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RISCOS CARCINOGENICOS

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RISCOS CARCINOGÊNICOS
Prof. José Henrique Macedo de Moura
	Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado (maligno) de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do corpo.
	Não se pode encarar o câncer como um processo que tenha uma causa específica. A neoplasia é o produto de um processo genético inicial, invariavelmente seguido de um outro, e assim por diante, desencadeando algo como uma cascata de derrubadas de dominó. 
	Por carcinogênese se entende, portanto, todo o processo que se inicia na primeira mutação e termina nas alterações moleculares que resultam no câncer clinicamente detectado.
MUTAÇÃO????
É uma alteração na programação genética celular. A expressão da forma e da função celulares é determinada por genes. Genes são segmentos de DNA localizados no núcleo das células. Células são unidades funcionais complexas compostas por núcleo, citoplasma e membrana. As células compõem os tecidos, cujas associações formam os órgãos do corpo. O câncer, sendo uma doença celular, pode ocorrer em qualquer parte do corpo. Após o nascimento, apenas 10% dos genes presentes no genoma humano estão ativos. Conseqüentemente, muitos genes que comandaram a diferenciação celular durante o desenvolvimento embrionário deixam de funcionar após o nascimento. Estes genes podem, anacronicamente, voltar a funcionar e são então chamados de oncogenes.
COMO O CÂNCER SE FORMA
O câncer é fundamentalmente uma doença genética. Quando o processo neoplásico se instala, a célula-mãe transmite às células filhas a característica neoplásica. Isso quer dizer que, no início de todo o processo está uma alteração no DNA de uma única célula.
	Em todos os seres vivos, o material genético é definido por uma ordem específica de nucleotídeos na molécula de DNA, no entanto, as bases desta molécula comumente estão expostas a variados agentes naturais e artificiais, que podem causar uma alteração na sua estrutura ou composição química, denominada de mutação. 
CAUSAS??
	Variadas, podendo ser externas ou internas ao organismo, estando ambas inter-relacionadas. As externas relacionam-se ao meio ambiente e aos hábitos ou costumes próprios de um ambiente social e cultural. As internas, na maioria das vezes, geneticamente pré-determinadas, estão ligadas à capacidade do organismo de se defender das agressões externas. Esses fatores causais podem interagir de várias formas, aumentando a probabilidade de transformações malignas nas células normais.
	 80% a 90% dos cânceres estão associados a fatores ambientais. Alguns deles são bem conhecidos: o cigarro pode causar câncer de pulmão, a exposição excessiva ao sol pode causar câncer de pele, e alguns vírus podem causar leucemia. Outros estão em estudo, como alguns componentes dos alimentos que ingerimos, e muitos são ainda completamente desconhecidos.
As mutações podem ocorrer em qualquer célula e em qualquer estágio do ciclo celular. Quando ela não é letal para a própria célula, pode propagar-se pelo corpo em crescimento (mutação somática) ou transmitir-se às gerações seguintes (mutação germinativa). 
Quando as mutações ocorrem nas células germinativas podem originar alterações genéticas transmissíveis, levando a: 
desordens genéticas,
fertilidade reduzida, 
síndromes fetais que, por sua vez, podem originar malformações e até abortos. 
	Quando a mutação ocorre nas células somáticas, há várias conseqüências, sendo as mais comuns: a formação de tumores benignos ou malignos, a morte celular, o envelhecimento precoce, a ocorrência de mal-
formação e abortos durante o desenvolvimento embrionário.
	
	Desta maneira, todos os seres vivos sofrem certo número de mutações, seja como resultado de funções celulares normais ou de interações com o ambiente, estas mutações são denominadas espontâneas. A ocorrência de mutações pode ser aumentada pela exposição ou tratamento com determinados compostos, denominados agentes mutagênicos e as modificações que causam são chamadas de mutações induzidas. 
	Considerando que o processo de carcinogênese é iniciado por uma alteração irreversível do DNA, com sua replicação e a proliferação celular, normalmente os processos de mutagênese e carcinogênese estão ligados. 
	A maior parte destes agentes mutagênicos exibe um espectro de mutações característico, que depende de vários fatores, incluindo a natureza das alterações primárias no DNA como: modificações de base, resíduos de açúcar ou fosfato, quebras de filamentos, ou incorporações de bases modificadas, e os subseqüentes efeitos secundários, causados pela resposta do organismo a estas modificações. Estes efeitos secundários podem incluir a ação de várias formas de reparo do material genético e a duplicação de filamentos filhos sobre moldes modificados. 
A célula perde progressivamente sua característica diferenciação. Mantém vínculos muito sutis com a forma da célula original. A célula perde sua programação funcional e altera-se a expressão de genes que controlam a apoptose, adquirindo uma aparente independência funcional e imortalidade. Esta autonomia das células do câncer é fortalecida pela expressão de fatores de crescimento. Estes são substâncias químicas (polipeptídicas) sintetizadas pela célula tumoral e capazes de estimular sua própria multiplicação. Curiosamente, a célula tumoral também sintetiza os receptores para os fatores de crescimento que sintetizam. Este ambiente favorável à multiplicação de células tumorais é fortalecido por um mecanismo no qual as células normais dos tecidos vizinhos ao câncer também sintetizam fatores de crescimento favoráveis ao seu desenvolvimento.
