Buscar

Sistema respiratório

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Sistema Respiratório 
 
• Definir o Sistema Respiratório e os seus componentes (em termos 
anatômicos e histológicos). 
• Caracterizar a mecânica da respiração e fisiologia das trocas gasosas. 
• Explicar o mecanismo de regulação da frequência da respiração. 
• Reconhecer o quadro clínico de broncoespasmos e sua fisiopatologia. 
 
O nariz está situado no centro da face, sendo composto essencialmente pelas 
fossas nasais, septo nasal, pelos, células ciliadas (estas vão reter muco e poeiras 
que poderiam prejudicar os pulmões), células produtoras de muco, existindo 
também células com função olfativa. Em suma, o ar inspirado entra no seu 
organismo através das narinas, seguindo pelas duas cavidades nasais existentes 
(esquerda e direita), existem pelos dentro das narinas, sendo que estes irão reter 
poeiras que não são benéficas para o sistema respiratório, é nesta passagem pela 
cavidade nasal que o ar é filtrado, aquecido e humedecido. Após o ar passar os 
pelos, o ar passará pelas coános, são estas que fazem a ligação entre a cavidade 
nasal e a faringe. 
 
 
 
 
 
O sistema respiratório é o conjunto dos órgãos responsáveis pela absorção do 
oxigênio do ar pelo organismo e da eliminação do gás carbônico retirado das 
células. 
 
Ele é formado pelas vias respiratórias (conduzem o ar) e pelos pulmões (onde 
ocorre a mecânica da respiração). Os órgãos que compõem as vias respiratórias 
são: cavidades nasais, faringe, laringe, traqueia e brônquios. 
 
É DIVIDIDO EM: 
• Parte superior: nariz, 
faringe, laringe 
 
• Parte inferior: traqueia, 
brônquios, pulmões 
(bronquíolos, ductos 
alveolares, sacos 
alveolares e alvéolos) 
 
O sistema respiratório tem 
como principal função a 
troca de gases entre as 
células e o sangue de todos 
os tecidos e o ar. 
A faringe é como um ponto de ligação entre o sistema digestivo e o respiratório, 
pois está em contacto com ambos e antes de ir para qualquer outro local, quer os 
alimentos quer o ar, necessitam de passar por este canal. Este está ligado ao 
sistema digestivo, mais propriamente à boca através das fauces e ao sistema 
respiratório através das coanos. Este canal está situado em frente às vertebras 
cervicais, estando revestido de túnica mucosa e sendo apenas composto por 
músculos esqueléticos, apesar de ser um canal apenas de ligação com os 
restantes canais dos diferentes sistemas, este é dividido em três zonas anatômicas: 
zona superior, nasofaringe; zona média, a orofaringe; zona inferior, a laringofaringe. 
 
FARINGE 
PERGUNTAS 
SISTEMA RESPIRATÓRIO E SEUS COMPONENTES 
NARIZ 
TROCAS GASOSAS 
 
 
A laringe está situada na parte superior do pescoço, além de ser o elo entre a 
faringe e a traqueia, esta possui outras funções muito importantes para o 
organismo, é nela que estão localizadas as cordas vocais. Esta possui uma forma 
triangular e é constituída por nove peças de cartilagens: cartilagem aritenóidea, 
cuneiforme, corniculada, cartilagem tireóidea, cricóidea e epiglódica, sendo que 
as primeiras três são pares. A laringe possui três funções principais, auxiliando 
bastante na organização interna do organismo, assim as principais funções são: 
produção da voz, uma vez que é neste órgão que estão localizadas as cordas 
vocais; impedimento da passagem de alimentos para as vias respiratórias, isto 
acontece devido à estrutura cartilaginosa que possui, chamada epiglote; a última 
função, mas não a menos importante, este órgão é uma passagem do ar durante 
os movimentos de inspiração e expiração. 
 
 
A traqueia é o que liga a laringe aos brônquios 
principais, tendo um comprimento entre 10 e 12,5 cm 
de comprimento e cerca de 2,5 cm de diâmetro. 
Este tubo é composto por vários anéis de cartilagem 
que suportam as suas paredes, possuindo no seu 
interior um epitélio composto por células ciliadas e 
células secretoras. É neste local que, com a ajuda 
das células ciliadas e secretoras, se vão eliminar os 
restantes microrganismos e poeiras que foram 
inalados durante a respiração, evitando assim 
problemas e infeções nos brônquios ou pulmões. 
 
