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ARTS 151 A 154B

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Crimes contra a inviolabilidade:
Do domicílio – art. 150;
De correspondência – arts. 151 e 152;
Dos segredos – arts. 153 a 154-B.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito [...] à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;
DOS CRIMES CONTRA
 A INVIOLABILIDADE DO 
DOMICÍLIO
(art. 150)
Violação de domicílio
Art. 150 - Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências:
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.
§ 1º - Se o crime é cometido durante a noite, ou em lugar ermo, ou com o emprego de violência ou de arma, ou por duas ou mais pessoas:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, além da pena correspondente à violência.
§ 2º - (Revogado pela Lei nº 13.869, de 2019)
§ 3º - Não constitui crime a entrada ou permanência em casa alheia ou em suas dependências:
I - durante o dia, com observância das formalidades legais, para efetuar prisão ou outra diligência;
II - a qualquer hora do dia ou da noite, quando algum crime está sendo ali praticado ou na iminência de o ser.
Violação de domicílio
§ 4º - A expressão "casa" compreende:
I - qualquer compartimento habitado;
II - aposento ocupado de habitação coletiva;
III - compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade.
§ 5º - Não se compreendem na expressão "casa":
I - hospedaria, estalagem ou qualquer outra habitação coletiva, enquanto aberta, salvo a restrição do n.º II do parágrafo anterior;
II - taverna, casa de jogo e outras do mesmo gênero.
Violação de domicílio
OBJETO JURÍDICO
A tranquilidade da vida doméstica. Constituição Federal, em seu art. 5o, XI, consagra que a casa é asilo inviolável do cidadão.
ELEMENTO SUBJETIVO
É o dolo. Não existe forma culposa.
SUJEITO ATIVO
Pode ser qualquer pessoa. Trata-se de crime comum. Até mesmo o proprietário de casa alugada pode ser autor do crime, caso nela ingresse sem autorização do inquilino.
SUJEITO PASSIVO
O morador, titular do direito de proibir a entrada ou permanência de alguém na residência.
	CONSUMAÇÃO
	Quando o agente ingressa completamente na casa da vítima, ou, quando, ciente de que 	deve sair, não o faz por tempo juridicamente relevante. 
Violação de domicílio
TENTATIVA
É possível em ambas as figuras. Embora a modalidade “permanecer” em casa alheia seja omissiva, admite, excepcionalmente, a tentativa por ser, concomitantemente, crime permanente, que só se consuma pela recusa em deixar o local por tempo considerável. Assim, se o agente se recusa a sair, mas imediatamente é retirado à força por pessoas presentes, mostra-se configurada a tentativa.
FIGURAS QUALIFICADAS: Art. 150, § 1º 
EXCLUDENTES DE ILICITUDE: Art. 150, § 3º
AÇÃO PENAL
Pública incondicionada, de competência do Juizado Especial Criminal, inclusive na forma 	qualificada.
 
DOS CRIMES CONTRA
 A INVIOLABILIDADE DE 
CORRESPONDÊNCIA 
(arts. 151 e 152)
Nesta Seção, estão previstos os crimes de:
violação de correspondência (art. 
151, caput);
sonegação ou destruição de correspondência (art. 151, § 1º, I);
 
violação de comunicação telegráfica, radioelétrica ou telefônica (art. 151, § 1º, II a IV);
violação de correspondência comercial (art. 152).
DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DE CORRESPONDÊNCIA (arts. 151 e 152)
Violação de correspondência
Art. 151 - Devassar indevidamente o conteúdo de correspondência fechada, dirigida a outrem:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Sonegação ou destruição de correspondência
§ 1º - Na mesma pena incorre:
I - quem se apossa indevidamente de correspondência alheia, embora não fechada e, no todo ou em parte, a sonega ou destrói;
DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DE CORRESPONDÊNCIA
Violação de comunicação telegráfica, radioelétrica ou telefônica
II - quem indevidamente divulga, transmite a outrem ou utiliza abusivamente comunicação telegráfica ou radioelétrica dirigida a terceiro, ou conversação telefônica entre outras pessoas;
III - quem impede a comunicação ou a conversação referidas no número anterior;
IV - quem instala ou utiliza estação ou aparelho radioelétrico, sem observância de disposição legal. 
§ 2º - As penas aumentam-se de metade, se há dano para outrem.
§ 3º - Se o agente comete o crime, com abuso de função em serviço postal, telegráfico, radioelétrico ou telefônico:
Pena - detenção, de um a três anos.
§ 4º - Somente se procede mediante representação, salvo nos casos do § 1º, IV, e do § 3º.
 