	A célula do câncer consiste em uma grande rede  de comunicações bioquímicas, com sinalizações ocorrendo em todas as direções, tanto no sentido da membrana para o núcleo, como no sentido do núcleo para a membrana. 
	O diagnóstico do câncer precisa ser feito na célula, utilizando o microscópio para documentar modificações na forma, bem como a imuno-histoquímica para avaliar modificações funcionais.
 	Recentemente, técnicas de biologia molecular permitem identificar amplificação de oncogenes e expressão de receptores para fatores de crescimento. 
O envelhecimento traz mudanças nas células que aumentam a sua suscetibilidade à transformação maligna. As células das pessoas idosas foram expostas por mais tempo aos diferentes fatores de risco para câncer, isso explica, em parte, o porquê de o câncer ser mais freqüente nesses indivíduos.
Os fatores de risco ambientais de câncer são denominados carcinógenos. Esses fatores atuam alterando a estrutura do material genético das células.
 
O surgimento do câncer depende da intensidade e duração da exposição das células aos agentes causadores de câncer. Por ex., o risco de uma pessoa desenvolver câncer de pulmão é diretamente proporcional ao número de cigarros fumados/dia e ao número de anos que ela vem fumando. 
Como é o processo de carcinogênese? 
  O processo de carcinogênese, em geral se dá lentamente, podendo levar vários anos para que uma célula cancerosa prolifere e dê origem a um tumor visível. Esse processo passa por vários estágios antes de chegar ao tumor. 
ESTÁGIO DE INICIAÇÃO
É o 1º estágio da carcinogênese. Nele as células sofrem o efeito dos agentes cancerígenos ou carcinógenos que provocam modificações em alguns de seus genes. Nesta fase as células se encontram, geneticamente alteradas, porém ainda não é possível se detectar um tumor clinicamente. Encontram-se "preparadas", ou seja, "iniciadas" para a ação de um segundo grupo de agentes que atuará no próximo estágio.
PROMOÇÃO
É o 2º estágio, nele, as células geneticamente alteradas, ou seja, "iniciadas", sofrem o efeito dos agentes cancerígenos (oncopromotores). A célula iniciada é transformada em célula maligna, de forma lenta e gradual. Para que isso ocorra, é necessário um longo e continuado contato com o agente cancerígeno. A suspensão do contato com agentes promotores muitas vezesinterrompe o processo nesse estágio. Alguns componentes da alimentação e a exposição excessiva e prolongada a hormônios são exemplos de fatores que promovem a transformação de células iniciadas em malignas.
PROGRESSÃO
É o 3º e último estágio e se caracteriza pela multiplicação descontrolada e irreversível das células alteradas. Nesse estágio o câncer já está instalado, evoluindo até o surgimento das primeiras manifestações clínicas da doença.
Os fatores que promovem a iniciação ou progressão da carcinogênese são chamados agentes oncoaceleradores ou carcinógenos. O fumo é um agente carcinógeno completo, pois possui componentes que atuam nos três estágios da carcinogênese.
	Como se comportam as células cancerosas? 
	• Multiplicam-se de maneira descontrolada, mais rapidamente do que as células normais do tecido à sua volta, invadindo-o. Geralmente, têm capacidade para formar novos vasos sanguíneos que as nutrirão e manterão as atividades de crescimento descontrolado. O acúmulo dessas células forma os tumores malignos 
• Adquirem a capacidade de se desprender do tumor e de migrar. Invadem inicialmente os tecidos vizinhos, podendo chegar ao interior de um vaso sangüíneo ou linfático e, através desses, disseminar-se, chegando a órgãos distantes do local onde o tumor se iniciou, formando as metástases. Dependendo do tipo da célula do tumor, alguns dão metástases mais rápido e mais precocemente, outros o fazem bem lentamente ou até não o fazem. 
	• As células cancerosas são, geralmente, menos especializadas nas suas funções do que as suas correspondentes normais. Conforme as células cancerosas vão substituindo as normais, os tecidos invadidos vão perdendo suas funções. Por exemplo, a invasão dos pulmões gera alterações respiratórias, a invasão do cérebro pode gerar dores de cabeça, convulsões, alterações da consciência etc.
Só uma alteração no DNA não causa câncer. São necessárias várias mutações em seqüência, que ao mesmo tempo não sejam mortais para a célula, e causem lesões estruturais suficientes para causarem uma desregulação no mecanismo de crescimento e multiplicação.
	 A célula iniciada é transformada em célula maligna, de forma lenta e gradual. Para que ocorra essa transformação, é necessário um longo e continuado contato com o agente cancerígeno promotor.
 
	Outras situações em que pode ocorrer lesão direta do DNA é quando ocorre invasão celular por vírus. Como exemplo, o vírus das hepatites B e C, que a longo prazo podem causar câncer hepático. Também há a associação do papilomavirus (HPV) com o câncer de colo de útero. 
