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Manuelli Antunes da Silva- Tutoria P8 TUTORIA 1-MÓDULO 2-INTERMEDIÁRIA IATROGENIA Objetivo 01: Definir iatrogenia, reconhecer seus mecanismos e manifestações mais frequentes. (Tratado de geriatria/ Manual geriatria/ CM USP/ Manual prático de geriatria) DEFINIÇÃO Define-se iatrogenia como uma ocorrência ou condição não-intencional, justificada ou não, decorrente da intervenção da equipe multidisciplinar de saúde, que resulta em prejuízo para a saúde do paciente. Também é considerada iatrogenia a omissão de uma conduta ou de intervenção amplamente reconhecida. Os efeitos adversos das intervenções médicas (iatrogenia) constituem-se em eventos não intencionais que resultam em dano, complicações, incapacidade, aumento do tempo de internamento e morte, os quais resultam de cuidados e gerenciamento de saúde, e não da doença de base. Iatrogenia é todo prejuízo provocado a um paciente por omissão ou ação dos profissionais de saúde, mesmo que a intervenção tenha sido bem indicada e realizada adequadamente. Contudo, cabe ressaltar que sua definição difere de erro médico, que consiste no dano provocado ao paciente por ação ou inação do médico, no exercício da profissão, sem a intenção de cometê-lo. Há três possibilidades de causar o dano e suscitar o erro: ■Negligência: não fazer o que deveria ser feito ■Imprudência: fazer o que não deveria ser feito ■Imperícia: fazer de forma inadequada o que deveria ser bem feito. Um erro médico sempre caracteriza iatrogenia, mas nem toda iatrogenia consiste em erro médico. A literatura mostra grande variação na incidência de iatrogenia (6 a 65%) na população de pacientes idosos hospitalizados. Aqueles com 65 anos de idade ou mais apresentam risco duas vezes maior de sofrer iatrogenia durante a internação do que os pacientes entre 16 e 44 anos. Além disso, 9 a 23% dos idosos internados que sofreram iatrogenia apresentaram comprometimento funcional importante, e 5 a 13% evoluíram para óbito durante a internação. Estima-se, ainda, que 5 a 78% dos idosos estão sujeitos à polifarmácia, 13 a 58%, a interações medicamentosas, e 2,9 a 38,5%, a prescrições médicas impróprias, o que resulta em custos de saúde maiores, morbidade, internações hospitalares e mortalidade. A iatrogenia constitui, junto com a incontinência urinária, a imobilidade, a instabilidade postural e a insuficiência cognitiva, os 5 “Is” da geriatria. Idosos estão predispostos à iatrogenia devido à redução de suas reservas homeostáticas, às várias comorbidades e à frequente polifarmácia usada por eles. FATORES DE RISCO Entre os fatores de risco para iatrogenia, destacam-se: ■Idade ■Número de comorbidades ■Complexidade das patologias ■Fragilidade ■Polifarmácia [As RAM relacionadas com esses medicamentos são as formas mais comuns de iatrogenia, ocorrendo em 25% dos idosos acima de 80 anos] ■Tempo de internação ■Gravidade da doença no momento da internação e funcionalidade ■Maior frequência de procedimentos diagnósticos e métodos terapêuticos mais agressivos e sofisticados ■Uso de medicamentos inadequados Manuelli Antunes da Silva- Tutoria P8 ■Alterações na farmacocinética e na farmacodinâmica das medicações. Os fatores de risco associados às reações adversas são: •Seis ou mais condições crônicas simultâneas •Número de medicamentos prescritos •Reação adversa prévia •Baixo peso corporal ou baixo índice de massa corporal (IMC) •Idade maior ou igual a 85 anos •Clearance de creatinina (ClCr) estimado < 50 mℓ/min. TIPOS DE IATROGENIA DIAGNÓSTICA: •Resultante de procedimentos: ■Demora na realização de exames diagnósticos, com internação prolongada ■Insuficiência renal aguda por uso de contraste iodado ■Desidratação durante preparo para colonoscopia •Resultante de erro diagnóstico: ■Demora em identificar um estado de delirium ■Colonoscopia desnecessária TERAPÊUTICA: •Resultante de procedimentos: ■Flebite em acesso venoso periférico ■Atraso para realizar cirurgia, com internação prolongada ■Complicações decorrentes do uso de sonda nasogástrica (p. ex., aspiração de alimentos, sonda colocada no trato respiratório, sinusite) ■Complicações relacionadas com acesso venoso central (p. ex., infecção, acidente relacionado à punção, pneumotórax) ■Infecção urinária por uso de sonda vesical de demora ■Complicações cirúrgicas (p. ex., hemorragia, deiscência anastomótica, hematoma na ferida cirúrgica) •Resultante de reações adversas a fármacos: ■Insuficiência renal aguda causada por inibidores da enzima conversora de angiotensina ■Hipoglicemia por posologia inadequada de insulina ■Hipotensão por fármacos anti-hipertensivos ■Hipoglicemia por hipoglicemiantes orais ■Insuficiência