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AulaTeoria Monetaria2013PM

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I) Atuação e objeto de estudo da Macroeconomia
6-Aula de Introdução à Macroeconomia
(capítulo 13 do Livro Texto)
A macroeconomia estuda a economia como um todo, analisando a determinação e o comportamento dos grandes agregados, tais como: 
● a renda e o produto nacional; 
● o nível geral de preços; 
● emprego e desemprego; 
● estoque de moeda e a taxa de juros; 
● balaço de pagamentos; e
● taxa de juros.
Paulo Tigre
1
 Objetivos da Macroeconomia:
 (i) Alto nível do emprego; Objetivos de Curto Prazo
 (ii) Estabilidade dos preços; ou Conjunturais.
(iii) Crescimento econômico; Objetivos de Longo Prazo
 (iv) Distribuição de renda socialmente justa. ou Estruturais. 
 
As questões estruturais envolvem políticas que levam mais tempo para mostrarem resultados, pois há mudanças profundas na estrutura econômica e institucional do país.
Paulo Tigre
2
Instrumentos de Política Econômica
As políticas econômicas são:
1) Política Monetária;
2) Política Cambial e Comercial; e
3) Política Fiscal
4) Política de Rendas. 
1) Política Monetária: 
refere-se ação do governo sobre a quantidade de moeda e títulos públicos. 
2) Política Cambial e Comercial: 
a política cambial refere-se a fixação da T.C.; e a política comercial aos instrumentos do governo de estímulo ou não às exportações e importações.
3) Política Fiscal:
refere-se as ações do governo para arrecadar tributos (política tributária) e controlar suas despesas (política de gastos);
4) Política de Renda: 
refere-se ao controle sobre preços, salários e política de distribuição de renda.
Paulo Tigre
4
 A partir da aula de hoje vamos ver cada uma dessas políticas começando com a Política Monetária.
7. Aula de Teoria Monetária
(capítulo 16 do Livro Texto)
7.1. Funções da Moeda
São três as funções que uma moeda deve cumprir: 
● Instrumento de troca (meio de troca entre bens e serviços);
● Unidade de conta ou denominador comum de valor;
(apura e compara o valor monetário das transações de bens e serviços) 
● Reserva de Valor (acumulação do valor de compra).
Caso, por exemplo, 1Kg Açúcar =$ 5,0 e 1Kg Arroz =2,5; Então: 
7.2 História da Moeda
 A história da moeda teve cinco estágios:
● Escambo;
● Moedas Mercadorias;
● Moedas Simbólica;
● Moeda Escritural;
● Moeda Sofisticada.
● 1º Estágio: ESCAMBO (Antiguidade): 
 Troca Direta;
 Problema: dupla coincidência de desejos;
● 2º Estágio: MOEDA MERCADORIA: 
As trocas são indiretas. Vários bens usados como moeda: 
Gado, peles, sal (Roma), bambu(China), conchas, etc.
Contudo apresentavam problemas, assim os metais acabaram usados como moedas pois: a) homogêneos, b) duráveis, c) portáteis, d) escassos. 
● 3º Estágio: MOEDA SIMBÓLICA: 
Os metais preciosos (ouro, prata, bronze) foram os mais
usados, pelas vantagens acima (divisíveis, escassos, etc.).
Começou-se fazer a cunhagem desses metais para determinar seu valor. 
A troca passou a ser realizada pela moeda cunhada (onde o soberano garantia seu valor) e seu uso a ter obrigação legal de aceite. 
Paulo Tigre
8
● 4º Estágio: MOEDA ESCRITURAL 
 Com a disseminação do uso da moeda, começou-se a depositar
 a moeda em instituições especializadas (ourives/bancos), que
 forneciam um recibo de depósito (substitutos da moeda física). 
 Os recibos aos poucos foram padronizados dando origem ao papel-moeda.
● 5º Estágio: MOEDA SOFISTICADA: 
 Conjunto de registro eletrônicos que representam os ativos na atualidade, ou seja, representa a diversidade de ativos (depósitos a vista, depósitos a prazo, caderneta de poupança, etc.) que se tem atualmente. 
Paulo Tigre
9
● No passado, a circulação da moeda era garantida por seu lastro em ouro, sendo emitida somente se tivesse seu equivalente em ouro como reserva, permitindo sua plena conversibilidade;
(Papel-moeda com lastro e convertido em ouro (padrão ouro) ;
● Com o crescimento das atividades econômicas e a expansão dos mercados financeiros, tornou-se inviável lastrear as emissões de moedas em ouro, criando a moeda sem lastro, garantida por lei;
(Papel-Moeda de curso forçado (moeda fiduciária). 
 