	As alterações específicas geradas no DNA que estes tipos de vírus causam ainda não estão bem determinadas. O que se sabe é que pode haver uma completa integração do genoma do vírus no genoma (DNA) da célula hospedeira, sendo que esta célula dará origem à oncogênese.
 
FATORES DE RISCO DE NATUREZA AMBIENTAL
Os fatores de risco de câncer podem ser encontrados no meio ambiente ou podem ser herdados. A maioria dos casos de câncer (80%) está relacionada ao meio ambiente, no qual encontramos um grande número de fatores de risco. Entende-se por ambiente o meio em geral, o ambiente ocupacional, o ambiente de consumo, o ambiente social e cultural (estilo e hábitos de vida). 
As mudanças provocadas no meio ambiente pelo próprio homem, os 'hábitos' e o 'estilo de vida' adotados pelas pessoas, podem determinar diferentes tipos de câncer.
Tabagismo, Hábitos Alimentares, Alcoolismo, Hábitos Sexuais, Medicamentos, Fatores Ocupacionais, Radiação solar.
HEREDITARIEDADE
	São raros os casos de cânceres que se devem exclusivamente a fatores hereditários, familiares e étnicos, apesar de o fator genético exercer um importante papel na oncogênese. Um ex. são os indivíduos portadores de retinoblastoma que, em 10% dos casos, apresentam história familiar deste tumor. 
	Alguns tipos de câncer de mama, estômago e intestino parecem ter um forte componente familiar, embora não se possa afastar a hipótese de exposição dos membros da família a uma causa comum.
	Dicas para se proteger do câncer
	Não fume! Essa é a regra mais importante para prevenir o câncer, principalmente os de pulmão, boca, laringe, faringe e esôfago. Ao fumar, são liberadas no ambiente mais de 4.700 substâncias tóxicas e cancerígenas que são inaladas por fumantes e não fumantes. Parar de fumar e de poluir o ambiente fechado é fundamental para a prevenção do câncer.
Alimentação saudável protege contra o câncer. Deve ser variada, equilibrada, saborosa, respeitar a cultura e proporcionar prazer e saúde. Frutas, legumes, verduras, cereais integrais e feijões são
os principais alimentos protetores. Comer esses alimentos diariamente pode evitar o desenvolvimento de câncer. O aleitamento materno é a primeira alimentação saudável. A amamentação exclusiva até os seis meses de vida protege as mães contra o câncer de mama e as crianças contra a obesidade infantil. A partir de então, a criança deve ser amamentada e receber outros alimentos saudáveis até os dois anos ou mais.
Pratique atividades físicas como parte da rotina diária. A atividade física consiste na iniciativa de se movimentar, de acordo com a rotina de cada um. Você pode, por exemplo, caminhar, dançar, trocar o elevador pelas escadas, levar o cachorro para passear, cuidar da casa ou do jardim.
Estar acima do peso aumenta as chances de uma pessoa desenvolver câncer. Por isso, é importante controlar o peso por meio de uma boa alimentação e manter-se ativo.
As mulheres entre 25 e 64 anos devem fazer o exame preventivo ginecológico a cada três anos. Tão importante quanto fazer o exame é saber o resultado e seguir as orientações médicas.
As mulheres com 40 anos ou mais devem se submeter ao exame clínico das mamas anualmente. Aquelas que estiverem entre 50 e 69 anos devem ainda realizar a mamografia a cada
dois anos. Em caso de alterações suspeitas nas mamas, a mulher precisa procurar um médico.
Evite a ingestão de bebidas alcoólicas. Seu consumo, em qualquer quantidade, aumenta o risco de desenvolver câncer. Além disso, combinar bebidas alcoólicas com o tabaco aumenta ainda mais a possibilidade do surgimento da doença.
Evite exposição prolongada ao sol entre 10h e 16h, e use sempre proteção adequada, como chapéu, barraca e protetor solar, inclusive nos lábios. Se for inevitável a exposição ao sol durante
a jornada de trabalho, use chapéu de aba larga, camisa de manga longa e calça comprida.
Fumo, bebidas alcoólicas, exposição prolongada ao sol, alimentação gordurosa também estão relacionados ao câncer de boca. Fique alerta a qualquer lesão na boca que não cicatrize por mais de 15 dias.
Alguns tipos de vírus, bactérias e parasitas associados a infecções crônicas estão presentes no processo de desenvolvimento do câncer, com destaque para o papilomavírus
humano (HPV). Além de outras estratégias de prevenção, o uso de preservativos pode contribuir na prevenção da infecção pelo HPV, associada ao câncer do colo do útero, pênis, ânus, orofaringe e boca.
	O termo risco é usado para definir a chance de uma pessoa sadia, exposta a determinados fatores, ambientais ou hereditários, adquirir uma doença. Os fatores associados ao aumento do risco de se desenvolver uma doença são chamados fatores de risco. Em contrapartida, há fatores que dão ao organismo a capacidade de se proteger contra determinada doença, daí serem chamados fatores de proteção. 
