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HIV/AIDS - Síndrome da Imunodeficiência Adquirida

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Gabriela Rodrigues @gabirodrigsp 
HIV/AIDS 
MÓDULO CLÍNICA MÉDICA - INFECTOLOGIA 
HIV 1: 
• Maior parte das infecções no mundo; 
• Evolução mais rápida e mais agressiva; 
• Medicamentos conhecidos são mais ativos; 
• Carga viral e sorologias são feitos para este 
vírus em geral; 
HIV 2: 
• Quase exclusivo da África; 
• Evolução lenta; 
• TARV conhecida e pouco efetiva; 
• HIV 2 é testado por lei em todo exame de 
sorologia. 
*Dia mundial de luta contra a Aids: 1º de 
dezembro. 
• 73% das novas infecções no sexo 
masculino 
• 75% novas infecções entre 15 – 39 anos 
• 1 em 5 casos novos: homens 15 – 24 anos 
PATOGÊNESE DO HIV: 
 
Vírus HIV-1 ultrapassa a barreira da membrana da 
mucosa devido trauma (fissura anal, vagina, 
mucosa oral) → escolhe um receptor do linfócito 
→ parasita T CD4+, células dendríticas (também 
infecta os macrófagos) e células de Langerhans. 
Quando o paciente interrompe o uso de TARV, as 
células afetadas continuam jogando o vírus no 
sangue – por isso o HIV não tem cura ainda. 
EVOLUÇÃO DA INFECÇÃO PELO HIV: 
Transmissão viral 2 a 3 semanas → síndrome 
retroviral aguda 2 a 3 semanas (mais vírus 
circulando) → recuperação + soroconversão → 
infecção crônica assintomática: média de 8 anos → 
infecção sintomática/AIDS: média de 15 meses 
(queda de CD4) → óbito por doença oportunista. 
HIV AGUDO: 
• Pode durar até 3 a 4 semanas; 
• Ocorre < 50% dos casos sintomáticos; 
• Diagnóstico diferencial mono-like 
• Sorologias não detectam a doença ainda; 
• PCR carga viral HIV é a escolha. 
 
CD4 X DOENÇAS OPORTUNISTAS: 
 
 Gabriela Rodrigues @gabirodrigsp 
Tuberculose é mais comum em HIV: todo paciente 
deve ser testado. 
< 350 de CD4/mm3: já é considerado Aids. 
O principal vírus que causa problemas junto com o 
HIV é o CMV. 
As mais frequentes: candidíase esofagiana 
(doença definidora); pneumocistose; 
toxoplasmose SNC. 
PNEUMOCISTOSE: 
• P. jirovecii 
• Evolução lenta/subaguda: > 3 semanas; 
• Febre baixa; 
• Dispneia progressiva aos esforços, tosse 
seca, desconforto torácico; 
• EF: taquicardia, taquidispneia, cianose de 
extremidades; 
• Ausculta respiratória sem alterações. 
LAB: gasometria – hipoxemia; DHL elevado. 
Raio-X: padrão de vidro fosco 
 
Tratamento: Sulfametoxazol + trimetoprim 
(Bactrim) 21 dias 
→ Alternativa Clindamicina + primaquina. 
Corticoides: prednisona ou metilprednisolona para 
insuficiência respiratória aguda ou hipoxemia 
grave (pO2 < 70) 
Piora clínica: 3º - 5º dia de tratamento – atenção. 
OUTRAS DOENÇAS PULMONARES: 
 
TB/HIV – manifestações radiológicas: 
 
Pode ser BAAR negativo em pacientes com CD4 < 
200. 
NEUROTOXOPLASMOSE: 
• Toxoplasma gondii 
• IgG POSITIVO > 75% na população em 
geral; 
• Imunodepressão grave: reativação de cistos 
cerebrais latentes; 
• CD4 < 100; 
• Lesão SNC em pacientes com Aids é mais 
comum. 
 
 Gabriela Rodrigues @gabirodrigsp 
Tratamento: Sulfadiazina + pirimetamina + ácido 
fólico; 
OU 
Sulfametoxazol + trimetoprim por 8 semanas; 
Dexametasona: quando edema importante. 
Problemas pela dose alta de sulfadizina: 
hipersensibilidade sulfas (trocar por clindamicina), 
anemia/neutropenia, IRA. 
DOENÇAS SNC – HIV: 
 
 
Importante: lesão mais frequente é toxoplasmose 
 
LEMP = leucoencefalopatia multifocal 
progressiva. 
 