7.3. Os Meios de Pagamento no Brasil 
● Os Meios de Pagamento são chamados de Agregados Monetários;
 
● Os Agregados monetários correspondem ao total de moeda de um país, incluindo as quase-moedas;
● Os Agregados monetários ou meios de pagamentos são classificados de acordo com a ordem de liquidez;
● No Brasil é o BACEN o órgão responsável pela elaboração e divulgação mensal desses agregados.
No Brasil existem cinco Agregados Monetários: M0; M1, M2, M3 e M4
M0 = Moedas Metálicas e Papel-moeda em poder do público (PMpp);
O PMpp = moedas emitidas pelo Bacen - moedas nos "caixas" do sistema bancário; 
M1 = M0 + depósitos à vista (DV) nos bancos comerciais;
M2 = M1 + depósitos especiais remunerados + depósitos de poupança + títulos privados; 
(depósitos à prazo, letras cambiais e imobiliárias, etc.);
M3 = M2 + fundos de renda fixa + operações compromissadas com títulos federais;
M4 = M3 + títulos públicos federais, estaduais e municipais.
Tipos de Moedas:
 a) Moeda manual ou corrente (M0)
As moedas metálicas e papéis-moedas emitidos pelo Bacen. 
Representa grande parcela de dinheiro em poder do público.
 