Dois pontos devem ser enfatizados em relação aos fatores de risco: primeiro, que o mesmo fator pode ser de risco para várias doenças (por exemplo, o tabagismo, que é fator de risco para diversos cânceres e doenças cardiovasculares e respiratórias); segundo, que vários fatores de risco podem estar envolvidos na origem (gênese) de uma mesma doença (agentes causais múltiplos). O estudo dos fatores de risco, isolados ou combinados, tem permitido estabelecer relações de causa-efeito entre eles e determinados tipos de câncer.
	A multicausalidade é frequente na formação do câncer (carcinogênese). Pode ser exemplificada pela associaçãoentre álcool, tabaco e residência na zona rural e o câncer de esôfago, e entre álcool, tabaco, chimarrão, churrasco e o cozimento de alimentos em fogão a lenha e o câncer da cavidade bucal. A interação entre os fatores de risco e os de proteção a que as pessoas estão submetidas pode resultar, ou não, na redução da probabilidade delas adoecerem. Nestas associações, os fatores de proteção determinados foram, respectivamente, o consumo de frutas cítricas e vegetais ricos em caroteno.
	Nem sempre a relação entre a exposição a um ou mais fatores de risco e o desenvolvimento de uma doença é reconhecível facilmente, especialmente quando se presume que a relação se dê com comportamentos sociais comuns (o tipo de alimentação, por exemplo). Nas doenças crônicas, as primeiras manifestações podem surgir após muitos anos de exposição única (radiações ionizantes, por exemplo) ou contínua (radiação solar ou tabagismo, por exemplo) aos fatores de risco. Por isso, é importante considerar o conceito de período de latência, isto é, o tempo decorrido entre a exposição ao fator de risco e o surgimento da doença. 
	No cotidiano da sociedade, diversas substâncias potencialmente mutagênicas e/ou carcinogênicas estão presentes nos mais diferentes contextos, como nos medicamentos, plásticos, detergentes, tintas, cosméticos, 
roupas, agrotóxicos, produtos de limpeza e desinfecção, em ambientes rurais e industriais, além da poluição típica dos grandes centros urbanos. 
Os homens, principalmente aqueles mais machistas, sequer lembram os nomes e os fatores indicados no uso do bloqueador solar.
Câncer de pele é o que mais atinge homens brasileiros
PREVENÇÃO
	Evitar o sol das 10 às 16 horas, usar roupas que protejam o corpo, calças e camisas de manga longa e mais folgadas, que dão uma sensação mais arejada ao corpo são atitudes mais indicadas e ideais para serem adotadas na rotina diária. Bonés e chapéus também são importantes na proteção da cabeça. Usar protetor solar meia hora antes de sair de casa, mesmo em dias nublados, é essencial pois as nuvens não protegem totalmente dos raios solares.
Informações do Inca - Câncer de Próstata
No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens. Mais do que qualquer outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos.
Estimativa de novos casos: 52.350 (2010)
Número de mortes: 11.955 (2008)
 
Prevenção
Já está comprovado que uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais, e com menos gordura, principalmente as de origem animal, ajuda a diminuir o risco de câncer, como também de outras doenças crônicas não-transmissíveis. Nesse sentido, outros hábitos saudáveis também são recomendados, como fazer, no mínimo, 30 minutos diários de atividade física, manter o peso adequado à altura, diminuir o consumo de álcool e não fumar.
Pai ou irmão com câncer de próstata antes dos 60 anos pode aumentar o risco de se ter a doença.
 
Quais os sintomas do câncer de próstata?
Os principais sintomas relacionados ao câncer de próstata são:
• presença de sangue na urina; • necessidade frequente de urinar, principalmente à noite; • jato urinário fraco; • dor ou queimação ao urinar.
MAMA
	É o mais comum entre as mulheres e o segundo mais frequente no mundo (perde só para o de pulmão
	E no Brasil muitas mulheres ainda morrem porque descobrem a doença muito tarde.
	 O autoexame e a mamografia anual depois dos 40 anos são fundamentais para descobrir nódulos em estágios iniciais e menos complicados de tratar.
DE TIREOIDE
As mulheres são as maiores vítimas: o tumor nessa glândula, que controla inúmeras funções do metabolismo, é três vezes mais frequente no sexo feminino. "É um câncer que costuma ser pouco agressivo", diz Calil.
Sintomas: Nódulos na tireoide, que só são detectados com exames de imagem, e rouquidão prolongada podem indicar a presença de tumores.
DE COLO DE ÚTERO
É o segundo tipo mais frequente entre as brasileiras. "O principal responsável é o HPV, vírus transmitido principalmente por meio de relações sexuais", explica Calil. A detecção é feita pelo papanicolau, exame realizado pelo ginecologista. Faça todo ano, viu? E a prevenção é simples: vacina contra o vírus e sexo seguro!
Sintomas: Na fase inicial, a mulher pode não sentir nada, por isso o papanicolau é tão importante. Se o câncer já estiver em fase avançada, pode haver sangramento vaginal e dor abdominal.
