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Saúde da família IV

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PROVA SAÚDE DA FAMÍLIA 
1. HIPERTENSÃO ARTERIAL 
➢ Conceito: 
CONDIÇÃO CLÍNICA CARACTERIZADA PELA ELEVAÇÃO DOS NÍVEIS PRESSÓRICOS 140/90mmHg 
➢ Diretrizes (8 exames) 
ANÁLISE DE URINA, POTÁSSIO PLASMÁTICO, GLICEMIA DE JEJUM E HbA1c, RITMO DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR 
ESTIMADO, CREATININA PLASMÁTICA, COLESTEROL TOTAL, HDL-C e TRIGLICÉRIDES PLASMÁTICOS, ÁCIDO ÚRICO, 
ELETROCARDIOGRAMA 
➢ Estágios: 
 
➢ - Sinergismo – um medicamento potencializa o efeito do outro 
 
➢ Monitoração residencial da pressão arterial (24 horas) : Interpretar MRPA: valores que configuram 
Três medições pela manhã, antes do desjejum e da tomada da medicação, e três à noite, antes do jantar, durante 
cinco dias. Outra opção é realizar duas medições em cada uma dessas duas sessões, durante sete dias. 
São considerados anormais valores de PA ≥ 135/85 mmHg. 
 
MAPA: São atualmente consideradas anormais as médias de PA de 24 horas ≥ 130/80 mmHg, vigília ≥ 135/85 
mmHg e sono ≥ 120/70 mmHg. 
➢ Fatores de risco: 
IDADE, SEXO E ETNIA, INGESTÃO DE SAL, SEDENTARIOS, GENÉTICA E FATORES SOCIOECONÔMICOS 
 
➢ Causas da hipertensão arterial secundária: 
 
2. Diabetes Mellitus 
■ Orientar o paciente; características, tipo. 
Tipo 1a: deficiência de insulina por destruição autoimune das células β comprovada por exames laboratoriais; 
Tipo 1B: deficiência de insulina de natureza idiopática. 
tipo 2: perda progressiva de secreção insulínica combinada com resistência à insulina 
DM gestacional: hiperglicemia de graus variados diagnosticada durante a gestação, na ausência de critérios de DM 
prévio 
 
 
■ PRINCIPAL CAUSA DE MORTE DE PESSOAS DIABÉTICAS: complicações cardiovasculares => SOLICITAR 
ELTROCARDIOGRAMA. -> niveis pressóricos devem estar sempre controlados 
 
■ VALORES DE REFERÊNCIA 
JEJUM: maior que 126 
ALIMENTADO: acima de 200 
■ COMPLICAÇÕES DA DM: 
Olhos Os pequenos vasos sanguíneos da retina são 
lesionados e podem levar à formação de novos 
vasos sanguíneos frágeis que tendem a sangrar. 
A visão diminui e, por fim, a cegueira acontece. 
➢ RETINOPATIA DIABÉTICA 
HIPERVASCULARIZAÇÃO 
Rins Os vasos sanguíneos nos rins engrossam. 
A proteína vaza para a urina. 
O sangue não é filtrado normalmente. 
Ocorre um mau funcionamento dos rins, o que 
acaba ocasionando a doença renal crônica. -
NEFROPATIA 
Pele O fluxo de sangue para a pele é reduzido e a 
sensação diminui, o que resulta em lesões repetidas. 
Ocorre o surgimento de feridas e infecções 
profundas (úlceras diabéticas). 
➢ SÍNDROME DE CHARCOT 
A cicatrização é lenta. 
 
■ DM2: mudança no estilo de vida – orientar alimentação - gorduras poli-insaturadas – não ingerir agua 
durante alimentação – consumir ovo.. (paciente não insulinodependente) 
 
■ Montar um controle glicêmico para o paciente. -> no mínimo três vezes ao dia durante 7 dias. 
 
■ – Perda de peso – importância da reverão do quadro 
 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-renais-e-urin%C3%A1rios/insufici%C3%AAncia-renal/doen%C3%A7a-renal-cr%C3%B4nica-drc
3. Níveis de prevenção 
Prevenção primária: ação tomada para remover causas e fatores de risco de um problema de saúde individual ou 
populacional antes do desenvolvimento de uma condição clínica. Inclui promoção da saúde e proteção específica 
(Ex.: imunização, orientação de atividade física para diminuir chance de desenvolvimento de obesidade). 
 
