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Questionário sobre a arquitetura militar e as fortificações brasileiras

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HISTÓRIA DA ARQUITETURA E DO URBANISMO NO BRASIL I
Curso de Arquitetura e Urbanismo
Responda as questões abaixo.
1. No texto “A Cartografia dos Engenheiros Militares” e “Arquitetura Militar Portuguesa”
discorra sobre o processo das fortificações. Inicialmente, apresente seu contexto
histórico. Em seguida, verse sobre as características estruturais, espaciais, métricas,
ornamentais, conceituais e filosóficas desta manifestação arquitetônica do período de
formação das cidades brasileiras. Para esta questão utilize palavras (ou expressões)
abaixo relacionadas, cada qual dentro de um determinado retângulo.
No início da ocupação, os portugueses trouxeram para o Brasil seus conhecimentos
sobre fortificações, o que era fundamental para impor limites territoriais contra as inúmeras
tentativas de outras nações em invadir o país. Inicialmente, o estilo das fortificações foi
influenciado pela arquitetura militar medieval ibérica, foi um longo processo (quase um
século) até se tornarem fortalezas modernas bem estabelecidas - nesse meio tempo as
construções ficaram caracterizadas como arquitetura militar de transição.
No final do século XIV, as primeiras e principais mudanças foram provocadas pela
introdução das novas armas de fogo, o que implicou diretamente na estrutura dos castelos
medievais. Tornaram-se fortalezas adaptadas ao combate e com composição estrutural
gótica. As fortificações desse período ficaram conhecidas como cubelos, possuindo
características que foram os primórdios dos baluartes. Em relação a geometria do cubelo,
essa fortaleza de transição perdeu as formas quadrangulares e poligonais, dando lugar ao
formato circular ou semi-circular. Houve diminuição na altura e ficou mais resistente aos
projéteis inimigos, com torreões redondos adossados às muralhas.
Outra mudança significativa nas fortificações e que marcou a transição foi couraça,
que foi definida por Mora-Figueroa como uma muralha que permite o acesso protegido a
um ponto não muito distante. É uma estrutura caracterizada por ser um prolongamento da
fortificação, possibilitando o contato direto e protegido da fortaleza com o mar, onde as
guarnições poderiam salvar-se em caso de tomada da fortaleza. Após isso, surgiram
também as troneiras (abertura para armas) e a barbacã, uma estrutura que servia como
base de tiro e para o recebimento de artilharias.
Com relação à localização, as fortalezas portuguesas foram construídas ao longo
da costa, principalmente ao redor dos núcleos populacionais mais importantes:
Florianópolis, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Santos e Belém, que foram sendo
construídos desde algumas décadas após a chegada dos portugueses. As fortalezas,
fortes, fortins, baterias e outras obras da arquitetura militar erguidas no Brasil foram
fundamentais na consolidação dos limites do território brasileiro, mostrando grande
sabedoria na boa localização, projeto e construção. As fortalezas foram pensadas e
instaladas sobre rochas, cabos e na foz dos rios, locais geograficamente privilegiados,
revelando a sabedoria em fortificar em relação às condições topográficas.
Por fim, é importante salientar sobre as bases teóricas envolvidas nos processos de
fortificação. Haviam importantes fontes, como os tratados: “Livro das Plantas de Todas as
Fortalezas, Cidade Povoações do Estado da Índia Oriental” de Antônio Bocarro,
Guarda-Mor do Arquivo Real de Goa, produzida em 1635 e o “Civitates Orbis Terrarum”, de
1572. Ambos falam sobre a presença de couraças, cubelos, barbacãs e torres de
menagem. Desde muito tempo era ensinado aos jovens fidalgos matérias de natureza
especulativa, associadas às suas aplicações práticas, sobretudo referentes à náutica e à
arquitetura militar. Em Portugal, o Colégio de Santo Antão dispôs a partir de c. 1590 de
uma cadeira específica para o ensino das Matemáticas aplicadas à Ciência Náutica,
Astronomia, Cosmografia, Geometria Prática, Geografia e Arte da Fortificação, destinada
aos pilotos, cartógrafos, construtores de instrumentos náuticos, homens do mar, fidalgos e
também a arquitetos e engenheiros militares.
2. Em relação aos mestres construtores que atuaram nesse processo, descreva sobre a
formação desses profissionais e o papel exercido por eles na implantação dos primeiros
núcleos urbanos.
O viés técnico das obras era propagado através dos tratados específicos, difundidos
e pautados em referenciais teóricos ensinados nos cursos de fortificação presentes em
países como Itália,França,Espanha e Portugal.Assim,os mestres de edificações aplicavam
seus devidos conhecimentos sobre uma perspectiva marcada pela progressão da arte,
matemática e da racionalidade, buscando inicialmente um viés mais voltado para utilidade
que foi se expandindo cada vez mais, se destacando primordialmente com o intuito voltado
para guerra,assim,cada nação mantinha seu método de defesa. Devido aos avanços
tecnológicos, se fez necessário um processo de adaptação dos mestres no sentido de
impor melhorias em relação as armas de fogo e na manutenção da defesa, contribuindo
para o desenvolvimento da respectiva profissão e construindo o conceito de engenheiro e
arquiteto dentro do campo social. Dessa forma, esses profissionais foram essenciais para a
criação dos primeiros núcleos urbanos, favorecendo o processo de urbanização e
consequentemente servindo como inspiração para as gerações futuras e para a
transformação do espaço.
3. A partir da segunda metade do século XVII, e XVIII se intensifica o processo de
urbanização no Brasil. Quais os preceitos e as normas utilizadas na planificação das
cidades? Discorra sobre essas normativas.
Com o descobrimento do ouro em Minas Gerais nas décadas finais do século XVII,
houve um forte movimento de migração das vilas e cidades já existentes, para áreas onde
se achava ser promissor para a mineração. A Coroa Portuguesa decide mudar seu
processo urbanístico, criando uma grande quantidade de vilas e cidades nos locais de
mineração e implantando um forte sistema de controle nesses locais. Ressaltando que
nesse mesmo período, estava acontecendo as delimitações das fronteiras entre Portugal e
Espanha, por isso, a formação de novos centros urbanos era fundamental para garantir e
proteger esses territórios, o que levou também a criação das fortificações nas áreas
litorâneas e portuárias ou perto de cidades importantes para a economia da época. No
século XVIII, surgem novas cidades de estrutura global, com praças e igrejas como
elementos centrais e as construções seguindo um modelo uniforme. Essas cidades eram,
por um lado, ricas em conhecimento urbanístico, mas empobrecidas na questão cultural, por
conta da regularização das construções que eram muito parecidas com as cidades
portuguesas.

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