renal aguda por diuréticos POR OCORRÊNCIA: •Lesão por pressão •Quedas: ■Sem repercussão ■Com fratura ■Com lacerações ou equimoses Manuelli Antunes da Silva- Tutoria P8 •Infecção hospitalar não relacionada a procedimento diagnóstico ou terapêutico. [Infecções nosocomiais causadas por microrganismos resistentes são um problema crescente em idosos hospitalizados. Elas podem ocorrer em virtude de iatrogenia causada por internações prolongadas, uso de antibióticos de amplo espectro e transmissão de bactérias de paciente para paciente pelas mãos contaminadas da equipe de saúde ou equipamento contaminado] MANIFESTAÇÕES DA IATROGENIA Todo sinal ou sintoma de instalação subsequente ao início de novo medicamento ou ao aumento de dose deve levantar a suspeita de ser de causa farmacológica. Outras circunstâncias, como o consumo excessivo ou a retirada abrupta de fármacos, contribuem constantemente para o desenvolvimento de estados confusionais agudos, como no caso dos benzodiazepínicos. Deve-se pensar em efeito adverso de medicamentos quando o paciente idoso apresentar, de forma aguda ou subaguda, declínio funcional, confusão mental, déficit cognitivo, distúrbios comportamentais, sintomas depressivos, queixas de tonturas, hipotensão arterial, alterações da marcha e do equilíbrio, quedas repetidas, incontinência urinária e/ou fecal. As síndromes extrapiramidais também estão relacionadas com o uso de medicamentos e a sua ocorrência é mais comum em idosos. Os efeitos adversos mais frequentes do tipo de interação medicamento-medicamento são o distúrbio neuropsicológico, a hipotensão e a insuficiência renal aguda. Medicamentos com maior carga anticolinérgica e sedativa comprometem em maior grau a mobilidade e a cognição e, portanto, a funcionalidade em idosos. REAÇÕES MEDICAMENTOSAS ADVERSAS A reação medicamentosa é a principal causa de iatrogenia em todas as faixas etárias. Em pacientes hospitalizados, sua frequência é 3 a 7 vezes maior em idosos. As interações medicamentosas que acontecem na polifarmácia causam: •Deslocamento de local ligado a proteínas •Interferência no metabolismo de outros medicamentos •Efeitos aditivos dos medicamentos na pressão arterial (PA) e na cognição. Fatores de risco intrínsecos, como alterações farmacocinéticas e farmacodinâmicas inerentes ao envelhecimento, estão relacionados com o surgimento de eventos adversos. A polifarmácia propicia o surgimento de interações medicamentosas, uma vez explicadas as ações de determinados medicamentos sobre o citocromo P-450 e outras enzimas, o que aumenta ou diminui o metabolismo dessas enzimas e, consequentemente, altera as concentrações de outros medicamentos associados. Manuelli Antunes da Silva- Tutoria P8 A polifarmácia é um fator de risco independente para fratura de quadril e aumenta a possibilidade de um medicamento ser usado para corrigir um evento adverso provocado por outro medicamento, e assim sucessivamente. Interações medicamento-medicamento ainda mais complexas envolvem o uso de 9 ou mais medicamentos, com a presença de 5 ou mais comorbidades. Outra categoria é a interação em cascata, queocorre quando um medicamento é usado para tratar o efeito adverso de outro, e assim sucessivamente. Ex: uso de antiparkinsonianos para tratar parkinsonismo induzido por antipsicóticos ou metoclopramida. O AGS Beers Criteria® consiste em uma lista explícita de PIM, que devem ser normalmente evitados, na maioria das circunstâncias ou em situações específicas por adultos mais velhos. Uma outra escala de medicações inapropriadas é a STOPP (Screening Tool of Older Person’s Prescriptions). Essa escala apresenta maior flexibilidade em relação ao uso de determinados medicamentos em idosos, quando necessário, e identificou maior número de idosos requerendo hospitalização em decorrência de RAM. 5 critérios: Medicamentos potencialmente inapropriados para maioria dos adultos mais velhos / Medicamentos que devem normalmente ser evitados em idosos com certas condições / Medicamentos para serem usadas com cautela / Fármacos e interações / Ajuste da dose de medicamentos com base na função renal. PREVENÇÃO As reações iatrogênicas aos medicamentos podem ser evitadas ou reduzidas em intensidade quando levadas em consideração algumas normas fundamentais da terapêutica geriátrica, como: diagnóstico correto das afecções; avaliação do estado nutricional e das funções hepática e renal; emprego da menor dosagem necessária do medicamento; utilização do menor número possível de fármacos. Medicamentos não essenciais e que podem determinar, potencialmente, efeitos colaterais neuropsíquicos, como anticolinérgicos, anti-histamínicos, antiparkinsonianos e antidepressivos