b) Moeda escritural ou bancária (M1)
Os depósitos à vista nos bancos comerciais.
Representa a moeda contábil, escriturada nos bancos.
c) As Quase-Moedas (M2, M3, M4)
Demais agregados monetários, que possuem alta liquidez, mas não imediata (caderneta de poupança, CDBs, etc.). 
7.4. Padrões de Moeda Brasileiros
A moeda portuguesa Real (réis) foi a 1ª moeda circular no Brasil.
Ao longo do Império (1822-1889), República Velha (1889-1930) e primeira parte da era Vargas (1930-1942), a moeda brasileira foi o "mil-réis". 
Em 31/10/1942 a moeda o mil-réis foi substituída pelo cruzeiro passando 1$000 (mil-réis) = a CR$1,00 (um cruzeiro).
A partir de 1942 em diante, o Brasil passou por 8 mudanças de padrão monetário (além de alguns ajustes provisórios, que eliminavam os centavos, quando perdiam significado). 
A seguir são mostrados esses padrões monetários. 
Paulo Tigre
14
7.5. Sistema Financeiro Nacional
O SFN é dividido em dois grandes subsistemas: Normativo e de Intermediação.
O Subsistema Normativo é composto por instituições que estabelecem diretrizes de atuação das instituições financeiras e controle do mercado, ou seja, composto pelas seguintes órgãos:
● Conselho Monetário Nacional (CMN); e
● Banco Central do Brasil (BACEN);
● Outras Instituições (CVM, CEF, BNDES, etc.)
Paulo Tigre
16
O Subsistema Intermediário (ou operativo) é composto por instituições bancárias e não bancárias (que atuam em operações de intermediação financeira).
● Instituições financeiras bancárias (que criam moeda): bancos comerciais, bancos múltiplos e caixas econômicas;
● Instituições financeiras não-bancárias: são as instituições que não captam recursos por meio de depósitos à vista, e sim por meio das quase-moeda (depósitos a prazo).
As principais instituições financeiras não-bancários brasileiros são: 
a) Bancos de investimento; b) Sociedades de crédito, financiamento e investimento (financeiras); c) Sociedades de crédito imobiliários; d)Sociedade de arrendamento mercantil (firmas de leasing); e) sociedades corretoras e distribuidoras. 
Paulo Tigre
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As principais instituições financeiras não-bancários brasileiros são: 
a) Bancos de investimento; 
b) Sociedades de crédito, financiamento e investimento (financeiras); 
c) Sociedades de crédito imobiliários; 
d)Sociedade de arrendamento mercantil (firmas de leasing); 
e) sociedades corretoras e distribuidoras. 
Paulo Tigre
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7.5.1. Conselho Monetário Nacional
● É o órgão máximo do SFN, com funções deliberativas, cujas normas são de observância obrigatória por todas as instituições do sistema financeiro. 
● O CMN tem a responsabilidade de formular a política monetária do país, objetivandoa estabilidade e o desenvolvimento econ. social. 
● O Banco Central do Brasil (Bacen) é a secretaria-executiva do CMN, ou seja, ele é o órgão executor das diretrizes do CMN. 
7.5.2. Banco Central do Brasil (BACEN)
Banco Central é o órgão responsável pela (execução) política monetária, que tem por objetivo controlar a oferta da moeda, de crédito, e as taxas de juros de forma compatível com a atividade econômica. 
Funções do Banco Central do Brasil
● Banco dos Bancos; 
● Banco do Governo; 
● Controle e regulamentação da oferta monetária e do crédito;
● Controle dos capitais estrangeiros e das operações com moeda estrangeira.
A) Banco dos Bancos (recebe e transfere fundos dos outros bancos)
Os bancos comerciais depositam seus fundos no Bacen. Sua função será a de socorrer os bancos em dificuldade, mas somente nestas ocasiões. Assim, usa o seu poder para controlar e regular as atividades dos bancos comerciais.
B) Banco do Governo: 
Parte dos fundos do governo é depositado no Bacen. Assim, quando o governo necessita de recursos, faz por meio do Bacen, emitindo títulos (obrigações) e os vendendo. Este se constitui o agente financeiro do governo. 
No Brasil, uma parte das funções é desempenhada por bancos públicos, que recebem os depósitos do governo. 
C) Executor da política monetária: o Bacen é responsável pelo controle da oferta de moeda, por vários instrumentos. As alterações no volume de moeda têm impactos em muitas variáveis econômicas importantes (como o nível de emprego, a taxa de inflação, a taxa de juros, investimentos, etc.). 
7.6. Oferta de Moeda: 
A oferta de moeda é feita pelo BACEN (Banco Central) e pelos bancos comerciais.
a) BACEN 
Emissão de moeda;
b) Bancos Comerciais
 Os bancos comerciais criam moeda através dos seus empréstimos. 
Antes de se ver a oferta de moeda feita pelos bancos comerciais convém definir o que vem a ser Criação e Destruição de Moeda.
● Criação de Moeda
Quando houver um aumento no volume de moeda manual e de moeda escritural (M1) na economia;
● Destruição de Moeda
 Quando houver redução do volume de meios de pagamento (M1) na economia.
Analise os exemplos abaixo e responda se houve Criação ou Destruição de Moeda.
Ex1: Um indivíduo efetua um depósito a prazo no banco; 
Ex2: Um banco compra títulos da dívida pública possuídos pelo público pagando em moeda corrente;
Ex3: Um indivíduo efetua um saque de sua poupança;
Ex4: Um indivíduo efetua um depósito a vista na sua c/c.
b) Oferta de moeda pelos bancos comerciais: o multiplicador monetário:
● Somente os bancos comerciais podem efetuar empréstimos com suas obrigações;
● Os bancos de investimento, as financeiras apenas transferem recursos de aplicadores para tomadores e suas obrigações não são consideradas meios de pagamento.
 
 
Exemplo: 
Um agente econômico faz um empréstimo num banco qualquer, e deposita o valor recebido do empréstimo no seu banco (Banco A). Desse depósito, o banco deverá depositar parte no BACEN (depósito compulsório) e o restante torna a emprestar para outro cliente e assim sucessivamente. 
Isto é possível porque existe um fluxo contínuo de depósitos e saques de forma que os bancos não precisam manter a totalidade dos recursos captados de depósitos à vista para fazer frente aos pagamentos dos cheques emitidos pelos correntistas.
Multiplicador monetário: 
Supondo um depósito a inicial de 100.000 e que 40% são os depósitos compulsórios, qual o total de moeda criada? 
Multiplicador Bancário (ou Monetário):
De acordo com a Tabela acima de uma oferta inicial de MOEDA MANUAL de $ 100.000,00 transformou-se em uma oferta total de MOEDA ESCRITUTAL de $ 250.000,00.
Isso só foi possível devido ao Multiplicador Bancário.
Multiplicador Bancário:
M = 1/R 
onde:
M = multiplicador dos empréstimos bancários; 
R = taxa ou percentagem de reserva dos bancos comerciais sobre os depósitos à vista;
No exemplo da Tabela acima, tem-se:
M = 1/R 
 