 
Os pulmões sãos os principais órgãos do sistema respiratório são neles que a magia 
acontece. A traqueia está ligada aos pulmões através dos brônquios, sendo que 
estes se vão ramificando formando bronquíolos que penetram no lóbulo pulmonar, 
estes por sua vez se vão subdividir dando origem aos bronquíolos terminais, que por 
sua vez dão origem aos alvéolos pulmonares. Os pulmões possuem uma 
consistência esponjosa e medem cerca de 25 cm de comprimento, sendo que o 
pulmão direito é ligeiramente maior do que o esquerdo, ambos os pulmões estão 
revestidos pela pleura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As trocas gasosas ocorrem nos alvéolos pulmonares. 
 
Os alvéolos possuem uma única camada de epitélio e dois tipos de células 
epiteliais. 
 
• células alveolares tipo I 
o - Células muito delgadas – gases se difundem rapidamente 
o - Fazem parte de 95% do tecido alveolar 
• célula alveolar tipo II 
o - Menor e mais espessa 
o - Secreta surfactante (impede o colabamento)- também se mistura 
com o líquido fino que reveste o alvéolo para ajudar os pulmões 
quando eles se expandem durante a respiração 
o - Ajudam a minimizar a quantidade de líquido presente nos alvéolos 
transportando solutos e água para fora do espaço aéreo alveolar 
 
Na maior parte da área de troca, uma camada de membrana basal funde o 
epitélio alveolar ao endotélio do capilar. Na área restante, somente uma pequena 
quantidade de líquido intersticial está presente 
 
Os alvéolos não contêm músculos em suas paredes já que as fibras musculares 
poderiam bloquear a troca gasosa rápida, sendo assim, o tecido pulmonar não se 
LARINGE 
TRAQUEIA 
PULMÕES 
HEMOGLOBINA 
TRANSPORTE DO DIÓXIDO DE CARBONO 
contrai. Contudo, entre células epiteliais alveolares há um tecido conectivo com 
muitas fibras de colágeno e elastina – criam a energia potencial elástica quando 
ocorre estiramento do tecido muscular 
 
Entre os alvéolos, há muitos vasos sanguíneos que formam uma ‘’camada’’ quase 
contínua de sangue. Esta camada estará em contato íntimo com os alvéolos 
cheios de ar, promovendo a rápida troca gasosa. Isso mostra que há uma estreita 
ligação entre os sistemas respiratório e circulatório 
 
 
O transporte de oxigênio no sangue possui dois componentes: o oxigênio dissolvido 
no plasma e o oxigênio ligado à hemoglobina (Hb) (98% do oxigênio sanguíneo), 
ou seja: 
 
 
CONTEÚDO TOTAL DE O2 NO SANGUE = O2 DISSOLVIDO NO PLASMA 
+ O2 LIGADO À HB 
 
A hemoglobina é ligada reversivelmente ao oxigênio e dá aos eritrócitos sua cor 
 
Hb + O2 = HbO2 (oxi-hemoglobina) 
 
Obs: a reação de ligação da hemoglobina com O2 obedece a lei de ação das 
massas (deslocamento de equilíbrio) 
 
No sangue, o oxigênio livre para se ligar à hemoglobina 
está dissolvido no plasma enquanto no ar alveolar, o 
oxigênio se transfere para o plasma, eritrócitos e então 
para a hemoglobina. Uma vez que o sangue arterial 
alcance os tecidos, o processo de troca que acontece 
nos pulmões se inverte. O O2 dissolvido se difunde dos 
capilares para as células (possuem menor pressão), 
diminuindo a pressão plasmática e alterando o 
equilíbrio da reação de ligação entre o O2 e a Hb, 
pela remoção do O2 do lado esquerdo da equação. 
Seguindo a lei de ação das massas, o equilíbrio se 
desloca para a esquerda e as moléculas de Hb liberam 
as suas reservas de oxigênio. Essa transferência de 
oxigênio para as células ocorre muito rapidamente, até 
o equilíbrio. A pressão das células determina quanto de 
oxigênio é transferido da hemoglobina. À medida que a atividade metabólica 
celular aumenta, a pressão das células diminui e a hemoglobina libera uma maior 
quantidade de oxigênio 
 
 
O dióxido de carbono é um subproduto da respiração celular e é potencialmente 
toxico, se não for excretado. Grandes quantidades de CO2 no sangue 
(hipercapnia), diminui o pH (acidose)- Extremos de pH podem desnaturar 
proteínas- e deprime a função do sistemanervoso central, causando confusão, 
coma e até morte. 
 