CRIPTOCOCOSE E HIV: 
C. neoformans 
Cefaleia por HIC; 
Febre baixa; 
Meningite crônica – evolução lenta; 
Não causa lesões focais. 
Profilaxias de infecções oportunistas: 
Primária: paciente que nunca teve doenças 
oportunistas. 
TRATAMENTO DE TUBERCULOSE LATENTE EM 
HIV: 
CD4 > 350: excluir TB em atividade; 
Sem queixas: RX e PPD/IGRA (mais caro que o 
PPD); 
PPD < 5 mm: repetir anualmente; 
RX normal e PPD ≥ 5mm: tratamento é indicado. 
Isoniazida: 270 doses em até 9 meses; 
 Gabriela Rodrigues @gabirodrigsp 
Rifampicina: hepatopatas, > 50 anos, sem inibidor 
de protease - 4 meses 
CD4 ≤ 350: tratamento latente independente do 
PPD ou IGRA. 
PPD = derivado proteico purificado. 
IGRA = Interferon-Gamma Release Assays. 
CANDIDÍASE: 
MAIS FREQUENTE. 
Orofaríngea: pseudomembranosa; 
Esofágica: odino/disfagia, dor retroesternal, febre e 
alterações endoscópicas; 
Tratamento: Fluconazol; Anfotericina 
B/equinocandinas em casos refratários. 
DIAGNÓSTICO – DIFERENTES FASES: 
HIV agudo: sintomas mono-like (TORCH); carga 
viral do HIV; não produziu anticorpo ainda; não 
fazer sorologias tradicionais → PCR quantitativo; 
menos de 50% apresentam sintomas; febre, 
linfadenopatia, letargia e mal-estar, fadiga, mialgia, 
rash não pruriginoso, úlceras orais, genitais ou 
esofágicas → detecção de ELISA e WB não 
possível – fazer carga viral quantitativa do HIV ou 
repetir exame em 4 semanas (sorologias). 
HIV latente: sem sintomas; sorologias e teste 
rápido; já produziu anticorpos; transmite o vírus. 
Ainda que a imunidade de CD4 seja boa, as reações 
inflamatórias continuam a acontecer, danificando 
vasos e causando inúmeras alterações, inclusive 
tumores. 
Aids: quebra do equilíbrio de CD4 e aparecimento 
de doenças oportunistas; fase de complicação da 
doença; sorologias e teste rápido 
DIAGNÓSTICO DA AIDS: 
Sorologia positiva + doenças oportunistas → 
definidoras de doença. 
 
DIAGNÓSTICO NA FASE LATENTE OU NA AIDS: 
Sangue: teste rápido; sorologias tradicionais; carga 
viral do HIV. 
Saliva: teste rápido. 
Confirmação por exame é obrigatória. 
 
 
TEMPO PARA DETECÇÃO DO HIV: 
PCR carga viral de HIV: cerca de 19 dias após 
infecção inicial (mais precoce para detecção de 
vírus no sangue) – ainda precisa fazer sorologias 
quando o paciente entrar na fase latente. 
 Gabriela Rodrigues @gabirodrigsp 
Detecção de antígeno p24 (exames de 4ª geração): 
cerca de 24 dias após infecção inicial. 
Detecção de anticorpos classe IgM – ELISA: 
cerca de 29 dias após infecção inicial. 
Western blot: cerca de 32 dias a partir da infecção 
inicial. 
CD4 E CARGA VIRAL DO HIV: 
Pedir no inicio do tratamento para avaliação inicial; 
Pedir após o início da TARV (1 a 2 meses após); 
Carga viral deve estar < 40 cópias até 6m após o 
início. 
Ministério da Saúde: não coletar CD4 se CV < 40 
e CD4 anterior > 350 em duas amostras; controle 
apenas com CV a cada 6 meses. 
GENOTIPAGEM DO HIV: PRÉ-TRATAMENTO: 
Para avaliar risco de vírus resistente transmitido: 
gestantes, crianças, tuberculose, pacientes que 
iniciarão tratamento com efavirenz, parceiro 
sorodiferente que soroconverte e usuário de 
profilaxia pré-exposição que soroconverte. 
UPDATE: 
 
TERAPIA ANTIRRETROVIRAL (TARV): 
Sempre deve ser feito com 3 drogas. 
Grupos prioritários: 
Qualquer sintomatologia; 
CD4 < 350, mesmo que assintomático; 
Gestante: genotipagem pré-tratamento, sem adiar o 
início da TARV; Esquema com Raltegravir 2x/dia 
– pode ser usado na gestação sem risco. Efavirenz 
pode ser usado na gravidez. Preferencial: TDF + 3 
TC + RAL. 
Tuberculose ativa; 
Hepatite B e C; 
Risco cardiovascular elevado (> 20%). 
PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO (PEP): 
 
TDF + 3TC + DTG 
 
Até 72 horas da exposição sexual; 
Relação sexual consentida ou não sem 
preservativo; 
Uso por 28 dias; 
Acompanhamento pós-término com exame de 
HIV, sorologias de IST e exames hepáticos. 
PROFILAXIA PRÉ-EXPOSIÇÃO (PREP): 
Uso em pessoas não infectadas pelo HIV; 
Vulnerabilidade alta – não usampreservativos; 
Diminui risco de transmissão; 
Teste de HIV antes do início e a cada 3 meses; 
Não protege contra outras ISTs; 
Excluir infecção pelo HIV antes da prescrição. 
 Gabriela Rodrigues @gabirodrigsp 
Indicação: Homossexuais, pessoas trans, 
profissionais do sexo, parceiras sorodiferentes para 
o HIV. 
Tenofovir + Entricitabina 1cp 1x/dia. 
DROGAS DISPONÍVEIS: 
• Drogas inibidoras da Fusão e inibidoras da 
CCR5: uso de resgate pelo infectologista. 
• Drogas inibidoras da Transcriptase 
reversa: uma das principais classes. 
Tenofovir (TDF), lamivudina (3TC). 
Outras opções: abacavir (ABC – 
relacionada com Steven Johnson); 
zidovudina (AZT – causa acidose lática e 
mielotoxidade); efavirenz (EFV) 
• Drogas inibidoras da Integrase: 
Dolutegravir (DTG); Raltegravir (RAL – 
grávida). 
• Drogas inibidoras da Protease: Não é 
primeira linha. Lopinavir, saquinavir. 
Ritonavir. 
• Esquema de primeira linha: TDF + 3TC 
+ DTG 
TARV – EFEITOS ADVERSOS: 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Aula Infectologia: Curso 
Medcel 2020.

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