Prevenção secundária: ação realizada para detectar um problema de saúde em estágio inicial, muitas vezes em 
estágio subclínico, no indivíduo ou na população, facilitando o diagnóstico definitivo, o tratamento e reduzindo ou 
prevenindo sua disseminação e os efeitos de longo prazo. Ex: rastreamento, diagnóstico precoce. 
 
Prevenção terciária: ação implementada para reduzir em um indivíduo ou população os prejuízos funcionais 
consequentes de um problema agudo ou crônico, incluindo reabilitação. Ex.: prevenir complicações do diabetes, 
reabilitar paciente pós-IAM ou AVC. 
 
Prevenção quaternária: É a detecção de indivíduos em risco de intervenções, diagnósticas e/ou terapêuticas, 
excessivas para protegê-los de novas intervenções médicas inapropriadas e sugerir-lhes alternativas eticamente 
aceitáveis. ‘’ PREVENIR A IATROGENIA’’. 
 
4. Rastreamento 
CRITÉRIOS: 
1) A doença deve representar um importante problema de saúde pública que seja RELEVANTE. 
■ Magnitude: refere-se à dimensão coletiva e epidemiológica do problema, em relação aos demais problemas, 
agravos e doenças na população (comparação de prevalência e incidência). 
 
■ Transcendência: refere-se ao impacto produzido na comunidade pela doença em questão (avaliação 
valorativa), danos e consequências. 
 
■ Vulnerabilidade: refere-se à capacidade e probabilidade de se evitar a doença (diagnose precoce e 
tratamento). 
 
2) A história natural da doença ou do problema clínico deve ser bem conhecida. 
 
3) Deve existir estágio pré-clínico (assintomático) bem definido. 
 
4) O benefício da detecção e do tratamento precoce com o rastreamento deve ser maior do que se a condição fosse 
tratada no momento habitual de diagnóstico. 
 
5) Os exames que detectam a condição clínica no estágio assintomático devem estar disponíveis, aceitáveis e 
confiáveis. 
 
6) O custo do rastreamento e tratamento de uma condição clínica deve ser razoável e compatível com o orçamento 
destinado ao sistema de saúde como um todo; 
 
7) O rastreamento deve ser um processo contínuo e sistemático. 
 
5. Diferença entre rastreamento e diagnóstico precoce 
Rastreamento: pessoas assintomáticas ex: câncer de mama (40 anos – anualmente) 
Diagnóstico precoce: pessoas sintomáticas. Ex: down-staging (oncologia), ou seja, identificar no menor estágio do 
desenvolvimento da doença. 
 
6. Atenção primária em saúde 
■ Conceito: 
É o cuidado de primeiro contato, atendimento integralizado, tem a função de coordenar todas as necessidades do 
paciente, prestação de cuidados altamente especializada 
■ Característica: 
Inclui a continuidade, já que cuida das pessoas ao longo do tempo. 
➢ Papel da atenção: 
Caracterizada por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a 
proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a 
manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte positivamente na situação 
de saúde das coletividades. Trata-se da principal porta de entrada do SUS e do centro de comunicação com toda a 
Rede de Atenção dos SUS, devendo se orientar pelos princípios da universalidade, da acessibilidade, da continuidade 
do cuidado, da integralidade da atenção, da responsabilização, da humanização e da equidade. 
➢ Importância da medicina da familia e comunidade (características) 
Humanizar: atende o nível individual, familiar e coletivo 
 O médico de família e comunidade é um clínico qualificado 
 A atuação do médico de família e comunidade é influenciada pela comunidade 
 O médico de família e comunidade é o recurso de uma população definida 
 A relação médico-pessoa é fundamental para o desempenho do médico de família e comunidade 
 
➢ método clínico centrado na pessoa 
Conceito Questão da humanização, cuidado, acolhimento, confiança, empatia. 
 