O CO2 é mais solúvel nos fluídos corporais do que o O2, mas por conta de sua 
produção ser muito maior do que a sua capacidade de solubilização plasmática, 
93% do CO2 (parte não dissolvida) difunde-se para os eritrócitos. Parte desse 
conteúdo se ligara a hemoglobina (HbCO2) e outra parte será convertido em 
bicarbonato (70% - HCO3) 
 
A maior parte do C02 que chega no sangue será transportado para os pulmões 
sob a forma de bicarbonato dissolvido no plasma. A conversão de CO2 e HCO3 
serve para: 
 
• fornecer uma via adicional para o transporte de CO2 das células para 
os pulmões 
• fazer o HCO3 estar disponível para atuar como tampão para os ácidos 
metabólicos, ajudando à estabilizar o pH corporal 
 
O CO2 dissolvido no plasma difunde-se para os eritrócitos, onde reagem cm a 
água n presença da enzima anidrase carbônica, formando o ácido carbônico, o 
qual dissocia-se em H+ e HCO3. Essa conversão continua até que o equilíbrio seja 
atingido. 
 
• Respiração externa: O O2 é carregado dos alvéolos para dentro dos 
capilares pulmonares e o CO2 descarregado dos capilares pulmonares 
para dentro dos alvéolos. - Todo processo que evolui as trocas gasosas 
pulmonares 
• Respiração interna: O O2 é descarregado dos capilares sistêmicos para 
dentro das células e o CO2 carregado das células para dentro dos 
capilares sistêmicos. – Respiração mitocondrial 
INTERDEPENDENCIA ALVEOLAR 
COMPLACÊNCIA PULMONAR 
 
 
CIRCULAÇÃO PULMONAR 
Inicia com o tronco pulmonar, que recebe sangue com pouco oxigênio do 
ventrículo direito, e divide-se em duas artérias pulmonares (uma para cada 
pulmão). O sangue oxigenado dos pulmões retorna ao átrio esquerdo pelas veias 
pulmonares. 
 
A taxa do fluxo sanguíneo através dos pulmões é a mais alta entre os tecidos já 
que o volume sanguíneo que flui através dos pulmões em 1min é o mesmo que flui 
através do corpo 
 
Apesar dessa alta taxa, a pressão sanguínea pulmonar é baixa já que a resistência 
da circulação pulmonar também é baixa (o ventrículo direito não precisa 
bombear tão vigorosamente para gerar fluxo sanguíneo. Essa baixa resistência 
pode ser atribuída ao menor comprimento total dos vasos sanguíneos pulmonares 
e à distensibilidade e grande área de secção transversal total das arteríolas 
pulmonares 
Por conta da baixa pressão sanguínea, a pressão hidrostática resultante ( filtra o 
líquido de um capilar pulmonar para o espaço intersticial) também é baixa 
 
O sistema linfático remove de maneira eficiente os líquidos filtrados, e o volume do 
líquido intersticial pulmonar normalmente é mínimo. Sendo assim, a distancia entre 
o espaço aéreo alveolar e o endotélio capilar é pequena – os gases se difundem 
rapidamente entre eles. 
 
GASES E GRADIENTES DE PRESSÃO 
 
O fluxo de ar ocorre sempre que houver um gradiente de pressão, indo das 
áreas de maior pressão para áreas de menor pressão. Esse fluxo global de ar a 
favor do gradiente de pressão explica a ocorrência de trocas gasosas entre o 
meio externo e os pulmões – movimento do tórax durante a ventilação cria, 
nos pulmões, condições de alta e baixa pressões alternadas. 
 
 
 
 
• Existem fibras no tecido pulmonar e na caixa torácica. O recuo elástico os 
alvéolos estarão a favor da contração (quer fechar) dos pulmões e o 
recuo externo da parede torácica (quer abrir e vem do tecido da caixa 
torácica) se contrapõe a isso. 
• No estado de repouso, a pressão alveolar é 0 (igual à pressão 
atmosférica), sendo assim não há fluxo. Para causar um influxo de ar para 
os alvéolos, durante a inspiração a pressão nos alvéolos deve cair para um 
valor menor do que a pressão atmosférica (abaixo de 0) 
• A pressão dentro do alvéolo menos a pressão alveolar resulta na pressão 
transmural a qual faz com que o pulmão seja expandido ( se expande a 
medida que essa pressão aumenta). 
• No estado de inspiração, o recuo elástico dos alvéolos aumenta, o recuo 
da caixa torácica não muda, porém há uma força gerada pela 
musculatura respiratória, a qual gera um desequilíbrio. A pressão dentro do 
espaço interpleural fica mais negativa e a pressão alveolar diminui abaixo 
da pressão atmosférica. Essa diferença de pressão gera fluxo. A pressão 
transmural irá aumentar. 
• A pressão interpleural é a pressão do líquido no espaço entre a pleura 
visceral e parietal. 
• Na expiração, à medida que a pressão transmural aumenta, aumenta o 
tamanho do tórax . 
• A pressão trasnpulmonar depende da quantidade de fibras dentro do 
pulmão. (mais força deve ser utilizada para expandir o pulmão) 
 