DE CÓLON E RETO
É curável na maioria dos casos, principalmente se detectado cedo (por exames de fezes e colonoscopia). Mulheres com mais de 50 anos têm maiores chances de desenvolver a doença. Mas não significa que quem é jovem não precisa se cuidar. Segundo Calil, uma dieta rica em frutas, vegetais, cereais e peixes e atividade física ajudam na prevenção.
Sintomas: Procure um médico se tiver diarreia ou prisão de ventre por um período prolongado, dor abdominal ou na região anal e sangue nas fezes.
DE PULMÃO
O câncer de pulmão é o terceiro com maior ocorrência entre os homens no Brasil e antigamente era raro nas mulheres. Hoje já ocupa o quinto lugar em incidência em mulheres. Segundo Calil, a causa do aumento desses índices é o tabagismo. "As mulheres que começaram a fumar nos anos 70 e 80 estão começando a desenvolver tumores nas vias respiratórias agora", diz o especialista.
Sintomas: Os mais comuns são tosse que não passa nunca e, em casos mais graves, sangramento pelas vias respiratórias. Fique de olho!
DIMINUA OS RISCOS
	A maior parte dos tipos de câncer pode ser evitada. "Prevenção, no caso do câncer, significa mudança nos hábitos de vida". Se você tomar esses cuidados, vai diminuir as chances de ter um tumor. Comece hoje mesmo!
- Tenha uma alimentação com menos gordura e alimentos industrializados e mais frutas, grãos, legumes e verduras.
- Não fume.
- Evite o consumo de álcool.
- Pratique atividade física.
- Tenha acompanhamento médico regular.
- Conheça seu corpo: faça o autoexame de mama e fique atenta aos sinais que seu corpo dá de que alguma coisa não vai bem.
A radiação é um tipo de carcinógeno que age lesando diretamente o DNA da célula.
A inflamação crônica de algum órgão, como o intestino, por exemplo, causa aumento da divisão celular, e aumenta a chance de alguma mutação. Dessa forma, gorduras animais, que causam um tipo de inflamação na mucosa intestinal, são carcinógenos "indiretos". É por essa razão que se orienta uma dieta com fibras. Essa dieta aumenta o volume do bolo fecal, diminuindo o tempo de exposição de todas as substâncias à mucosa intestinal, além de diminuir a concentração da gordura animal na massa fecal total.
A ação de hormônios é semelhante. Eles aceleram a divisão celular de alguns tipos de células, facilitando a ocorrência de mutações.
Observamos que o câncer ocorre mais freqüentemente A partir dos 55 anos, a incidência da doença cresce em nível exponencial. Isso quer dizer que quanto mais tempo uma pessoa tem para expor seu material genético a um fator qualquer que possa alterá-lo, maior será a chance disso acontecer.
Todas as células têm um mecanismo de reparo do DNA. Mutações genéticas mínimas ocorrem muito freqüentemente, em todas as pessoas. Só que não desenvolvemos câncer rapidamente porque nossos mecanismos de reparo são em geral eficientes. Só que quanto mais tempo se passar, maior será a chance de um "escape". Se vivêssemos até 200 anos, todos provavelmente teríamos algum tipo de câncer. Isso porque passou tempo suficiente para que se acumulassem mutações genéticas em nossas células.
Se o tempo é um fator importante para permitir ao organismo uma maior exposição a elementos potencialmente lesivos para o DNA celular, a exposição a uma maior quantidade desses elementos lesivos também exerce grande importância no desenvolvimento do câncer.
A ocorrência de mutações, logicamente, ocorre ANTES da divisão celular. Isso porque a célula deve estar duplicando o seu DNA, e a possibilidade de erros é maior. Assim, substâncias que levam a umaumento na população de determinadas células são também, indiretamente, agentes capazes de aumentar a ocorrência de mutações genéticas.
O fumo, por sua vez, desenvolve uma ação carcinogênica mista. Ele é capaz tanto de lesar o DNA das células do corpo inteiro, diretamente, quanto irritar mucosas, causando inflamação crônica na boca, garganta, brônquios e pulmões. É por isso que o fumo pode causar também câncer de bexiga e pâncreas, por exemplo, não ficando limitado apenas às vias aéreas.
As neoplasias ditas hereditárias estão relacionadas com a perda de genes supressores de tumor. Isso explica a quase totalidade das doenças neoplásicas que existem em crianças, geralmente produzidas por um aumento da predisposição ao desenvolvimento de tumores já ao nascimento.
RADIAÇÃO SOLAR
No Brasil, o câncer mais freqüente é o de pele, correspondendo a cerca de 25% de todos os tumores diagnosticados em todas as regiões geográficas. A radiação ultra-violeta natural, proveniente do sol, é o seu maior agente etiológico.
De acordo com o comprimento de onda, os raios ultra-violetas (raios UV) são classificados em raios UV-C, em raios UV-A (320-400nm) e em raios UV-B (280-320nm). Em decorrência da destruição da camada de ozônio, os raios UV-B, que estão intrinsecamente relacionados ao surgimento do câncer de pele, têm aumentado progressivamente sua incidência sobre a terra. Da mesma forma, tem ocorrido um aumento da incidência dos raios UV-C, que são potencialmente mais carcinogênicos do que os UVB.