DF = M . Di 
 
 ∆M = DF – Di = 
 
onde:
M = multiplicador; 
R = % de reserva dos bancos comerciais sobre os depósitos à vista;
Di = Depósitos à vista inicial; DF = Depósitos Final.
7.7. Política Monetária
A política monetária pode ser expansionista ou restritiva:
● Expansionista: usada para elevar a liquidez da economia, através da injeção de maior volume de recursos no mercado, elevando, consequentemente, os meios de pagamento. Com isso, são dinamizados o consumo e o investimento agregados trazendo a expansão da atividade econômica. Essa situação é utilizada em momentos de retração do nível da economia. 
● Restritiva: quando as autoridades utilizam a política monetária para promover reduções dos meios de pagamento da economia, retraindo a demanda agregada e a atividade econômica. Essas medidas são tomadas sempre que o crescimento da demanda e dos investimentos empresariais se situarem acima da capacidade da oferta de moeda da economia. 
7.7.1. Instrumentos de Política Monetária 
Por meio dos instrumentos da política monetária, as autoridades monetárias fornecem ao sistema econômico uma oferta de moeda suficiente para o desenvolvimento das atividades econômicas e manter a liquidez do sistema.
Os principais instrumentos são:
● Controle das emissões de moeda manual;
● Depósitos ou Reservas Compulsórias;
●Operações de redesconto;
● Operações de mercado aberto (open market);
● contingenciamento do crédito (fixação do juros (COPOM) e prazos para o crédito ao consumidor).
7.7.1.1. Controle da Emissões de Moeda
● O BACEN tem o monopólio das emissões de moeda manual dentro do território nacional. 
● Esse mecanismo atua diretamente na liquidez da economia
● Se o BACEN reduzir as emissões de moeda haverá menos moeda em circulação na economia (redução dos meios de pagamento). O efeito inverso também é possível. 
7.7.1.2. Fixação da taxa de depósitos compulsórios
● Os depósitos compulsórios ou reservas obrigatórias são o percentual dos depósitos à vista (depósitos recebidos do público) que os bancos comerciais são obrigados a depositar no BACEN.
● Esse instrumento atua diretamente sobre o nível de reservas bancárias e, consequentemente sobre a liquidez da economia
● A expansão da taxa de depósito compulsório exigidas pelo BACEN reduz as disponibilidades de crédito do sistema bancário para empréstimo (redução dos meios de pagamento). 
O efeito inverso também é possível. 
● Assim, a variação das taxas de reservas obrigatórias acarreta alterações na criação de moeda por parte dos bancos comerciais. 
7.7.1.3. Operações de mercado aberto (Open Market)
● As	Operações de mercado aberto consiste na compra e venda de títulos do Governo pelo BACEN.
● Quando as autoridades monetárias desejam expandir a oferta monetária, realizam operações maciças de resgate de títulos da dívida pública em circulação; com isso, injetam no mercado moeda. 
● Quando as autoridades monetárias desejam o efeito oposto, emitem e colocam em circulação volumes maciços de dívida pública, retirando do sistema monetário, na proporção de títulos adquiridos pelo público, moeda que estava em circulação, reduzindo assim a oferta de moeda.
7.7.1.4. Operações (política) de Redesconto
● A Política de redesconto consiste na liberação fundos líquidos do BACEN aos bancos comerciais, que pode ser através de empréstimos ou por meio de redescontos de títulos.
● O BACEN oferece empréstimos aos bancos comerciais a juros (taxa de redesconto) especiais (baixos). 
● Se o BACEN limitar quantitativamente os redescontos ou elevar suas taxas, os bancos comerciais serão obrigados a reduzir seus empréstimos e elevar suas taxas de juros, e, assim, reduzirá crédito bancário.
7.7.2. Mecanismos de Transmissão de Política Monetária 
Os efeitos da política monetária sobre a economia podem ser avaliados segundo quatro mecanismos de transmissão: 
Mecanismos de equilíbrio de carteira; 
Mecanismos da riqueza;
Mecanismos da disponibilidade de crédito;
Mecanismos das expectativas.