7. Medicina baseada em evidência 
➢ Características 
É uma estratégia da prática médica e tem como meta a busca da melhor conduta, assim como a avaliação do 
atendimento à pessoa. Visa auxiliar os médicos a fazerem diagnósticos adequados, definirem os melhores planos de 
tratamento e métodos de prevenção de doença, assim como desenvolverem diretrizes clínicas. 
➢ Princípios 
VALIDADE, IMPORTÂNCIA, APLICABILIDADE E TIPO DE ESTUDO PREFERENCIAL (revisão sistemática) 
➢ Diferenciação de critérios preditivos (+, -) especificidade, razãode probabilidades -> conceito, curácea 
Teste: detecta ou exclui a possibilidade da doença. Etapas 
Primeira etapa: formular uma questão a ser respondida. 
Segunda etapa: buscar a melhor evidência científica 
Terceira etapa: avaliar criticamente a evidência 
Quarta etapa: aplicar a evidência 
 
TESTE DIAGNÓSTICO: 
 
 
 
8. Prevenção das principais doenças 
Medidas de prevenção e rastreamento (dislipidemia, has avaliação de risco cardiovascular, formas e fatores de risco 
– modificáveis e não modificaveis que avalia o risco cardiovascular) 
 
Escore de Framingham; Objetivo: Investigar fatores de risco para doença arterial coronariana e cardiovascular. 
 
 
 
9. DPOC 
➢ O que é: 
Doença respiratória comum que causa incapacidade, redução da qualidade de vida e risco aumentado de morte 
prematura *tabagismo 
➢ Manejo: classificação GOLD (1,2,3,4) 
Tratamento não farmacológico: ação do tabagismo é a intervenção mais importante para reduzir o risco de 
desenvolver DPOC e para retardar sua progressão 
Tratamento farmacológico: broncodilatadores de ação longa ação disponíveis: 
β2-agonistas de longa ação (LABA) – formoterol e salmeterol: 
anticolinérgicos de longa ação, ou antagonistas muscarínicos de longa ação (LAMA) – tiotrópio 
 
➢ Diagnóstico: 
Paciente com: mais de 40 anos, um fator de risco, principalmente o tabagismo, sintomas respiratórios crônicos, 
como dispneia aos esforços, tosse crônica, produção regular de catarro e/ou crises de “bronquite” ou “chiado” - 
espirometria – quantifica o grau do enfisema pulmonar – classificação gold (1,2,3,4) 
Espirometria: realizado medindo o volume expiratório forçado no primeiro segundo a partir de uma inspiração 
máxima (VEF1) e observando sua relação com a capacidade vital forçada (CVF), que corresponde ao volume total de 
ar expirado o mais rápido possível em uma expiração única 
10. ASMA 
Caracterizada por hiper-responsividade e inflamação das vias aéreas 
Paciente em idade pediátrica, escolar e adolescentes. 80% Prevalente até 18 anos de idade. 
➢ Diagnostico: 
presença de episódios recorrentes de dispneia, sibilância, opressão no peito e/ou tosse 
➢ Manejo – classificação gina (1,2,3,4,5) 
 
➢ Tratamento: 
Medicamentos para crise (ou de alívio/resgate), utilizados na presença de sintomas, atuando de forma rápida na 
broncoconstrição 
Medicamentos controladores, que são utilizados para o tratamento de manutenção regular → Reduzem a 
inflamação das vias aéreas, controlam os sintomas e reduzem crises e diminuição da função pulmonar 
Os agonistas β2-adrenérgicos de curta ação são os fármacos escolhidos no tratamento da broncoconstrição 
(sintomas) e, também, para utilização antes de exercícios naqueles com sintomas induzidos pelo exercício 
Os corticoides inalatórios são os medicamentos considerados mais efetivos para o tratamento de manutenção 
(inflamação) em todas as faixas etárias 
Pessoas com alta probabilidade de asma: ar os critérios diagnósticos e monitorá-los, Iniciar o tratamento com 
corticoide inalatório e reavaliar em 6 semanas, Avaliar o estado de controle, utilizando um questionário validado, e, 
se possível, obter a medida objetiva da função pulmonar (VEF1), Confirmar diagnóstico de asma, com a boa resposta 
ao tratamento inicial, Verificar sempre a adesão e a técnica, Considerar a necessidade de diagnósticos alternativos e 
testes complementares, principalmente na ausência de boa resposta 
➢ Quando encaminhar para a referência ou hospital? 
 