tricíclicos, devem ser suspensos algum tempo antes da cirurgia, de modo a permitir sua completa eliminação. Entre as complicações iatrogênicas não diretamente relacionadas com procedimentos diagnósticos e terapêuticos, estão as úlceras de decúbito, por isquemia tecidual decorrente de compressão prolongada em local com saliência óssea, ou escaras. Facilita-se a ocorrência de escara quando se associam condições, como permanência prolongada no leito, imobilidade, alterações tróficas da pele, desnutrição e incontinência esfinctérica. Medidas preventivas são de grande importância e podem reduzir em até 50% sua incidência. Essas medidas visam a eliminar fatores de risco e, sobretudo, mobilizar o paciente constantemente. Manuelli Antunes da Silva- Tutoria P8 As quedas e as fraturas podem ser evitadas com grades nos leitos, corrimãos nas paredes dos quartos, nos corredores e nos banheiros, além de pisos antiderrapantes. A lavagem sistemática das mãos constitui uma simples e eficaz prevenção de infecções nosocomiais iatrogênicas. Outros cuidados envolvem a prevenção de pneumonias em pacientes sob uso de ventiladores mecânicos, prevenção de infecções urinárias em pacientes em uso de cateteres de longa permanência e infecções intravasculares pela falta de cuidados regulares com o acesso venoso. Objetivo 02: Definir interação medicamentosa, diferenciar as formas farmacocinéticas e farmacodinâmicas, entender os mecanismos de indução e inibição enzimática do p450 e listar as principais medicações metabolizadas pelos CYP3A4 e CYP2C19. (Tratado de geriatria/ CM USP/ Atlas fármaco/ Farmacologia ilustrada) DEFINIÇÃO A interação medicamentosa pode ser definida quando os efeitos de dois ou mais medicamentos são modificados por outros fármacos, alimentos, bebidas ou produtos químicos presentes no ambiente. Em decorrência de múltiplas exposições, duas alternativas podem ocorrer: indiferentismo farmacológico, ou seja, quando cada uma das substâncias associadas age independentemente das demais, e interação farmacológica, quando um fármaco interfere com os demais, alterando o efeito esperado. Se a alteração apresentada for qualitativa, a resposta farmacológica é completamente diversa dos efeitos habituais do medicamento; se for quantitativa, o efeito próprio do fármaco pode aumentar (sinergia), diminuir (antagonismo parcial) ou cessar (antagonismo total e antidotismo). As sinergias podem ser de adição (quando os efeitos dos fármacos isolados são somados na associação), ou de potencialização (quando o efeito resultante é maior que a simples soma dos efeitos isolados). Interações benéficas justificam a utilização de associações medicamentosas para aumentar a eficácia (sinergia) ou corrigir algum efeito indesejável (antagonismos: efeito corretivo ou antidotismo). Evidencia-se maior propensão para interações indesejáveis em grupos específicos, como idosos, pacientes com insuficiência renal ou hepática e portadores de doenças crônicas, como diabetes mellitus, asma. A incidência de interações medicamentosas aparece entre 3 e 5% dos pacientes em uso de alguns medicamentos, aumentando para 20% ou mais em doentes que usam de 10 a 20 medicamentos. Isso adquire significado especial em pacientes hospitalizados, que dificilmente estão em monoterapia farmacológica. CLASSIFICAÇÃO DAS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS Existem vários mecanismos pelos quais os fármacos podem interagir; todavia, esses mecanismos podem ser, em sua grande maioria, classificados em interações farmacêuticas (incompatibilidades in vitro), interações farmacocinéticas (absorção, distribuição, biotransformação e excreção), interações farmacodinâmicas (mesmo receptor ou enzimas) e interações de efeito, que ocorrem quando os fármacos associados, por meio de mecanismos diversos, exercem efeitos similares ou opostos sobre uma mesma função do organismo, sem interagir diretamente um sobre o outro. Manuelli Antunes da Silva- Tutoria P8 INTERAÇÕES FARMACÊUTICAS: -As interações farmacêuticas, também chamadas de incompatibilidades farmacológicas, que ocorrem quando dois ou mais medicamentos são administrados na mesma solução ou misturados no mesmo recipiente e o produto obtido é capaz de inviabilizar a terapêutica clínica. Ocorrem antes da administração dos fármacos no organismo. -Resultam em reações físico- químicas com alterações dos caracteres organolépticos (alteração de cor, sabor, odor, floculação, precipitação). Pode ainda diminuir ou inativar um ou mais fármacos originais, formar-se um novo composto (inócuo, tóxico ou ativo) e finalmente aumentar a toxicidade de um ou mais dos fármacos originais. INTERAÇÕES FARMACOCINÉTICAS: -Mudanças na quantidade e na duração da disponibilidade dos sítios receptores do fármaco. Assim, uma interação farmacocinética representa um efeito alterado de um ou possivelmente de ambos os fármacos envolvidos e é previsível a partir do conhecimento do que podem fazer individualmente. -Interação na absorção: *A absorção pode ser aumentada ou diminuída, acelerada ou retardada, dependendo de fatores relativos ao fármaco e ao sistema de veiculação. *A absorção gastrintestinal de fármacos pode ser afetada pelo uso concomitante de outros agentes que apresentem grande área de superfície sobre a qual o fármaco pode ser adsorvido, tenham capacidade de ligação ou quelação, alterem o pH gástrico e a motilidade gastrintestinal ou afetem as proteínas de transporte, como a P- glicoproteína. *A absorção geral do fármaco pode ser reduzida e sua atividade terapêutica comprometida, ou a absorção pode ser tardia, embora a mesma quantidade de fármaco seja eventualmente absorvida. Manuelli Antunes da Silva- Tutoria P8 *Motilidade - A prolongada permanência de fármacos no meio ácido estomacal tem efeito dual conforme a natureza deste fármaco: retarda a dissolução dos ácidos e acelera a dos básicos, ou a própria dilatação no tempo de permanência do fármaco no estômago, sendo responsável por um decréscimo de absorção de ácidos lábeis ou sensíveis às enzimas digestivas. *Quando o esvaziamento gástrico é retardado, osfármacos são absorvidos no intestino, seja por absorção passiva ou por transporte ativo, podendo ter um índice de absorção maior por transitarem a uma velocidade menor pelo sítio de absorção intestinal. *No intestino, a absorção de formas ionizadas e não-ionizadas de fármacos é maior a partir de soluções hipotônicas que de hipertônicas [pode diluir]. *Por outro lado, o esvaziamento gástrico também pode ser acelerado, o que, via de regra, concorre para absorção mais rápida e maior toxicidade de fármacos. *Pelo aumento da motilidade no trato gastrintestinal (TGI), metoclopramida ou um catártico pode acelerar a passagem do fármaco, resultando em decréscimo da absorção, sobretudo de fármacos que requerem contato prolongado com a superfície de absorção e daqueles que são absorvidos apenas em um local particular ao longo do TGI. *Por meio do decréscimo da motilidade no TGI, anticolinérgicos podem reduzir a absorção, pelo retardo da dissolução e lentidão do esvaziamento gástrico, ou pelo aumento da absorção, conservando o fármaco por um período mais longo na área de absorção ótima. *Alteração na presença do alimento: Frequentemente, o alimento torna o esvaziamento gástrico mais lento, mas também pode afetar a absorção ligando-se com outros fármacos, diminuindo o seu acesso aos locais de absorção, alterando suas taxas de dissolução ou o pH dos conteúdos do TGI. *Alimentos quentes, soluções de elevada viscosidade, teor de gordura e osmolaridade, substâncias ácidas e, secundariamente , dietas ricas em proteínas e carboidratos favorecem o retardo do esvaziamento gástrico. Líquidos aumentam o esvaziamento gástrico. *Alteração no PH: As variações do pH exercem influência sobre o grau de ionização e, consequentemente, sobre a absorção e compartimentalização dos fármacos e pode modificar a estabilidade do fármaco. *IDOSOS: Há, porém, doenças e/ou circunstâncias comuns nessa faixa etária com potencial de interferir na absorção, como moléstia diverticular, gastrectomia prévia, estenose pilórica, pancreatite e síndromes de má absorção. -Interação na distribuição: *Essa distribuição de fármacos depende, entre outros fatores, da capacidade de se ligar a proteínas plasmáticas, do fluxo sanguíneo local e do tipo de transporte para os tecidos. *Os fármacos ácidos fixam-se principalmente à albumina e as bases fracas, e substâncias não-ionizáveis lipofílicas ligam-se às lipoproteínas e a alfaglicoproteína ácida. A forma livre é farmacologicamente ativa e as moléculas ligadas às proteínas permanecem como reservatórios, sendo liberadas à medida que as moléculas livres são metabolizadas, formando um equilíbrio. *Os mecanismos pelos quais as interações medicamentosas alteram a distribuição dos fármacos incluem competição pela ligação às proteínas plasmáticas, deslocamento dos sítios de ligação nos tecidos e alterações das barreiras teciduais locais, como a inibição da P-glicoproteína na barreira hematoencefálica. *IDOSOS: a albumina sofre reduções significativas em idosos portadores de quadros de desnutrição e de fragilidade, enquanto a alfa-1 glicoproteína ácida – marcador de doenças inflamatórias – aumenta principalmente em quadros agudos comumente observados nessa faixa etária. -Interação no metabolismo/biotransformação: *A