar pela frente e por trás; - Animal abaixa e eleva a cabeça: · Levanta a cabeça quando o membro acometido toda o solo; · Cabeça em posição anatômica quando o membro ileso toca o solo; · Significado: claudicação do membro torácico. - Passo encurtado: · Passo mais curto, diminuição do movimento; · Significado: doença articular. - Movimentação oscilatória ou de rebatimento: · Ao andar para frente tenta flexionar o membro, mas não consegue; · Solução: rebater o membro para fazer o deslocamento; · Significado: doença articular degenerativa severa na articulação do cotovelo. - Alternância de apoio quando em posição quadrupedal: · Significado: lesão bilateral. Inspeção – animal parado: - Lesões; - Tumefações; - Sinais de atrofia muscular: · Unilateral; · Bilateral. - Animais com lesões crônicas em membro pélvico: · Hipotrofia dos membros pélvicos; · Hipertrofia dos membros torácicos. - Desalinhamento ósseo e articular. Palpação: - Ossos, articulações e músculos; - Há edema? - Há dor? - Como está a amplitude de movimentos? - Sinais clínicos de fratura/inflamação > tumor, rubor, dor, crepitação e perda de função > levam ao diagnóstico de fratura. Membro torácico Marcos anatômicos do membro torácico: - Inicia o exame da unha e progride até a porção proximal da escápula; - Osso acessório do carpo; - Epicôndilo lateral do úmero (ELU); - Olecrano; - Tríceps braquial; - Tubérculo maior do úmero; - Acrômio; - Espinha da escápula. Testes de amplitude: Cotovelo: Padrões de ângulos ganiométricos: Ombro: Extensão do ombro. Hiper flexão do ombro. Membro pélvico Marcos anatômicos do membro pélvico: - Inicia o exame da unha e progride até o coxal; - Calcâneo (CAL); - Parte distal da tíbia (PDT); - Espaço entre PDT e CAL; - Tubérculo tibial; - Distância entre os côndilos femorais; - Região do ligamento patelar; - Patela; - Trocanter maior; - Tuberosidade isquiática; - Asa do íleo. Testes de integridade: Complexo do tendão de Aquiles: Compressão do gastrocnêmico > se não provocar flexão indica lesão no tendão de Aquiles. Joelho em extensão, tarso em flexão, observa-se o tensionamento. Teste de luxação da patela: Segura na extremidade distal do membro, coloca o dedo na patela, faz a rotação do membro no sentido medial e empurra a patela em sentido lateral. Se houver arrasamento do sulco patelar, irá sentir a patela saindo do sulco e saindo para fora. Como a patela luxou para o sentido lateral, é uma luxação lateral de patela. Teste para ligamentos colaterais – lateral e medial: - Previne o movimento de lateralidade excessivo. Mantém o joelho completamente estendido, faz a abdução e adução da tíbia. Observa se o movimento é exacerbado > se for exacerbado, ocorreu lesão em ligamento colateral. Teste direto para ruptura de ligamentos cruzados: - Geralmente as rupturas ocorrem no ligamento cruzado cranial, por ser mais delgado. Teste de gaveta. Isola a articulação do joelho, mantendo-o em flexão, dedo indicador de uma mão sobre a patela e dedo indicador da outra mão sobre a crista tibial, isola a porção distal do fêmur e porção proximal da tíbia. Move o fêmur para frente e tíbia para traz e vice-versa. Movimento exacerbado indica ruptura do ligamento cruzado. Teste de compressão tibial. Membro em posição neutra incialmente, coloca a mão sobre a crista tibial e com outra mão provoca o movimento de flexão do metatarso. Anatomicamente, calcâneo se move para baixo e puxa o músculo gastrocnêmico, que é flexionado. Se o ligamento cruzado cranial está rompido, movimento cranial exacerbado ocorrerá. Teste para luxação coxofemoral: - Luxação = extremidade óssea dentro da cápsula articular de outro osso, sai do posicionamento anatômico e adquire outro posicionamento. - Teste: · 1º: polegar no espaço caudal ao trocanter maior; · 2º: rotação externa do fêmur. - A e B: · Resultado: trocanter maior desloca o polegar; · Interpretação: não há luxação. - C e D: · Resultado: trocanter maior rola sobre o polegar; · Interpretação: há luxação. Teste de Ortolani. Emdecúbito lateral, faz o isolamento do fêmur, pressiona o fêmur em direção à outra mão e faz a abdução do membro ao mesmo tempo. Sente crepitação > sinal de instabilidade da articulação coxofemoral, ligada à displasia coxofemoral. Outra maneira de fazer o teste de Ortolani. Compressão seguida de abdução. Sente a crepitação da mesma forma que do outro jeito. Tórax, abdome e região cervical - Costelas; - Processos vertebrais dorsais; - Cartilagem xifoide do esterno; - Vértebras cervicais. Testes de amplitude de movimento: Vértebras cervicais: - Não se deve fazer manobras de hiperextensão e hiper flexão em animal que apresenta sinais neurológicos; - Em animal sem sinais de lesão neurológica, é permitido. Testes diagnósticos auxiliares: - Radiografias; - Tomografia computadorizada: · Imagem tridimensional; · Anormalidades vertebrais e do crânio; · Fratura de processos coronóides em cotovelos. - Ressonância magnética > estruturas teciduais moles. - Artrocentese e coleta de líquido articular: · Citologia; · Leucometria; · Concentração de proteínas. - Coleta de fragmentos para biopsia: · Osso; · Músculo; · Membrana sinovial. - Artroscopia.
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