11. ENFISEMA PULMONAR: 
➢ Manejo 
Aliviar os sintomas de maneira rápida, principalmente com fármacos beta-adrenérgicos de ação rápida e diminuir as 
exacerbações com corticoides inalatórios, fármacos beta-adrenérgicos de ação prolongada, anticolinérgicos de ação 
prolongada, ou uma combinação. Incentivar a cessação do tabagismo utilizando múltiplas intervenções. 
 
 
 CAMILA GRAH 
 
 
 
Saúde da Família 
PR2 
 
DIVERSIDADE SEXUAL NA APS: 
 
A sexualidade humana é formada por uma múltipla combinação de fatores 
biológicos, psicológicos e sociais e é basicamente composta por três elementos: 
sexo biológico, orientação sexual e de gênero. 
 
à Sexo biológico: 
 
àOrientação sexual: atração afetiva e/ou sexual que uma pessoa manifesta em 
relação à outra, para quem se direciona, involuntariamente, o seu desejo. 
 
à Gênero: distinção da dimensão biológica da social. “Homens e mulheres são 
produtos da realidade social e não decorrência direta da anatomia de seus corpos.” 
 
à Identidade de gênero: é a percepção íntima que uma pessoa tem de si como 
sendo do gênero masculino, feminino ou de alguma combinação dos dois, 
independente do sexo biológico. 
 
à Transexual: pessoa que possui uma identidade de gênero diferente do sexo 
biológico. Homens e mulheres transexuais podem manifestar a necessidade de 
realizar modificações corporais por meio de procedimentos cirúrgicos para 
mudança de sexo. 
 
à Travesti: pessoa que nasce com um sexo e assume papéis de gênero 
diferente daqueles impostos pela sociedade. 
 
à Outras: crossdresser, drag queen ou transformista e drag king. 
 
à Transgênero: descreve pessoas que transitam entre os gêneros 
 CAMILA GRAH 
 
 
Compreender a determinação social no dinâmico processo saúde-doença das 
pessoas e coletividades, requer admitir que a exclusão social decorrente do 
desemprego, da falta de acesso à moradia e à alimentação digna, bem como da 
dificuldade de acesso à educação, saúde, lazer, cultura interferem diretamente na 
qualidade de vida e saúde. 
 
à Saúde física: 
 -Desigualdade no acesso aos serviços 
 -Próteses não adequadas 
 -Procedimentos invasivos 
 -Abuso de medicações 
 -Automedicação 
 -Violência urbana 
 
à Saúde sexual: 
 -Maior vulnerabilidade ao HIV e outras IST’s 
 -Cuidados na prevenção do CA e do colo uterino. 
 
à Saúde mental: 
 -Sofrimento psíquico devido a não aceitação do corpo 
 Automutilação 
 Suicídio 
 -Depressão 
 -Transtornos de ansiedade 
 -Transtornos do pânico 
 
à Política Nacional de Saúde Integral de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e 
transexuais (2013) 
Embasada em princípios constitucionais: “Promover o bem de todos, sem 
preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de 
discriminação” 
Objetivo: promover a saúde integral de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e 
transexuais, eliminando a discriminação. 
 
 CAMILA GRAH 
 
à Diversidade na estratégia de saúde da família: 
- UBS é. a porta de entrada do sistema de saúde 
- Proximidade e vínculo familiar 
- Conscientizar sobre orientação sexual e identidade de gênero com famílias 
- UBS é o principal local para ações de inclusão ao acesso à saude, ações de 
prevenção de doenças e ações de educação permanente em saúde. 
 
SAÚDE DO HOMEM: 
 
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem 
 20-59 anos 
 
Principais problemas nessa faixa etária: 
 Cardíacos 
Gástricos 
 Urológicos 
 Pneumológicos 
 
Nesses problemas, não estão inclusos fatores como violência, acidentes 
automobilísticos. 
Além disso, em Jaraguá há altos índices de tabagismo e alcoolismo. 
Necessidade de atenção às deficiências mental, física 
 
Mortalidade: 
 -Câncer pulmão 
 -Câncer de próstata 
 
MÉTODO CLÍNICO CENTRADO NA PESSOA: 
 
O evento central da vida do profissional médico continua sendo o encontro entre 
pessoas, que é representado pela consulta médica, apesar do progresso e do 
desenvolvimento que aconteceram na sociedade e na medicina. 
O distanciamento começou quando René Laënnec fez um rolo de cartolina, que, 
mais tarde, evoluiu e se transformou no estetoscópio 
 CAMILA GRAH 
 
 
à A consulta: 
 
A consulta é a principal relação clínica que se estabelece entre o médico e a 
pessoa 
“É a unidade essencial da prática médica que ocorre quando, na intimidade de um 
consultório ou de uma enfermaria, onde uma pessoa que está doente, ou acredita 
estar doente, busca a ajuda de um médico em quem confia.” 
 