Por sua vez, os raios UV-A independem desta camada, e causam câncer de pele em quem se expõe a eles em horários de alta incidência, continuamente e ao longo de muitos anos. As pessoas de pele clara que vivem em locais de alta incidência de luz solar são as que apresentam maior risco. Como mais de 50% da população brasileira têm pele clara e se expõem ao sol muito e descuidadamente, seja por trabalho, seja por lazer, e o país situa-se geograficamente numa zona de alta incidência de raios ultra-violeta, nada mais previsível e explicável do que a alta ocorrência do câncer de pele entre nós.
Medicamentos
Apesar da valiosa contribuição para o controle de muitas doenças, a incorporação de medicamentos à pratica médica produz também efeitos indesejáveis, entre os quais a carcinogênese.
• o efeito carcinogênico indubitável da clornafazina e do melfalan.
• a evidência que o clorambucil, o tiotepa e a ciclofosfamida são indutores de leucemias e câncer de bexiga.
• supressores imunológicos, como a azatio-prina e prednisona, já foram relacionados com linfomas malignos e com o câncer de pele. Quando administrados a transplantados, aumentam, agudamente, em meses, o risco de desenvolver o linfoma linfocítico e outros tumores malignos nesses pacientes.
• a fenacetina tem sido responsabilizada por tumores da pelve renal.
• a comprovação da relação entre o uso de dietilestilbestrol por mulheres grávidas e o desenvolvimento, em suas filhas expostas in utero ao hormônio, de adenocarcinoma de células claras de vagina.
• o uso de estrogênios conjugados, para o tratamento dos sintomas da menopausa, correlaciona-se com uma maior ocorrência do câncer de endométrio, e alguns estudos relacionaram o câncer de mama com o uso prolongado de contraceptivos, antes da primeira gravidez.
HÁBITOS ALIMENTARES
Muitos componentes da alimentação têm sido associados com o processo de desenvolvimento do câncer, principalmente câncer de mama, cólon (intestino grosso) reto, próstata, esôfago e estômago.
Alguns tipos de alimentos, se consumidos regularmente durante longos períodos de tempo, parecem fornecer o tipo de ambiente que uma célula cancerosa necessita para crescer, se multiplicar e se disseminar. Esses alimentos devem ser evitados ou ingeridos com moderação. Neste grupo estão incluídos os alimentos ricos em gorduras, tais como carnes vermelhas, frituras, molhos com maionese, leite integral e derivados, bacon, presuntos, salsichas, lingüiças, mortadelas, dentre outros.
Existem também os alimentos que contêm níveis significativos de agentes cancerígenos. Por exemplo, os nitritos e nitratos usados para conservar alguns tipos de alimentos, como picles, salsichas e outros embutidos e alguns tipos de enlatados, se transformam em nitrosaminas no estômago. As nitrosaminas, que têm ação carcinogênica potente, são responsáveis pelos altos índices de câncer de estômago observados em populações que consomem alimentos com estas características de forma abundante e freqüente. Já os defumados e churrascos são impregnados pelo alcatrão proveniente da fumaça do carvão, o mesmo encontrado na fumaça do cigarro e que tem ação carcinogênica conhecida. 
Os alimentos preservados em sal, como carne-de-sol, charque e peixes salgados, também estão relacionados ao desenvolvimento de câncer de estômago em regiões onde é comum o consumo desses alimentos. Antes de comprar alimentos, compare a quantidade de sódio nas tabelas nutricionais dos produtos.
Alcoolismo Consumo e Relação com o Câncer
O consumo de bebidas alcoólicas é tão aceito socialmente que muitas pessoas não imaginam que elas são drogas potentes. A relação entre álcool e câncer tem sido avaliada, no Brasil, por meio de estudos de caso-controle, que estabeleceram a associação epidemiológica entre o consumo de álcool e cânceres da cavidade bucal e de esôfago. 
O uso combinado de álcool e tabaco aumenta ainda mais o risco de câncer nestas e em outras localizações, como a faringe e a laringe supraglótica. Além de agente causal de cirrose hepática, em interação com outros fatores de risco, como, por exemplo, o vírus da hepatite B, o alcoolismo está relacionado a 2 - 4% das mortes por câncer, implicado que está, também, na gênese dos cânceres de fígado, reto e, possivelmente, mama. Os estudos epidemiológicos têm demonstrado que o tipo de bebida (cerveja, vinho, cachaça etc.) é indiferente, pois parece ser o etanol, propriamente, o agente agressor. Esta substância psicoativa tem a capacidade de produzir alteração no sistema nervoso central, podendo modificar o comportamento dos indivíduos que dela fazem uso. Por ter efeito prazeroso, induz à repetição e, assim, à dependência. 