a) Mecanismos de equilíbrio de carteira: uma carteira (portfolio) é umconjunto de ativos com características especificas de risco, retorno, liquidez, prazo, etc. A moeda é um dos ativos que compõe as carteiras. 
Uma mudança na política monetária (taxa de juros, por ex.) provocará um ajuste/reestruturação na carteira dos agentes econômicos. 
b) Mecanismos da riqueza: este mecanismo pode ser focalizado sob dois pontos importantes. O primeiro é como alterações no estoque de moeda afetam a riqueza existente, o outro é como alterações na riqueza afetam as variáveis econômicas.
 Assim é importante analisar como as variações do estoque de moeda afetam a riqueza da sociedade, e as mudanças na riqueza tem impacto nas variáveis econômicas (consumo, investimento dos agentes, etc.). 
c) Mecanismos da disponibilidade de crédito: este mecanismo está centrado basicamente na disponibilidade de liquidez na economia. O aspecto mais relevante a ser observado na oferta monetária é a abundância de liquidez. Os fundos disponíveis para empréstimos são a variável-chave a ser acompanhada. 
d) Mecanismos das expectativas: mudanças na oferta monetária afetam as expectativas da sociedade. As duas mudanças mais importantes são as que se dão nas expectativas de preços e nas expectativas dos empresários. 
Por exemplo, uma variação na oferta monetária pode significar, numa circunstância, mais inflação e instabilidade, e em outra, estabilidade e crescimento; e assim os empresários reagem com suas decisões de emprego e investimento.
7.8. Demanda de Moeda: 
é somatório de moeda que os agentes econômicos retém seja em moeda em poder do público ou em depósitos à vista.
Razões pelas quais os agentes econômicos retém moeda: 
a) Demanda por moeda para Transação;
b) Demanda por moeda para Precaução;
c) Demanda por moeda para Especulação;
a) Demanda por moeda para Transação;
b) Demanda por moeda para Precaução;
c) Demanda para Especulação;
Obs.: As duas primeiras demandas (precaução e especulação) dependem diretamente do nível de renda nominal.
A demanda por moeda para especulação possui uma relação inversa coma taxa de juros.
Assim a demanda por moeda = f (renda nominal; taxas de juros) 
as pessoas e firmas precisam de dinheiro para suas transações do dia-a-dia, para alimentação, transporte, aluguel, etc.
o público e as firmas precisam ter uma certa reserva monetária p/ fazer frente a pagamentos imprevistos ou atrasos de recebimentos esperados.
dentro de sua carteira de aplicações (portfolio), os investidores devem deixar uma “cesta” para moeda para fazer aplicações financeiras novas, na expectativa de ganhos extraordinários. 
Demanda por moeda para especulação
7.9. A Teoria Quantitativa da Moeda (TQM)
● Existe uma relação direta entre o volume de moeda e o valor global dos bens e serviços transacionados no sistema econômico.
● Essa correspondência é dada pela TQM (que relaciona os fluxos real e monetário da economia) expressa por:
MV = PY	 
onde:
M = quantidade de moeda na economia; 
V = velocidade-renda da moeda (representa o no de vezes que uma unidade monetária se torna receita para alguém); 
Y = todas as transações realizadas com moeda (PIB real); 
P = nível geral de preços.
 
 MV = PY
O lado esquerdo da equação (MV) é explicado pelo fato de que a quantidade de moeda na economia depende da velocidade com que circula.
O lado direito da equação (PY) mostra que o valor do PIB nominal será igual a quantidade de bens e serviços finais produzidos (PIB real) vezes o preço dos bens e serviços finais transacionados no período.
Evidentemente os dois lados da equação são iguais, por definição: a quantidade de moeda multiplicada pelo número de vezes que ela circula, criando renda, é igual ao valor da renda criada.
 MV = PY
A equação acima afirma que, em tempos normais, V e Y são constantes, e que a uma variação na oferta de moeda provoca igual variação nos preços.
Exemplo matemático:
M = 100;	P = 2;		Y = 200;	V = 4.
Se ocorrer ∆M = 10%; qual será ∆P = ?
Solução:
 
 FIM

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