 
Os alvéolos estão conectados através de septos. Na inspiração, a pressão 
interpleural fica mais negativa, essa força irá se dissipar para todos os alvéolos 
(mesmo os que estão longes da caixa torácica) 
 
 
• É a força necessária para expandir o pulmão 
• No caso de enfisema, por exemplo, com menores valores de pressão 
transpulmonar é possível expandir o pulmão do paciente. 
• A pressão trasnpulmonar depende da quantidade de fibras dentro do 
pulmão. (mais força deve ser utilizada para expandir o pulmão) 
• No caso de um paciente com fibrose, será necessária uma maior 
quantidade de força (uma pressão transpulmonar maior) para expandir os 
pulmões 
• Resistência da via aérea 
• “traves” que se conectam com a via aérea para deixá-las abertas 
• Com a diminuição do calibre da veia aérea, também diminui a resistência 
– broncoespasmos 
DIFERENÇAS DE PRESSÃO 
MECÂNICA DA RESPIRAÇÃO 
GERAÇÃO DE UM GRADIENTE DE PRESSÃO 
INSPIRAÇÃO E EXPIRAÇÃO 
 
 
O ar movido durante a respiração pode ser dividido em 4 volumes pulmonares: 
 
• Volume corrente: volume de ar que se move durante uma única 
inspiração e expiração (respiração calma) 
• Volume de reserva inspiratória: volume adicional inspirado acima do 
volume corrente (ao final de uma inspiração calma, é inspirado a maior 
quantidade de ar adicional que for possível) 
• Volume de reserva expiratório: quantidade de ar expirado vigorosamente 
após o final de uma expiração espontânea 
• Volume residual: volume de ar presente no sistema respiratório após a 
expiração máxima. A maior parte desse volume existe pois os pulmões são 
mantidos estirados aderidos pelo líquido pleural às costelas. Não pode ser 
medido diretamente 
 
 
A combinação de dois ou mais volumes descreve a capacidade pulmonar. 
 
• Capacidade inspiratória: É igual ao volume corrente + volume de reserva 
inspiratório. Essa capacidade é a quantidade de ar que a pessoa pode 
respirar, começando a partir do nível expiratório normal e distendendo os 
pulmões até seu máximo. 
• Capacidade residual funcional: É igual ao volume de reserva expiratório + 
volume residual. Essa capacidade é a quantidade de ar que permanece 
nos pulmões ao final da expiração normal. 
• Capacidade vital: É igual ao volume de reserva inspiratório + volume 
corrente + volume de reserva expiratório. Essa capacidade é a 
quantidade máxima de ar que a pessoa pode expelir dos pulmões após 
enchê-los à sua extensão máxima e, então, expirar, também à sua 
extensão máxima. 
• Capacidade pulmonar total: É igual a capacidade vital + volume residual. 
É Volume máximo que os pulmões podem ser expandidos com maior 
esforço. 
A respiração requer contração muscular. Os músculos da caixa torácica e o 
diafragma irão fazer este papel visto que a maior parte do tecido pulmonar é um 
fino epitélio de troca. Na contração desses músculos ocorre a expansão 
pulmonar, já que os pulmões estão presos à parede interna do tórax pelo líquido 
pleural 
Músculos envolvidos na respiração espontânea: diafragma, intercostais externos, 
escalenos 
 
Durante a respiração forçada, outros músculos do tórax e abdome podem auxiliar 
 
 
Inspiração: para a entrada do ar nos alvéolos, a pressão nos pulmões deve ser 
menor do que a pressão atmosférica. 
 
Durante a inspiração o volume torácico aumenta com a contração de músculos 
da caixa torácica e do diafragma (quando contraído, desce em direçãoao 
abdome). Durante a inalação, os músculos intercostais externos e escalenos 
contraem, tracionando as costelas para cima e para fora e consequentemente, 
ampliando a caixa torácica em todas as direções. 
 