Os efeitos do álcool variam de acordo com a rapidez e a frequência com que ele é ingerido, com a quantidade de alimentos consumidos durante a ingestão de bebidas alcoólicas, com o peso da pessoa, com o estado de espírito desta pessoa etc. O álcool atinge rapidamente a circulação sangüínea e todas as partes do corpo, inclusive o sistema nervoso, provocando mesmo em doses pequenas a diminuição da coordenação motora e dos reflexos, o estado de euforia e a desinibição. 
Recorde-se que muitas doenças são causadas pelo uso contínuo do álcool: doenças neurais, mentais, musculares, hepáticas, gástricas, pancreáticas e entre elas o câncer. Isto sem falar nos problemas sociais que estão associados à ingestão de bebidas alcoólicas: acidentes de trânsito, homicídios, suicídios, faltas ao trabalho e atos de violência.
O conselho para as pessoas que optarem por beber álcool é que limitem o consumo para menos de dois drinques por dia para homens e menos de um para mulheres. Mulheres grávidas, crianças e adolescentes não devem ingerir bebida alcoólica.
	Estima-se que menos de 3% dos cânceres resultem da exposição às radiações ionizantes. Estudos feitos entre os sobreviventes da explosão das bombas atômicas e entre pacientes que se submeteram à radioterapia, mostraram que o risco de câncer aumenta em proporção direta à dose de radiação recebida, e que os tecidos mais sensíveis às radiações ionizantes são o hematopoético, o tiroidiano, o mamário e o ósseo.
	 As leucemias ocorrem entre 2 e 5 anos após a exposição, e os tumores sólidos surgem entre 5 e 10 anos.
	O risco de desenvolvimento de um câncer é significantemente maior quando a exposição dos indivíduos à radiação aconteceu na infância.
Os celulares estão classificados como “possivelmente Carcinogênico para Humanos”. Ou seja, possíveis causadores de câncer.
Esta foi a conclusão anunciada no dia31/05/2011 por 31 especialistas durante uma reunião de uma semana em Lion na França, convocada pela Agência de Pesquisa sobre o Câncer da Organização Mundial da Saúde.
Eles concluíram que existe uma evidência “limitada” sugerindo que celulares aumentam riscos de tumores malignos no cérebro em 40%, mas somente para usuários constantes, os que fizeram ligações durando mais de 30 minutos nos últimos 10 anos. Existem, também, uma evidência limitada de aumento no risco por um tipo específico de câncer cerebral chamado de neuroma acústico, mas não foram encontradas evidências para outros tipos de câncer cerebral.
	A pesquisadora da área de Vigilância do Câncer relacionado ao Trabalho e ao Ambiente do Inca, Márcia Sarpa de Campos Mello, trouxe dados sobre a mutagênese e a carcinogênese em relação aos agrotóxicos. Em sua palestra, falou do aumento rápido da incidência de câncer nos últimos anos.
	O Inca classifica o câncer como a segunda causa de morte no mundo, ficando atrás somente das doenças cardiovasculares.
	Os agrotóxicos podem exercer efeitos carcinogênicos como a genotoxidade, promoção de tumor, ação hormonal e imunotoxidade.
	O uso do peróxido de hidrogênio ou água oxigenada na boca, objetivando-se a clareação dentária, deve ser feito diretamente pelo profissional da Odontologia treinado para proteger a mucosa bucal, e outras, do contato. O tempo e a forma de uso requerem cuidados para proteger ou diminuir ao mínimo os efeitos indesejáveis sobre os tecidos dentários. 
	Na internet vários sites ensinam, passo a passo, como adquirir e preparar água oxigenada para fazer bochechos com a finalidade antisséptica e, ao mesmo tempo, para limpar e clarear os dentes.
HÁBITOS SEXUAIS
Certas características de comportamento sexual aumentam a chance de exposição a vírus carcinogênicos sexualmente transmissíveis.
A promiscuidade sexual, a falta de higiene, a precocidade do início da vida sexual (antes dos 18 anos de idade), bem como a variedade de parceiros, tanto da mulher como do seu companheiro, estão relacionados a um maior risco de câncer do colo uterino. Esses fatos sugerem que os hábitos sexuais contribuem para a propagação de agentes sexualmente transmissíveis, capazes de induzir o câncer.
Eis alguns tipos de vírus com potencial carcinogênico que podem ser transmitidos sexualmente:
o herpesvírus tipo II e o papilomavírus (HPV) estão relacionados ao câncer do colo uterino;
o vírus HIV (Human Immunodeficiency Virus), associado a outros tipos de vírus, como o citomegalovírus e os herpesvírus I e II, pode desencadear o aparecimento de sacoma de Kaposi, câncer de língua e de reto, respectivamente, em pacientes portadores de AIDS;
o vírus HTLV-I associa-se a leucemias e ao linfoma de linfócitos T;
o vírus da hepatite B relaciona-se ao câncer de fígado
TODOS OS RADIONUCLÍDEOS SÃO CLASSIFICADOS COMO CARCINÓGENOS HUMANOS
Os níveis naturais de radiação constituem a chamada radiação de fundo. Sua existência se deve à presença de radionuclídeos, tais como 40K (potássio), 238U (urânio empobrecido) e 232Th (tório), na atmosfera, hidrosfera e litosfera, e às ondas cósmicas, que atingem a Terra vindas do espaço. Uma porção menos importante da radiação de fundo é devida a radionuclídeos de meia-vida curta formados nas camadas superiores da atmosfera na interação de gases atmosféricos com ondas cósmicas. (Pivovarov & Mikhalev 2004).