Encontro= 
Entre duas pessoas com expectativas, objetivos e tarefas definidasRelação= 
Se estabelece, cujos objetivos principais são o cuidado à saúde e a qualidade 
de vida 
 
Preparo= 
É necessário para esse encontro e inicia-se bem antes, consistindo em 
várias etapas tanto para o médico quanto para a pessoa. 
 
à Etapas de preparação para o médico: 
1. Inicia no curso de graduação, nos interesses frente ao aprendizado, e nos 
modelos de médico com os quais se identifica 
2. Segue com a escolha da especialidade e continua com o preparo na 
especialização 
3. Tem relação com o momento da vida atual do profissional 
4. Culmina nos momentos preliminares à consulta: influência da consulta 
anterior, conhecimento prévio da pessoa. 
 
à Etapas para a pessoa que busca ajuda: 
1. Começa com a história pessoal, familiar, genética e cultural, dos contatos 
com o processo de adoecer 
2. Tem relação com o estilo de vida, ciclo de vida e outros aspectos 
biopsicossociais que interferem na saúde 
 CAMILA GRAH 
 
3. Segue com a decisão pelo momento de buscar ajuda – muitas vezes, não 
é ela quem decide; às vezes, é precoce; outras, é tardia 
4. Passa pela escolha do médico 
5. Segue na recepção da UBS e tem seus momentos finais na pré́-consulta, 
ou seja, no ambiente e nas conversas da sala de espera 
 
Clímax dessa preparação é na consulta: 
Nesse encontro têm-se dois especialistas: 
- O médico (especialista em diagnósticos, exames e medicamentos) 
- A pessoa (especialista nela própria) 
Na prática profissional do médico de família e comunidade, a consulta é, sem 
dúvida, o evento principal 
 
à A consulta na APS: 
Na relação entre pessoas, o sentimento de afeição entre elas pode ser “à primeira 
vista” apaixonante ou seguir um caminho de construção por meio do 
conhecimento mútuo, progressivo, longitudinal, em que se estabelece uma 
relação harmonizada baseada na confiança e no afeto. 
Essa possibilidade de uma segunda chance na relação ou na construção é uma 
característica da APS 
 
Princípio da longitudinalidade - MFC e as pessoas a quem atendem se relacionam 
durante muitos anos e possibilita: 
- Observação estendida, permitindo a coleta e o processamento de 
informação ao longo do tempo, utilizando o conceito de demora permitida 
- Processo diagnóstico estendido, que pode ser desenvolvido e alterado ao 
longo do tempo 
- Cuidado compreensivo, com continuidade do cuidado 
- Cuidado preventivo, em que cada encontro é uma oportunidade para a 
promoção da saúde 
 
 
 
à Conceitos para entendimento Pleno na consulta: 
O médico de família e comunidade deve se apropriar: 
 CAMILA GRAH 
 
- A diferença entre conteúdo e processo na consulta 
- Os papéis dentro da consulta 
- O método de abordagem centrado na pessoa 
 
à Conteúdo e processo na consulta: 
• Distinção básica: 
Conteúdo: as tarefas que estão em foco na consulta 
Processo: os comportamentos que ocorrem na consulta 
• Exemplo: 
Conteúdo: definir a razão/motivo para o atendimento da pessoa e 
chegar a um plano 
Processo: modo como essa consulta é conduzida, o que é muito 
importante na eficácia do encontro 
 
Relação entre o médico e a pessoa: 
• Elemento-chave para alcançar êxito na consulta 
• Importante preservar e melhorar essa relação 
• Processo fundamental para o sucesso do diagnóstico e do tratamento 
• Possivelmente, é o aspecto mais terapêutico do encontro para cuidar da 
saúde 
 