maior parte deles sofre uma série de reações químicas que visam transformá-los em substâncias mais polares e hidrossolúveis para facilitar sua excreção, principalmente renal. *Indução enzimática: Aumenta a velocidade de biotransformação dos fármacos pelo aumento da atividade do sistema oxidase de função mista, também conhecido como enzimas microssômicas ou citocromo P-450. A auto-indução enzimática é responsável pelo desenvolvimento de tolerância após uso prolongado do fármaco, sendo necessário aumentar a dose para a obtenção do efeito terapêutico. *Inibição enzimática: Diminuição da taxa de metabolismo de certos fármacos, levando ao seu acúmulo no organismo com exacerbação de efeito terapêutico ou tóxico. Manuelli Antunes da Silva- Tutoria P8 *IDOSOS: a progressiva redução do fluxo sanguíneo do fígado durante o envelhecimento afeta principalmente medicamentos com alto grau de DH. Estima-se que após os 70 anos de idade, o volume e a atividade do complexo enzimático citocromo P-450 encontra-se reduzido em cerca de 30%. -Interação na excreção: *Muitos fármacos são excretados ativamente na bile. Estes, assim como seus metabólitos, podem competir com outros pela excreção biliar. *A circulação êntero-hepática pode atrasar a excreção de alguns fármacos, determinando maior tempo de sua permanência no organismo. *As interações medicamentosas na excreção renal ocorrem por alterações dos mecanismos fisiológicos responsáveis pela formação da urina, ou seja, filtração glomerular, reabsorção e secreção tubular, alteração do fluxo sanguíneo renal. INTERAÇÕES FARMACODINÂMICAS: -Incluem a administração concorrente de medicamentos com ações farmacológicas semelhantes (ou opostas) e a alteração da sensibilidade ou da responsividade do tecido a um fármaco por outro. -Sinergismo: *Adição: interações aditivas ocorrem quando dois fármacos possuem mecanismos de ação semelhantes [dipirona e AAS]. *Somação: efeito final é igual a soma dos efeitos isolados de cada agente, no caso, atuam por mecanismos diferentes [codeína e paracetamol]. *Potenciação: o efeito combinado é maior que a soma dos efeitos isolados, geralmente os dois fármacos não agem pelo mesmo mecanismo [álcool e tranquilizante]. Pode também ocorrer potenciação da toxicidade [canamicina e diuréticosurdez]. -Antagonismo: *Farmacológico: Ocorre quando os fármacos atuam no mesmo receptor, dificultando a formação do complexo fármaco- receptor. *Competitivo reversível: neste caso, o antagonista compete com o agonista pelos mesmos sítios do receptor, formando um complexo inativo que obedece à lei de ação das massas, isto é, aumentando-se a quantidade de agonista, consegue-se desfazer o bloqueio. *Competitivo irreversível: este tipo de antagonismo ocorre quando o antagonista dissocia-se do receptor muito lentamente ou não se dissocia. Assim, o aumento da concentração do agonista não desloca o antagonista do sítio receptor. *Não-competitivo: interferem em algum ponto da cadeia após a ligação fármaco-receptor, ou ligando-se a sítios que alteram o receptor, interferindo, assim, com a capacidade do agonista de se ligar. *Fisiológico: Ocorre quando duas substâncias apresentam efeitos opostos por mecanismos independentes que se contrapõem. Manuelli Antunes da Silva- Tutoria P8 GRUPOS DE RISCO Nos idosos a degeneração dos sistemas orgânicos, o excesso de medicamentos prescritos, o tempo de tratamento, a prática da automedicação e os inúmeros distúrbios de órgãos ou sistemas responsáveis pela farmacocinética dos medicamentos são alguns dos itens que ampliam a possibilidade de interações adversas. Os portadores de doenças crônicas como cardiopatias, hepatopatias, nefropatias; os com afecções que acometem o sistema imunológico tais como câncer, síndrome da imunodeficiência adquirida, lúpus, artrite reumatóide ou que são submetidos à terapia com agentes imunossupressores são expostos a protocolos de tratamento com múltiplos medicamentos e por tempo prolongado. Manuelli Antunes da Silva- Tutoria P8 Os usuários de cateteres venosos centrais e os de sonda para dieta enteral são frequentemente portadores de distúrbios do sistema digestório capazes de afetar o movimento e aproveitamento das moléculas dos medicamentos no organismo. Nos pacientes de unidades de terapia intensiva a infusão contínua de medicamentos vasoativos e a administraçãointermitente de outros. A maceração de comprimidos ou drágeas, como forma de administração dos medicamentos pela sonda enteral pode facilitar a associação de agentes não compatíveis entre si, causando reações indesejadas. Além disto, os nutrientes da dieta podem interferir na ação dos medicamentos. GRAVIDADE DA INTERAÇÃO Menor: efeitos