 Diferentes tipos de rocha emitem diferentes intensidades de radiação, e alguns radionuclídeos, em especial o 40K, são encontrados em organismos vivos.
RADIAÇÃO IONIZANTE
A radiação eletromagnética ultravioleta (excluindo a faixa inicial da radiação ultravioleta) ou mais energética é ionizante. Partículas como os elétrons e os prótons que possuam altas energias também são ionizantes. São exemplos de radiação ionizante as partículas alfa, partículas beta (elétrons e pósitrons), os raios gama, raios-x e nêutrons.
CLASSIFICAÇÃO DO PESO DA EVIDÊNCIA PARA CARCINOGENICIDADE
	GRUPO	DESCRIÇÃO
	A	CARCINÓGENO HUMANO
	B1 OU B2	PROVÁVEL CARCINÓGENO HUMANO
	B1	INDICA QUE DADOS EM HUMANOS SÃO LIMITADOS
	B2	INDICA SUFICIENTE EVIDÊNCIA EM ANIMAIS E EVIDÊNCIAS INADEQUADAS OU SEM EVIDÊNCIAS EM HUMANOS
	C	POSSÍVEL CARCINÓGENO HUMANO
	D	NÃSO CLASSIFICADO COMO CARCINÓGENO HUMANO
A prevenção do câncer de origem ocupacional deve abranger:
1 - a remoção da substância cancerígena do local de trabalho;
2 - controle da liberação de substâncias cancerígenas resultantes de processos industriais para a atmosfera;
3 - controle da exposição de cada trabalhador e o uso rigoroso dos equipamentos de proteção individual (máscaras e roupas especiais);
4 - a boa ventilação do local de trabalho, para se evitar o excesso de produtos químicos no ambiente;
5 - o trabalho educativo, visando aumentar o conhecimento dos trabalhadores a respeito das substâncias com as quais trabalham, além dos riscos e cuidados que devem ser tomados ao se exporem a essas substâncias;
6 - a eficiência dos serviços de medicina do trabalho, com a realização de exames periódicos em todos os trabalhadores;
7 - a proibição do fumo nos ambientes de trabalho, pois, como já foi dito, a poluição tabagística ambiental potencializa as ações da maioria dessas substâncias.
Para isso se faz necessário o envolvimento de órgãos governamentais para a criação de leis que proíbam a exposição a qualquer concentração de substâncias que, comprovadamente, provoquem câncer no homem, obrigando os empregadores a informar seus empregados sobre os riscos a que estão expostos no ambiente de trabalho, manter um programa de exames médicos periódicos e adotar programas de proteção individual, através da utilização de equipamentos mais adequados.
A AVALIAÇÃO DE RISCO CARCINOGÊNICO CONSISTE BASICAMENTE EM DUAS ETAPAS:
-AVALIAÇÃO QUALITATIVA, CONTENDO UMA REVISÃO DE TODAS AS INFORMAÇÕES BIOLÓGICAS E QUÍMICAS QUE MOSTRAM SE UM AGENTE PODE OU NÃO CAUSAR UMA RESPOSTA CARCINOGÊNICA;
-PARA AQUELAS SUBSTÂNCIAS CLASSIFICADAS NO PESO DA EVIDÊNCIA COMO CARCINÓGENAS OU POTENCIALMENTE CARCINÓGENAS, SÃO DETERMINADOS FATORES POTENCIAIS DE CÂNCER, CALCULADO COMO A, B1, B2 OU C.
		
	Substâncias Tóxicas	Locais Primários dos Tumores
	Nitrito de acrílico	Pulmão, cólon e próstata
	Alumínio e seus compostos	Pulmão
	Arsênico	Pulmão, pele e fígado
	Asbesto	Pulmão, serosas, trato gastrointestinal e rim
	Aminas aromáticas	Bexiga
	Benzeno	Medula óssea (leucemia mielóide)
	Benzidina	Bexiga
	Berílio e seus compostos	Pulmão
	Cádmio	Próstata
	Cromo e seus compostos	Pulmão
	Álcool isopropílico	Seios para-nasais
	Borracha	Medula óssea e bexiga
	Compostos de níquel	Pulmão e seios para-nasais
	Pó de madeiras	Seios para-nasais
	Radônio	Pulmão
	Tinturas de cabelo	Bexiga
	Material de pintura	Pulmão
		
		
		
		
		
EM GERAL É ADOTADA A HIPÓTESE DA LINEARIDADE PARA BAIXAS DOSES, SENDO O RISCO DIRETAMENTE PROPORCIONAL À DOSE; O RISCO ZERO É SOMENTE QUANDO A DOSE É ZERO.

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