à Papéis dentro da consulta: 
• A sociedade designou para médico e pessoas certos papéis ou modos de 
se comportar 
• Os médico receberam poder, autoridade e respeito para atender as 
necessidades das pessoas e tomar certas decisões em nome delas 
• Modelo paternalista tradicional: o médico decide, e a pessoa cumpre as 
determinações (ou faz de conta que as cumpre) 
• Esse modelo de abordagem desconsidera um aspecto essencial na 
relação interpessoal: a autonomia 
• Diante de mudanças que ocorreram na sociedade, da facilidade de acesso a 
informações, houve repercussão na relação entre o médico e as pessoas 
• Agora as pessoas são encorajadas a assumir seu papel no cuidado à saúde 
e nas decisões a serem tomadas de forma participativa e em parceria 
 CAMILA GRAH 
 
• Para isso, é essencial que os médicos tomem conhecimento desses papéis 
e dessas tendências 
 
à Método de abordagem centrado na pessoa: 
• Existem vários modelos de abordagem à consulta - todos se apresentam 
com seus pontos fortes e suas limitações 
• Também existem diversas sistematizações da consulta em etapas para 
melhor desempenho e resultado 
• O MCCP é um modelo de abordagem que facilita a compreensão e a 
execução das competências essenciais ao MFC 
 
“Para ser centrado na pessoa, o médico precisa ser capaz de dar poder a ela, 
compartilhar o poder na relação, o que significa renunciar ao controle que 
tradicionalmente fica nas mãos dele.” 
 
à O MCCP tem quatro componentes: 
1. Explorando a saúde, a doença e a experiência da doença 
2. Entendendo a pessoa como um todo: o indivíduo, a família e o contexto 
3. Elaborando um plano conjunto de manejo dos problemas 
4. Intensificando a relação entre a pessoa e o médico 
 
 
 
1º Componente: explorando a saúde, a doença e a experiência da doença 
 
 CAMILA GRAH 
 
Uma determinada doença (disease) é o que todos com essa patologia têm em 
comum, mas a experiência sobre a doença (illness) de cada pessoa é única. 
 
Ex: 
Ø Dr. Mário: “Entre e sente-se, dona Rosa. Em que posso ajudá-la hoje? 
Ø Dona Rosa: “Doutor, vim consultar, pois tenho me sentido muito mal, sem 
forças, não consigo realizar as atividades de casa. Desânimo total. Meu 
marido e meus filhos estão reclamando que não sou mais a mesma. Acho 
que é a menopausa chegando, doutor. Ou será ́ que e ́ algo mais grave? 
Minha vizinha começou assim e estava com câncer. Quem sabe preciso 
fazer uns exames? Não posso ficar assim.” 
 
Para explorar a experiência da doença: 
Sugere-se abordar quatro dimensões designadas pelo acrônimo SIFE 
1. Sentimentos da pessoa, especialmente o medo de estar doente 
2. Suas Ideias sobre o que está errado 
3. O efeito da doença sobre seu Funcionamento de vida	 
4. Suas Expectativas em relação ao seu médico 
v A chave para essa abordagem é prestar atenção nas “dicas” dadas pela 
pessoa relacionadas a esses aspectos 
 
• Muitas pessoas com problemas assintomáticos não se sentem doentes e 
não aceitam ajuda ou não seguem o tratamento (HAS, DM II) 
• Por outro lado, há pessoas que, preocupadas com a possibilidade de ter 
algum problema, podem se sentir doentes sem ter doença alguma e 
buscam realizar exames ou até tratamentos (depressão, ansiedade) 
 
Perguntas para explorar SIFE: 
- O que mais está preocupando você? 
- O que você pensa sobre isso? 
- O quanto isso que você está sentindo afeta sua vida? 
- Quanto você acredita que eu posso ajudar? 
 