Violação de correspondência 
(art. 151, caput)
OBJETO JURÍDICO
A inviolabilidade da correspondência alheia. O dispositivo encontra fundamento no art. 5o, XII, da Constituição Federal, que declara ser inviolável o sigilo de correspondência e das comunicações telegráficas.
SUJEITO ATIVO
Pode ser qualquer pessoa. Trata-se de crime comum. Se for cometido por funcionário público no desempenho das funções, a pena será agravada nos termos do art. 43 da Lei n. 6.538/78, que, quanto a este aspecto, derrogou o art. 3o, c, da Lei n. 4.898/65 (abuso de autoridade).
SUJEITO PASSIVO
O remetente e o destinatário, que são as pessoas interessadas na manutenção do sigilo. Trata-se de crime com duplo sujeito passivo.
	CONSUMAÇÃO
	Não basta que o agente abra a carta; o delito só se consuma quando ele toma conhecimento 	de seu conteúdo, exigência feita pelo próprio tipo penal.
Violação de correspondência 
(art. 151, caput)
TENTATIVA
É possível quando o agente é flagrado quando está abrindo a carta, sendo, porém, impedido de ler seu conteúdo.
CAUSA DE AUMENTO DE PENA
Nos termos do art. 40, § 2º, da Lei n. 6.538/78, a pena será aumentada em metade se a conduta causar dano para outrem. O dano pode ser econômico ou moral.
AÇÃO PENAL
É pública condicionada à representação, nos termos do art. 151, § 4º, do Código Penal, mantido em vigor pelo art. 48 da Lei n. 6.538/78. Por se tratar de infração de menor potencial ofensivo, a competência é do Juizado Especial Criminal.
 
Sonegação ou destruição de correspondência
(art. 151, § 1º, I)
OBJETO JURÍDICO
O direito do destinatário de receber a correspondência e o de mantê-la consigo se assim pretender.
SUJEITO ATIVO
Pode ser qualquer pessoa. Trata-se de crime comum. Se for cometido por funcionário público no desempenho das funções, a pena será agravada nos termos do art. 43 da Lei n. 6.538/78, que, quanto a este aspecto, derrogou o art. 3o, c, da Lei n. 4.898/65 (abuso de autoridade).
SUJEITO PASSIVO
O remetente ou o destinatário.
	CONSUMAÇÃO
	Ocorre no instante que o agente se apodera da correspondência, sendo, portanto, crime 	formal, pois dispensa, para fim de consumação, que o agente consiga efetivamente sonegar 	ou destruir a correspondência. Essa conclusão decorre do texto legal.
 
Sonegação ou destruição de correspondência
(art. 151, § 1º, I)
TENTATIVA
É cabível quando o agente não consegue se apossar da carta.
CAUSA DE AUMENTO DE PENA
Nos termos do art. 40, § 2o, da Lei n. 6.538/78, a pena será aumentada em metade se a conduta causar dano para outrem. O dano pode ser econômico ou moral.
AÇÃO PENAL
É pública condicionada à representação, nos termos do art. 151, § 4o, do Código Penal, mantido em vigor pelo art. 48 da Lei n. 6.538/78. Por se tratar de infração de menor potencial ofensivo, a competência é do Juizado Especial Criminal.
 