Aumento do volume torácico= diminuição da pressão= ar flui para dentro dos 
pulmões 
 
O ar flui para dentro dos alvéolos, aumentando a pressão até que a caixa torácica 
pare de se expandir- imediatamente antes do término da inspiração. O movimento 
do ar continua até que a pressão dentro dos pulmões se iguala à pressão 
atmosférica. Ao término da inspiração o volume pulmonar está no máximo valor no 
ciclo respiratório 
 
Expiração: no fim da inspiração os músculos relaxam e o diafragma e as costelas 
retornam às suas posições originais. Por envolver a retração elástica passiva, ela é 
chama de expiração passiva 
 
Com a diminuição dos volumes pulmonares, a pressão de ar pulmonar aumenta 
(ficando maior do que a pressão atmosférica) e o fluxo de ar se inverte: o ar se 
move para fora dos pulmões 
 
O movimento de ar cessa quando a pressão alveolar se iguala, novamente, à 
pressão atmosférica- final da expiração 
O volume pulmonar atinge o valor mínimo dentro do ciclo respiratório – fim do ciclo 
respiratório, outro estará pronto para ser iniciado com a próxima respiração 
VOLUMES PULMONARES 
CAPACIDADES PULMONARES 
INFLUÊNCIA DO C02, O2 E PH SOBRE A VENTILAÇÃO 
 
 
A respiração é um processo rítmico e a contração dos músculos responsáveis por 
ela deve ser iniciada pelos neurônios motores somáticos (controlados pelo sistema 
nervoso central). A contração do diafragma e de outros músculos é iniciada por 
uma rede de neurônios no tronco encefálico. Essa rede dispara potenciais de 
ação espontaneamente 
A respiração ocorre automaticamente, mas também pode ser controlada 
voluntariamente até certo ponto. Os ciclos rítmicos de inspiração e expiração se 
dão pelas interações sinápticas nas quais os neurônios são continuamente 
influenciados por estímulos sensoriais (principalmente por quimiorreceptores que 
detectam CO2, O2, H+ - o padrão ventilatório depende do nível dessas substâncias 
no sangue e no líquido extracelular) 
 
• Os neurônios respiratórios do bulbo controlam os músculos inspiratórios e 
expiratórios 
• Os neurônios da ponte integram informações sensoriais e interagem com 
neurônios bulbares para influenciar a ventilação 
• O padrão rítmico da respiração surge de uma rede do tronco encefálico com 
neurônios que despolarizam automaticamente 
• A ventilação esta sujeita à modulação por reflexos associados a 
quimiorreceptores, mecanorreceptores e por centros encefálicos superiores. 
• Os neurônios respiratórios estão em duas áreas do bulbo. Uma delas é 
chamada de núcleo do trato solitário (NTS) e contém o grupo respiratório 
dorsal (GRD) de neurônios- controlam os músculos da inspiração 
• Os sinais do GRD vão por meio de nervos frênicos para o diafragma e via 
nervos intercostais para os músculos intercostais 
• O NTS recebe informações sensoriais dos quimio e mecanorreceptores através 
dos nervos vagos e glossofaríngeo. 
• As informações sensoriais do GRD são recebidas por neurônios respiratórios da 
ponte, os quais influenciam o início e o término da inspiração 
• Os grupos respiratórios pontinhos e outros neurônios pontinhos enviam sinais 
para o bulbo para ajuda na coordenação do ritmo respiratório. O grupo 
respiratório ventral (GRV) possui uma área conhecida como complexo pré- 
Botzinger a qual contém neurônios que disparam espontaneamente e que 
atua como marca-passo básico do ritmo respiratório. Outras áreas do GRV 
controlam os músculos usados na respiração “forçada”. As fibras nervosas do 
GRV inervam músculos da laringe, faringe e da língua para que as vias aéreas 
superiores permaneçam abertas durante a respiração 
• Cada ciclo é iniciado por um marca-passo e os neurônios inspiratórios 
aumentar gradativamente a estimulação dos músculos inspiratórios. Esse 
aumento é denominado rampa e é iniciado por disparos de neurônios 
inspiratórios, os quais recrutam outros neurônios respiratórios – retroalimentação 
positiva 
• À medida que mais neurônios são disparados, serão recrutadas mais fibras 
musculares 
• Os neurônios expiratórios funcionam principalmente durante a respiração 
forçada e a expiração ativa. 
• Na respiração forçada, o aumento de atividade dos neurônios inspiratórios 
estimula os músculos acessórios 
• Os neurônios inspiratórios são inibidos durante a expiração ativa 
 