2º Componente: entendendo a pessoa como um todo: o indivíduo, a 
família e o contexto 
 CAMILA GRAH 
 
 
Ø Dr. Mário recebe dona Rosa: “Entre e sente-se, dona Rosa. Em que posso 
ajudá-la hoje?” 
Ø Dona Rosa: “Olha, doutor, estou um pouco melhor dos sintomas da 
menopausa, mas sabe o que é? Não tenho dormido bem, ando esquecida, 
vivo suspirando.” 
Ø Dr. Mário (usando o conhecimento prévio sobre dona Rosa): “Bem, dona 
Rosa, se a menopausa vai bem, que outras questões estão lhe tirando o 
sono e causando suspiros?” 
Ø Dona Rosa: “Pois é, doutor, coisas da vida: filhos, marido, a violência que nos 
cerca.” 
Ø Dr. Mário: “Então, vamos falar sobre cada uma dessas questões.” 
 
 
Entender a pessoa como um todo é um entendimento integrado da pessoa, 
resultado das informações que o médico acumula ao longo do tempo sobre 
aqueles que atende, significando que vai além de diagnosticar doenças ou 
assistir resposta a doenças 
Considerar fatores de diversos cenários é uma marca registrada da 
abordagem centrada na pessoa 
 
Perguntas para entender a pessoa como um todo: 
• Que tipos de doenças existem na família? 
• Em que ponto do ciclo vital a família se encontra? 
• Em que ponto do desenvolvimento individuala pessoa está? 
• Quais as tarefas da família e da pessoa nessa etapa do ciclo de vida? 
• Existem pendências das etapas anteriores? 
• Como a doença afeta as tarefas dos integrantes da família? 
• Como a família experienciou doenças? 
 
3º Componente: elaborando um plano conjunto de manejo dos 
problemas 
• É o compromisso mútuo de encontrar um projeto comum para tratar dos 
problemas 
 CAMILA GRAH 
 
“Escolhas finais pertencem às pessoas, mas essas escolhas ganham significado, 
riqueza e precisão se elas são resultado de um processo de mútua influência e 
entendimento entre médico e pessoa.” 
 
• Importante em qualquer situação, mas fundamental como ferramenta para 
um manejo de sucesso às pessoas com doenças crônicas, desenvolvendo 
intervenção terapêutica 
• A não adesão pode ser a expressão da discordância sobre os objetivos do 
tratamento 
 
4º Componente: Intensificação a relação entre pessoa e o médico 
• A cada visita, no contexto da continuidade do cuidado, o médico esforça-se 
para construir um relacionamento com cada pessoa como base para um 
trabalho conjunto e para explorar o potencial curativo da relação médico- 
pessoa 
• Consultas longas podem não ser produtivas, sobretudo se geram 
desconforto e ansiedade no profissional		 
• “Escuta ativa”: 
- Demonstrar que estamos interessados na pessoa e seus problemas 
(contato visual, sorriso, acenos) 
- Depois ouvir a pessoa durante PELO MENOS 2 minutos SEM 
INTERROMPER 
- Depois executa-se a escuta ativa – ouvir mas direcionando para o que 
desejamos e precisamos fazer 
 
à Papel da equipe multiprofissional 
• APS tornou-se complexa demais para que o médico trabalhe sozinho 
• Valorização da equipe: 
• Farmacêuticos para a revisão da medicação 
• Enfermeiros para ajudar a entender a complexidade de um plano de 
tratamento 
• Técnicos de enfermagem para atualização de calendário vacinal 
• Serviço administrativo para buscarem resultados de exames 
• Assistentes Sociais para fornecerem informações importantes sobre 
benefícios sociais 
• ACSs para a conhecimento do território, fortalecimento de vínculo 
 CAMILA GRAH 
 
ATENÇÃO INTEGRAL AO IDOSO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: 
 
Os 7 “Is” 
§ Incapacidade cognitiva 
§ Incontinência urinária 
§ Instabilidade postural 
§ Iatrogenia 
§ Imobilidade 
§ Insuficiência familiar 
§ Insuficiência comunicativa 
 
Como avaliar? à Avaliação funcional das atividades básicas de vida diária- Katz 
 
 
-Incapacidade cognitiva: 
• Idoso diagnosticado com incapacidade cognitiva é aquele que tem 
prejudicada as suas atividades de vida diárias, devido o comprometimento 
de uma ou mais áreas da cognição 
• A	cognição	inclui diferentes processos	cognitivos, como a aprendizagem, 
atenção, memória, linguagem, raciocínio, tomada de decisões, etc., 
que	fazem parte	de nosso desenvolvimento intelectual e experiências. 
 CAMILA GRAH 
 