Violação de comunicação telegráfica, radioelétrica ou telefônica (art. 151, § 1º, II a IV)
OBJETO JURÍDICO
O sigilo das comunicações telegráficas, radioelétricas e telefônicas. O dispositivo visa conferir sustentação ao art. 5o, XII,
SUJEITO ATIVO
Qualquer pessoa. Trata-se de crime comum.
SUJEITO PASSIVO
O remetentee o destinatário da comunicação telegráfica, radioelétrica ou telefônica. Trata-se de crime com duplo sujeito passivo.
CONSUMAÇÃO
No momento em que ocorre a divulgação, transmissão ou utilização indevidas ou abusivas.
	TENTATIVA
	É possível.
Violação de comunicação telegráfica, radioelétrica ou telefônica (art. 151, § 1º, II a IV)
FIGURA EQUIPARADA
Nesta figura equiparada, a lei pune quem impede a comunicação telegráfica ou radioelétrica dirigida a terceiros ou a conversação entre outras pessoas. É indiferente que o agente o faça de forma continuada ou não. O crime configura-se quando o agente impede a comunicação ou conversação já iniciadas ou mesmo quando, ainda não iniciadas, o agente atua de forma a inviabilizar que as partes entrem em contato telefônico, telegráfico etc.
CAUSA DE AUMENTO DE PENA
A pena é aumentada em metade se a conduta provoca dano (art. 151, § 2º).
	FORMA QUALIFICADA
	A pena será de um a três anos de detenção, se o crime for cometido com abuso de função em 	serviço postal, telegráfico, radioelétrico ou telefônico, e, em tal caso, a ação é pública 	incondicionada (art. 151, § 4º).
	AÇÃO PENAL
	É pública condicionada à representação. A pena é de um a seis meses, ou multa, sendo, por 	isso, de competência do Juizado Especial Criminal.
Correspondência comercial
Art. 152 - Abusar da condição de sócio ou empregado de estabelecimento comercial ou industrial para, no todo ou em parte, desviar, sonegar, subtrair ou suprimir correspondência, ou revelar a estranho seu conteúdo:
Pena - detenção, de três meses a dois anos.
Parágrafo único - Somente se procede mediante representação.
Correspondência comercial
OBJETO JURÍDICO
A inviolabilidade da correspondência comercial.
SUJEITO ATIVO
Trata-se de crime próprio, só pode ser praticado pelas pessoas elencadas no dispositivo.
SUJEITO PASSIVO
A empresa remetente ou a destinatária.
CONSUMAÇÃO
No exato momento em que praticado quaisquer dos atos descritos no tipo
penal, independentemente de qualquer resultado lesivo.
	TENTATIVA
	É possível.
	AÇÃO PENAL
	Pública condicionada à representação.
DOS CRIMES CONTRA
 A INVIOLABILIDADE DOS 
SEGREDOS
(arts. 153, 154, 
154-A e 154-B)
Nesta Seção, estão previstos os crimes de:
divulgação de segredo (art. 153);
violação de segredo profissional (art. 154);
invasão de dispositivo informático (art. 154-A).
Divulgação de segredo
Art. 153 - Divulgar alguém, sem justa causa, conteúdo de documento particular ou de correspondência confidencial, de que é destinatário ou detentor, e cuja divulgação possa produzir dano a outrem:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa, de trezentos mil réis a dois contos de réis. (Vide Lei nº 7.209, de 1984)
§ 1º Somente se procede mediante representação. (Parágrafo único renumerado pela Lei nº 9.983, de 2000)
§ 1º-A. Divulgar, sem justa causa, informações sigilosas ou reservadas, assim definidas em lei, contidas ou não nos sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Pena – detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
§ 2º Quando resultar prejuízo para a Administração Pública, a ação penal será incondicionada. 	(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Divulgação de segredo
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
Violação de segredo profissional 
Art. 154 - Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que tem ciência em razão de função, ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa de um conto a dez contos de réis. (Vide Lei nº 7.209, de 1984)
Parágrafo único - Somente se procede mediante representação.
Violação de segredo profissional 
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
Invasão de dispositivo informático 
 Art. 154-A. Invadir dispositivo informático alheio, conectado ou não à rede de computadores, mediante violação indevida de mecanismo de segurança e com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo ou instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
§ 1º Na mesma pena incorre quem produz, oferece, distribui, vende ou difunde dispositivo ou programa de computador com o intuito de permitir a prática da conduta definida no caput. 
§ 2º Aumenta-se a pena de um sexto a um terço se da invasão resulta prejuízo econômico. 
	§ 3º Se da invasão resultar a obtenção de conteúdo de comunicações eletrônicas privadas, 	segredos comerciais ou industriais, informações sigilosas, assim definidas em lei, ou o 	controle remoto não autorizado do dispositivo invadido:
	Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa, se a conduta não constitui crime 	mais grave. 
Invasão de dispositivo informático 
§ 4º Na hipótese do § 3º, aumenta-se a pena de um a dois terços se houver divulgação, comercialização ou transmissão a terceiro, a qualquer título, dos dados ou informações obtidos. 
§ 5º Aumenta-se a pena de um terço à metade se o crime for praticado contra
I - Presidente da República, governadores e prefeitos
II - Presidente do Supremo Tribunal Federal; 
III - Presidente da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Assembleia Legislativa de Estado, da Câmara Legislativa do Distrito Federal ou de Câmara Municipal; 
IV - dirigente máximo da administração direta e indireta federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal.
Invasão de dispositivo informático 
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
Ação Penal
Art. 154-B.  Nos crimes definidos no art. 154-A, somente se procede mediante representação, salvo se o crime é cometido contra a administração pública direta ou indireta de qualquer dos Poderes da União, Estados, Distrito Federal ou Municípios ou contra empresas concessionárias de serviços públicos.
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