 
Quimiorreceptores centrais e periféricos permitem uma entrada sensorial que 
modifica a ritmicidade da rede de controle- manter homeostasia dos gases 
sanguíneos 
 
O CO2 é o estímulo principal para as mudanças na ventilação 
 
Quimiorreceptores sensíveis à O2 e CO2 estão associados à circulação arterial pois 
se houver pouco O2 no sangue, a frequência e amplitude respiratória aumenta. 
Entretanto, se a produção de CO2 no sangue exceder a taxa de remoção dessa 
substância pelos pulmões, a ventilação é intensificada. 
 
Quimiorreceptores periféricos: enviam para o SNC informações sobre mudanças na 
quantidade de oxigênio, no pH e na plasmática – corpos carotídeos são 
quimiorreceptores periféricos primários (possuem células glomais). 
 
Os neurotransmissores dos corpos carotídeos iniciam potenciais de ação nos 
neurônios sensoriais, que conduzirão a atividade elétrica às redes neurais 
respiratórias no tronco encefálico, sinalizando para que haja aumento na 
ventilação 
 
As concentrações arteriais de oxigênio não desempenham papel na regulação 
diária da respiração já que os quimiorreceptores periféricos respondem somente à 
mudanças críticas na concentração de O2 arterial 
 
Quimiorreceptores centrais: respondem à alterações na concentração de CO2 no 
líquido cerebroespinal – os receptores primários estão na superfície ventral do 
bulbo 
REGULAÇÃO DA FREQUÊNCIA DA RESPIRAÇÃO 
BRONCOESPASMO 
FATORES DE RISCO 
PREVENÇÃO 
Quando a concentração arterial de CO2 aumenta, o CO2 atravessa a barreira 
hematoencefálica e ativa os quimiorreceptores centrais- os receptores sinalizarão 
para a rede neural de controle da respiração, aumentando a frequência e 
amplitude da respiração 
 
Respondem diretamente às mudanças no pH do líquido cerebroespinal (LCS). O 
CO2 que se difunde através da barreira hematoencefálica é convertido em 
H2CO3 que se dissocia em H+ e HCO3. Porém, as mudanças do pH plasmático não 
influenciam os quimiorreceptores centrais diretamente. 
 
• Receptores de estímulos irritativos: receptores que reconhecem partículas 
e substâncias químicas nocivas. Localizam-se entre as células epiteliais das 
vias aéreas. As informações desses receptores chegam até o bulbo e 
geram constrição reflexa da musculatura lisa dos brônquios e aumento da 
frequência respiratória. 
• Receptores J: receptores justacapilares localizados nas paredes dos 
alvéolos. São ativados pelo alargamento dos capilares pulmonares com 
sangue e aumento do líquido intersticial causando aumento na frequência 
respiratória. 
 
 
 
 
Resulta da contração do músculo liso presente nos brônquios, induzido por diversos 
estímulos, dentre os quais exposição a alérgenos e a ar frio, infecção de vias 
aéreas (IVA), exercício físico, estresse, drogas como beta-bloqueadores, 
antagonistas neuromusculares, entre outros. 
 
 
Asma, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), tabagismo, alergias e 
cardiopatias sãos os principais. Outros fatores associados são IVA nas últimas 6-8 
semanas, história anestésica de broncoespasmo, risco de aspiração pulmonar e 
tipo de cirurgia (especialmente cirurgias de andar superior de abdome, tórax, vias 
aéreas superiores). Na presença de qualquer comorbidade, deve-se identificá-la e 
otimizar seu tratamento. 
 
 
O controle do broncoespasmo começa na identificação dos fatores de risco e na 
abordagem deles. 
 
 
 
 
• Receptores pulmonares de estiramento: mecanorreceptores da 
musculatura lisa das vias aéreas. Quando estimulados por distensão,iniciam a redução reflexa da frequência respiratória (reflexo Hering-Breuer). 
• Receptores das articulações e dos músculos: mecanorreceptores que 
detectam movimento das costelas e estimulam o aumento da frequência 
respiratória. São muito importantes para a resposta ventilatória inicial ao 
exercício. 
CONTROLE DA RESPIRAÇÃO ATRAVÉS DE OUTROS 
RECEPTORES REFERÊNCIAS: 
Fisiologia Humana: Uma Abordagem Integrada por Dee Unglaub 
Silverthorn 
Guyton & Hall Tratado de Fisiologia Médica

Outros materiais