• A perda da cognição ou incapacidade cognitiva é, portanto, o 
“desmoronamento” ou o “apagamento” da identidade que nos define como 
ser pensante 
• Como avaliar? Através do mini mental e escala de depressão geriátrica 
Yesavage -1982 
• Causas de incapacidade cognitiva: Os 4D= delirium (reversível), depressão 
(reversível), demência (irreversível) e doença mental (irreversível) 
• Demência e delirium: 
 
• Outras causas: uso de drogas, medicamentos, álcool, Neurossífilis e HIV, 
deficiência de vitamina B12 e ácido fólico, insuficiência renal e hepática, 
tumores. 
• Exames: hemograma, TSH, vitamina B12, ácido fólico, função renal e 
hepática, eletrólitos (Na e Ca), VRDL, anti-HIV, exame de imagem cerebral 
(atenção secundária) 
 
-Incontinência urinária: 
- Perda involuntária de urina. Envolve também urgência, polaciúria e noctúria. 
- Uma das principais causas de institucionalização em idosos. 
- Não é intrínseca ao envelhecimento. 
- “Você já perdeu urina ou sentiu-se molhado?” 
 
Tipos: 
 -Transitória 
 -Permanente 
 -Estresse 
 -Urgência 
 CAMILA GRAH 
 
-Instabilidade postural: 
• Multifatorial 
• 30% idosos não institucionalizados caem a cada ano 
• A mortalidade por causas externas tem sido uma crescente preocupação 
em populações geriátricas, pois registram alta 
 
Fatores risco para queda: história pregressa de queda, fraqueza muscular em 
mmii, idade maior do que 80 anos, gênero feminino, déficit cognitivo, uso de 
psicotrópicos, osteoartrose, história pregressa de AVC, hipotensão ortostática, 
queixas de tonturas e anemia. 
Como avaliar? 
Time Up and Go (TUG): 10 passos ou 03 metros. + 30seg para completar 
a manobra, apresentar instabilidade postural ou déficit na marcha, isso sugere 
aumento no risco de quedas 
 
-Imobilidade: 
• Significativo comprometimento da qualidade de vida. 
• Todos os sistemas fisiológicos perdem progressivamente as suas funções 
com a imobilidade. 
• Dependência total. 
• Síndrome da Imobilidade. 
 
Consequências: 
Sistema cardiovascular 
Sistema respiratório 
Sistema digestivo 
Sistema geniturinário 
Pele 
Sistema osteomuscular 
 
-Incapacidade comunicativa: 
 -Linguagem 
 -Audição 
 -Visão 
 
Mais de 90% dos idosos necessitam óculos. 
Um terço dos idosos relata grau variado de 
deficiência auditiva. 
Pode resultar em comprometimento da 
independência e conexão com o mundo. 
 
 CAMILA GRAH 
 
-Insuficiência familiar: 
- A família é a principal fonte de suporte, principalmente para a pessoa idosa 
de poder aquisitivo baixo, que comumente apresenta mais debilidade em 
sua de saúde e maior dependência para as atividades do dia a dia. 
- A presença da pessoa idosa na família irá apontar para novos papéis 
familiares, tendo em vista as novas funções que os membros terão que 
assumir para ofertar o cuidado. 
 
-Iatrogenia: 
• Médico que produz a doença, afecção decorrente da intervenção 
• Os idosos são os principais consumidores de medicamentos, 90% usa pelo 
menos 01 medicamento por dia e 30% usa 05 ou mais medicamentos por 
dia. 
• Impacto da farmacodinâmica e farmacocinética, alterando sensibilidade e 
efeito. 
• Interações medicamentosas: prevalência de multimorbidades. 
• O risco de eventos adversos com uso de 02 medicamentos/dia é de 
13%; passa a 58% com uso de 05 medicamentos e alcança 82% com uso 
de 07 ou mais. 
 
à Polifarmácia: 
O “uso de cinco medicamentos ou mais”, porém, para fins do Desafio Global de 
Segurança do Paciente, a OMS adotou a conceituação de “uso rotineiro de quatro 
ou mais medicamentos simultâneos por um paciente. Sejam eles prescritos, 
isentos de prescrição ou outros medicamentos tradicionais”.

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