são considerados brandos na maioria dos casos, não necessitando de maiores intervenções, bastando, por vezes, espaçar a posologia. [Quinolona fluorada versus sais de alumínio e magnésio]. Moderada: requer intervenção no tratamento, como a substituição de um dos fármacos, prevenindo a ocorrência de falha terapêutica e/ou outras conseqüências. [Fluconazol e varfarina] Maior: os efeitos são potencialmente letais, necessitando de hospitalização, intervenção médica e substituição dos medicamentos no esquema terapêutico. [Fenitoína e varfarina] MANEJO DAS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS Suspensão de fármacos/ Revisão do perfil farmacoterapêutico do paciente, dados clínicos, laboratoriais e fatores de risco / Evitar esquemas complexos/ Avaliar interações potenciais na literatura/ Sugerir proposta terapêutica alternativa/ Orientar o paciente em relação aos esquemas posológicos/ Efetuar o seguimento de forma ativa. MECANISMOS DE INDUÇÃO E INIBIÇÃO DO P450 O CYP450 é uma importante família de monooxigenases envolvida no metabolismo de medicamentos. As isoenzimas CYP1A2, CYP2B6, CYP2C19, CYP2D6, CYP2E1 e CYP3A4, entre as enzimas que integram o CYP450, são as que parecem contribuir com maior frequência no metabolismo da maioria dos medicamentos. CYP3A4 e CYP2D6 são as isoenzimas do CYP450 mais significativas na metabolização de medicamentos. Quatro isoenzimas são responsáveis pela ampla maioria das reações catalisadas pelo P450: CYP3A4/5, CYP2D6, CYP2C8/9 e CYP1A2. A natureza, extensão, e relevância clínica dessas interações medicamentosas, dependem se o fármaco exerce atividade de substrato, indutor e/ou inibidor de enzimas CYP450. A inclusão de indutores do CYP450 no regime terapêutico do paciente pode ter como principal consequência clínica a redução da efetividade de um dos medicamentos. Por outro lado, as consequências da inibição incluem aumento da toxicidade do medicamento afetado pela interação, ou redução da efetividade, quando o medicamento é um pró-fármaco e depende da atividade de enzimas do CYP450 para ser ativado. VARIABILIDADE GENÉTICA: Clopidogrel tem a advertência de que os pacientes que são maus biotransformadores pela CYP2C19 têm maior incidência de eventos cardiovasculares (p. ex., choque ou infarto do miocárdio) quando usam esse fármaco. O clopidogrel é um pró-fármaco, e a ativação pela CYP2C19 é necessária para convertê-lo no metabólito ativo. Embora a CYP3A4 exiba uma variabilidade entre indivíduos maior que 10 vezes, nenhum polimorfismo foi identificado para essa isoenzima P450. A biotransformação de fármacos pode ser dividida em duas fases: as reações de fase I [hidrólise de um fármaco, juntamente com oxidação, redução, alquilação e desalquilação] e as de fase II [sintéticasformam os produtos de conjugação do próprio fármaco ou de seus metabólitos produz um composto polar em geral mais hidrossolúvel e terapeuticamente inativo]. Uma grande parcela das reações de fase I são catalisadas por hemoproteínas, as denominadas enzimas citocromo P450. A maior parte das enzimas CYP está localizada no fígado e na parede intestinal; portanto, é nesses órgãos que acontece a maior parte da biotransformação de fármacos. Manuelli Antunes da Silva- Tutoria P8 Quando vários fármacos são biotransformados pela mesma isoenzima CYP, podem ocorrer importantes interações clínicas. Substratos (fármacos biotransformados pela CYP) podem ser diferenciados de inibidores (fármacos que se ligam à CYP, com a qual tem alta afinidade, que retardam a hidrólise dos substratos e que, eles próprios, são lentamente biotransformados). Inúmeras substâncias endógenas e exógenas, bem como fármacos, podem aumentar a expressão das enzimas CYP e, assim, atuar como indutores de CYP. Muitos desses indutores ativam fatores de transcrição específicos no núcleo dos hepatócitos, os quais ativam a síntese de RNAm de isoenzimas CYP (e a subsequente produção de proteínas). Alguns indutores de CYP também aumentam a expressão dos transportadores de glicoproteínas-P. As consequências do aumento da biotransformação de fármacos incluem 1) menor concentração do fármaco no plasma; 2) menor atividade do fármaco, se o metabólito é inativo; 3) aumento da atividade, se o metabólito é ativo; e 4) redução do efeito terapêutico do fármaco. MEDICAÇÕES METABOLIZADAS PELO CYP3A4 E CYP2C19 Manuelli Antunes da Silva- Tutoria P8 Objetivo 03: Identificar resumidamente os principais riscos potenciais de interação e iatrogenia das principais medicações do caso (Sinvastatina, anlodipino, losartana, AAS, clopidogrel, diclofenaco, fluconazol,omeprazol, metformina). (Farmacologia ilustrada/ Range e Dale/ Atlas farmaco) SINVASTATINA Sinvastatina, lovastatina e pravastatina são inibidores competitivos, específicos e reversíveis da HMG-CoA redutase, com valores de Ki de aproximadamente 1 nmol/ℓ. A diminuição da síntese hepática de colesterol suprarregula (upregulates) a síntese do receptor de LDL, aumentando a remoção de LDL do plasma para os hepatócitos. Também há certa redução dos triglicerídios plasmáticos e aumento do HDL. As vantagens terapêuticas incluem estabilização das placas, melhora da função endotelial coronariana, inibição da formação do trombo plaquetário e atividade anti-inflamatória. Farmacocinética: As estatinas de ação curta são administradas por via oral, à noite, para reduzir o pico matinal de síntese de colesterol. São bem absorvidas e extraídas pelo fígado, seu local de ação, e sofrem extenso metabolismo pré-sistêmico por meio das vias citocromo P450 e glicuronidação. A sinvastatina é um profármaco inativo de lactona; é metabolizada no fígado dando origem à sua forma ativa, o ácido graxo beta-hidroxilado correspondente. O esgotamento do colesterol intracelular leva a célula a aumentar, na superfície, o número de receptores específicos de LDL-C que podem ligar o LDL-C circulante e internalizá-lo. EA: dor muscular (mialgia), desconforto gastrintestinal, elevação das concentrações plasmáticas de enzimas hepáticas, insônia e rash cutâneo. São raros e graves o dano do músculo estriado (miosite que, quando é grave, é descrita como rabdomiólise) e angioedema. Esse risco aumenta na associação com fibratos. Na maioria desses casos, os pacientes tinham insuficiência renal ou estavam tomando fármacos como eritromicina, genfibrozila ou niacina. A sinvastatina é biotransformada pelo CYP3A4, e inibidores dessa isoenzima podem aumentar o risco de rabdomiólise. Os inibidores da HMG-CoA também podem aumentar o efeito da varfarina. Esses fármacos são contraindicados durante a gravidez e a lactação. -Potenciais interações medicamentosas: Inibidores da CYP3A4/ Genfibrozila, ciclosporina ou danazol/ Ácido fusídico/ Amiodarona/ Bloqueadores do canal de Ca/ Daptomicina/ Inibidores da proteína transportadora OATP1B1/ Inibidores da BCPR/ Ácido nicotínico/ Colchicina. ANLODIPINO Di-hidropiridinas: Esta classe de BCCs inclui nifedipino (o protótipo), anlodipino, felodipino, isradipino, nicardipino e nisoldipino. Todas as di-hidropiridinas apresentam muito maior afinidade pelos canais de cálcio vasculares do que pelos canais de cálcio do coração. Elas são, por isso, particularmente benéficas no tratamento da hipertensão. As di-hidropiridinas tem a vantagem de interagir pouco com outros fármacos cardiovasculares, como a digoxina ou a varfarina, que são frequentemente usadosem conjunto com BCCs. Manuelli Antunes da Silva- Tutoria P8 Os antagonistas de canais de cálcio bloqueiam a entrada de cálcio por se ligarem aos canais de cálcio do tipo L no coração e nos músculos lisos dos vasos coronarianos e arteriolares periféricos. Isso causa o relaxamento do músculo liso vascular, dilatando principalmente as arteríolas. Eles são úteis no tratamento de pacientes hipertensos que também têm asma, diabetes e/ou doença vascular periférica porque, diferentemente dos β-bloqueadores, eles não têm potencial de afetar adversamente essas condições. Indicados na angina de peito e hipertensão essencial. EA: Tontura, cefaleia e sensação de fadiga causada pela redução da pressão arterial ocorrem mais frequentemente com di- hidropiridinas. Edema periférico [pré-tibial] é outro efeito adverso comumente registrado desta classe. Nifedipina e outras di- hidropiridinas podem causar hiperplasia gengival. -Potenciais interações medicamentosas: Diclofenaco/ Ibuprofeno/ Sinvastatina/ Suco de grapefruit/ Diltiazem, cetoconazol, itraconazol, ritonavi (Inibidores de CYP3A4- Aumentam o efeito do anlodipino)/ Claritromicina [risco de hipotensão] LOSARTANA Os BRAs são compostos ativos por via oral que são antagonistas competitivos do receptor de angiotensina II tipo 1. Os BRAs não afetam os níveis de bradicinina. Usados no tratamento de IC (Se o paciente não responder bem ao IECA). Farmacocinética: A losartana difere dos demais, pois sofre extensa biotransformação de primeira passagem pelo fígado, incluindo a conversão em seu metabólito ativo. Os demais fármacos apresentam metabólitos inativos. EA: Hipotensão postural, insuficiência renal, hiperpotassemia, tosse seca persistente e angiedema [menos que IECA].Contraindicados na gestação. -Potenciais interações medicamentosas: Hidroclorotiazida/ Nifedipina/ Clonidina/ Espironolactona [Risco de hipercalcemiaArritimia, falência renal, paralisia muscular e assistolia]/ Propanolol/ AAS/ Diclofenaco/ Dipirona/ Furosemida/ Anlodipino/ Metildopa/ Sabultamol/ Enalapril [Hipercalcemia, prejuízo da função renal, hipotensãoArritimia, falência renal, paralisia muscular e assistolia]. ÁCIDO ACETILSALICÍLICO O ácido acetilsalicílico (AAS) inibe a síntese do tromboxano A2 por acetilação do resíduo serina no centro ativo da COX-1, inativando irreversivelmente a enzima. O efeito inibitório é rápido, e a supressão da tromboxano A2 e a consequente supressão da aglutinação das plaquetas induzida pelo AAS persistem por toda a vida da plaqueta, que é 7 a 10 dias aproximadamente. O AAS é usado no tratamento profilático da isquemia cerebral transitória, para reduzir a incidência de IAM recorrente e para diminuir a mortalidade nas situações de prevenção do IAM primário e secundário. EA: O tempo de sangramento é alongado com o tratamento com AAS, causando complicações que incluem aumento da incidência de acidente cerebral hemorrágico e sangramento gastrintestinal (GI), especialmente com dosagens mais elevadas. Anti- -inflamatórios não esteroides, como o ibuprofeno, inibem a COX-1 por competição transitória no centro catalítico. -Potenciais interações medicamentosas: Cetorolaco [aumenta sangramento]/ Cidofovir [nefrotoxicidade]/ Probenecida [diminui efeitos uricosúricos]/ Os salicilatos deslocam de sua ligação proteica a sulfolinureia, penicilina, tiroxina, tri-iodotironina, fenitoína e naproxeno, potencializando seus efeitos/ O uso simultâneo com outros analgésicos anti-inflamatórios não esteroides pode aumentar o risco de hemorragias devido à inibição adicional da agregação plaquetária/ Os salicilatos potencializam o efeito dos anticoagulantes orais e de probenecida. CLOPIDOGREL Ticlopidina, clopidogrel, prasugrel e ticagrelor são inibidores do receptor P2Y12 ADP, o que também bloqueia a aglutinação das plaquetas. Esses fármacos inibem a ligação do ADP aos seus receptores nas plaquetas e, assim, inibem a ativação dos receptores de GP IIb/IIIa necessários para que as plaquetas se liguem ao fibrinogênio e umas as outras. O clopidogrel é aprovado para a prevenção de eventos ateroscleróticos em pacientes com IAM ou acidente vascular encefálico (AVE) recentes e naqueles com doença arterial periférica estabelecida. Ele também está aprovado para a profilaxia de eventos trombóticos na síndrome coronária aguda (angina instável ou IAM sem elevação do segmento ST). Além disso, o clopidogrel é usado para prevenir eventos trombóticos associados com intervenção coronária percutânea (ICP) com ou sem stent coronário. Manuelli Antunes da Silva- Tutoria P8 O clopidogrel é um pró-fármaco, e sua eficácia terapêutica depende totalmente do metabólito ativo produzido via biotransformação pela CYP2C19. O polimorfismo genético da CYP2C19 leva a respostas clínicas diminuídas em pacientes que são “maus biotransformadores” de clopidogrel. EA: PTT. -Potenciais interações medicamentosas: Outros fármacos que inibem a CYP2C19, como omeprazol e esomeprazol, não devem ser administrados junto com o clopidogrel/ Varfarina/ ISRS/ Rifampicina [indutor CYP2C19]. DICLOFENACO É um derivado do ácido acéticoque atua inibindo as enzimas cicloxigenase que catalisam o primeiro estágio da biossíntese de prostanoides. Isso leva à redução da síntese de PGs, com efeitos desejados e indesejados. Tem ação anti-inflamatória, analgésica e anti-pirética. -Potenciais interações medicamentosas: Duloxetina [Risco de sangramento]/ Lítio e digoxina [aumenta concentrações plasmáticas]/ Diuréticos [Pode inibir ação]/ AINES [Aumentar EA]/ Metrotrexate [Aumento da toxicidade]/ Ciclosporina [Nefotoxicidade]/ Quinolonas [Convulsão]. FLUCONAZOL Os efeitos adversos mais comuns com o fluconazol são náuseas, êmese, cefaleia e urticária. Pode ocorrer hepatotoxicidade, e o fármaco deve ser usado com cautela em pacientes com disfunção hepática. -Potenciais interações medicamentosas: Derivados do ergot [Aumenta níveis]/ Terfenadina [cardiotoxicidade]/ Tioridazina/ Alprazolam [toxicidade]/ Amiodarona e anti-arrítmicos [cardiotoxicidade]/ Amitriptilina/ Citalopram/ Cloroquina/ Clorpromazina/ Claritromicina/ Droperidol/ Enflurano/ Eritromicina/ Fentanil/ Fluoxetina/ Haloperidol/ Levofloxacina/ Risperidona/ Sulfa + trimetropina/ Anlodipino/ Carbamazepina/ Glicazida [efeito hipoglicemiante]/ Prednisona OMEPRAZOL -Potenciais interações medicamentosas: Clopidogrel [Redução do efeito anti-agregante plaquetário]/ Sinvastatina [inibição p450, aumentando os níveis de sinvastatina]/ Digoxina/ Midazolam/ Furosemida. METFORMINA -Potenciais interações medicamentosas: Enalapril, captopril, ramipril, anlodipino/ Glibenclamida, glimepirida/ Propranolol, atenolol/ Levotiroxina/ Digoxina/ Insulina/ Vildagliptina.